Eu aqui só acho que existem equívocos que não podem ser desfeitos, e que a crítica relativista ajuda a esclarecê-los, a estabelecer melhor os limites.
E não sei o que é lei de Snell. Lembro do outro tópico sobre os índios e a refração da luz, e devo dizer que aí já é apelação. Pode até ser que o índio leia a refração de um jeito diferente do nosso, mas funciona pra ele do mesmíssimo jeito que pra gente.
Ao mesmo tempo, tem o caso clássico da tribo que não sabe contar. Têm nomes pra "um", "dois" e "muitos". Às vezes, muitos é dois, e dois é muitos, e um é dois, e etc. Tem as tribos que têm nomes de parentesco esquisitos, umas até que não entendem a participação do genitor homem. Eu li sobre uma, outro dia.
Exemplo banal. Isso significa que eles não têm pai? Em certo sentido sim, em certo sentido não: eles têm pai, obviamente, como todo primata, como todo mamífero, etc.; mas eles ENTENDEM "pai" do mesmo jeito que os cachorros entendem, então não têm PAI. Visto que eles não interessam como primatas, mas como humanos membros de uma sociadade, eles não têm pai. Ué.
Se a gente "pular" isso - que, convenhamos, é uma coisa óbvia - perde-se a possibilidade de um entendimento aprofundado e correto sobre os modos dos homens. E a ciência PERDE TUDO.
Dizer que os índios X não têm pai não é um atentado contra milhares de anos gastos no estudo da vida, mas um progresso no que concerne os estudos das sociedades. (estou falando do que acontece na minha área, naturalmente - que provavelmente é onde esse papo mais rende. Não sei como é na física e matemática e tal)
Emperor, eu só estou lembrando que o ônus da prova é de quem defende a posição do tópico inaugural. Qualquer um pode entrar aqui de advogado do diabo (eu inclusa), e ainda assim o problema é seu e do Dante. Se você não consegue resolver, e só fica chutando espantalho, ok por mim. Devo dizer que já previa isso.
![Very Happy :D](../forum/Smileys/default/cheesy.gif)