Autor Tópico: Bobagens que os darwinistas fundamentalistas espalham  (Lida 18339 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Xara

  • Nível 10
  • *
  • Mensagens: 135
Bobagens que os darwinistas fundamentalistas espalham
« Online: 12 de Junho de 2007, 00:08:10 »
O narrativismo evolucionário e o camaleão
Colunista desconstrói o “fundamentalismo darwinista” e faz uma defesa do livre-arbítrio humano
 


"Il n’y a pas de hors-texte"
Jacques Derrida 
 
Esta citação do famoso filósofo francês (1930-2004) é geralmente traduzida como "não há nada além do texto" e interpretada no sentido de que Tudo (com T maiúsculo para não deixar dúvidas) é de alguma maneira um texto, uma estória. Conseqüentemente, tudo, até a narrativa de vida de uma pessoa, pode ser submetido às técnicas de desconstrução textual. Que o diga Howard Crick, personagem de Stranger than fiction ("Mais estranho que a ficção"), original e brilhante filme do diretor Marc Forster que já está disponível em DVD no Brasil. Para entender se sua vida é uma comédia ou uma tragédia, Howard tem de recorrer à ajuda de um crítico literário e não de uma psicanalista.

 
Por sua habilidade de continuamente adaptar suas cores ao meio ambiente, o camaleão é emblemático da capacidade de autodefinição e recriação constante.
 
 
 
No clássico e brilhante artigo “The spandrels of San Marco and the panglossian paradigm” (‘Os tímpanos de São Marcos e o paradigma panglossiano’; acesse o texto aqui http://ethomas.web.wesleyan.edu/wescourses/2004s/ees227/01/spandrels.html) meus ídolos Stephen Jay Gould e Richard Lewontin desconstruíram impiedosamente as estorinhas “panglossianas” evolucionárias inventadas e divulgadas por aqueles que Gould chamou de “ darwinian fundamentalists ” (uma boa tradução talvez seja “darwinistas evangélicos”). Tratamos disso em uma coluna (http://cienciahoje.uol.com.br/54755) há alguns meses. De fato, muitas narrativas evolucionárias são fáceis de se desconstruir porque em geral o besteirol é ululantemente óbvio.

Por exemplo, em recente artigo do psicólogo Bruno Laeng e seus colaboradores da Universidade de Tromso (Noruega) no periódico Behavioral Ecology and Sociobiology , os autores afirmam que homens de olhos azuis acham as mulheres de olhos azuis mais atraentes do que mulheres de olhos castanhos. A explicação oferecida foi que, como olhos azuis seriam putativamente recessivos com relação a olhos castanhos, essa preferência refletiria uma adaptação inconsciente para detecção de paternidade (a idéia sendo que, se sua esposa o traísse com um homem de olhos castanhos e engravidasse, a criança teria olhos castanhos, revelando a infidelidade). Não sei o que vocês leitores acham disso, mas pessoalmente considero um disparate!!!

Adicionalmente, vejam as estórias da carochinha que a revista Veja publicou na reportagem de capa sobre Darwin em 9 de maio último. Uma delas, sobre um personagem de Shakespeare, afirma: “Em Otelo , enlouquecido pelo ciúme, o mouro mata a sua amada, Desdêmona. Como o personagem, o macho é, na maioria das espécies, sexualmente competitivo. Isto porque a traição da parceira pode levá-lo a criar o filho de outro.” Que tolice!

Examinemos também afirmativas contidas em outro artigo de capa sobre Darwin, desta vez na revista Superinteressante de junho de 2007: “O desejo de variedade sexual nos homens é insaciável. Quanto maior for o número de mulheres com quem um homem tiver relações, mais filhos ele terá [pelo menos é o que 'pensam' seus genes] ” ou, de maneira ainda mais radical: “Sendo assim, o que o neodarwinismo diz é: você não ’ama‘ seus filhos e irmãos. São seus genes que vêem neles maneiras de se perpetuar”. Pobre Darwin!

Escravos do genoma
Tal narrativismo evolucionário está intimamente relacionado com a idéia ingênua de que todos os traços comportamentais da humanidade possam ser explicados por nossos genomas. E, pior ainda, que as características fundamentais da vida psicológica e social humana sejam meros instrumentos a serviço do cego e maquiavélico instinto competitivo dos genes. Trocando em miúdos, o que o darwinismo fundamentalista propõe é que somos escravos do nosso genoma e marionetes dos nossos genes!

 
O chimpanzé (A), o gorila (B) e o gibão (C) são diferentes espécies de primatas do Velho Mundo com comportamento sexual e estrutura reprodutiva completamente diferentes.
 
 
 
Uma das manias irritantes dos psicólogos evolutivos e sociobiólogos contadores de estorinhas evolucionárias é tentar explicar nossa conduta com base na observação do comportamento de primatas não-humanos. Um dos argumentos usados para justificar esta estratégia é que eles são os nossos “parentes” evolucionários mais próximos, especialmente os primatas do Velho Mundo. O público aceita isso e a imprensa reforça essa visão.

Um bom exemplo é uma recente edição do programa de televisão Globo Repórter (4 de maio de 2007) que teve como tema as diferenças sociais entre homens e mulheres. Uma parte considerável do programa foi dedicada a mostrar o comportamento afetivo de casais de primatas em uma reserva brasileira (nesse caso eram primatas do Novo Mundo, evolucionariamente bem mais distantes de nós). Qual seria o intuito dos produtores do programa? Mostrar que sexualmente nos comportamos como os primatas?

E como realmente se comportam sexualmente os primatas não-humanos? Uma análise cuidadosa constatará que cada espécie se conduz de maneira completamente diferente das demais. Por exemplo, chimpanzés machos e fêmeas são poligâmicos; gorilas machos são poligâmicos enquanto as fêmeas são monogâmicas e gibões machos e fêmeas são todos estritamente monogâmicos. Assim, pela escolha criteriosa da espécie de primata com a qual vamos comparar a humanidade, podemos “provar” que qualquer comportamento sexual que estiver no cardápio é “evolucionariamente determinado”.

Metafísica genômica
O bioeticista suíço Alex Mauron define a “metafísica genômica” como sendo a crença no genoma como núcleo essencial do organismo, determinante de sua individualidade e de suas particularidades e também estabelecendo o seu pertencimento a uma determinada espécie. Nessa visão genomocêntrica, nosso conjunto de genes constitui a parte mais essencial do ser humano e determina algo que tem sido chamado de “natureza humana”, à qual estaríamos inexoravelmente atrelados. Assim, o genoma se torna o equivalente secular da alma.

Contrastem a pobreza desse paradigma determinista com a beleza do manifesto humanista do filósofo italiano Pico della Mirandola (1463-1494) que ainda no Renascimento atribuiu a Deus, em seu “Discurso sobre a dignidade do homem”, as seguintes palavras:

“Não te dei, ó Adão, nem rosto, nem um lugar que te seja próprio, nem qualquer dom particular, para que teu rosto, teu lugar e teus dons, os desejes, os conquistes e sejas tu mesmo a obtê-los. Existem na natureza outras espécies que obedecem a leis por mim estabelecidas. Mas tu, que não conheces qualquer limite, só mercê do teu arbítrio, em cujas mãos te coloquei, te defines a ti próprio … Ó suma liberdade de Deus pai, ó suma e admirável felicidade do homem, ao qual é concedido obter o que deseja, ser aquilo que quer … Quem não admirará este camaleão?”

Resumo da ópera: não há “natureza humana” fixa e pré-estabelecida. Nós criamos nossa própria natureza e história no processo de viver. Temos livre-arbítrio e infinitas possibilidades de construir nossos próprios destinos. Como escreveu o peruano Mario Vargas-Llosa em recente resenha :” A identidade (humana) não é uma condição metafísica, e sim uma realidade viva e portanto em permanente processo de recriação” http://www.lanacion.com.ar/Archivo/nota.asp?nota_id=899923.

A aposta de Pascal e a aposta de Pena
O grande pensador francês Blaise Pascal (1623-1662) propôs, na famosa “aposta de Pascal”, que mesmo quem tem dúvidas quanto à existência de Deus deve agir como se ela fosse um fato. Afinal, se Deus não existir, tanto faz acreditarmos ou não. Mas, se Deus existir, é melhor que acreditemos nele(a) para conquistar o reino dos céus.

Pois bem, eu gostaria de parafrasear Pascal e propor agora a “aposta de Pena”. Mesmo que alguns possam ainda ter dúvidas quanto ao fato de o ser humano ter infinita liberdade para se “criar”, se inventar, se definir e ser aquilo que quiser, devemos agir como se isso fosse um fato. Meu conselho é: aposte no camaleão!


Sergio Danilo Pena
Professor Titular do Departamento de Bioquímica e Imunologia
Universidade Federal de Minas Gerais
08/06/2007 

Fonte: Instituto Ciência Hoje http://cienciahoje.uol.com.br/93464
« Última modificação: 12 de Junho de 2007, 00:12:56 por Xara »

Offline Spitfire

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 7.530
  • Sexo: Masculino
Re: Bobagens que os darwinistas fundamentalistas espalham
« Resposta #1 Online: 12 de Junho de 2007, 00:30:20 »
É... a cupilha da roda castelada quando entra em ressonância com a rebimboca da parafuseta provoca uma sincronia no ciclo menstrual da pulga da Guatemala. Por isto é inadmissível que as bananas do Gongo não tenham caroços.

Aposte na Tele-sena edição de Natal.   

Offline BetinhOzinhO

  • Nível 23
  • *
  • Mensagens: 970
Re: Bobagens que os darwinistas fundamentalistas espalham
« Resposta #2 Online: 12 de Junho de 2007, 00:39:05 »
Simplório, o texto. Muito simplório e infantil. Mesmo que ele ache algumas explicações deterministas estapafúrdias, não é com a "crença no livre arbítrio humano" que ele vai refutá-las. Ridículo.
O GOOGLE NÃO É SEU AMIGO! HAHAHAHHOHOHOHO! http://www.google-watch.org/

Offline Xara

  • Nível 10
  • *
  • Mensagens: 135
Re: Bobagens que os darwinistas fundamentalistas espalham
« Resposta #3 Online: 12 de Junho de 2007, 00:46:15 »
É… a cupilha da roda castelada quando entra em ressonância com a rebimboca da parafuseta provoca uma sincronia no ciclo menstrual da pulga da Guatemala. Por isto é inadmissível que as bananas do Gongo não tenham caroços.

Aposte na Tele-sena edição de Natal.  

:-)  :lol:

Offline Eleitor de Mário Oliveira

  • Nível 37
  • *
  • Mensagens: 3.502
  • Sexo: Masculino
    • Lattes
Re: Bobagens que os darwinistas fundamentalistas espalham
« Resposta #4 Online: 12 de Junho de 2007, 00:58:54 »
Porcaria de texto. Ele ataca teorias científicas com apelos emocionais baratos ao humanismo.
"Desconstruir teorias científicas"... Oras se o assunto é ciência, a primeira coisa que deve ser observada é se a teoria pretensamente científica obedece aos critérios de delimitação científica. Se for o caso, ela só pode ser refutada por dados empíricos.
Eu não tenho muito conhecimento de etologia ou antropologia, mas se os genes levam animais a migrarem de um hemisfério para outro, é bem plausível que influenciem, ao menos em parte, o comportamento humano.
Também não sou familiarizado com o pensamento de Derrida. Contudo, se for para apostar, como o autor propõe, eu apostaria que Derrida está se virando no túmulo por apelos emocionais humanísticos serem considerados técnicas de desconstrução textual.
Anyway, go desconstruct elsewhere.

Offline Nina

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 5.805
  • Sexo: Feminino
    • Biociência.org
Re: Bobagens que os darwinistas fundamentalistas espalham
« Resposta #5 Online: 12 de Junho de 2007, 12:55:40 »
É a prova que mesmo membros da academia podem ficar incomodados com o animal que somos.
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Bobagens que os darwinistas fundamentalistas espalham
« Resposta #6 Online: 12 de Junho de 2007, 21:06:15 »
As críticas à psicologia evolutiva não (ou nem sempre) questionam o fato de sermos animais, de termos instintos.

Falo por mim agora: me parece teoricamente mais plausível um "adaptacionismo mínimo", e preferencialmente, ancestral. Por ser mais parcimonioso, não por "esquerdismo" ou qualquer coisa.

Ou seja, herdamos sim, instintos dos nossos ancestrais, somos animais, etc. Mas estudos teóricos diversos indicam que o poder da seleção natural é bastante limitado* (tudo com base na mesma lógica do dilema de Haldane); mais "empiricamente", detectaram por meios estatísticos que diferimos em genes selecionados apenas em algo como 200 ou 300 genes dos chimpanzés. 

Então isso significa que devemos atribuir apenas um número mínimo de características como sendo adaptações produzidas por seleção natural em vez de fantasiar sobre adaptações praticamente onipresentes, com fatores seletivos que seriam risíveis, ou no mínimo muito questionáveis, para os quais se poderia inventar outros cenários distintos, porém igualmente plausíveis, que levariam à seleção "oposta".


Citação de: Charles Robert Darwin
I am inclined to suspect that we see, at least in some [cases], variations which are of no service to the species, and which consequently have not been seized on and rendered definite by natural selection…. Variations neither useful nor injurious would not be affected by natural selection, and would be left either a fluctuating element, as perhaps we see in certain polymorphic species, or would ultimately become fixed…. We may easily err in attributing importance to characters, and in believing that they have been developed through natural selection;… many structures are now of no direct use to their possessors, and may never have been of any use to their progenitors…. [On the other hand,] we are much too ignorant in regard to the whole economy of any organic being to say what slight modifications would be of importance or not.




* É limitado dentro desse contexto. Não é como se não fosse o suficiente para toda adaptação que vemos, como olhos, sistema imune, etc. Ou seja, não dá margem para tentar enfiar algum tipo de defesa do de "desenho inteligente". Ironicamente, muitas vezes são bem similares as argumentações de desenho inteligente e de adaptacionismo fundamentalista; ambas simplesmente vêem algo e dizem, de um lado "foi o projetista inteligente que fez", e do outro "foi a seleção natural que criou essa adaptação". Só que na evolução nem tudo é adaptação e nada é desenho inteligente, mesmo que possam dar a impressão de ser qualquer um desses.


Offline Nina

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 5.805
  • Sexo: Feminino
    • Biociência.org
Re: Bobagens que os darwinistas fundamentalistas espalham
« Resposta #8 Online: 13 de Junho de 2007, 21:19:03 »
As críticas à psicologia evolutiva não (ou nem sempre) questionam o fato de sermos animais, de termos instintos.

Nem sempre... mas quando junta a crítica ao determinismo, geralmente.
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Atheist

  • Visitante
Re: Bobagens que os darwinistas fundamentalistas espalham
« Resposta #9 Online: 14 de Junho de 2007, 09:53:24 »
Citar
Por exemplo, em recente artigo do psicólogo Bruno Laeng e seus colaboradores da Universidade de Tromso (Noruega) no periódico Behavioral Ecology and Sociobiology , os autores afirmam que homens de olhos azuis acham as mulheres de olhos azuis mais atraentes do que mulheres de olhos castanhos. A explicação oferecida foi que, como olhos azuis seriam putativamente recessivos com relação a olhos castanhos, essa preferência refletiria uma adaptação inconsciente para detecção de paternidade (a idéia sendo que, se sua esposa o traísse com um homem de olhos castanhos e engravidasse, a criança teria olhos castanhos, revelando a infidelidade). Não sei o que vocês leitores acham disso, mas pessoalmente considero um disparate!!!

Qual o problema com a explicação. O Dr. Pena apresentou alguma melhor? Quem lhe dá o direito de ridicularizar uma proposta sem apresentar um contra-argumento?

Citar
Adicionalmente, vejam as estórias da carochinha que a revista Veja publicou na reportagem de capa sobre Darwin em 9 de maio último. Uma delas, sobre um personagem de Shakespeare, afirma: “Em Otelo , enlouquecido pelo ciúme, o mouro mata a sua amada, Desdêmona. Como o personagem, o macho é, na maioria das espécies, sexualmente competitivo. Isto porque a traição da parceira pode levá-lo a criar o filho de outro.” Que tolice!

Mais uma vez, não há contra-argumento, apenas escárnio. É a autoridade dele que lhe permite ter uma opinião a respeito de algo sendo utilizado como argumento? Será que ele teria algum argumento?

Citar
Examinemos também afirmativas contidas em outro artigo de capa sobre Darwin, desta vez na revista Superinteressante de junho de 2007: “O desejo de variedade sexual nos homens é insaciável. Quanto maior for o número de mulheres com quem um homem tiver relações, mais filhos ele terá [pelo menos é o que 'pensam' seus genes] ” ou, de maneira ainda mais radical: “Sendo assim, o que o neodarwinismo diz é: você não ’ama‘ seus filhos e irmãos. São seus genes que vêem neles maneiras de se perpetuar”. Pobre Darwin!

Isso têm sido demonstrado em inúmeras espécies há muito tempo. Onde está o contra-argumento?

Citar
Sergio Danilo Pena
Professor Titular do Departamento de Bioquímica e Imunologia
Universidade Federal de Minas Gerais

Faltou citar que o Dr. Pena é o proprietário de um dos maiores laboratórios de análise genética privados do Brasil.

Recentemente sua análise de atletas olímpicos demonstrou que Daiane dos Santos é a atleta que mais se aproxima com a mistura racial do Brasil, de acordo com seu DNA.

Atheist

  • Visitante
Re: Bobagens que os darwinistas fundamentalistas espalham
« Resposta #10 Online: 14 de Junho de 2007, 09:56:19 »
Citar
mais "empiricamente", detectaram por meios estatísticos que diferimos em genes selecionados apenas em algo como 200 ou 300 genes dos chimpanzés.

No entanto já há evidências que demonstram que diferimos também em termos quantitativos, de expressão gênica, o que vai de encontro com o que se fala há muito tempo, que nossas diferenças para com os chimpanzés são de grau, não de tipo.

Suyndara

  • Visitante
Re: Bobagens que os darwinistas fundamentalistas espalham
« Resposta #11 Online: 14 de Junho de 2007, 14:22:22 »
"darwinistas fundamentalistas"???? :o

Nunca vi esse termo, e no entanto é estranho, afinal um darwinista de verdade é cético e segue o método científico, LOGO, não é fundamentalista  :wink:

Offline Luis Dantas

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.195
  • Sexo: Masculino
  • Morituri Delendi
    • DantasWiki
Re: Bobagens que os darwinistas fundamentalistas espalham
« Resposta #12 Online: 14 de Junho de 2007, 17:35:40 »
Não vale a pena nem refutar um rótulo tão bobo, Suyndara.

É pura projeção ingênua do que incomoda nos aliados para cima dos "inimigos".  Criacionistas tem dificuldade mais em aceitar do que em concordar com o Evolucionismo.  É uma questão emocional acima de tudo.

Sentido, que é bom, essa história de "fundamentalismo darwinista" não faz.
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Atheist

  • Visitante
Re: Bobagens que os darwinistas fundamentalistas espalham
« Resposta #13 Online: 22 de Junho de 2007, 07:34:23 »
"darwinistas fundamentalistas"???? :o

Nunca vi esse termo, e no entanto é estranho, afinal um darwinista de verdade é cético e segue o método científico, LOGO, não é fundamentalista  :wink:

Coisa de Stephen Jay Gould e Richard Lewontin... "darwinian fundamentalists", que o Dr. Pena comenta que "uma boa tradução talvez seja 'darwinistas evangélicos'). Será que ele sabe o que significa evangelho?

Suyndara

  • Visitante
Re: Bobagens que os darwinistas fundamentalistas espalham
« Resposta #14 Online: 27 de Junho de 2007, 08:36:04 »
"darwinistas fundamentalistas"???? :o

Nunca vi esse termo, e no entanto é estranho, afinal um darwinista de verdade é cético e segue o método científico, LOGO, não é fundamentalista  :wink:

Coisa de Stephen Jay Gould e Richard Lewontin… "darwinian fundamentalists", que o Dr. Pena comenta que "uma boa tradução talvez seja 'darwinistas evangélicos'). Será que ele sabe o que significa evangelho?

È, simplesmente não entendem o contexto...

'darwinistas evangélicos' é chute na boca já [:P]~


Atheist

  • Visitante
Re: Bobagens que os darwinistas fundamentalistas espalham
« Resposta #15 Online: 29 de Junho de 2007, 08:38:38 »
Enviei um artigo comentando este texto para o Observatório da Imprensa, acho que sai na próxima semana.

Suyndara

  • Visitante
Re: Bobagens que os darwinistas fundamentalistas espalham
« Resposta #16 Online: 02 de Julho de 2007, 11:17:32 »
Enviei um artigo comentando este texto para o Observatório da Imprensa, acho que sai na próxima semana.

Podíamos bolar um para a Super Interessante também, alguém já fez isso?

Eu não tenho assinatura...mas uma capa: "darwin, o homem que matou deus" não ajuda muito à evolução né?

Atheist

  • Visitante

Offline Xara

  • Nível 10
  • *
  • Mensagens: 135
Re: Bobagens que os darwinistas fundamentalistas espalham
« Resposta #18 Online: 03 de Julho de 2007, 17:44:04 »
Aqui está:

http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=440OFC001

Impecável. E assustador.
Imaginar que o que sou hoje ou o que virei a ser no futuro é fruto pré-determinado dos meus genes, que não há saída alternativa desta equação genética. É mais reconfortante imaginar que somos mais do que o simples produto da soma. Estaremos condenados ao "eterno retorno"?

Atheist

  • Visitante
Re: Bobagens que os darwinistas fundamentalistas espalham
« Resposta #19 Online: 03 de Julho de 2007, 22:43:53 »
Eu não veria exatamente desta forma. A pré-determinação não é completa, como comentei, há mecanismos moleculares onde o aprendizado interfere.  Acho mais assustador pensar que tudo que somos é fruto de aprendizado, ou seja, somos todos influenciáveis. Isso seria terrível.

Offline Luis Dantas

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.195
  • Sexo: Masculino
  • Morituri Delendi
    • DantasWiki
Re: Bobagens que os darwinistas fundamentalistas espalham
« Resposta #20 Online: 03 de Julho de 2007, 22:48:16 »
Excelente artigo, Rubens.  Parabéns!
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Atheist

  • Visitante
Re: Bobagens que os darwinistas fundamentalistas espalham
« Resposta #21 Online: 03 de Julho de 2007, 23:42:26 »
:ok:

Thanks... Mas acho que arrumeir um inimigo para sempre... hehehe

O pior é que pode haver implicações que ainda não quero comentar... :D

Offline Latorre

  • Nível 12
  • *
  • Mensagens: 249
    • http://www.perineo.cjb.net
Re: Bobagens que os darwinistas fundamentalistas espalham
« Resposta #22 Online: 19 de Julho de 2007, 15:38:59 »
Excelente artigo, Atheist. Objetivo.
É mais reconfortante imaginar que somos mais do que o simples produto da soma. Estaremos condenados ao "eterno retorno"?
Há quem ache mais reconfortante se imaginar protegido por um fantasma imaginário todo-poderoso do que encarar uma realidade por vezes solitária. Há quem prefira o multicolorido surreal do LSD ao colorido modesto e já batido do mundo real. Preferências...
"If a man will begin in certainties, he shall end in doubts. But if he will be content to begin in doubts, he shall end in certainties." (Francis Bacon)

Offline Xara

  • Nível 10
  • *
  • Mensagens: 135
Re: Bobagens que os darwinistas fundamentalistas espalham
« Resposta #23 Online: 20 de Julho de 2007, 22:57:15 »
Desejar que o ser humano não seja apenas o resultado estreito de 2+2 não quer dizer, necessariamente, que se deseje a presença alienígena na equação de um ser supremo a velar por nós.
Prefiro acreditar que por formação ou por vetor evolutivo alguns de nós são capazes de superar, por si só, a crueza dessa limitação matemática ou genética, embora reconheça que ultimamente o nível de civilização tenha decaído bastante.

Offline Josef Babinski

  • Nível 17
  • *
  • Mensagens: 486
  • Sexo: Masculino
  • Neurologist
Re: Bobagens que os darwinistas fundamentalistas espalham
« Resposta #24 Online: 22 de Julho de 2007, 01:49:25 »
Felizmente tens razão quanto a uma coisa, hombre.. se não admites o eu nem um propósito inerente, resta-te estudar existencialismo pra entender nosso "ciclo" :)
"Não esperemos desconstruir rapidamente preceitos formados ao longo dos anos; acreditemos na razão e na perseverança."

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!