Concordo com o Dantas. Porém (aah porém), fico com uma grande suspeita de que o desprezo do Barata pelo Brasil esconde na
verdade uma paixão inconfessável
. Penso que é possível encontrar aspectos positivos em qualquer cultura, e não é à toa que
existem muitos estrangeiros que decidem se mudar para o Brasil. Isso é uma questão de gosto. Não conheço bem a cultura japonesa,
mas alguns aspectos que conheço não me agradam [1]. Por outro lado, gosto de muitos aspectos da cultura brasileira, e detesto
outros.
[1] Isso deve estar relacionado ao meu individualismo e aversão à hierarquias. Um exemplo (baseado na história de alguem que morou
lá - e que gosta do Japão) é mostrado no filme francês "Stupeur et Tremblements": http://imdb.com/title/tt0318725/
vale a pena conferir.
sim, pouca gente aqui sabe mas barata teve um breve, turbulento e intenso romance com wilái há pouco menos de 3 anos. ao descobrir que eu e wilái saíamos pra tomar sorvete juntos toda quarta feira, rodou a baiana e associou-se com jaf valadão. jaf valadão saía pra tomar um copo de leite com oceânus toda sexta à noite, barata descobriu e se mandou pro japão.
ehe
brincadeiras à parte, país não é tanto uma questão de escolha mas mais de gosto, e gosto não se escolhe. o brasil (e os brasileiros) têm inúmeros problemas, mas ao mesmo tempo também não sei se me adaptaria em londres (well, também há o fato de que o meu diploma de direito vai valer pouca coisa lá hehe). no japão eu estou certo de que não moraria, primeiro porque seria pro resto da vida um estrangeiro(ao contrário do que aconteceria na europa) e também nunca me adaptaria completamente ao idioma e às diferenças culturais, de modo que eu não elegeria o japão pra morar. europa, quiçá, basta uma oportunidade, mas mesmo lá não sei se é uma boa escolha, vai que eu vou e passo minha velhice numa mesquita depois de virar eurabia? . . .
de qualquer forma, pessoal tá bravo com o barata por ele não gostar do brasil. e ele tem todo o direito de não gostar, como não gosta. não devemos nos sentir ofendidos, já que não somos nós os responsáveis pelo estado das coisas aqui.