Não sei até que ponto podemos comparar o divórcio nos anos 40, e a situação do compartilhamento de arquivos hoje em dia.
Penso na comparação em termos da "moralidade" envolvida. Hoje em dia é "moralmente errado" compartilhar arquivos via p2p, ainda que não haja troca de dinheiro. Nos anos 40, divórcio era "moralmente errado", por afrontar uma suposta união familiar.
O entendimento sobre o divórcio mudou porque a maneira de pensar e, principalmente, a prática das pessoas mudou. Se a Lei não acompanhasse essa mudança, se tornaria letra morta.
Ora, o mesmo pode se dar com tecnologias de compartilhamento de arquivos e PI. A Lei corre sério risco de se tornar letra morta a menos que mude em conformidade com o nosso tempo.
Entendo seu ponto, mas ainda acho que estamos falando de coisas muito diferentes.
Um divórcio envolve dois adultos, ainda que moralmente condenável em uma época (valores religiosos, não?) é uma questão de sobrevivência até, existem casos em que condenar as duas pessoas a permanecerem casadas seria algo criminoso, é algo de primeira necessidade que as pessoas possam ser livres para seguir seus caminhos, se o casamento foi um erro, tem o divórcio e pronto, cada um segue, ao menos em tese, seu caminho.
Enquanto que compartilhar arquivos está longe de ser algo de primeira necessidade. Vamos supor, apenas para argumentar, que uma solução X qualquer eliminou toda a pirataria do mundo. Alguém ia morrer se não pudesse mais baixar arquivos compartilhados em e-mules, torrents? Acho que não.
EDIT : continuo a participar do tópico amanhã.