Autor Tópico: Neonazismo…  (Lida 15652 vezes)

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Offline Alegra

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Neonazismo…
« Online: 14 de Abril de 2007, 13:42:22 »
Cartaz polémico apela à expulsão de imigrantes

O Partido Nacional Renovador (PNR) aposta numa campanha de sensibilização contra o que defende ser a «invasão de imigrantes» e coloca cartaz nacionalista no Marquês do Pombal, em Lisboa.




Quem passa pelo Marquês do Pombal, em Lisboa, depara-se com um cartaz polémico do Partido Nacional Renovador (PNR). No outdoor surge a imagem de José Pinto Coelho, o líder do partido de extrema-direita, e a frase «Basta de Imigração. Nacionalismo é Solução».

A solução passa pela expulsão dos imigrantes quando é sugerido que façam uma «boa viagem» de avião de regresso ao país de origem. Em comunicado, o PNR justifica tratar-se de uma campanha para sensibilizar os portugueses face, ao que caracteriza ser, uma «invasão de imigrantes» de que o nosso País está a ser alvo. O PNR recusa apoiar políticas que promovam a imigração enquanto «houver Portugueses a viver na miséria».




SOL
Sábado, 14 Abril

José Pinto Coelho
O que pensa o rosto dos cartazes no Marquês de Pombal
Por Ana Cristina Câmara e Pedro Guerreiro
O SOL entrevistou José Pinto Coelho, líder do Partido Nacional Renovador, e ouviu-o acerca de si, do partido, dos Gato Fedorento, do lobby gay e do que é ser português

Fale-nos do seu percurso pessoal.

Nasci numa família tradicional da direita clássica, apesar de achar que o nacionalismo está para além dessa dicotomia da direita e da esquerda. Éramos tradicionais mas não conservadores, e deixámos de praticar o catolicismo tinha eu uma idade muito tenra. Reconverti-me mais tarde, tinha vinte e poucos anos. A minha família nesse aspecto é muito liberal.
Fui emigrante três anos, fomos para o Brasil quando eu tinha 15 anos. Não foi por nenhuma razão política, o meu pai era arquitecto e deixou de ter trabalho em Portugal depois do 25 de Abril. Portanto, sei muito bem o que é ser imigrante noutro país. Não estou a ser ingrato nem a ser mau para nenhum imigrante.

Onde viveu no Brasil?

No Rio de Janeiro. Na verdade só conheço o estado do Rio de Janeiro. Fui uma vez a Minas Gerais. Quando voltei, tinha eu 18 anos, senti o bichinho de ser activista. Estávamos no pós-PREC, numa altura ainda muito quente, e tive que lutar contra o medo da minha família, que via as manifestações na rua.
A família não queria que tivesse actividade política ou não o queria ver ligado à extrema-direita?
À política, mas sobretudo a um sector que era mais perigoso. Não havia manifestações do 10 de Junho ou do 1 de Dezembro em que não houvesse pancadaria. Havia perseguição política da mentalidade marxista da altura.
De onde vem o ‘bichinho’ do activismo nacionalista?
Bem, quando foi o 25 de Abril, tinha eu 13 anos, não sabia nada de política. Era um miúdo. Tomei consciência das coisas depois, e à medida que tomava consciência das coisas, sentia que era um nacionalista. Sempre entendi a nação como um prolongamento natural da família. Não quis ser um espectador a ver o país degradar-se de dia para dia. As ruas eram dominadas pela esquerda. Em 1980, tinha 19 anos, fui à sede do Movimento Nacionalista oferecer ajuda para colar cartazes e foi aí que conheci outros militantes.

Qual foi o seu percurso académico?

Quando voltei para Portugal entrei em Direito na Católica. Mas quando se escolhe o curso muitas vezes somos imaturos. Nem era mau aluno, mas no segundo ano achava aquilo uma seca e fui para o IADE tirar Artes Gráficas. Hoje em dia estou quase sem trabalho. Estou a viver em balanço até 2009, porque acredito que aí o PNR vai dar um grande salto e acredito que aí, até a minha vida vai dar um salto.
Não tem trabalho por falta de tempo ou de encomendas?
As duas coisas. Por um lado é consequência de estar envolvido numa actividade partidária. Por outro, é inequivocamente consequência de estar neste partido. Comecei a ser rejeitado.
Ser líder do PNR também tem consequências a nível familiar?
No âmbito mais alargado da família, os Pinto Coelho são tanto de esquerda como de direita. Sou primo direito da Sofia Pinto Coelho, jornalista da SIC, e ela não é de direita. Acima de tudo, somos todos muito amigos. Há um óptimo relacionamento entre todos.
A um nível mais nuclear, a minha família próxima apoia-me do ponto vista das ideias, mas claramente não me apoia no ponto de vista da acção. Da prática, da exposição pública, não apoiam. Há bastante resistências familiares, porque a exposição comporta riscos e sacrifícios pessoais.

Porquê a decisão de assumir a liderança do PNR?

Nos primeiros cinco anos, o PNR era um partido tímido, encolhido. Havia conflitos entre as várias linhas nacionalistas, e não se respondia ao crescente nacionalismo. Tive que tomar uma decisão muito grave na minha vida, em 2005, porque percebi que era um elemento aglutinador das várias tendências nacionalistas.
Assumi a liderança do partido de forma consensual, com dois grandes objectivos. O primeiro era constituir a Juventude Nacionalista, porque vamos parar ao Parlamento, sem dúvida, graças ao voto juvenil. Os jovens têm que ser enquadrados, dar-lhes valores. Os jovens estão sob uma ditadura do pensamento único. É por isso que vamos ter um cartaz da Juventude Nacionalista a dizer «Liberta-te». O nosso trabalho é que a juventude se liberte do politicamente correcto e da ditadura cultural de esquerda.
A visibilidade é o segundo objectivo. É um partido amador, feito fora de horas. Sai-nos do pêlo. Mas tem que sair para a rua, crescer para fora.

Quantos militantes tem o PNR?

Uma fonte partidária refere um número próximo da centena e meia.
Nós estamos a organizar-nos neste momento, e isso é um processo longo. Nós tínhamos milhares de pedidos de adesão, e isto não é exagero. Neste momento é impossível dizer quantos militantes temos porque ainda estamos a responder às pessoas no sentido de formalizar adesões. A nossa base potencial está na ordem dos milhares.
Ridicularizam-nos por ter apenas dez mil votos, mas o sistema sabe que teremos centenas de milhares de votos, um milhão de votos e por aí sucessivamente. É por isso que nos vandalizam os cartazes e nos ridicularizam. Porque sabem que estamos a crescer. Neste momento sentimos que o sistema está profundamente nervoso connosco.

Mas os militantes não pagam cotas? Isso não está contabilizado?

Essa é a nossa luta. Também nos partidos grandes os militantes não pagam as cotas. É muito difícil contabilizar o número de militantes, até porque há pessoas que morrem. Não que acredito que haja algum partido em Portugal que saiba o número de militantes que tem.
Mas o PNR ainda não atingiu a dimensão dos outros partidos.
É uma questão de escala, com certeza, mas como lhe digo ainda estamos numa fase de organização, que não se fez em dois meses nem em dois anos. A nossa base potencial está na casa dos milhares. O nosso grande problema é que muitos militantes do PNR são muito jovens, com a vida não organizada. São pessoas que, não é por mal, mas não percebem que sem pagar as cotas o partido não existe.

Qual é a situação financeira do partido?

É sempre de corda na garganta. Todos os anos, o TC é implacável com os partidos nas coimas que aplica. Acho que é de uma profunda injustiça que os partidos que não são subvencionados tenham que pagar multas pesadíssimas. Um partido que tem que pagar multas, tem que pagar rendas, tem que pagar contas, é um partido que vive com a corda na garganta.
O nosso cartaz, por exemplo, foi pago com donativos dos militantes. O partido não desembolsou um único tostão da sua conta bancária. Foi lançada uma campanha através do Fórum Nacional, apesar de não ter nada a ver com o partido.

Não teme que este atraso na organização interna possa resultar em situações menos claras?

Situações menos claras não há. Afirmo categoricamente. O nosso orçamento é uma coisa ridícula. As contas estão no Tribunal Constitucional, é o TC que tutela os partidos, por isso não nada de menos claro. Eu acho que as pessoas olham para mim e vêem que não tenho ar de charlatão.
A Portuguese Hammerskin contribuiu monetariamente para o cartaz no Marquês de Pombal.
Sim, isso está escrito no Fórum Nacional.

Como vê esta associação entre o PNR e um grupo extremista?

Ao contrário daqueles que se reclamam campeões da tolerância e da liberdade, nós não fazemos discriminação de pessoas. Quem se quiser juntar à defesa da causa da soberania nacional, da identidade nacional, são todos bem-vindos. Para mim é indiferente se é careca, se é cabeludo.

Se é branco, se é negro?

Se é branco, se é negro. Nós não nos reclamamos desses campeonatos de não discriminação. São todos muito bonzinhos mas depois são os primeiros a apontar o dedo, a dizer que aquele é cadastrado. Então não reconhecem que um cadastrado tem o direito à reinserção social? No PNR eu aceito tudo.

Há algum militante negro no PNR?

Neste momento, não. Já houve. Mas temos um pedido de adesão.

Não teme que o eleitorado faça uma associação entre o PNR e uma mensagem de ódio?

Eu não tenho medo das palavras e da ditadura do politicamente correcto. É muito bonito falar-se de liberdade de expressão, mas depois há um totalitarismo de opinião crescente que cria tabus. As pessoas têm todo o direito de expressar-se livremente. Eu nunca vou andar à caça de votos. Vamos sempre fazer um discurso de acordo com o que acreditamos. Eu não vou mudar uma vírgula do nosso pensamento. Isso de o eleitorado achar que estamos ligados a grupos criminosos, é assim, aqui há droga? Não. Aqui há arrastões? Não. Há militantes no PNR que assaltam nos comboios? Não há. Estão a acusar-nos de crimes? Se há crimes, o criminoso tem que ir para a prisão. Agora, não nos acusem de coisas abstractas.

Há militantes nazis no PNR?

Quando um militante se quer inscrever no PNR, nós não perguntamos se é nazi. Ninguém pergunta se há militantes marxistas nos outros partidos. Os regimes marxistas foram responsáveis por cem milhões de mortes no século XX. Eles tem liberdade de apoiar o Ché Guevara que para mim é um criminoso. Uma pessoa nacional socialista pode estar no partido que quiser. No PSD, com certeza que haverá nacional-socialistas. Tenho a certeza absoluta.

O PNR é uma organização nacional-socialista?

Não é. O PNR está sob a tutela do Tribunal Constitucional. Tem a chancela do TC e não há mais volta a dar-lhe. Mas ninguém vai perguntar ás pessoas se são isto, se são aquilo. A Constituição não pode proibir nenhum de português de ser o que quiser.

Não teme que o TC possa intervir após a conferência nacionalista de dia 21, onde vão actuar bandas cujo reportório contém mensagens de ódio?

A organização cabe à JN. É claro que a JN é do PNR, portanto o PNR é responsável por tudo. Este encontro tem como objectivo a troca de experiências entre os vários movimentos e juventudes nacionalistas europeias. Depois vai encerrar com um concerto. Fica uma coisa assegurada: nesse concerto não há qualquer tipo de simbologia que seja ilegal. Ponto final. Eu também não me interessa se há grupos de rap com mensagens de ódio, que os há, mas ninguém se questiona sobre isso. Todos eles são racistas, todos eles têm mensagens carregadíssimas de ódio, mas com isso ninguém se preocupa. Os jovens podem ser irreverentes num lado e não podem ser irreverentes no outro?

Como Presidente do PNR garante que não haverá mensagens de ódio na conferência-concerto de dia 21?

Não há qualquer tipo de música ou de mensagem ou de simbologia que não esteja escrupulosamente dentro da lei nacional. Mas não vou andar com raios laser a tirar tatuagens a ninguém. O PNR é um partido legal, os estatutos são conhecidos e preocupa-se com o Portugal do século XXI, com o presente e com o futuro. Ponto final. Se tivermos militantes com a tatuagem da foice e do martelo ou da cruz suástica, não nos importa. Por mim, não faço discriminação de pessoas. E se há pessoas do sistema que se horrorizam com isso, então horrorizem-se com o PCP, que tem um símbolo que é igual à bandeira da União Soviética. Enquanto houver um partido em Portugal com o símbolo igual ao da criminosa União Soviética, não venham cá apontar-nos nada. Porque não têm nada a apontar-nos. Rigorosamente nada.

É a favor de uma lei que proíba todos os símbolos conotados com regimes não democráticos?

Eu acho que havia liberdade total. Não faz sentido haver restrições, muito menos para uns e não para outros. Ao fim de vinte e tal anos continuamos com uma mentalidade marxista. Nós temos um sistema que é ambidextro no Parlamento, que vai desde a extrema-esquerda até a uma direita medíocre, subserviente da esquerda, e que é uma direitazinha que a esquerda permite.
Faz imensa falta uma força nacionalista no Parlamento, e é isso que dizemos no nosso novo cartaz: Portugal precisa de nós. Precisamos urgentemente de nacionalista no Parlamento, que somos os únicos capazes de fazer frente à esquerda que domina o Parlamento.
Portugal está crescentemente dominado por uma mentalidade esquerdista e temos que pôr um travão. É cada vez mais o lobby gay a mandar, cada vez mais são as políticas abortistas, cada vez mais é a globalização e tem que haver uma força nacionalista no Parlamento urgentemente.

Há um lobby gay?

Então não há? O próprio Serzedelo disse-o isso há uns anos. Um destacado membro do PS, o Carlos Candal, falou de um lobby gay. O presidente do PNR não tem problemas nenhuns em dizer que há um lobby gay cada vez mais enraizado no sistema político português e que está a levar a água ao seu moinho.

Qual é a agenda política desse lobby gay?

O próximo passo, não tenho dúvidas, é exigir o casamento homossexual. O casamento é entre um homem e uma mulher, ali chamem-lhe o que quiser. Chamem-lhe parelha. Não tenho problemas em dizer as palavras. Mais dia, menos dia, a União Europeia vai impor uma lei de criminalização da homofobia. Adoram criar dogmas e tabus. Mas não nos podem atar ninguém de mãos e pés. Se me quiserem prender por homofobia, prendam.
No Parlamento, desde o CDS ao BE - é tudo a mesma porcaria – escancararam a porta ao lobby gay ao acrescentar uma linha ao artigo 3 da Constituição. A seguir vai ser a adopção de crianças. Estão a perverter a sociedade toda. Nas novelas, começa a aparecer o casalinho gay, e é assim que eles ganham terreno.
Não sou puritano. Se uma pessoa gosta de ser homossexual, eu não lhe gabo o gosto, mas ninguém tem nada a ver com isso. Mas não posso aceitar que impinjam à sociedade comportamentos antinaturais.

O que achou do outdoor dos Gato Fedorento?

Saiu-lhes o tiro pela culatra. Agradeço-lhes do fundo do coração porque nos deram um imenso bónus de bandeja. Pessoalmente não me ofendi. Já era fã deles desde o programa Perfeito Anormal, onde eles apareceram. Mas agora, eles é que foram perfeitos anormais. Acho que com este formato deles na RTP estão a estragar-se, a fazer humor a metro.

Não achou piada ao cartaz?

Não. Acho que foi ofensivo para os portugueses e para os nacionalistas em concreto. Mas agradeço-lhes. O nosso outdoor ultrapassou as expectativas, muito graças ao nosso trabalho, mas teve um imenso bónus dado de bandeja pelo Gato Fedorento.

Condena as ameaças feitas aos Gato Fedorento?

Eu condeno toda e qualquer ameaça, venha de onde vier e seja contra quem for. É uma forma de luta desigual e cobarde.

Mesmo que tenham partido de militantes do PNR?

Condeno. Mas minimizo estas ameaças feitas na Internet. É um mundo anónimo e virtual em que uma pessoa atrás de um nick diz o que quiser. Acho que se fez algum alarido à volta disso. É diferente de uma ameaça concreta. Deviam preocupar-se é com as ameaças sobre os portugueses quando vão no comboio para casa.

Se houver algum militante condenado neste âmbito, estaria disposto a sancioná-lo?

Vamos expulsar do PSD e do PS todos os corruptos que lá estão? Os partidos ficavam vazios. No PNR, enquanto for presidente, quem prejudicar o partido, tem um processo disciplinar. Mas não vou especular. A polícia que faça o seu trabalho.

A condenação de Mário Machado não manchou a imagem do partido?

A condenação do Mário não tem nada a ver com o partido e não prejudicou o partido, tanto que o partido cresceu. Neste sistema filtram mosquitos e deixam passar camelos. Quer dizer, o Paulo Pedroso vem em ombros, e o Mário Machado porque mostra uma shotgun cai o Carmo e a Trindade? Sou amigo do Mário, é um excelente nacionalista. Aprovo todos os tipos de nacionalismo, de toda a gente que ama a sua pátria. O Mário foi a face mais visível da fase impulsionadora do nacionalismo.

A ideia do cartaz contra a imigração partiu de Mário Machado?

Não. O pontapé de saída, a campanha de angariação de fundos, isso sim, a ideia foi dele. A ideia gráfica do cartaz foi minha. A ideia da mensagem foi muito discutida na direcção. Quisemos ter um cartaz intocável, completamente dentro da lei. As instituições deram-nos razão e estiveram bem. Há centenas de milhares de portugueses que pensam como nós e que querem ser representados. Foi preciso coragem para fazer isto. É preciso muita coragem para dar a cara por um partido diabolizado pelo sistema.

O que é o Objectivo 2009?

É o de chegar ao Parlamento. No dia em que chegarmos ao Parlamento, tudo muda em Portugal. Muda a história da Terceira República. Os patronos do sistema estão nervosos porque já perceberam que não conseguem parar o nacionalismo.

Respeita a democracia parlamentar?

Eu respeito as instituições, mas não respeito quem não nos respeita. Não respeito os deputados histéricos sob a batuta do Manuel Alegre, que deve ter saudades do PREC. Não respeito nenhum deputado desde o BE à direitazinha medíocre do CDS-PP. Temos um partido único com cinco secções.

Como assiste à crise da direita?

Chamam-lhe direita por conveniência. É a direita que a esquerda permite. Mas são assuntos que não me dizem respeito. Estou-me nas tintas que o CDS se dilua, que a Zézinha Nogueira Pinto ande ao estalo com o Paulo Portas. Foi ela que apresentou na Câmara Municipal de Lisboa a moção contra o cartaz do PNR, eu quero mais é que o partido dela se desfaça todo.

Como conjuga o nacionalismo que defende e os contactos internacionais que mantém? O PNR é europeísta?

Não, somos claramente contra a União Europeia. Somos anti-federalistas até à medula. Mas há uma ideia errada, que é pensar que, por sermos nacionalistas, odiamos tudo o que é estrangeiro. Precisamente por sermos nacionalistas temos o maior respeito pelas outras nações. Seja pelo Zimbabué, pela França ou pelos Estados Unidos. As nações têm que se relacionar, mas da forma mais livre possível. Um povo é tão mais livre e soberano quanto maior liberdade tiver para escolher as suas alianças, os seus acordos e tratados.
Rejeitamos por absoluto esta construção europeia artificial que serve interesses obscuros, empresariais, o capitalismo selvagem. Advogamos uma Europa das Nações, em que estas se apoiem mutuamente no campo da defesa, do ambiente, da economia. No dia em que chegarmos ao Governo, se a UE ainda existir, eu gostaria muito de renegociar os acordos de Schengen e o Euro.

Mas Portugal sairia da União Europeia?

Não advogo políticas irresponsáveis de bater com a porta. Tudo tem os seus custos. Isto são processos que demoram anos de negociações, não se pode desligar tudo num botão. Mas, em última análise, esse é o nosso objectivo. Não vamos é mentir às pessoas e dizer que isso é de um dia para o outro. Há prioridades, nomeadamente sair da moeda única. O Euro foi um erro crasso, um delírio cavaquista. Queriamos estar na carruagem da frente, mas a que custo? E agora estamos na última. A moeda própria é mais um garante da nossa soberania.

O PNR enviou algum militante ao Irão por ocasião da conferência do Holocausto?

É mentira. O Flávio Gonçalves é um ex-militante que já não tem nada a ver com o partido. É quem nem gravita na nossa órbita. Era um militante muito polémico que não estava bem na nossa área. Era uma pessoa muito estranha que já foi do PDA, do PPM, do CDS, de imensos partidos.

Condena o regime iraniano?

Não condeno nem aprovo. Não tenho nada a ver. Estou-me nas tintas para os outros países. Preocupo-me é com Portugal.

Organizaria uma conferência sobre o Holocausto em Portugal?

Não. Eu preocupo-me é com a corrupção, com um país a saque por uma classe governante. Preocupo-me com a invasão por parte de pessoas que não têm culpa nenhuma. Quem tem culpa são aqueles que se deixam invadir. Preocupo-me com o capitalismo selvagem que está a corroer o país. Com o Apito Dourado, com os pedófilos todos que estão cá fora. Tudo isto é escandaloso.

Defende a pena de morte?

O nosso programa político é ainda lacunar. Temos uma comissão a trabalhar na elaboração de um programa político mais estruturado, abrangente e específico, que depois será submetido à nossa aprovação. No final do Verão, esse programa vai ser publicado e esse será um assunto abordado.

Quem são os portugueses?

São os filhos dos portugueses. É uma herança. O PNR defende o jus sanguinis. A nacionalidade herda-se, não se adquire por decreto nem por casamento. Um imigrante em Portugal é bem-vindo se for honesto mas jamais será português. Não é por sermos inferiores ou superiores, defendo o mesmo para todos. Um casal português se tiver um filho na Rússia, ele não é russo. Se um russo nascer cá, não é português. Se um cão nascer numa capoeira, não é galinha por causa disso. Não me venham dizer que isso é xenofobia ou racismo, é um princípio.

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politica/

 |(                                                 |(                                                     |(                                                                     |(



Encontro nacionalista
PNR ao ataque

«Vai ser o maior encontro nacionalista de sempre em Portugal», garante a organização do evento internacional, que vai reunir, dia 21, em Lisboa, quatro centenas de militantes da extrema-direita europeia.

«Por razões de segurança», a Juventude Nacionalista não revela o local da reunião, dando apenas como local de concentração a porta da antiga Feira Popular.
Na capital, espera-se a presença de membros do NPD (herdeiro do movimento nazi alemão), da Forza Nuova italiana e de uma dezena de outros partidos nacionalistas europeus.
Rita Vaz e Bruno Monteiro, dirigentes da ‘jota’ do PNR, destacam a vinda de Hervé Van Laethem, fundador do belga NATION e militar de carreira condenado por racismo em 1997 e em 2006.
Ausência certa é a da Frente Nacional de Jean-Marie Le Pen, empenhado na campanha para as presidenciais francesas.


http://sol.sapo.pt/EdicaoImpressa/1Caderno.aspx

 :no:                                                                         :no:                                                                                          :no:

Apesar de alguns acharem que não, eu sou da opinião que o movimento nacionalista está em franco crescimento na Europa e nos E.U.A.   Apesar disso também acho que não é preocupante…O que os amigos foristas têm a dizer sobre isso?
« Última modificação: 14 de Abril de 2007, 13:53:30 por Alegra »
Já sinto sua falta. Vá em paz meu lindo!

One

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Re: Neonazismo…
« Resposta #1 Online: 14 de Abril de 2007, 14:08:11 »
Prefiro este, colocado como resposta:


Offline Alegra

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Re: Neonazismo…
« Resposta #2 Online: 14 de Abril de 2007, 16:45:58 »
Também eu! :ok:  Pena é que ficou só um dia... :(
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Offline Diegojaf

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Re: Neonazismo…
« Resposta #3 Online: 14 de Abril de 2007, 16:58:38 »
[Modo Rancoroso]Acho que devíamos invadir Portugal... dar o troco por tudo o que tiraram de nós... aposto que nem exército eles têm...
[/Modo Rancoroso]


"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Alegra

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Re: Neonazismo…
« Resposta #4 Online: 14 de Abril de 2007, 17:37:42 »
Bah!  :P
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Offline Herf

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Re: Neonazismo…
« Resposta #5 Online: 14 de Abril de 2007, 18:08:09 »
Citar
Não me venham dizer que isso é xenofobia ou racismo, é um princípio.

Lamentável. :nao3:

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Neonazismo…
« Resposta #6 Online: 14 de Abril de 2007, 18:09:41 »
Não acho que imigração é uma coisa ruim,  vcs  repararam que aqui no Brasil as regiões que mais se desenvolveram foram as povoadas por estrangeiros?

Alemães, Italianos, Japoneses....muitos vieram para cá em situação precária e conseguiram prosperar.Em contrapartida, temos gente como o pessoal do MST, Brasileiros natos , que nunca fizeram nada da vida além de esperar dinheiro do governo...


Eriol

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Re: Neonazismo…
« Resposta #7 Online: 14 de Abril de 2007, 18:54:22 »
é coisa de raça mesmo, né?

Raphael

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Re: Neonazismo…
« Resposta #8 Online: 15 de Abril de 2007, 03:53:13 »
é coisa de raça mesmo, né?

Não, não é não. Raça não existe, só a raça humana.

Eriol

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Re: Neonazismo…
« Resposta #9 Online: 15 de Abril de 2007, 05:28:09 »
era ironia, colega...

Raphael

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Re: Neonazismo…
« Resposta #10 Online: 15 de Abril de 2007, 05:30:18 »

Rhyan

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Re: Neonazismo…
« Resposta #11 Online: 15 de Abril de 2007, 18:08:30 »
Os estrangeiros fizeram mais que os nordestinos, aqui em São Paulo.

Offline Dbohr

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Re: Neonazismo…
« Resposta #12 Online: 15 de Abril de 2007, 18:35:15 »
Por que, em sua opinião?

Offline Worf

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Re: Neonazismo…
« Resposta #13 Online: 15 de Abril de 2007, 19:08:19 »
Não se esqueça dos holandeses.

Rhyan

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Re: Neonazismo…
« Resposta #14 Online: 15 de Abril de 2007, 21:21:19 »
Por que, em sua opinião?
Acho que eles contribuiram mais economicamente do que os nordestinos, mas isso é achismo apenas.

Offline Luis Dantas

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Re: Neonazismo…
« Resposta #15 Online: 16 de Abril de 2007, 09:08:36 »
A própria palavra "nacionalismo" me causa repulsa.
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The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Luis Dantas

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Re: Neonazismo…
« Resposta #16 Online: 16 de Abril de 2007, 09:11:42 »
Acho que eles contribuiram mais economicamente do que os nordestinos, mas isso é achismo apenas.

Vai bem além disso; o débito que o Brasil tem para com os imigrantes que trouxeram tanta mão-de-obra especializada, tecnologia e conhecimento até então dificilmente acessíveis por aqui é enorme.  Japoneses, italianos, alemães, até mesmo portugueses, só para citar os mais evidentes.
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Raphael

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Re: Neonazismo…
« Resposta #17 Online: 16 de Abril de 2007, 09:29:33 »
A própria palavra "nacionalismo" me causa repulsa.

Weee... Pelo menos uma coisa que temos em comum.

Offline Alegra

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Re: Neonazismo…
« Resposta #18 Online: 16 de Abril de 2007, 11:04:17 »
Já sinto sua falta. Vá em paz meu lindo!

Raphael

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Re: Neonazismo…
« Resposta #19 Online: 16 de Abril de 2007, 11:09:44 »


Uma bonita imagem, pena que é utópica.

Offline Alegra

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Re: Neonazismo…
« Resposta #20 Online: 16 de Abril de 2007, 11:13:20 »
É.... :(
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Offline Pregador

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Re: Neonazismo…
« Resposta #21 Online: 16 de Abril de 2007, 11:32:08 »
Não acho justo chamá-los de nazistas...eles são nacionalistas, o que é diferente. Pelo o que entendi, eles não tem nada contra preto, judeu, ou qualquer etnia. A proposta deles é que os imigrantes roubam empregos de portugueses, não que os imigrantes tenham valor menor ou qualquer coisa, mas sim que simplesmente ocupam lugar de um português. Pelo visto eles culpam a política imigratória e não os imigrantes necessariamente.

Vejo muito de nacionalismo e nada de nazismo. Não são neonazistas.
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Raphael

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Re: Neonazismo…
« Resposta #22 Online: 16 de Abril de 2007, 11:33:52 »
Amon, defina xenofobia. Alegra, utopia é uma coisa que jamais se realizará.

Offline Alegra

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Re: Neonazismo…
« Resposta #23 Online: 16 de Abril de 2007, 11:35:18 »
Alegra, utopia é uma coisa que jamais se realizará.

Eu sei... por isso mesmo que fiquei triste... :(
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Offline Alegra

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Re: Neonazismo…
« Resposta #24 Online: 16 de Abril de 2007, 11:38:38 »
Não acho justo chamá-los de nazistas…eles são nacionalistas, o que é diferente. Pelo o que entendi, eles não tem nada contra preto, judeu, ou qualquer etnia. A proposta deles é que os imigrantes roubam empregos de portugueses, não que os imigrantes tenham valor menor ou qualquer coisa, mas sim que simplesmente ocupam lugar de um português. Pelo visto eles culpam a política imigratória e não os imigrantes necessariamente.

Vejo muito de nacionalismo e nada de nazismo. Não são neonazistas.

Amon, posso falar destes aí com conhecimento de causa. Isso de nacionalismo sem nazismo que eles pregam é só fachada.
Com isso não quero dizer que todos os partidos nacionalistas do mundo sejam iguais ao PRN português...
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