Autor Tópico: Homossexualidade pode ser genética  (Lida 31565 vezes)

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Offline Geotecton

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #350 Online: 19 de Junho de 2014, 01:22:49 »
Os comentários do sergio não fazem sentido principalmente por estarem a partir de premissas falsas.

Racismo não é simplesmente a atitude de reconhecer diferenças raciais entre as espécies, mas também a atitude de classificar as raças num sistema de hierarquia racial, partindo do pressuposto de que determinadas raças são biologicamente superiores a outras, e que por isso merecem tratamento privilegiado em relação as raças consideradas inferiores na hierarquia racial. Tal atitude exige um julgamento racional que não pode ser encontrado em outras espécies da natureza que se não no próprio homem.

Além disso, não parece existir na natureza como uma condição inata, nem mesmo nos humanos. O racismo é uma manifestação cultural preconceituosa que não encontra suporte nos estudos sobre biologia das espécies.  Fenotipicamente é fácil perceber diferenças físicas entre africanos, europeus e asiáticos, no entanto o mapeamento dos genomas humano constatou que não existem diferenças significativas no genoma destas pessoas ao ponto delas serem classificadas como raças distintas.

Abraços!
O conceito de raça é cultural. O estudo do genoma permitiu verificar a possibilidade de existirem espécies ou sub-espécies diferentes de seres humanos.
Exatamente, por isso eu disse que "o racismo é uma manifestação cultural preconceituosa que não encontra suporte nos estudos sobre biologia das espécies."
O conceito de raça é cultural mas sugere-se desde uma realidade biológica. A controvérsia estabelecida entre biólogos e antropólogos por não haver um consenso sobre a definição de raça ainda não permite concluir definitivamente pela não conveniência do uso termo "raça" biologicamente, alguns estudos apontam que um possível evidência favorável a ratificação do conceito de raça biologicamente apenas enfrenta dificuldades técnicas para ser obtida. Sugere-se  que para todos os efeitos não se abandone ainda o uso do termo "raça" no meio acadêmico.

A "raça" é cultural e a sua única base biológica é de natureza fenotípica. Quando a análise vai para a escala de DNA (genótipo) demonstra-se que não há diferenças significativas entre as "raças". Em outras palavras: Não existem espécies diferentes de humanos.
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Offline Skeptikós

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #351 Online: 19 de Junho de 2014, 01:31:31 »
Não sei se estou entendendo essa discussão. O homem, por ser parte integrante da natureza, é também a natureza. Logo, tudo o que o homem é, a natureza é?
E é tão difícil aceitar isso? A realidade está aí!

A Natureza é beligerante, a Natureza é fantástica, a Natureza é indevassável, a Natureza é jocosa, a Natureza é seletiva, a Natureza é complexa, assim como a Natureza é cruel, a Natureza é pueril, a natureza é boba, ou safada, ou besta, ou teimosa, ou inocente. De quem ou do quê querem proteger a Natureza, afinal?

Ser parte integrante de um conjunto, não significa ser o conjunto. Existe uma diferença ontológica entre o conjunto e suas partes integrantes. Neste nosso caso, o homem é parte do conjunto natureza. Salvo engano isso já até deu discussões matemáticas relacionadas a um barbeiro (ou não, não me lembro!).

Se o homem é a natureza, que nesse seu contexto é também um pássaro, um escorpião etc. Logo, o homem é o pássaro, um escorpião etc! Isso não é lógico.
Ainda que fosse assim muito embora isso seja só especulação eu ainda poderia me expressar da forma como eu me expressei num sentido figurado e ainda assim seria um argumento válido.

A própria natureza é racista. As interações entre os componentes da natureza são racistas desde a realidade de que existem indivíduos de raças diferentes, portanto não se está intencionando aquí especificamente contrapor a realidade dos fatos, a realidade da natureza da existência de raças e a expressão delas, e sim em que medida a expressão racista de um indivíduo é racista de forma espúria aos acordos sociais, que estabelecem direitos iguais a indivíduos de raças diferentes. A teoria de que um indivíduo vá justificar suas posições sem a devida expressão racista inerente à sua própria natureza por conseguinte é incontingente.
Já foi dito que segundo o mapeamento dos genomas, não existem raças humanas, mas somente a espécie humana, sem distinção de raças, e que por tanto não existe na natureza humana qualquer condição inata de racismo.

Também já foi dito e reiterado que isto não é consenso, de tal modo que no meio acadêmico ainda se aconselha a manutenção do termo "raça", por essa razão.
Na comunidade cientifica me aprece existir consenso sim, de que "raça" é um termo inadequado para se referir as diferenças físicas comuns aos humanos de diferentes regiões geográficas do planeta.


Apresente suas fontes com links, demonstrando que há consenso(de todos os biólogos e antropólogos) já que essa é a sua certeza.

Verônica Bercht, As raças não existem, Historianet

SÉRGIO D. J. PENA e TELMA S. BIRCHAL, A inexistência biológica versus a existência social  de raças humanas: pode  a ciência instruir o etos social?
« Última modificação: 19 de Junho de 2014, 01:40:28 por Skeptikós »
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline JJ

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #352 Online: 19 de Junho de 2014, 08:54:55 »
Pergunta importante, pra eu me orientar nos posts deste tópico: O que é racismo?

O fato de achar que casamento birracial não deveria existir é racismo?
O fato de achar que as relações birraciais deveriam se reduzir ao foro íntimo é racismo?
O fato de achar que não deve haver uma ala negra perfeitamente identificada nas forças armadas é racismo?
O fato de odiar o fato da poligamia ser um crime e os negros não me apoiarem na minha luta a favor da poligamia e, por isso, achar a maioria deles uns hipócritas, é racismo?
O fato de achar que boa parte das pessoas são hipócritas porque dizem que são a favor dos negros na sua luta, mas não querem ter um neto negro, com a desculta esfarrapada que é porque vão discriminá-lo? (Para mim, quem é a favor das causas negras, deveria querer ter um neto negro, assim como a gente quer ter uma menina ou um menino)

Assim fica mais fácil perceber o quanto esse post é babaca e preconceituoso?

 

Só um seguidor do  Bossal  Naro   para não entender.



.

Offline JJ

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #353 Online: 19 de Junho de 2014, 09:03:37 »
Não sei se estou entendendo essa discussão. O homem, por ser parte integrante da natureza, é também a natureza. Logo, tudo o que o homem é, a natureza é?
E é tão difícil aceitar isso? A realidade está aí!

A Natureza é beligerante, a Natureza é fantástica, a Natureza é indevassável, a Natureza é jocosa, a Natureza é seletiva, a Natureza é complexa, assim como a Natureza é cruel, a Natureza é pueril, a natureza é boba, ou safada, ou besta, ou teimosa, ou inocente. De quem ou do quê querem proteger a Natureza, afinal?



Ser humano implica em ir  além da natureza.  Quanto maior o grau de civilização de um grupo humano, mais distante este estará da vida natural. Quanto mais civilizados, mais distantes da natureza.



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Offline JJ

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #354 Online: 19 de Junho de 2014, 09:13:27 »
Não sei se estou entendendo essa discussão. O homem, por ser parte integrante da natureza, é também a natureza. Logo, tudo o que o homem é, a natureza é?
E é tão difícil aceitar isso? A realidade está aí!

A Natureza é beligerante, a Natureza é fantástica, a Natureza é indevassável, a Natureza é jocosa, a Natureza é seletiva, a Natureza é complexa, assim como a Natureza é cruel, a Natureza é pueril, a natureza é boba, ou safada, ou besta, ou teimosa, ou inocente. De quem ou do quê querem proteger a Natureza, afinal?


A natureza não é boba, não é pueril, não é safada, não é teimosa, não é inocente, nem culpada, todos esses são conceitos morais e/ou sociais que não se aplicam ao que você chama de natureza. Aliás  esta  forma à que muitas pessoas se referem ao conjunto dos seres vivos e seu meio ambiente não vivo traz muita confusão, pois definitivamente "a natureza" não é  um ser vivo ou um indivíduo para que você possa corretamente atribuir características morais e/ou éticas. Muito menos é um ser vivo humano para você atribuir características morais e/ou éticas  humanas, que só fazem sentido nas interações humanas e no julgamento de humanos.



« Última modificação: 19 de Junho de 2014, 10:42:49 por JJ »

Offline Sergiomgbr

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #355 Online: 19 de Junho de 2014, 21:48:20 »
Os comentários do sergio não fazem sentido principalmente por estarem a partir de premissas falsas.

Racismo não é simplesmente a atitude de reconhecer diferenças raciais entre as espécies, mas também a atitude de classificar as raças num sistema de hierarquia racial, partindo do pressuposto de que determinadas raças são biologicamente superiores a outras, e que por isso merecem tratamento privilegiado em relação as raças consideradas inferiores na hierarquia racial. Tal atitude exige um julgamento racional que não pode ser encontrado em outras espécies da natureza que se não no próprio homem.

Além disso, não parece existir na natureza como uma condição inata, nem mesmo nos humanos. O racismo é uma manifestação cultural preconceituosa que não encontra suporte nos estudos sobre biologia das espécies.  Fenotipicamente é fácil perceber diferenças físicas entre africanos, europeus e asiáticos, no entanto o mapeamento dos genomas humano constatou que não existem diferenças significativas no genoma destas pessoas ao ponto delas serem classificadas como raças distintas.

Abraços!
O conceito de raça é cultural. O estudo do genoma permitiu verificar a possibilidade de existirem espécies ou sub-espécies diferentes de seres humanos.
Exatamente, por isso eu disse que "o racismo é uma manifestação cultural preconceituosa que não encontra suporte nos estudos sobre biologia das espécies."
O conceito de raça é cultural mas sugere-se desde uma realidade biológica. A controvérsia estabelecida entre biólogos e antropólogos por não haver um consenso sobre a definição de raça ainda não permite concluir definitivamente pela não conveniência do uso termo "raça" biologicamente, alguns estudos apontam que um possível evidência favorável a ratificação do conceito de raça biologicamente apenas enfrenta dificuldades técnicas para ser obtida. Sugere-se  que para todos os efeitos não se abandone ainda o uso do termo "raça" no meio acadêmico.

A "raça" é cultural e a sua única base biológica é de natureza fenotípica. Quando a análise vai para a escala de DNA (genótipo) demonstra-se que não há diferenças significativas entre as "raças". Em outras palavras: Não existem espécies diferentes de humanos.
Caro Geotecton, o conceito raça é um termo usual para categorizar sub-espécies, entre indivíduos de uma mesma espécie.

Não existe consenso sobre um numero ideal de variação genética para classificar esécies em subespécies, ou raças. Em cães, por exemplo o termo raça é usual para distinções para variabilidade genética em termos mais amplamente aceitos.

Entre estudiosos há uma proposta pela manuntenção do termo raça como classificação biológica de subespécies. Nunca foi consenso entre cientistas o banimento do termo "raça" desde sempre.

Esse link tem um PDF com um resumo sobre a definição, o uso corrente de "raça" como parâmetro em biologia e antropologia no meio acadêmico nos Estados Unidos, 
 e também prós e contras do uso em biologia do conceito "raça".

http://www.gmbahia.ufba.br//gmbahia/article/view/355
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Geotecton

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #356 Online: 19 de Junho de 2014, 22:25:40 »
A "raça" é cultural e a sua única base biológica é de natureza fenotípica. Quando a análise vai para a escala de DNA (genótipo) demonstra-se que não há diferenças significativas entre as "raças". Em outras palavras: Não existem espécies diferentes de humanos.
Caro Geotecton, o conceito raça é um termo usual para categorizar sub-espécies, entre indivíduos de uma mesma espécie.

Não existe consenso sobre um numero ideal de variação genética para classificar espécies em subespécies, ou raças. Em cães, por exemplo o termo raça é usual para distinções para variabilidade genética em termos mais amplamente aceitos.

Entre estudiosos há uma proposta pela manuntenção do termo raça como classificação biológica de subespécies. Nunca foi consenso entre cientistas o banimento do termo "raça" desde sempre.

Esse link tem um PDF com um resumo sobre a definição, o uso corrente de "raça" como parâmetro em biologia e antropologia no meio acadêmico nos Estados Unidos,  e também prós e contras do uso em biologia do conceito "raça".

http://www.gmbahia.ufba.br//gmbahia/article/view/355

Do seu link:

Citação de: Alves et. all, 2005

A categorização dos seres humanos em raça e etnia é um dos temas mais controversos e discutidos em medicina. Antropologistas e geneticistas acreditam que, do ponto de vista biológico, raças humanas não existem.
[...]

E os cães constituem apenas uma subespécie, o Canis lupus familiaris, do lobo.
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Offline Sergiomgbr

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #357 Online: 19 de Junho de 2014, 23:17:22 »
A "raça" é cultural e a sua única base biológica é de natureza fenotípica. Quando a análise vai para a escala de DNA (genótipo) demonstra-se que não há diferenças significativas entre as "raças". Em outras palavras: Não existem espécies diferentes de humanos.
Caro Geotecton, o conceito raça é um termo usual para categorizar sub-espécies, entre indivíduos de uma mesma espécie.

Não existe consenso sobre um numero ideal de variação genética para classificar espécies em subespécies, ou raças. Em cães, por exemplo o termo raça é usual para distinções para variabilidade genética em termos mais amplamente aceitos.

Entre estudiosos há uma proposta pela manuntenção do termo raça como classificação biológica de subespécies. Nunca foi consenso entre cientistas o banimento do termo "raça" desde sempre.

Esse link tem um PDF com um resumo sobre a definição, o uso corrente de "raça" como parâmetro em biologia e antropologia no meio acadêmico nos Estados Unidos,  e também prós e contras do uso em biologia do conceito "raça".

http://www.gmbahia.ufba.br//gmbahia/article/view/355

Do seu link:

Citação de: Alves et. all, 2005

A categorização dos seres humanos em raça e etnia é um dos temas mais controversos e discutidos em medicina. Antropologistas e geneticistas acreditam que, do ponto de vista biológico, raças humanas não existem.
[...]

E os cães constituem apenas uma subespécie, o Canis lupus familiaris, do lobo.
Talvez você tenha pinçado parte de um contexto. Do conteúdo do texto se propõe o seguinte,

Citar
Em conclusão, essa revisão nos permitiu chegar as
seguintes observações. Não existe um conceito
uniforme para raça em medicina e por isso o termo é
usado de forma inconsistente tendo conotações diversas
na prática clínica, no ensino e na pesquisa médica.

Para
algumas pessoas raça existe como algo biológico e
para outras como algo construído pela sociedade para
agrupar humanos em diferentes classes. A maioria dos
geneticistas e antropólogos concorda acerca da
inexistência de raças do ponto de vista biológico.



Entretanto é fato que variações na freqüência de fatores
genéticos e não-genéticos afetam as taxas de doença
e resposta terapêutica a medicamentos em diferentes
populações. Embora não exista uma definição comum
e consensual acreditamos que a categorização racial
deverá continuar a ser usada em medicina até que o
reconhecimento de variações gênicas possa predizer
risco e orientar terapia.

Para permitir um uso comum,
as classificações raciais deveriam seguir as
recomendações de uniformizá-las como descrito acima.
O não uso de categorias raciais ou étnicas impediria o
estudo de temas tão importantes como racismo, estudo
de doenças monogênicas e exclusão de minorias no
acesso e uso dos serviços de saúde.

Como está destacado acima em vermelho, ainda que a maioria não concorde(maioria é metade + 1, e não consenso), Ciência não é uma democracia.

Quanto à questão dos cães, ainda que se considere apenas uma subespécie, confirma-se ao menos a existência de duas raças, sem falar em inúmeros outros indivíduos de outras espécies.

Existem defensores do uso do termo raça que se baseiam em teorias e abordagens diversas das que constituem o conteúdo desse link acima, e possivelmente em estudos em andamento da existência de ao menos uma subespécie humana. (Citation needed. Desconsidere esse argumento  a  depender por enquanto de confirmação de fontes, de qualquer modo vou ver se encontro algo que não esteja sob sigilo de pesquisa, se encontrar posto tão logo quanto, ok?)


« Última modificação: 19 de Junho de 2014, 23:21:54 por sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Sergiomgbr

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #358 Online: 19 de Junho de 2014, 23:39:55 »
A "raça" é cultural e a sua única base biológica é de natureza fenotípica. Quando a análise vai para a escala de DNA (genótipo) demonstra-se que não há diferenças significativas entre as "raças". Em outras palavras: Não existem espécies diferentes de humanos.
Caro Geotecton, o conceito raça é um termo usual para categorizar sub-espécies, entre indivíduos de uma mesma espécie.

Não existe consenso sobre um numero ideal de variação genética para classificar espécies em subespécies, ou raças. Em cães, por exemplo o termo raça é usual para distinções para variabilidade genética em termos mais amplamente aceitos.

Entre estudiosos há uma proposta pela manuntenção do termo raça como classificação biológica de subespécies. Nunca foi consenso entre cientistas o banimento do termo "raça" desde sempre.

Esse link tem um PDF com um resumo sobre a definição, o uso corrente de "raça" como parâmetro em biologia e antropologia no meio acadêmico nos Estados Unidos,  e também prós e contras do uso em biologia do conceito "raça".

http://www.gmbahia.ufba.br//gmbahia/article/view/355

Do seu link:

Citação de: Alves et. all, 2005

A categorização dos seres humanos em raça e etnia é um dos temas mais controversos e discutidos em medicina. Antropologistas e geneticistas acreditam que, do ponto de vista biológico, raças humanas não existem.
[...]

E os cães constituem apenas uma subespécie, o Canis lupus familiaris, do lobo.
Talvez você tenha pinçado parte de um contexto. Do conteúdo do texto se propõe o seguinte,

Citar
Em conclusão, essa revisão nos permitiu chegar as
seguintes observações. Não existe um conceito
uniforme para raça em medicina e por isso o termo é
usado de forma inconsistente tendo conotações diversas
na prática clínica, no ensino e na pesquisa médica.

Para
algumas pessoas raça existe como algo biológico e
para outras como algo construído pela sociedade para
agrupar humanos em diferentes classes. A maioria dos
geneticistas e antropólogos concorda acerca da
inexistência de raças do ponto de vista biológico.



Entretanto é fato que variações na freqüência de fatores
genéticos e não-genéticos afetam as taxas de doença
e resposta terapêutica a medicamentos em diferentes
populações. Embora não exista uma definição comum
e consensual acreditamos que a categorização racial
deverá continuar a ser usada em medicina até que o
reconhecimento de variações gênicas possa predizer
risco e orientar terapia.

Para permitir um uso comum,
as classificações raciais deveriam seguir as
recomendações de uniformizá-las como descrito acima.
O não uso de categorias raciais ou étnicas impediria o
estudo de temas tão importantes como racismo, estudo
de doenças monogênicas e exclusão de minorias no
acesso e uso dos serviços de saúde.

Como está destacado acima em vermelho, ainda que a maioria não concorde(maioria é metade + 1, e não consenso), Ciência não é uma democracia.

Quanto à questão dos cães, ainda que se considere apenas uma subespécie, confirma-se ao menos a existência de duas raças, sem falar em inúmeros outros indivíduos de outras espécies.

Existem defensores do uso do termo raça que se baseiam em teorias e abordagens diversas das que constituem o conteúdo desse link acima, e possivelmente em estudos em andamento da existência de ao menos uma subespécie humana. (Citation needed. Desconsidere esse argumento  a  depender por enquanto de confirmação de fontes, de qualquer modo vou ver se encontro algo que não esteja sob sigilo de pesquisa, se encontrar posto tão logo quanto, ok?)
O buraco é mais embaixo,

Outro link,

Citar


Debates about race and ethnicity have changed in one important respect—today nearly all geneticists reject the idea that biological differences belie racial and ethnic distinctions. Geneticists have abandoned the search for “Indian” or “African” genes, for example, and few if any accept racial typologies. Even so, although simplistic biological interpretations of race and ethnicity have been discredited for decades, studies in clinical and population genetics continue to associate biological findings with the social identities of research participants. In some cases, scientists use genetic features to reconstruct population histories, applying biological criteria to define and redefine commonalities among research participants recruited on the basis of shared linguistic, racial, ethnic, or geographical identities. In these and other cases, researchers name the racial or ethnic communities being studied, thereby implicitly indicating that genetic features can be used to characterize contemporary social populations. Thus, although the simplistic biological understanding of race and ethnicity associated with the eugenics movement may be dead, the far more subtle presumption that racial and ethnic distinctions nonetheless capture “some” meaningful biological differences is alive and flourishing (Kaufman and Cooper 2001).



Editado. Excluí quote repetido
« Última modificação: 21 de Junho de 2014, 12:38:09 por sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #359 Online: 19 de Junho de 2014, 23:54:09 »
Talvez você tenha pinçado parte de um contexto. Do conteúdo do texto se propõe o seguinte,

Citar
Em conclusão, essa revisão nos permitiu chegar as seguintes observações. Não existe um conceito uniforme para raça em medicina e por isso o termo é usado de forma inconsistente tendo conotações diversas na prática clínica, no ensino e na pesquisa médica.

Para algumas pessoas raça existe como algo biológico e para outras como algo construído pela sociedade para agrupar humanos em diferentes classes. A maioria dos geneticistas e antropólogos concorda acerca da inexistência de raças do ponto de vista biológico.


Entretanto é fato que variações na freqüência de fatores genéticos e não-genéticos afetam as taxas de doença e resposta terapêutica a medicamentos em diferentes populações. Embora não exista uma definição comum e consensual acreditamos que a categorização racial deverá continuar a ser usada em medicina até que o reconhecimento de variações gênicas possa predizer risco e orientar terapia.

Para permitir um uso comum, as classificações raciais deveriam seguir as recomendações de uniformizá-las como descrito acima. O não uso de categorias raciais ou étnicas impediria o estudo de temas tão importantes como racismo, estudo
de doenças monogênicas e exclusão de minorias no acesso e uso dos serviços de saúde.

Como está destacado acima em vermelho, ainda que a maioria não concorde(maioria é metade + 1, e não consenso), Ciência não é uma democracia.

Certo, concordo.

Ciência não é uma democracia. E muito menos é um wishfull thinking. O mainstream científico aponta, hoje, para o fato de que não existem diferenças genotípicas entre humanos de diferentes "raças", ou seja, não existem duas espécies diferentes de seres humanos. Isto remete à questão fenotípica para tentar diferenciar-nos, como a cor da pele, por exemplo. Resumindo: A classificação de "raça" é eminentemente cultural e tem como base biológica somente aspectos superficiais, pelo que se sabe até agora. 


Quanto à questão dos cães, ainda que se considere apenas uma subespécie, confirma-se ao menos a existência de duas raças, sem falar em inúmeros outros indivíduos de outras espécies.

Acho que não fui claro. Há inúmeras "raças" de cães mas TODAS elas (e TODOS os seus espécimens) pertencem a uma única subespécie, que por sua vez deriva do lobo, que é a espécie na classificação de Lineu.


Existem defensores do uso do termo raça que se baseiam em teorias e abordagens diversas das que constituem o conteúdo desse link acima, e possivelmente em estudos em andamento da existência de ao menos uma subespécie humana. (Citation needed.

Sem problema. Por favor mostre o artigo que apresenta os dados que suportem a sua afirmação supra.


Desconsidere esse argumento  a  depender por enquanto de confirmação de fontes, de qualquer modo vou ver se encontro algo que não esteja sob sigilo de pesquisa, se encontrar posto tão logo quanto, ok?)

"Sigilo de pesquisa"?

É sério?
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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #360 Online: 20 de Junho de 2014, 01:01:29 »
Talvez você tenha pinçado parte de um contexto. Do conteúdo do texto se propõe o seguinte,

Citar
Em conclusão, essa revisão nos permitiu chegar as seguintes observações. Não existe um conceito uniforme para raça em medicina e por isso o termo é usado de forma inconsistente tendo conotações diversas na prática clínica, no ensino e na pesquisa médica.

Para algumas pessoas raça existe como algo biológico e para outras como algo construído pela sociedade para agrupar humanos em diferentes classes. A maioria dos geneticistas e antropólogos concorda acerca da inexistência de raças do ponto de vista biológico.


Entretanto é fato que variações na freqüência de fatores genéticos e não-genéticos afetam as taxas de doença e resposta terapêutica a medicamentos em diferentes populações. Embora não exista uma definição comum e consensual acreditamos que a categorização racial deverá continuar a ser usada em medicina até que o reconhecimento de variações gênicas possa predizer risco e orientar terapia.

Para permitir um uso comum, as classificações raciais deveriam seguir as recomendações de uniformizá-las como descrito acima. O não uso de categorias raciais ou étnicas impediria o estudo de temas tão importantes como racismo, estudo
de doenças monogênicas e exclusão de minorias no acesso e uso dos serviços de saúde.

Como está destacado acima em vermelho, ainda que a maioria não concorde(maioria é metade + 1, e não consenso), Ciência não é uma democracia.

Certo, concordo.

Ciência não é uma democracia. E muito menos é um wishfull thinking. O mainstream científico aponta, hoje, para o fato de que não existem diferenças genotípicas entre humanos de diferentes "raças", ou seja, não existem duas espécies diferentes de seres humanos. Isto remete à questão fenotípica para tentar diferenciar-nos, como a cor da pele, por exemplo. Resumindo: A classificação de "raça" é eminentemente cultural e tem como base biológica somente aspectos superficiais, pelo que se sabe até agora. 


Se a controvérsia inicial era se havia ou não um consenso, e se havia ou não a proposta da manutenção do termo raça sob a perspectiva científica. O link foi apresentado e reproduzido conteúdo que remete à minha admoestação.

Meu caro Geotecton, quem se dedica a apreender a realidade não se curva a métodos ou epistemologias ou a mainstreans científicos ou outros de qualquer natureza, na verdade os subverte, caso contrário, tudo não passaria de purowishfull thinking.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Geotecton

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #361 Online: 20 de Junho de 2014, 02:25:10 »
Talvez você tenha pinçado parte de um contexto. Do conteúdo do texto se propõe o seguinte,
Citar
Em conclusão, essa revisão nos permitiu chegar as seguintes observações. Não existe um conceito uniforme para raça em medicina e por isso o termo é usado de forma inconsistente tendo conotações diversas na prática clínica, no ensino e na pesquisa médica.

Para algumas pessoas raça existe como algo biológico e para outras como algo construído pela sociedade para agrupar humanos em diferentes classes. A maioria dos geneticistas e antropólogos concorda acerca da inexistência de raças do ponto de vista biológico.


Entretanto é fato que variações na freqüência de fatores genéticos e não-genéticos afetam as taxas de doença e resposta terapêutica a medicamentos em diferentes populações. Embora não exista uma definição comum e consensual acreditamos que a categorização racial deverá continuar a ser usada em medicina até que o reconhecimento de variações gênicas possa predizer risco e orientar terapia.

Para permitir um uso comum, as classificações raciais deveriam seguir as recomendações de uniformizá-las como descrito acima. O não uso de categorias raciais ou étnicas impediria o estudo de temas tão importantes como racismo, estudo
de doenças monogênicas e exclusão de minorias no acesso e uso dos serviços de saúde.

Como está destacado acima em vermelho, ainda que a maioria não concorde(maioria é metade + 1, e não consenso), Ciência não é uma democracia.
Certo, concordo.

Ciência não é uma democracia. E muito menos é um wishfull thinking. O mainstream científico aponta, hoje, para o fato de que não existem diferenças genotípicas entre humanos de diferentes "raças", ou seja, não existem duas espécies diferentes de seres humanos. Isto remete à questão fenotípica para tentar diferenciar-nos, como a cor da pele, por exemplo. Resumindo: A classificação de "raça" é eminentemente cultural e tem como base biológica somente aspectos superficiais, pelo que se sabe até agora. 
Se a controvérsia inicial era se havia ou não um consenso, e se havia ou não a proposta da manutenção do termo raça sob a perspectiva científica. O link foi apresentado e reproduzido conteúdo que remete à minha admoestação.

E a resposta continua sendo "não" sob a perspectiva genotípica. A palavra "raça" se sustenta, ainda, por causa das características fenotípicas. O que apenas corrobora o que escrevi e que é o consenso científico.

Você pode trazer alguma fonte esporádica e pode afirmar que "maioria não é unanimidade" e eu concordarei integralmente mesmo porque isto ocorre em todas as áreas da Ciência.


Meu caro Geotecton, quem se dedica a apreender a realidade não se curva a métodos ou epistemologias ou a mainstreans científicos ou outros de qualquer natureza, na verdade os subverte, caso contrário, tudo não passaria de puro wishfull thinking.

Uma coisa é contestar o conhecimento estabelecido, demonstrando cabalmente onde ele está equivocado. Outra coisa é manter uma opinião lastreada em uma posição minoritária da área científica em questão, que se não pode ser descartada também não pode ter o mesmo "peso" que a hipótese contrária. No momento que você tiver um artigo que demonstre que a palavra "raça" expressa um conceito de diferenças biológicas capazes de estabelecer ao menos uma subespécie, aí serei o primeiro a reconhecer o seu argumento. Até lá...
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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #362 Online: 20 de Junho de 2014, 05:41:42 »
Talvez você tenha pinçado parte de um contexto. Do conteúdo do texto se propõe o seguinte,

Citar
Em conclusão, essa revisão nos permitiu chegar as seguintes observações. Não existe um conceito uniforme para raça em medicina e por isso o termo é usado de forma inconsistente tendo conotações diversas na prática clínica, no ensino e na pesquisa médica.

Para algumas pessoas raça existe como algo biológico e para outras como algo construído pela sociedade para agrupar humanos em diferentes classes. A maioria dos geneticistas e antropólogos concorda acerca da inexistência de raças do ponto de vista biológico.


Entretanto é fato que variações na freqüência de fatores genéticos e não-genéticos afetam as taxas de doença e resposta terapêutica a medicamentos em diferentes populações. Embora não exista uma definição comum e consensual acreditamos que a categorização racial deverá continuar a ser usada em medicina até que o reconhecimento de variações gênicas possa predizer risco e orientar terapia.

Para permitir um uso comum, as classificações raciais deveriam seguir as recomendações de uniformizá-las como descrito acima. O não uso de categorias raciais ou étnicas impediria o estudo de temas tão importantes como racismo, estudo
de doenças monogênicas e exclusão de minorias no acesso e uso dos serviços de saúde.

Como está destacado acima em vermelho, ainda que a maioria não concorde(maioria é metade + 1, e não consenso), Ciência não é uma democracia.

Certo, concordo.

Ciência não é uma democracia. E muito menos é um wishfull thinking. O mainstream científico aponta, hoje, para o fato de que não existem diferenças genotípicas entre humanos de diferentes "raças", ou seja, não existem duas espécies diferentes de seres humanos. Isto remete à questão fenotípica para tentar diferenciar-nos, como a cor da pele, por exemplo. Resumindo: A classificação de "raça" é eminentemente cultural e tem como base biológica somente aspectos superficiais, pelo que se sabe até agora. 


Quanto à questão dos cães, ainda que se considere apenas uma subespécie, confirma-se ao menos a existência de duas raças, sem falar em inúmeros outros indivíduos de outras espécies.

Acho que não fui claro. Há inúmeras "raças" de cães mas TODAS elas (e TODOS os seus espécimens) pertencem a uma única subespécie, que por sua vez deriva do lobo, que é a espécie na classificação de Lineu.

Ou seja, as inúmeras "raças" de "cães" na verdade constituiriam apenas uma subespécie que seria a subespécie canis lupus familiaris que na verdade é uma subespécie da espécie canis lupus lupus, ou seja, o termo cão é relativo à espécie canis lupus lupus, enquanto canis lupus familiaris, portanto, uma raça, e nquanto o próprio canis lupus lupus seria uma outra raça de cão. De qualquer modo, desde o canis lupus lupus se originaram além do canis lupus familiaris, muitas outras subspécies, entre elas o  canis lupus dingo, o cão selvagem australiano.
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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #363 Online: 20 de Junho de 2014, 05:57:09 »



Existem defensores do uso do termo raça que se baseiam em teorias e abordagens diversas das que constituem o conteúdo desse link acima, e possivelmente em estudos em andamento da existência de ao menos uma subespécie humana. (Citation needed.

Sem problema. Por favor mostre o artigo que apresenta os dados que suportem a sua afirmação supra.

Eu postei um quote num outro post acima, mas não havia colocado o link,

http://genome.cshlp.org/content/12/6/844.fullhttp://

quanto ao "possivelmente", não haveria como apresentar dados sobre algo que está claramente conotado como minha mera expectativa pessoal, até pelos possiveis indícios dessa possibilidade não serem ainda objetivamente apontados.
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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #364 Online: 20 de Junho de 2014, 06:01:48 »
"Sigilo de pesquisa"?

É sério?
Podes crer. Pesquisas em certos estágios são sigilosas.
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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #365 Online: 20 de Junho de 2014, 06:17:41 »
Talvez você tenha pinçado parte de um contexto. Do conteúdo do texto se propõe o seguinte,
Citar
Em conclusão, essa revisão nos permitiu chegar as seguintes observações. Não existe um conceito uniforme para raça em medicina e por isso o termo é usado de forma inconsistente tendo conotações diversas na prática clínica, no ensino e na pesquisa médica.

Para algumas pessoas raça existe como algo biológico e para outras como algo construído pela sociedade para agrupar humanos em diferentes classes. A maioria dos geneticistas e antropólogos concorda acerca da inexistência de raças do ponto de vista biológico.


Entretanto é fato que variações na freqüência de fatores genéticos e não-genéticos afetam as taxas de doença e resposta terapêutica a medicamentos em diferentes populações. Embora não exista uma definição comum e consensual acreditamos que a categorização racial deverá continuar a ser usada em medicina até que o reconhecimento de variações gênicas possa predizer risco e orientar terapia.

Para permitir um uso comum, as classificações raciais deveriam seguir as recomendações de uniformizá-las como descrito acima. O não uso de categorias raciais ou étnicas impediria o estudo de temas tão importantes como racismo, estudo
de doenças monogênicas e exclusão de minorias no acesso e uso dos serviços de saúde.

Como está destacado acima em vermelho, ainda que a maioria não concorde(maioria é metade + 1, e não consenso), Ciência não é uma democracia.
Certo, concordo.

Ciência não é uma democracia. E muito menos é um wishfull thinking. O mainstream científico aponta, hoje, para o fato de que não existem diferenças genotípicas entre humanos de diferentes "raças", ou seja, não existem duas espécies diferentes de seres humanos. Isto remete à questão fenotípica para tentar diferenciar-nos, como a cor da pele, por exemplo. Resumindo: A classificação de "raça" é eminentemente cultural e tem como base biológica somente aspectos superficiais, pelo que se sabe até agora. 
Se a controvérsia inicial era se havia ou não um consenso, e se havia ou não a proposta da manutenção do termo raça sob a perspectiva científica. O link foi apresentado e reproduzido conteúdo que remete à minha admoestação.

E a resposta continua sendo "não" sob a perspectiva genotípica. A palavra "raça" se sustenta, ainda, por causa das características fenotípicas. O que apenas corrobora o que escrevi e que é o consenso científico.

Do mesmo link em PDF,
Citar
Marcadores Biológicos
O principal ponto de discórdia em relação à
existência de raças humanas é se existe ou não um
conteúdo biológico para classificação racial.
Antes de discutir as evidências se raça tem ou não
um marcador biológico que possa dividi-la em
diferentes grupos é importante rever os conceitos de
genótipo e fenótipo para o melhor entendimento da
argumentação. Genótipo são os atributos individuais
decorrentes da herança de genes contidos no ovo
fecundado, sendo metade oriundos da mãe e metade
oriundos do pai. Fenótipo é o modo pelo qual o
genótipo se manifesta, sendo fortemente influenciado
pelas condições ambientais
(13)
.
Duas teorias diametralmente opostas existem em
relação à raça e biologia.
A primeira diz respeito à
inexistência de raças distintas, sendo aquilo que
chamamos de raça, a expressão fenotípica diferente
de um mesmo genótipo
(48)
. Ou seja, as características
fenótipicas a qual damos o nome de raça nada mais
são que adaptações genéticas de populações com
modificações na freqüência e ocorrência de certos
genes com o objetivo de manter a sobrevivência da
espécie. A segunda teoria argumenta que se a pessoas
herdam genes (modificações no substrato genético),
que lhes conferem características físicas diferentes, elas
também podem herdar genes com atributos de
aumentar a proteção ou susceptibilidade para certas
doenças. Sendo isto possível de ser definido
biologicamente viria a ter grande importância no estudo
das doenças.

Está aí claramente expresso em destaque que ao menos a partir desse texto não há exatamente esse consenso.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Sergiomgbr

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #366 Online: 20 de Junho de 2014, 06:24:28 »

Uma coisa é contestar o conhecimento estabelecido, demonstrando cabalmente onde ele está equivocado. Outra coisa é manter uma opinião lastreada em uma posição minoritária da área científica em questão, que se não pode ser descartada também não pode ter o mesmo "peso" que a hipótese contrária. No momento que você tiver um artigo que demonstre que a palavra "raça" expressa um conceito de diferenças biológicas capazes de estabelecer ao menos uma subespécie, aí serei o primeiro a reconhecer o seu argumento. Até lá...
Mas qual argumento? Não me lembro de ter argumentado algo que não tenha sido devidamente contextualizado. Pode quotá-lo?
« Última modificação: 20 de Junho de 2014, 06:27:10 por sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Donatello

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #367 Online: 22 de Junho de 2014, 07:49:52 »
Este tópico não era sobre homossexualidade?

Bem, em primeiro lugar quero sugerir um documentário norueguês cujo nome traduzido é "Lavagem cerebral". Não sei quantos aqui já viram mas é extremamente instrutivo e correto, ao meu ver: fala exatamente sobre as investigações científicas e as percepções gerais quanto aos pesos da biologia e da "cultura" em campos como diferenças étnicas, de gênero, de comportamento sexual (entre homens e mulheres) e de opção sexual. É dividido em sete partes das quais a primeira (a que fala de diferenças de gênero) tem traduzida pro português e as demais estão traduzidas para o Inglês nos links que vou passar no final do comentário.

O documentário faz um cruzamento entre alegações de estudiosos especialistas em diversas áreas e teve tanto impacto no seu país que resultou no fechamento de algo como o "Instituto Norueguês de Estudos de Gêneros" depois de a população ficar convencida, a partir do documentário, que o que se fazia ali não era Ciência senão a "validação acadêmica" de discursos políticos igualitaristas e percepções de senso comum. Foi realizado por um humorista famoso que é formado em Ciências Sociais e exibido na principal emissora de lá.

A discussão sobre a existência biológica de raças é um aborto: o conceito de raça se aplicar ou não a humanos nada diz sobre a possibilidade ou não de determinados genes relacionados a determinadas aptidões ou padrões comportamentais poder ou não ter sido isolado em determinados grupos étnicos, raciais, subespecíficos ou como queiram chamar. Eu sempre achei possível que pudesse haver distinções inatas de aptidão ou comportamento que estivessem relacionadas a padrões étnicos mas acreditava na cultura como algo que suplantaria e tornaria obsoletas estas possíveis diferenças, mas hoje, já passando da metade do curso de Biologia eu não acho mais possível, me parece algo tão certo quanto o resultado de dois mais dois (que existam tais diferenças) e não estou mais tão certo sobre se a cultura "ganha o jogo" embora não tenha dúvidas, ainda, de que ela jogue e marque gols. Alegações sobre o percentual de semelhança genética não dizem patavinas também, importantes diferenças fenotípicas podem derivar de pequeníssimas alterações genotípicas.

A ideia de que a cor da pele por ser mais "superficial" seria muito mais suscetível às pressões seletivas darwinianas é tão intuitiva quanto errada. Os tipos de recursos limitantes (alimento, abrigo...), o predomínio de competição intra ou interespecífica... só para citar exemplos, são fatores que podem ser tão influentes na seleção de genes quanto as variações de intensidade da luz solar. Podemos pensar que alguns grupos humanos passaram muito tempo vivendo em savanas enquanto outros passaram muito tempo vivendo em florestas tropicais? Podemos pensar que alguns grupos humanos passaram milênios só competindo diretamente por recursos com outros homo sapiens enquanto outros grupos dividiram espaço com outros hominídeos tendo competido com estes por recursos parecidos? Podemos pensar em grupos humanos que tenham passado milhares de anos vivendo em ambientes repletos de predadores que apreciavam nossa carne enquanto outros, mais sortudos, conseguiram um lugarzinho na Terra em que eram topo de cadeia para morar? Então podemos pensar que nestes diferentes grupos tenham sido selecionados genes distintos relativos à agressividade, ao "agrupamento familiar", à fuga (neste documentário que estou linkando um professor de educação física afirma que os grupos musculares dos negros são distintos dos dos brancos e que isto estaria relacionado ao grande número de medalhistas negros no atletismo: milênios vivendo em savanas e tendo que fugir pela vida de felinos famintos podem ter selecionado os melhores corredores? é nesta linha que evolucionistas tendem a ver as coisas, pelo menos quando não estamos falando de humanos).

Eu percebo ainda que, mesmo materialistas como nós, ainda guardamos uma intuição de que "inteligência" ou "agressividade" ou "habilidade em atirar dardos" sejam coisas muito menos materiais do que o formato do crânio ou o tamanho da beiça, mas não são: todas estas aptidões "imateriais" estão relacionadas em alguma medida a coisas materiais como padrões de mielinização ou diferenças na síntese deste ou daquele hormônio ou presença ou não deste ou daquele receptor que por acaso deverá ser uma proteína codificada por trechos específicos do material genético igualzinho o que é a melanina.

Se não quiserem ver os vídeos vejam pelo menos o trechinho em torno dos 30 minutos em diante do primeiro link: o comediante leva para uma psicóloga evolucionista um vídeo em que um pesquisador do tal instituto que foi fechado afirma que as diferenças entre homens e mulheres se limitam a coisas como pelos pubianos e tom de voz, eu acho as caretas e o comentário que ela faz "incríveis" :histeria:

Parte legendada em português:

Doc completo com partes em norueguês legendadas para inglês e partes em inglês sem legenda
http://www.youtube.com/user/hgoetkehgoetke/search?query=brainwash

« Última modificação: 22 de Junho de 2014, 10:11:56 por Pai Donatello de Ifá »

Offline Donatello

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #368 Online: 22 de Junho de 2014, 08:00:39 »
Pra complementar, alguns trechos de dois dos regularmente (e estes casos confirmam a regra) ótimos artigos do Helio Schwartsmann, sobre este tema. O artigo deu bafafá, foi acusado pela Carta Capital de ser fascista. Eu já usei um dos trechos a seguir como assinatura:

"O problema aqui é o mito da “tabula rasa”, segundo o qual os homens nascem como uma folha em branco e as diferenças que acabam por desenvolver são fruto de condições externas. A ideia fez carreira entre pensadores de esquerda. Em vez de defender que todos devem ter os mesmos direitos, resolveram que a igualdade precisaria ser um dado da natureza. Só que não é. Se não existissem diferenças biológicas entre indivíduos e grupos de indivíduos, não haveria espécies nem evolução e não estaríamos aqui para discutir essas coisas."

"Se queremos que a ciência tenha alguma utilidade nessa empreitada, pesquisadores devem ser incentivados a descrever o mundo como ele é, não como gostaríamos que fosse."

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/123193-demografia-do-nobel.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2013/08/1325563-o-mundo-como-ele-e.shtml
« Última modificação: 22 de Junho de 2014, 17:03:21 por Pai Donatello de Ifá »

Offline Pasteur

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #369 Online: 22 de Junho de 2014, 11:39:28 »

Offline Skeptikós

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #370 Online: 22 de Junho de 2014, 15:43:54 »


Parte legendada em português:

Me parece que realmente não somente os estímulos vindo do ambiente sejam os únicos responsáveis pelas diferenças de comportamento e aptidões observadas em homens e mulheres. Os genes parecem mesmo também terem forte impacto nestas diferenças. O interessante é que a turma do "Instituto  Norueguês de Estudos de Gêneros" são extremamente unilaterais e preconceituosos, assim que um estudo americano que sugeria diferenças inatas entre homens e mulheres fora citado, eles simplesmente o ignoraram e fizeram troça dele, somente por contradizer os desejos deles de que tudo não passa de influência ambiental, e o pior, fizeram isso sem nem mesmo procurar saber que dados e evidências tal estudo trazia. E sobre os estudos que apontam para diferenças entre cérebros femininos e masculinos, os membros do "Instituto  Norueguês de Estudos de Gêneros" foram também muto enfáticos ao os recusarem e os taxarem de obsoletos e refutados, sem no entanto citar nenhuma referência de qualquer estudo mais recente de que de fato tenha refutado e tornado tal ideia obsoleta.

O que eu penso é que nós realmente devemos nascer com algumas predisposições inatas, e que os estímulos ambientais a nossa volta acabam por reforçar ou minimizar tais predisposições.

Abraços!
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #371 Online: 22 de Junho de 2014, 15:49:54 »


Parte legendada em português:

Me parece que realmente não somente os estímulos vindo do ambiente sejam os únicos responsáveis pelas diferenças de comportamento e aptidões observadas em homens e mulheres. Os genes parecem mesmo também terem forte impacto nestas diferenças. O interessante é que a turma do "Instituto  Norueguês de Estudos de Gêneros" são extremamente unilaterais e preconceituosos, assim que um estudo americano que sugeria diferenças inatas entre homens e mulheres fora citado, eles simplesmente o ignoraram e fizeram troça dele, somente por contradizer os desejos deles de que tudo não passa de influência ambiental, e o pior, fizeram isso sem nem mesmo procurar saber que dados e evidências tal estudo trazia. E sobre os estudos que apontam para diferenças entre cérebros femininos e masculinos, os membros do "Instituto  Norueguês de Estudos de Gêneros" foram também muto enfáticos ao os recusarem e os taxarem de obsoletos e refutados, sem no entanto citar nenhuma referência de qualquer estudo mais recente de que de fato tenha refutado e tornado tal ideia obsoleta.

O que eu penso é que nós realmente devemos nascer com algumas predisposições inatas, e que os estímulos ambientais a nossa volta acabam por reforçar ou minimizar tais predisposições.

Abraços!
Uau, Skeptikos, quando você fala nesses termos até parece outro forista, mudança radical na clareza das ideias. Parabens.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Skeptikós

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #372 Online: 22 de Junho de 2014, 22:14:24 »
Parte legendada em português:

Doc completo com partes em norueguês legendadas para inglês e partes em inglês sem legenda
http://www.youtube.com/user/hgoetkehgoetke/search?query=brainwash
A parte que fala sobre homossexuais e heterossexuais também esta legendado em português:

<a href="http://www.youtube.com/v/sED5qymZck0" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/sED5qymZck0</a>

 :ok:
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"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Skeptikós

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #373 Online: 22 de Junho de 2014, 22:23:25 »
Este artigo abaixo é uma teoria antropológica sobre a sexualidade humana por Luiz Mott, que foca na influência cultural na orientação sexual dentre outros temas mais relacionados a sexualidade. No entanto, apesar do foco ser na cultura, e por tanto, uma teoria antropológica, o autor levou em consideração o que vem sendo dito sobre a sexualidade humana nas demais ciências envolvidas neste debate, sociologia, biologia e psicologia também são abordadas pelo autor:

TEORIA ANTROPOLÓGICA E SEXUALIDADE HUMANA por Luiz Mott

Abraços!
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline AlienígenA

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #374 Online: 23 de Junho de 2014, 09:01:11 »
Eu aqui, após ver os vídeos recomendados pelo Donatello, estou questionando se essa aparente diferença de percepção sobre as diferenças e semelhanças também não é genética. Há pessoas que parecem ter uma percepção das outras, digamos, dualista, tipo homem x mulher, branco x preto, rico x pobre, bonitos x feios, ateus x religiosos, direita x esquerda, mocinhos x bandidos, enfim, nós x eles, normalmente acompanhada de uma noção de papéis bem definida, tipo cada macaco no seu galho, não aceitando muito bem a ideia inversões de papéis, num extremo, enquanto outras, no outro extremo, parecem ter percepção oposta, focada nas semelhanças, e resistente, se não a admitir as diferenças, a dar importância a elas, meio que "bonobos". São ambos traços tão fortes que parecem mais "materiais" do que "imateriais".

 

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