Só porque os pais não teve condição ele deve se tornar faxineiro? Além do mais o USP não é publica? Publico não é algo que deveria ser usado para quem não pode pagar, como qual hospital publico?
Josi, universidade não é centro de ensino técnico. Deveriam ser órgãos voltados à pesquisa mais até do que à formação profissionalizante. Não deveriam de forma alguma ser a porta da esperança para que pessoas humildes "não sejam faxineiros".
Desculpe se estou sendo brusco, mas emprego é função do nível de preparo e formação, não de preocupações com oportunidades iguais. Querer que quem não teve formação profissional não fique subempregado é como querer que quem não teve saneamento básico não tenha problemas de higiene e saúde.
Não se trata de buscar justiça social, e sim de reconhecer e combater as causas verdadeiras do problema em si. Se cotas em universidades fossem uma boa idéia, melhor ainda seria simplesmente decretar que todo mundo tem curso superior. Teria um efeito mais amplo, com a vantagem de ser menos elitista e sacrificar menos os pobres alunos e suas famílias.
E, claro, levaria (como já leva) à necessidade de criar mecanismos e controles alternativos para determinar quem tem alguma competência e preparo acadêmico de quem não tem, já que continua sendo necessário contratar quem os tenha…
Se tem dinheiro pague uma faculdade não venha querer retirar o acesso da gratuidade dos que não pode pagar.
Eu já estudei na UnB. Achar que ela é acessível aos menos favorecidos é uma ilusão bastante séria. Ela pode não cobrar mensalidades, mas oferece horários que basicamente pressupõem ou dedicação exclusiva ou uma situação social privilegiada dos alunos, além de pedir que os mesmos comprem livros caros e façam muitas fotocópias todo mês.
Suspeito que não é tão diferente assim em outras universidades supostamente gratuitas, e nem era para ser realmente diferente;
formação exige sacrifício e dedicação.
Além do que, você realmente acha uma boa idéia querer consolidar essa situação em que, como você mesmo diz, ou "se é faxineiro" ou se tenta (sabe-se lá por quantos anos) entrar em um curso de graduação para passar por ainda mais sacrifício para então AINDA não ter chances particularmente boas de conseguir um emprego?
Formar um aluno de graduação custa caro e sempre vai ser algo fora do alcance da maioria dos que completam o ensino médio (que já não são tantos assim). Se justiça social é isso, fico imaginando o que seria injustiça.
Agricultores não são tão pobres, se os pais do Atheist trabalhassem em obras civis, daí sim seria um otimo exemplo.
Josi, um lote de um alqueire de terra, se tiver forma quadrada, terá uns 160 metros de lado. Se você acha isso suficiente para garantir tranquilidade financeira, por que se preocupa com acesso à universidade?