Este tópico não era sobre homossexualidade?
Bem, em primeiro lugar quero sugerir um documentário norueguês cujo nome traduzido é "Lavagem cerebral". Não sei quantos aqui já viram mas é extremamente instrutivo e correto, ao meu ver: fala exatamente sobre as investigações científicas e as percepções gerais quanto aos pesos da biologia e da "cultura" em campos como diferenças étnicas, de gênero, de comportamento sexual (entre homens e mulheres) e de opção sexual. É dividido em sete partes das quais a primeira (a que fala de diferenças de gênero) tem traduzida pro português e as demais estão traduzidas para o Inglês nos links que vou passar no final do comentário.
O documentário faz um cruzamento entre alegações de estudiosos especialistas em diversas áreas e teve tanto impacto no seu país que resultou no fechamento de algo como o "Instituto Norueguês de Estudos de Gêneros" depois de a população ficar convencida, a partir do documentário, que o que se fazia ali não era Ciência senão a "validação acadêmica" de discursos políticos igualitaristas e percepções de senso comum. Foi realizado por um humorista famoso que é formado em Ciências Sociais e exibido na principal emissora de lá.
A discussão sobre a existência biológica de raças é um aborto: o conceito de raça se aplicar ou não a humanos nada diz sobre a possibilidade ou não de determinados genes relacionados a determinadas aptidões ou padrões comportamentais poder ou não ter sido isolado em determinados grupos étnicos, raciais, subespecíficos ou como queiram chamar. Eu sempre achei possível que pudesse haver distinções inatas de aptidão ou comportamento que estivessem relacionadas a padrões étnicos mas acreditava na cultura como algo que suplantaria e tornaria obsoletas estas possíveis diferenças, mas hoje, já passando da metade do curso de Biologia eu não acho mais possível, me parece algo tão certo quanto o resultado de dois mais dois (que existam tais diferenças) e não estou mais tão certo sobre se a cultura "ganha o jogo" embora não tenha dúvidas, ainda, de que ela jogue e marque gols. Alegações sobre o percentual de semelhança genética não dizem patavinas também, importantes diferenças fenotípicas podem derivar de pequeníssimas alterações genotípicas.
A ideia de que a cor da pele por ser mais "superficial" seria muito mais suscetível às pressões seletivas darwinianas é tão intuitiva quanto errada. Os tipos de recursos limitantes (alimento, abrigo...), o predomínio de competição intra ou interespecífica... só para citar exemplos, são fatores que podem ser tão influentes na seleção de genes quanto as variações de intensidade da luz solar. Podemos pensar que alguns grupos humanos passaram muito tempo vivendo em savanas enquanto outros passaram muito tempo vivendo em florestas tropicais? Podemos pensar que alguns grupos humanos passaram milênios só competindo diretamente por recursos com outros
homo sapiens enquanto outros grupos dividiram espaço com outros hominídeos tendo competido com estes por recursos parecidos? Podemos pensar em grupos humanos que tenham passado milhares de anos vivendo em ambientes repletos de predadores que apreciavam nossa carne enquanto outros, mais sortudos, conseguiram um lugarzinho na Terra em que eram topo de cadeia para morar? Então podemos pensar que nestes diferentes grupos tenham sido selecionados genes distintos relativos à agressividade, ao "agrupamento familiar", à fuga (neste documentário que estou linkando um professor de educação física afirma que os grupos musculares dos negros são distintos dos dos brancos e que isto estaria relacionado ao grande número de medalhistas negros no atletismo: milênios vivendo em savanas e tendo que fugir pela vida de felinos famintos podem ter selecionado os melhores corredores? é nesta linha que evolucionistas tendem a ver as coisas, pelo menos quando não estamos falando de humanos).
Eu percebo ainda que, mesmo materialistas como nós, ainda guardamos uma intuição de que "inteligência" ou "agressividade" ou "habilidade em atirar dardos" sejam coisas muito menos materiais do que o formato do crânio ou o tamanho da beiça, mas não são: todas estas aptidões "imateriais" estão relacionadas em alguma medida a coisas materiais como padrões de mielinização ou diferenças na síntese deste ou daquele hormônio ou presença ou não deste ou daquele receptor que por acaso deverá ser uma proteína codificada por trechos específicos do material genético igualzinho o que é a melanina.
Se não quiserem ver os vídeos vejam pelo menos o trechinho em torno dos 30 minutos em diante do primeiro link: o comediante leva para uma psicóloga evolucionista um vídeo em que um pesquisador do tal instituto que foi fechado afirma que as diferenças entre homens e mulheres se limitam a coisas como pelos pubianos e tom de voz, eu acho as caretas e o comentário que ela faz "incríveis"
Parte legendada em português:
Doc completo com partes em norueguês legendadas para inglês e partes em inglês sem legenda
http://www.youtube.com/user/hgoetkehgoetke/search?query=brainwash