Mas de certa forma você está certo em dizer que no caso de Skyrim não existe muito investimento emocional, e que no caso os NPCs são até bastante vazios e descartáveis. Eu trocaria um pouco de quantidade por qualidade, aprofundando um pouco mais a interação entre o jogador e alguns NPCs.
É, isso! Mas, parece que isto não acontecerá, pois esses jogos querem ser grandes e 'realistas' (e provavelmente precisam ser para vender). Não se pode ter hoje um vilarejo com quatro casas, uma igreja e alguma loja como em DQV. Os gráficos realistas não permitem fazer a abstração, também. Me lembro das cidades de Final Fantasy XII, que são enormes e devem ter uns 100 NPCs, mas eu não queria conversar com nenhum. Mas conversava mesmo assim, porque poderia ter uma dica para uma sidequest. Acabei jogando pouco, por esse e outros motivos.
Sobre RPGs japoneses, que é o gênero que mais jogo, boa parte dos RPGs antigos não passam hoje em dia como bons jogos. Eles falham como RPGs, e tinham valor na sua época devido ao espetáculo, especialmente na época do PS1 - as cutscenes de Final Fantasy VII são um bom exemplo. Suas críticas de FF procedem para mim: sistema de combate que é tedioso porque demora muito, dungeons sem design algum e sem propósito, as partes que você pode explorar do mundo são fechadas de acordo com a história, e por aí vai.
Mas Final Fantasy sempre tenta algo diferente, algo espetacular ou curiosamente emotivo. Há os momentos famosos (o suicídio em FFVI, a morte de Aeris em FFVII, as sequencias de sonho em FFVIII, etc), e á alguns momentos que as pessoas não comentam, mas que acho excelentes. Darei um exemplo: em FFX há umas ruínas que você atravessa para chegar em um templo, e você a percorre sabendo que, quando chegar no templo, um dos seus personagens morrerá (ele se sacrificará). Enquanto você atravessa o caminho,
uma música triste mas um pouco triunfante toca de fundo, e ela não é interrompida, nem pela música de batalhas aleatórias. Conforme você chega perto do templo, você vê o fantasma das pessoas que já passaram pelo mesmo caminho com o mesmo objetivo. O jogo em si tem seus problemas, mas por Deus se eu não fico emocionado com essa parte.
Mas como você disse, é pela história, não pelo jogo. Mas, quando você 'joga' a história, você fica mais imerso, acho, e não sei se o mesmo tipo de história ficaria bem em outra mídia, tipo um anime.
Dragon Quest é a antítese de Final Fantasy. O mundo se abre aos poucos, normalmente, mas muito mais do que em qualquer Final Fantasy. Os combates são rápidos, as dungeons são mais divertidas. Mas também são todos parecidos, e por isso muitas pessoas acham a série estagnada. É uma série com charme e bem humorada. Um amigo tentou emular DQV, mas não conseguiu. Não sei se dá para emular. Quando você tiver querendo gastar dinheiro com videogame, eu recomendaria comprar um DS. Há muitos jogos bons, você pode jogar em qualquer lugar e, como você hoje só compraria jogos usados, nem precisa se sentir mal em utilizar pirataria. É um videogame para todos os gostos também. Minha mãe jogava no meu, mas hoje em dia na época dos celulares, ela joga coisa pior por lá.
E por constar, eu não recomendo Shadow Of The Colossus para ninguém. É um jogo peculiar, que nem todos gostam.