Eu não entendo o porquê do ridículo. É só uma técnica para mostrar ao adolescente que ele não deve se fixar num pedaço de carne e gordura, mas na personalidade que contém o pedaço de carne e gordura. A adolescência é difícil nesse aspecto, especialmente para o menino, que procura antes uma carinha bonita e um bumbum gostoso para ter um relacionamento do que uma pessoa legal (eu já fui adolescente e sei do que falo). "Ahhh, ela é legal mas é feinha, não é?", ou "Parece uma tábua, não tem bunda nem peito!!!", ou o contrário "Tem muita bunda e muito peito!!!", é o que normalmente se diz nas rodas de amigos. E se um membro do grupo se envolve emocionalmente com uma dessas "esteticamente incorretas", os colegas não perdoam. Isso é cruel e tem que mudar, a meu ver. A técnica indicada se propõe a ajudar a enxergar isso. Se é eficaz ou não, eu já não posso dizer. O que conta no caso é a intenção.
Ninguém está condenando a masturbação ou dizendo que é coisa do "demo", mas somente orientando os jovens a procurar olhar mais para a alma das pessoas, e não para o bumbum, ou ainda para o rostinho bonito.
Eu já vi treinamentos empresariais, onde executivos e técnicos muito bem pagos fazem disputas de aviõezinhos de papel, quebra-cabeças, gincanas com provas banais, daquelas que praticamos na 4a série primária e todo mundo diz "Ohh..., que inovação!!!". Por que a técnica exposta pelo "espírita" é mais ridícula e menos eficaz que os aviõezinhos de papel?
Aliás, o título do tópico já diz tudo. "Espírita falando sobre masturbação". Se fosse "Psicólogo falando sobre masturbação", todo mundo ia achar engraçadinho, talvez inovador, e essa citação talvez estivesse lá na região de papo-furado, ao invés de Religiões, Crenças e Mitos.
Um abraço.