O conceito de imperialismo implica domínio de uma nação sobre outra. Nesse caso, as formas de domínio podem variar, mas ainda será o mesmo bom e velho imperialismo.
Então muitos (quase todos?) países do mundo foram (são!) imperialistas, pois é comum eles exercerem algum tipo de "pressão" sobre os outros, como os seus vizinhos, por exemplo.
Mas poucos numa escala imperial-colonialista como o Império Britânico.
E porque os demais não conseguiram fazer o mesmo?
Porque eram "bonzinhos"? Ou foi por causa de uma mistura de conjuntura histórica com incompetência?
Conjuntura e/ou aposta em projetos que não se viabilizaram (não falaria em incompetência, pois o termo não me parece adequado).
Como disseram Fabi e Geotecton (não necessariamente nessa ordem), não tem essa de "bonzinhos" em diplomacia e relações internacionais. Todo mundo é "malvado"... ou, melhor dizendo, busca posições de domínio para seus países.
Chamar uma nação de imperialista não é dizer que eles são "malvados" e as nações submetidas são automaticamente "boazinhas". Tal coisa não existe!
Superar o maniqueísmo no estudo da História não é o mesmo que ignorar práticas como o 'imperialismo'.
O Liddell pegou as definições do Hobsbawn e indicou em quais podemos inserir alguns países. Até o Brasil tá nessa. Mas fomos mais efetivos nesse jogo no século XIX que no XX.
O interessante é que se percebe nos três modos propostos por Hobsbawn um tipo de hierarquia... não da eficiência, mas da força empregada. E isso é importante, pois se podemos dizer que houve momentos em que as relações do Brasil com alguns vizinhos foi imperialista, não podemos equiparar essa relação à Inglaterra, por exemplo, que "pegou muito mais pesado".