Quais seriam as fontes mais aprofundadas neste caso? De qual linha budista?
Seria um julgamento arbitrário?
Seguir esta ou aquela linha é, no fundo, apenas uma questão de que textos e instrutores se tem. Faz
alguma diferença, mas não garante nada.
Mas para não te deixar sem uma resposta útil, procure pelas fontes que enfatizam a responsabilidade pessoal, o princípio da originação interdependente, e as que conseguem se defender mais eficazmente das armadilhas mais óbvias (etnocentrismo, dogmatismo, mistificação).
Aí acontece um mal-entendido frequente: reinterpretar e arbitrar o ensinamento religioso não é apenas válido, é necessário para que ele se mantenha útil, relevante e significativo. Cada pessoa deve ser seu próprio sacerdote, por mais que aprenda com outros.
Quanto a utilidade, tento entender seu ponto de vista. Porém, em certos casos, será que não seria mais fácil abandonar a crença e certos ensinamentos religiosos do que ficar readaptando as crenças originais?
Todos nós temos nossas heranças. São elas o material que temos para trabalhar. Ou talvez eu não esteja entendendo bem o que seria "abandonar a crença".
Seria cansativo, e talvez desnecessário, ter que ficar encontrando utilidade e significado em todas crenças e textos 'sagrados'.
Todas? Sim, certamente seria. Não foi o que eu propus, de qualquer forma. É preciso escolher, e isso inclui rejeitar certas crenças como as superstições e bobagens que são.
É apenas um questionamento sem valor prático útil para o tópico e não pretendo neste caso chegar a uma conclusão se isto seja certo ou errado, melhor ou pior.
Porém, voltando ao cerne do assunto quotado, estou debatendo especificamente sobre o budismo e suas doutrinas. Não adianta eu argumentar baseado na literatura disponível e você debater sobre suas crenças e interpretações pessoais, pois senão não estaremos a debater uma religião, que é o meu intuito, mas um entendimento pessoal que até pode ter originado dela mas não passa de algo particular, que não é meu interesse neste tópico.
Então a conversa acaba aqui, pois religião É entendimento pessoal. Literatura e doutrina são apenas ferramentas para construí-la. Enquanto você não aceitar isso não temos como chegar a um entendimento.
Se vai se deixar levar pela curiosidade, faça com que valha a pena; formule seus próprios juízos.
Formulo idéias sobre a literatura disponível.
Literatura são só palavras. Mesmo as melhores, como o Tao Te Ching e o Baghavad Gita, não valem nada sem um ser humano para lhes emprestar valor.
O que seria "budismo oficial"? O budismo se divide em várias linhas, e não há por que considerar que uma seja oficial e as outras não. Cada um deve ter seu próprio rumo e discernimento.
Então, qual o motivo para chamar o entendimento que expus, baseado em um livro que tinha em mãos, de leviano e superficial? Até o momento não argumentou claramente sobre o que tem de errado nas outras formas de interpretação das doutrinas budistas e qual é a correta.
Suas fontes devem ser bem superficiais mesmo, então. Não mencionam a impermanência, a vacuidade dos fenômenos, a originação interdependente, as Quatro Nobres Verdades, o Nobre Caminho Óctuplo?
É largamente reconhecido que essa é a base do Budismo, mesmo que em algumas escolas, por motivos vários, haja outras ênfases.
Procure se informar. Há um forte trabalho de formação de pontes entre escolas budistas hoje em dia, com resultados bem ricos.
Os resultados reais da prática.
Não vejo como isto pode ser entendido como fonte de consulta.
Hein?
Se "explicação teológica" é, como você propõe, um eufemismo para "dogma glorificado", então nem cabe debate: quem quiser que acredite, quem quiser que desconsidere sumariamente, e fim de história.
De fato, isso é perda de tempo, por isso não me interessa.
Cada um pode ter seu próprio discernimento, interpretação e experiências, e assim estaríamos a debater crenças e idéias pessoais.
Assim seria se vivêssemos isolados em nossas bolhas pessoais, sem contato ou experiências mútuas.
O Dalai Lama é da escola Nyingma, mas seria uma distorção grave dizer que é uma linha "divergente". Divergente do que?
Se não é divergente, qual o problema nas informações que expus relacionada aparentemente à linha de raciocínio do Dalai Lama?
Eu já disse, não disse?
Redação equivocada do autor do livro? Interpretação adulterada?
Sim.