Autor Tópico: "como pensam os brasileiros"  (Lida 33871 vezes)

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Offline Alegra

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Re: "como pensam os brasileiros"
« Resposta #300 Online: 24 de Novembro de 2007, 19:49:55 »
Mas se vopcê disponibiliza  na rede não é mais para uso pessoal e doméstico.

Eu faço uso doméstico....  Eu não disponibilizo nada na rede. Portanto eu não estou fazendo nada ilegal.
Aqui cada caso é um caso.


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Offline Dbohr

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Re: "como pensam os brasileiros"
« Resposta #301 Online: 24 de Novembro de 2007, 19:51:58 »
Hmmm... se você baixa arquivos diretamente, então faz uso pessoal. Se usa Torrentes ou baixa no e-mule, sinto dizer que você compartilha com todo mundo, sim :-P

Offline Adriano

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Re: "como pensam os brasileiros"
« Resposta #302 Online: 24 de Novembro de 2007, 19:55:55 »
Citação de: Thomas Jefferson
The Writings of Thomas Jefferson. “Se a natureza produziu uma coisa menos suscetível de propriedade exclusiva que todas as outras, essa coisa é ação do poder de pensar que chamamos de idéia, que um indivíduo pode possuir com exclusividade apenas se mantém para si mesmo. Mas, no momento em que divulga, ela é forçosamente possuída por todo mundo e aquele que a recebe não consegue se desembaraçar dela. Seu caráter peculiar também é que ninguém a possui de menos, porque todos os outros a possuem integralmente. Aquele que recebe uma idéia de mim, recebe instrução para si sem que haja diminuição da minha, da mesma forma que quem acende um lampião no meu, recebe luz sem que a minha seja apagada.”
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Offline Alegra

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Re: "como pensam os brasileiros"
« Resposta #303 Online: 24 de Novembro de 2007, 19:57:24 »
Hmmm... se você baixa arquivos diretamente, então faz uso pessoal. Se usa Torrentes ou baixa no e-mule, sinto dizer que você compartilha com todo mundo, sim :-P

No eMule eu só compartilho se quiser... Pelo menos na versão que eu tenho e que dizem ser a original e não um "clone" eu tenho essa opção...  :umm:   Por exemplo, se eu não quiser compartilhar vou nas preferências e bloqueio o arquivo onde está meus downloads feitos pelo eMule...


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Offline Dbohr

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Re: "como pensam os brasileiros"
« Resposta #304 Online: 24 de Novembro de 2007, 19:58:53 »
Ah, então tá :-)

Leech!! :-P

Offline Adriano

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Re: "como pensam os brasileiros"
« Resposta #305 Online: 24 de Novembro de 2007, 20:04:23 »
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1. A invenção da propriedade intelectual

Historicamente, a preocupação com a tutela dos direitos de autores de obras intelectuais é bastante recente. Na Antiguidade e na maior parte da Idade Média as dificuldades inerentes aos processo de reprodução dos originais, por si só, já exerciam um poderoso controle da divulgação de idéias, pois o número de cópias de cada obra
era naturalmente limitado pelo trabalho manual dos copistas.

Com a invenção da imprensa, os soberanos sentiam-se ameaçados com a iminente democratização da informação e criaram um ardiloso instrumento de censura, consistente em conceder aos donos dos meios de produção dos livros o monopólio da comercialização dos títulos que editassem, a fim de que estes, em contrapartida, velassem para que o conteúdo não fosse desfavorável à ordem vigente.

Em 1557, dezoito anos depois que Wiliam Caxton lá [na Inglaterra] introduziu a máquina de escrever (printting press), Felipe e Maria Tudor concederam à associação de donos de papelaria e livreiros o monopólio real para garantir-lhes a comercialização de escritos. A corporação, então, tornou-se uma valiosa aliada do governo em sua
campanha para controlar a produção impressa. Eram comerciantes que, em troca da proteção governamental ao seu domínio de mercado, manipulavam os escritosdireitos? do indivíduo ao conteúdo, exercendo a censura sobre aqueles que lhe fossem desfavoráveis na oposição à realeza.

A esse privilégio no controle dos escritos chamou-se copyright, que nasceu, pois, de um direito assegurado aos livreiros, e não como um direito do autor dos escritos. Durou mais ou menos duzentos anos, e é a semente das leis (Statutes) relativas a esse direito herdadas pela Inglaterra, e, mais tarde, pelos Estados Unidos
da América do Norte.

Esta perversa simbiose entre o poder dominante e os donos de meios de produção de livros não visava tutelar qualquer direito de autor, mas tão-somente garantir o monopólio de reprodução das obras, daí por que foram chamados de copyright (direito de cópia).

Foi a Revolução Francesa, paralelamente à Revolução Industrial, com seu ideário de igualdade, liberdade e fraternidade, que fez a história do outro direito, da outra faceta do direito autoral, o seu conteúdo moral, de respeito às idéias de cada um na sua integridade e significado político, ideológico ou meramente ficcional. Pierre
Recht noticia que na França, desde o século XVI, os autores iniciavam a consciência de que teriam um direito sobe as suas criações.

Mas, do mesmo modo que na Inglaterra, a edição de livros era também uma concessão real. A primeira obra editada foi de 1686, e os escritores começaram a reivindicar seus direitos na venda, na reprodução da obra, como um corolário de seu direito autoral de propriedade. Foi a jurisprudência francesa, então, que começou a disciplinar as relações entre escritores e editores, e os laços perpétuos que os uniam, obrigando, em histórica decisão, que das futuras transações desses direitos participassem os herdeiros de grandes escritores como La Fontaine e Fénelon.

Em 30/8/1777 novas regras foram estabelecidas na França entre autores, editores e livreiros. Embora mantidos os privilégios na comercialização, reconheceram ao autor o direito de editar e vender as suas obras. Ainda segundo Recht, obra citada, p. 32, as normas produziram uma diferença capital na natureza jurídica das duas categorias de privilégios: a dos autores, uma “propriedade de direito”, e a do editor, uma “liberalidade”.

A invenção da “propriedade intelectual” remonta, pois, às origens do sistema capitalista, quando, por pressão dos autores de obras intelectuais, toma-se por propriedade um ente incorpóreo que em rigor é “trabalho intelectual”.
A propriedade é, e sempre foi, um instituto jurídico caracterizado fundamentalmente pelo direito de usar, gozar e dispor com exclusividade da coisa.

No direito de propriedade, encontram-se integrados os direitos de ser usada a coisa conforme os desejos da pessoa a quem pertence (jus utendi ou direito de uso); o de fruir e gozar a coisa (jus fruendi), tirando dela todas as utilidades (proveitos, benefícios e frutos) que dela possam ser produzidas, e o de dispor dela, transformando-a, consumindo-a, alienando-a (jus abutendi), segundo as necessidades ou a vontade demonstrada.

Um proprietário de um apartamento, por exemplo, tem interesse no uso exclusivo do imóvel, pois é evidente que não se sentiria confortável com a presença de pessoas estranhas em sua sala, cozinha ou banheiro. Já o autor de um livro ou o compositor de uma música tem justamente o interesse oposto, pois ninguém produz uma obra artística para o seu deleite egoístico. Quanto mais pessoas lerem e ouvirem uma criação, tanto maior prazer trará a seu autor, que terá seu talento reconhecido.

Um proprietário de uma fazenda tem interesse em fruir com exclusividade dos frutos de sua terra e é natural que não deseje dividir sua colheita com ninguém. O escritor de uma obra de caráter técnico-científico, por outro lado, tem interesse em ser citado em obras de outros autores e, longe de desejar impedir que outros fruam de suas idéias, sente-se honrado com a menção que fazem a seu trabalho.

Por fim, somente ao proprietário cabe o direito de alienar (doar, permutar ou vender) a coisa, pelo óbvio motivo de que ao fazê-lo perderá os direitos de dela usar e fruir. O autor, porém, nada perde com a cópia da sua obra. Pelo contrário, quanto mais pessoas lerem seus textos, ouvirem sua música e apreciarem a sua arte, tanto mais
reputação ganhará na sociedade.

A obra intelectual, como seu próprio nome indica (lat. opèra,ae ‘trabalho manual’), não é, pois, uma espécie de propriedade, mas simplesmente “trabalho intelectual”. A invenção da “propriedade intelectual” nas origens do sistema capitalista teve a função ideológica de encobrir esta sua natureza de “trabalho”.

Enquanto o trabalho manual modifica a matéria prima, produzindo perceptíveis variações nos objetos trabalhados e com isso aumenta seu “valor de uso” naturalmente vinculado ao objeto corpóreo, o trabalho intelectual não tem necessariamente seu “valor de uso” vinculado a qualquer objeto, pois as idéias são, por natureza, entes incorpóreos.

Assim, ainda que o “trabalho intelectual” tenha um imenso “valor de uso” em qualquer sociedade, seu “valor de troca” estará sempre condicionado a uma “venda casada” de produtos (o pergaminho, o papel) e serviços (a cópia manual, a cópia impressa). Uma idéia, quando reproduzida oralmente, por maior “valor de uso” que
tenha, não possui qualquer “valor de troca” pelo simples fato de poder ser reproduzida infinitamente sem estar limitada pelo problema fundamental da economia: a escassez.

Tulio Vianna - A ideologia da propriedade privada
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Re: "como pensam os brasileiros"
« Resposta #306 Online: 24 de Novembro de 2007, 21:28:42 »
O Adriano é como algumas pessoas que conheço. Elas odeiam o lucro. Odeiam a idéia de alguém ganhar (muito) dinheiro por produzir algo. E, pensando assim, vão fazer qualquer malabarismo intelectual para justificar coisas que trabalhem contra os grandes empresários - no nosso caso, do entretenimento.

A questão é simples, no fundo. O produtor coloca o preço que quiser no produto e, quem não concordar, não é obrigado a comprar. Se a Universal Records quiser cobrar 1000 reais por CD da Ivete Sangalo, por que não? Consome quem quiser.

Eu realmente acho que as gravadoras perdem um mercado grande na internet. Terão, cedo ou tarde, que se adaptar a um mundo onde ninguém mais quer ir até uma loja de CDs para comprar músicas. E, se souberem explorar bem o mercado online, talvez ganhem muito dinheiro. Mas ficar querendo justificar a quebra dos direitos intelectuais é dar um tiro no empreendedorismo, achando que não há mal em copiar inovações e idéias que, muitas vezes, necessitam de muito tempo e dinheiro para que sejam criadas.

Outro problema é esse hábito de querer transformar entretenimento numa entidade vaga chamada "cultura", onde cabe toda uma retórica de "acesso à cultura" ou "formação intelectual do cidadão" através dela e essas coisas todas. Como se as pessoas que assistem Harry Potter e escutam a Ivete Sangalo estivessem procurando algo mais do que diversão - um atitude muito sensata delas, diga-se.

Offline Dbohr

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Re: "como pensam os brasileiros"
« Resposta #307 Online: 24 de Novembro de 2007, 21:37:43 »
"A informação quer ser livre, mas o entretenimento quer ser pago" - truísmo do século XXI.

Acho que é uma simples questão de oferta e procura. As pessoas querem entretenimento e o encontram em abundância na internet. É errado, do ponto de vista legal? Sim. Dá para impedir? Dá, mas é quase como querer tapar o vazamento de uma represa com os dedos.

Então há duas opções: ou se mantém o Status Quo e se arca com os custos operacionais de tanto processo e investigação, ou se muda a maneira de cobrar pelo entretenimento.

Offline Adriano

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Re: "como pensam os brasileiros"
« Resposta #308 Online: 24 de Novembro de 2007, 21:58:53 »
O Adriano é como algumas pessoas que conheço. Elas odeiam o lucro. Odeiam a idéia de alguém ganhar (muito) dinheiro por produzir algo. E, pensando assim, vão fazer qualquer malabarismo intelectual para justificar coisas que trabalhem contra os grandes empresários - no nosso caso, do entretenimento.
Me taxar não adianta. Tenho uma opinião diferente e não é por odiar o lucro, queria eu ter muito lucro, ficaria feliz também. Mas como a minha situação é outra, faço parte dos excluidos, então a minha quetão exististencial não me permite ficar adimirando uma falsidade que é a defesa de interesses particulares alheios. Assim como muitos tem direito de dizer que os tributos são um roubo, sendo que é algo institucionalizado e legalizado, também tenho o direito de dizer que o lucro exacerbado é um roubo, principalmente para sustentar devaneios particulares de alguns indivíduos da espécie humana enquanto a maior parte passa necessidade ou simplesmente fica alheio do conforto tecnológico atual.

A questão é simples, no fundo. O produtor coloca o preço que quiser no produto e, quem não concordar, não é obrigado a comprar. Se a Universal Records quiser cobrar 1000 reais por CD da Ivete Sangalo, por que não? Consome quem quiser.
Simples nada, é uma reflexo de uma ideologia a qual você abraça. Fácil rotular os outros e não ser rotulado. Todos tem a mania de ver as suas opiniões como verdades absolutas, como verdades inquestionáveis, mas essa ideologia da propriedade privada desprovida das questões sociais não se justenta nem na atual conjuntura jurídica. Existem regras para a utilização da propriedade privada, uma utilização de acordo com a sua finalidade social. E as regras de mercado são baseadas na oferta e demanda, sendo que a demanda é pequena devido a falta de condições das pessoas, mas não por uma vontade de demandar, consumir. Ocorre um impedimento por parte dos artistas e divulgadores, que impõe um preço infundado bom base na tirania do mercado. Não sou a favor mesmo.

Eu realmente acho que as gravadoras perdem um mercado grande na internet. Terão, cedo ou tarde, que se adaptar a um mundo onde ninguém mais quer ir até uma loja de CDs para comprar músicas. E, se souberem explorar bem o mercado online, talvez ganhem muito dinheiro. Mas ficar querendo justificar a quebra dos direitos intelectuais é dar um tiro no empreendedorismo, achando que não há mal em copiar inovações e idéias que, muitas vezes, necessitam de muito tempo e dinheiro para que sejam criadas.
Entretenimento virou negócio e temos que pagar para nos divertir. Quem não tem condições que "escolha" dicar excluido do entretenimento, mesmo estando facilmente acessível, devido a uma suposta moral para a produção desse conteúdo. Se as pessoas vão mesmo ficar excluidas, então qual seria o motivo de apoiar esse tipo de negócio? Ninguém quer ficar para tráz para defender ideologias empresariais, sendo que as questões sociais que estão na boca do povo são ignoradas devido a falta de ensino formal desses. Mas eles vivenciam essa situação e tem direito a voz também.

Outro problema é esse hábito de querer transformar entretenimento numa entidade vaga chamada "cultura", onde cabe toda uma retórica de "acesso à cultura" ou "formação intelectual do cidadão" através dela e essas coisas todas. Como se as pessoas que assistem Harry Potter e escutam a Ivete Sangalo estivessem procurando algo mais do que diversão - um atitude muito sensata delas, diga-se.
Não é apenas o entretenimento que é monopolizado pelas distribuições que encarecem o produto enormemente. Os livros e muito conteúdo educacional também. Veja o caso da polêmica das fotocópias de livros nas universidades.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Rhyan

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Re: "como pensam os brasileiros"
« Resposta #309 Online: 24 de Novembro de 2007, 23:48:59 »
também tenho o direito de dizer que o lucro exacerbado é um roubo, principalmente para sustentar devaneios particulares de alguns indivíduos da espécie humana enquanto a maior parte passa necessidade ou simplesmente fica alheio do conforto tecnológico atual.

Como você é invejoso!

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Simples nada, é uma reflexo de uma ideologia a qual você abraça.

O capitalismo não é ideologia.

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mas essa ideologia da propriedade privada desprovida das questões sociais

Hahaha...

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Entretenimento virou negócio e temos que pagar para nos divertir.

E?????

Tem que pagar para comer, para ter teto, para TUDO, oras!!!! Não existe almoço grátis!!

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Quem não tem condições que "escolha" dicar excluido do entretenimento, mesmo estando facilmente acessível, devido a uma suposta moral para a produção desse conteúdo.

Seja imoral, mas não me venha com ideologiazinhas esquerdóides para usar como desculpa.

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Se as pessoas vão mesmo ficar excluidas, então qual seria o motivo de apoiar esse tipo de negócio?

Realmete, no Brasil, ser moral não está com nada. (Me incluo nessa.)

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Ninguém quer ficar para tráz para defender ideologias empresariais,

Ideologia nada, quem tá defendo ideologia é você. Só defendi o que seria correto num país correto.

Tanto é que nem no Liberarianismo existe consenso sobre esse tema.

Citar
Não é apenas o entretenimento que é monopolizado pelas distribuições que encarecem o produto enormemente. Os livros e muito conteúdo educacional também. Veja o caso da polêmica das fotocópias de livros nas universidades.

Ué, não vai falar da carga tributária?

Offline Adriano

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Re: "como pensam os brasileiros"
« Resposta #310 Online: 25 de Novembro de 2007, 00:12:15 »
também tenho o direito de dizer que o lucro exacerbado é um roubo, principalmente para sustentar devaneios particulares de alguns indivíduos da espécie humana enquanto a maior parte passa necessidade ou simplesmente fica alheio do conforto tecnológico atual.

Como você é invejoso!
Não tenho inveja da luxúria e das frivolidades dos particulares que ao meu ver degeneram a sociedade com um consumo devastador. Meu interesse é de enriquecimento cultural, mas mesmo para esse é necessário recursos financeiros, o que é restrito para a grande maioria das pessoas. E depois ouvir ainda falar da questão do mérido, que os que tem acessos aos recursos educacionais, por exemplo, são pessoas com maior potencial cognitivo.

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Simples nada, é uma reflexo de uma ideologia a qual você abraça.

O capitalismo não é ideologia.
Nem é o que muitos falam, apenas usam equivocadamente esse termo. Dizer que defende o capitalismo não significa entender de economia.

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mas essa ideologia da propriedade privada desprovida das questões sociais

Hahaha...
Qual a graça?  :hein:


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Entretenimento virou negócio e temos que pagar para nos divertir.

E?????

Tem que pagar para comer, para ter teto, para TUDO, oras!!!! Não existe almoço grátis!!
Tem que pagar quem pode pagar, tem pessoas que nem podem comer por não terem condições de comer. É exatamente contra essa ditarura do dinheiro que sou contra. O ser humano não pode ser excluído da sociedade em nome de uma ideologia. Ainda bem que na realidade não é isso que vem ocorrendo, pelo menos observo diferente.

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Quem não tem condições que "escolha" dicar excluido do entretenimento, mesmo estando facilmente acessível, devido a uma suposta moral para a produção desse conteúdo.

Seja imoral, mas não me venha com ideologiazinhas esquerdóides para usar como desculpa.
O seu julgamento moral não tem valor algum, a sua moralidade é baseada na sua ideologia discriminatória. Também julgo seus ideias como imorais. A defesa da propriedade privada acima dos valores humanos.

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Se as pessoas vão mesmo ficar excluidas, então qual seria o motivo de apoiar esse tipo de negócio?

Realmete, no Brasil, ser moral não está com nada. (Me incluo nessa.)
É o seu conceito de moralidade que não confere com a realidade. Claro na minha opinião.

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Ninguém quer ficar para tráz para defender ideologias empresariais,

Ideologia nada, quem tá defendo ideologia é você. Só defendi o que seria correto num país correto.

Tanto é que nem no Liberarianismo existe consenso sobre esse tema.
Não, a sua ideologia é bem clara, embora não exista consenso no libertarianismo, você adota uma linda bem radical, totalmente ideológica. Mas é natural todos verem as suas opiniões como verdade e como realidade. Perceba que o que é correto para você não significa que seja correto para a sociedade nem para o país. E assim vejo suas idéias.

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Não é apenas o entretenimento que é monopolizado pelas distribuições que encarecem o produto enormemente. Os livros e muito conteúdo educacional também. Veja o caso da polêmica das fotocópias de livros nas universidades.

Ué, não vai falar da carga tributária?

Não, para a carga tributária já existem muitas pessoas aqui no fórum defendendo a diminuição. Já falei disso oportunamente, mas não preciso repetir as questões. O meu foco são os descaminhos do setor privado, justamente pelo absurdos das defesas ideológicas que vejo em favor destes.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Hold the Door

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Re: "como pensam os brasileiros"
« Resposta #311 Online: 25 de Novembro de 2007, 00:15:47 »
Citação de: Ricardo B.
Por mais duro de acreditar que possa ser é um dos dois motivos que utilizo torrents, ter cópia digital do que já adquiri (e só para quadrinhos e livros).

Eu fiz exatamente isso.

Comprei "Lobo Solitário" e "Samurai Executor" (este ainda está chegando às bancas; completa-se em 3 ou 4 meses) e tratei de baixar em formato digital e gravar num DVD. Quero ter estes excelentes mangás em formato físico e digital e não me sinto nem um pouco criminoso por causa disso.

Eu também faço isso por questão de praticidade. É muito mais fácil você encontrar uma passagem que você não se lembra direito onde fica naquele livro de 1000 páginas usando um mecanismo de busca. Não considero como pirataria baixar uma cópia digital para uso próprio de um livro que eu já possuo.
Hold the door! Hold the door! Ho the door! Ho d-door! Ho door! Hodoor! Hodor! Hodor! Hodor... Hodor...

Rhyan

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Re: "como pensam os brasileiros"
« Resposta #312 Online: 25 de Novembro de 2007, 00:20:18 »
Não sei porque ainda tento debater.

Vai lá, acabe com a propriedade privada!

Offline Thiago C. Santos

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Re: "como pensam os brasileiros"
« Resposta #313 Online: 25 de Novembro de 2007, 00:34:24 »
Rotular alguém ao invés de responder aos seus argumentos é uma fálacia, Ad hominem, como vocês devem saber.

Transfromar o debatedor em "espantalho" é fácil, ganha qualquer debate: políticos são corruptos, religiosos são irracionais, negros são privilegiados, enfim. Na minha quarta mensagem aqui, o Rhyan escreveu algo como "ih, mais um marxista"...

Mas debater idéias é mais divertido, então, vamos lá:

O antropologo David Graeber defende que se entedessemos a história humana como uma grande linha, o capitalismo representaria alguns centimetros, e em sua forma atual, poucos milimetros. Ele é obra de fatores como progresso tecnológico, inovaçõs políticas e etc. O fato de o capitalismo existir hoje não significa que ele existirá para sempre. Outras condições materiais, tecnológicas, vão surgir, como essa questão do download, dos filmes piratas, que está causando problemas ao copyright.

Inovações políticas estão em andamento: o líder da maior potência militar do planeta enfrentou protestos globais e teve seu prestigio questionado no mundo todo. Sem a internet, há alguns anos atrás, isso não seria possível. E os meios de comunicação?

A afirmação de que o capitalismo não é ideologia é, por si só, uma defesa ideológica do capitalismo. Fosse assim tão simples, por que no ensino médio estudamos sobre uma tal guerra fria? Se houve sempre um único modelo, por que os livros didáticos das sextas séries falam sobre um ta de feudalismo?

E o que acontece na China hoje que associar democracia com livre mercado é doutrina capitalista (aparentemente infudada).   

Acabar com a propriedade privada? Não seja dramático.

Da próxima vez que encontrar com um camelo com DVD's piratas vou protestar:

"O senhor está acabando com a propriedade privada, não tem vergonha nessa cara?"
"Fabricar o consenso" é o nome do jogo. (SOAD)

Offline Luis Dantas

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Re: "como pensam os brasileiros"
« Resposta #314 Online: 25 de Novembro de 2007, 02:45:33 »
Situação 1:

Você sai e perde um episódio de sua série favorita. Um amigo com placa de captura de vídeo digitaliza o episódio e te passa o arquivo de vídeo depois. É pirataria?

Se ficar só nisso, sem que o vídeo capturado seja copiado ou usado em outras situações, não.

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Situação 2:

Você sai e perde um episódio de sua série favorita. Vai no site de torrents favoritos e baixa o episódio. É pirataria?

Se você era assinante de um pacote que incluía a série, não.

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Situação 3:

Sua série favorita estréia uma nova temporada em outro país. No dia seguinte você vai no seu site de torrents e baixa o episódio. É pirataria?

A rigor, sim.

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Situação 4:

Blockbuster novo na praça. Você baixa na internet, assiste e depois que ele estréia no cinema, vai assistir também. É pirataria?

Sim, embora nesse caso não haja problema moral, já que você foi assistir depois.  Dependendo do que se faça com o vídeo baixado.

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Situação 5:

Blockbuster novo na praça. Você assiste no cinema primeiro, depois baixa na internet. É pirataria?

Depende do que se faça com o vídeo após baixá-lo.

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Situação 6:

Idem a 4 ou 5 acima, e você ainda compra o DVD original depois que sai. É pirataria?

Só se distribuir cópias do vídeo para outras pessoas sem ceder ao mesmo tempo a posse do DVD.
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Luis Dantas

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Re: "como pensam os brasileiros"
« Resposta #315 Online: 25 de Novembro de 2007, 03:19:53 »
O Adriano é como algumas pessoas que conheço. Elas odeiam o lucro. Odeiam a idéia de alguém ganhar (muito) dinheiro por produzir algo. E, pensando assim, vão fazer qualquer malabarismo intelectual para justificar coisas que trabalhem contra os grandes empresários - no nosso caso, do entretenimento.
Me taxar não adianta. Tenho uma opinião diferente e não é por odiar o lucro, queria eu ter muito lucro, ficaria feliz também. Mas como a minha situação é outra, faço parte dos excluidos, então a minha quetão exististencial não me permite ficar adimirando uma falsidade que é a defesa de interesses particulares alheios.

Vejo que Ricardo estava certo em sua avaliação dos seus motivos.

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Assim como muitos tem direito de dizer que os tributos são um roubo, sendo que é algo institucionalizado e legalizado, também tenho o direito de dizer que o lucro exacerbado é um roubo, principalmente para sustentar devaneios particulares de alguns indivíduos da espécie humana enquanto a maior parte passa necessidade ou simplesmente fica alheio do conforto tecnológico atual.

Sabe que eu até concordo?

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A questão é simples, no fundo. O produtor coloca o preço que quiser no produto e, quem não concordar, não é obrigado a comprar. Se a Universal Records quiser cobrar 1000 reais por CD da Ivete Sangalo, por que não? Consome quem quiser.
Simples nada, é uma reflexo de uma ideologia a qual você abraça. Fácil rotular os outros e não ser rotulado. Todos tem a mania de ver as suas opiniões como verdades absolutas, como verdades inquestionáveis, mas essa ideologia da propriedade privada desprovida das questões sociais não se justenta nem na atual conjuntura jurídica. Existem regras para a utilização da propriedade privada, uma utilização de acordo com a sua finalidade social.

Quanto drama.  Há um núcleo de verdade no que você tenta defender, mas todo esse chantily acaba por escondê-lo.

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E as regras de mercado são baseadas na oferta e demanda, sendo que a demanda é pequena devido a falta de condições das pessoas, mas não por uma vontade de demandar, consumir. Ocorre um impedimento por parte dos artistas e divulgadores, que impõe um preço infundado bom base na tirania do mercado. Não sou a favor mesmo.

Pois está cometendo um erro mais sério do que aquele que tenta denunciar, Adriano.  Se a falta de consciência social leva a injustiças sócio-econômicas que tem de ser enfrentadas, o delírio fantasioso leva a algo muito pior: a perda das condições de constatar e enfrentar essa realidade.

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Eu realmente acho que as gravadoras perdem um mercado grande na internet. Terão, cedo ou tarde, que se adaptar a um mundo onde ninguém mais quer ir até uma loja de CDs para comprar músicas. E, se souberem explorar bem o mercado online, talvez ganhem muito dinheiro. Mas ficar querendo justificar a quebra dos direitos intelectuais é dar um tiro no empreendedorismo, achando que não há mal em copiar inovações e idéias que, muitas vezes, necessitam de muito tempo e dinheiro para que sejam criadas.
Entretenimento virou negócio e temos que pagar para nos divertir.

Sempre houve quem quisesse cobrar para fornecer entretenimento.  E sempre houve quem não quisesse.  Apesar de tudo, isso é tão verdade hoje quanto sempre foi.

O problema não é a suposta "mercantilização" do entretenimento, Adriano, e fico surpreso pela sua aparente dificuldade em perceber algo tão evidente. 

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Quem não tem condições que "escolha" dicar excluido do entretenimento, mesmo estando facilmente acessível, devido a uma suposta moral para a produção desse conteúdo.

"Suposta" moral, vírgula.  Respeito ao direito de propriedade intelectual.  Qual é a sua dificuldade com esse conceito tão simples?

Há realmente questões sociais ligadas a esse problema, que merecem mais atenção do que recebem atualmente.  Uma das principais é a da exclusão cultural; quando os menos favorecidos não tem acesso aos mesmos conceitos dramáticos e humorísticos, esse acaba sendo mais um fator para dificultar a sua integração sócio-econômica.

Pensei que você entendia esse ponto, mas você usa tantos espantalhos, tantas distorções grosseiras e tanto melodrama que não tenho mais certeza.
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Re: "como pensam os brasileiros"
« Resposta #316 Online: 25 de Novembro de 2007, 10:36:29 »
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Assim como muitos tem direito de dizer que os tributos são um roubo, sendo que é algo institucionalizado e legalizado, também tenho o direito de dizer que o lucro exacerbado é um roubo, principalmente para sustentar devaneios particulares de alguns indivíduos da espécie humana enquanto a maior parte passa necessidade ou simplesmente fica alheio do conforto tecnológico atual.
Sabe que eu até concordo?
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Offline Luis Dantas

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Re: "como pensam os brasileiros"
« Resposta #317 Online: 25 de Novembro de 2007, 11:11:44 »
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Citação de: Adriano
Assim como muitos tem direito de dizer que os tributos são um roubo, sendo que é algo institucionalizado e legalizado,

Nisso ele tem uma certa razão.  É lícito pelo menos questionar a legitimidade de certos tributos, por mais que eles possam estar devidamente institucionalizados e legalizados.

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também tenho o direito de dizer que o lucro exacerbado é um roubo, principalmente para sustentar devaneios particulares de alguns indivíduos da espécie humana enquanto a maior parte passa necessidade ou simplesmente fica alheio do conforto tecnológico atual.

É talvez a única coisa no Marxismo por que tenho alguma simpatia: a constatação de que há algo profundamente ofensivo e revoltante em fechar os olhos para as necessidades e humilhação dos menos favorecidos ao mesmo tempo que se decreta que algumas pessoas "devem" receber ganhos pessoais algumas ordens de grandeza maiores do que precisariam para ter uma existência digna, confortável e produtiva.

Claro que eu não tenho a mesma pressa que o Adriano tem em aplicar rótulos.  Mas ele tem muita razão neste particular.  É enojante pensar em uma cultura que aceita ao mesmo tempo encorajar espetáculos de desperdício e engrandecimento delirante para algumas poucas pessoas enquanto não se esforça concretamente e com dedicação para garantir uma existência digna para todos.

E uma das formas mais sutis como essa crueldade sócio-econômica se manifesta é através das barreiras culturais.  Por exemplo, saber falar inglês e ter um grau de familiaridade com computadores me abre portas no ambiente de trabalho.  O que quer dizer, inevitavelmente, que estou com uma vantagem em relação a muitos outros.

CLARO que eu dou crédito ao meu próprio esforço.  Mas houve também oportunidades que tive e que muitos não tem.  Muitos, de fato, não tem escolha digna que lhes permita ir atrás de oportunidades como as que eu tive e as que continuo buscando.

E se eu próprio me vejo por vezes até sem paciência, por exemplo, ao constatar que há colegas concursados meus que não sabem usar um pendrive, só posso imaginar que doa para famílias mais humildes ver que seus próprios filhos não conseguem nem mesmo se manter a par dos assuntos da classe média. 

Já tive oportunidade de tomar esse tipo de decisão, e admito que por mais que eu de fato considere errado piratear tão alegremente, é difícil, talvez impensável, chegar para gente com tão poucas opções e pedir que elas aceitem só ver um filme por mês enquanto seus vizinhos vêem DVDs piratas toda semana e seus colegas de escola falam sobre aquele maravilhoso e instigante seriado de TV por assinatura que ainda nem estreou aqui no Brasil, mas que vão assistir hoje à noite com os amigos no Playstation 3 da casa de fulano.

Já é bem chato saber que os colegas tem acesso a objetos de desejo que pode levar anos para se conseguir, SE algum dia se conseguir.  Mas quando não se consegue nem entender do que é que eles estão falando, a coisa fica realmente cruel e humilhante.  Esse é um aspecto das desigualdades sociais que não tem sido muito comentado: os assuntos em comum.  E o mais preocupante é que de fato é um problema bem MAIOR do que parece ser, já que as nossas supostas elites se destacam pelo despreparo intelectual. 
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Offline Adriano

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Re: "como pensam os brasileiros"
« Resposta #318 Online: 25 de Novembro de 2007, 13:12:35 »
O Adriano é como algumas pessoas que conheço. Elas odeiam o lucro. Odeiam a idéia de alguém ganhar (muito) dinheiro por produzir algo. E, pensando assim, vão fazer qualquer malabarismo intelectual para justificar coisas que trabalhem contra os grandes empresários - no nosso caso, do entretenimento.
Me taxar não adianta. Tenho uma opinião diferente e não é por odiar o lucro, queria eu ter muito lucro, ficaria feliz também. Mas como a minha situação é outra, faço parte dos excluidos, então a minha quetão exististencial não me permite ficar adimirando uma falsidade que é a defesa de interesses particulares alheios.

Vejo que Ricardo estava certo em sua avaliação dos seus motivos.
Não vejo qual a importância disso, uma análise psicológica. Eu acho óbvio que pela minha classe social e pelas minhas dificuldades de vida eu queira justificar a minha "incompetencia" capitalista, enquando que os privilegiados procuram justificar os seus "méritos" através das regras do sistema. Esse pensamento é central para mim, e ainda o relaciono com o existencialismo.

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Assim como muitos tem direito de dizer que os tributos são um roubo, sendo que é algo institucionalizado e legalizado, também tenho o direito de dizer que o lucro exacerbado é um roubo, principalmente para sustentar devaneios particulares de alguns indivíduos da espécie humana enquanto a maior parte passa necessidade ou simplesmente fica alheio do conforto tecnológico atual.

Sabe que eu até concordo?
Mas é uma excessão, pois o individualismo, festejado por essas bandas virtuais, é o que permite o indivíduo fazer o que quizer com o "fruto" do seu trabalho, sem que ningúem inferfira nisso, pois é a sua liberdade. E como os bens materiais são um resultado desse trabalho, então são uma extensão da pessoa e da sua liberdade. Muito confortável para quem tem ou quem privilegia a vida com base no consumo fetichista e alienado.

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A questão é simples, no fundo. O produtor coloca o preço que quiser no produto e, quem não concordar, não é obrigado a comprar. Se a Universal Records quiser cobrar 1000 reais por CD da Ivete Sangalo, por que não? Consome quem quiser.
Simples nada, é uma reflexo de uma ideologia a qual você abraça. Fácil rotular os outros e não ser rotulado. Todos tem a mania de ver as suas opiniões como verdades absolutas, como verdades inquestionáveis, mas essa ideologia da propriedade privada desprovida das questões sociais não se justenta nem na atual conjuntura jurídica. Existem regras para a utilização da propriedade privada, uma utilização de acordo com a sua finalidade social.

Quanto drama.  Há um núcleo de verdade no que você tenta defender, mas todo esse chantily acaba por escondê-lo.
Não gosta de chantily?  :lol:

Mas sobre a utilização da propriedade privada de acordo com a sua função social, é algo bem interessante:
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A propriedade privada foi concebida, desde a fundação do constitucionalismo moderno, como um direito humano, cuja função consiste em garantir a subsistência e a liberdade individual contra as intrusões do Poder Público. Sob esse aspecto, reconheceu-se que ao lado do direito de propriedade havia também um direito à propriedade.

A evolução sócio-econômica contemporânea estendeu o conceito constitucional de propriedade privada, bem como alargou funcionalmente o instituto. Doravante, a proteção da liberdade individual e do direito de subsistência já não dependem, unicamente, da propriedade de bens materiais, mas abarcam outros bens de valor patrimonial, como os direitos trabalhistas e previdenciários.

Por outro lado, o direito contemporâneo passou a reconhecer que todo proprietário tem o dever fundamental de atender à destinação social dos bens que lhe pertencem. Deixando de cumprir esse dever, o Poder Público pode expropriá-lo sem as garantias constitucionais que protegem a propriedade como direito humano. Ademais, perde o proprietário, em tal hipótese, as garantias possessórias que cercam, normalmente, o domínio.

No campo penal, a querela sobre a existência do crime de esbulho possessório deve ser julgada, também, à luz do dispositivo constitucional que impõe o dever de atender à função social da propriedade.

Há um paradoxo histórico com o direito de propriedade privada. Embora tendo sido declarada, no início do constitucionalismo moderno, direito fundamental da pessoa humana e garantia inviolável e sagrada1da liberdade individual, sem a qual não há constituição, a propriedade passou a ser analisada e discutida na teoria jurídica, a partir do movimento de codificação civil do século passado, exclusivamente como um instituto de direito privado, estranho, portanto, à organização política do Estado.

A explicação para esse aparente paradoxo só se revela quando a propriedade privada, tal como a família e o contrato, é recolocada no complexo de instituições sociais que compõem a civilização moderna. E a especificidade desta última só cobra sentido quando a comparamos com as que a precederam, notadamente com a civilização greco-romana, cuja importância decisiva para a formação de nossa consciência jurídica é bem conhecida.

http://www.cjf.gov.br/revista/numero3/artigo11.htm

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E as regras de mercado são baseadas na oferta e demanda, sendo que a demanda é pequena devido a falta de condições das pessoas, mas não por uma vontade de demandar, consumir. Ocorre um impedimento por parte dos artistas e divulgadores, que impõe um preço infundado bom base na tirania do mercado. Não sou a favor mesmo.

Pois está cometendo um erro mais sério do que aquele que tenta denunciar, Adriano.  Se a falta de consciência social leva a injustiças sócio-econômicas que tem de ser enfrentadas, o delírio fantasioso leva a algo muito pior: a perda das condições de constatar e enfrentar essa realidade.
Mas que delírio fantasioso? Talvez seja apenas uma maneira de me expressar mais contundente, mas que acho necessário devido a outros interlocutores. É como no caso dos crentes, se alegam que seu deus infalseável é verdade, então posso me utilizar do monstro do espaquete voador para mostrar que em todos os casos são fantasias e criações humanas.

Sobre a propriedade intelectual, vejo que tenho um bom embasamento para defender que a mesma não seja criminalizada, ou seja, a invervenção do aparelhamento policial do estado para defesa de uma questão comercial e mal resolvida ou definica. A idéia de propriedade intelectual é falsa, só persiste diante dos meios de produção e distribuição, que estão sendo revolucionados através das novas mídias.

São da linha do marxismo, mas eu prefiro essa visão que considero mais humanista, ao invés do darwinismo social, em que os "fracos" tem que perecer (ficar excluídos), em nome da eficácia do sistema. Por isso que gosto também e acho muito correta a teoria da justiça, que considera a possibilidade de qualquer pessoa poder estar numa situação pior, como um dos princípios da teoria.

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Eu realmente acho que as gravadoras perdem um mercado grande na internet. Terão, cedo ou tarde, que se adaptar a um mundo onde ninguém mais quer ir até uma loja de CDs para comprar músicas. E, se souberem explorar bem o mercado online, talvez ganhem muito dinheiro. Mas ficar querendo justificar a quebra dos direitos intelectuais é dar um tiro no empreendedorismo, achando que não há mal em copiar inovações e idéias que, muitas vezes, necessitam de muito tempo e dinheiro para que sejam criadas.
Entretenimento virou negócio e temos que pagar para nos divertir.

Sempre houve quem quisesse cobrar para fornecer entretenimento.  E sempre houve quem não quisesse.  Apesar de tudo, isso é tão verdade hoje quanto sempre foi.

O problema não é a suposta "mercantilização" do entretenimento, Adriano, e fico surpreso pela sua aparente dificuldade em perceber algo tão evidente. 
Mas não é esse mesmo o problema, e sim a guerra que se faz contra as novas tecnologias e possibilidades de compartilhamento de algo tão efêmero quanto a propriedade intelectual COM a finalidade de se angariar riquezas desmedidas, lucros exorbitantes. A mobilização da maquina estatal para interesses empresariais que atendem de forma privilegiada um certo grupo. E tudo separado pelo viés econômico, que é a base moral de muitos.

Quem não tem condições que "escolha" dicar excluido do entretenimento, mesmo estando facilmente acessível, devido a uma suposta moral para a produção desse conteúdo.

"Suposta" moral, vírgula.  Respeito ao direito de propriedade intelectual.  Qual é a sua dificuldade com esse conceito tão simples?

Há realmente questões sociais ligadas a esse problema, que merecem mais atenção do que recebem atualmente.  Uma das principais é a da exclusão cultural; quando os menos favorecidos não tem acesso aos mesmos conceitos dramáticos e humorísticos, esse acaba sendo mais um fator para dificultar a sua integração sócio-econômica.
Há muito o que se discutir sobre a propriedade intelectual, sobre a sua função social e utilidade e legitimidade. Defender lucros contra um fenômeno positivo que é a proliferação da cultura num nível maior, devido as novas tecnologias, e ainda mais com teorias apocalípticas do setor, considero muito errado.

Pensei que você entendia esse ponto, mas você usa tantos espantalhos, tantas distorções grosseiras e tanto melodrama que não tenho mais certeza.
O seu julgamento sobre minhas opiniões não considero isentos, está mais para ad hominem, não gostar tanto de mim, do que exatamente do que escrevo. Embora uma coisa esteja relacionada a outra, já que me exponho ao mostrar minhas idéias. Mas não tomo como refência o que você acha certo pelo assunto, já sabemos que temos muitos pensamentos opostos, apesar de algumas poucas concordâncias.  :wink:
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Re: "como pensam os brasileiros"
« Resposta #319 Online: 25 de Novembro de 2007, 15:24:50 »
Considere o que quiser, Adriano.  Cansei de esperar você parar com essa síndrome de perseguido.
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Re: "como pensam os brasileiros"
« Resposta #320 Online: 25 de Novembro de 2007, 22:39:07 »
Ja respondo pra ele , mas respondo de novo pra você.... Pobre não tem acesso a computador e nem a banda larga..... Excluido não faz download ilegal... Só nego folgado mesmo.

Olha, quer saber, eu copio sim sem pensar duas vezes, um filme pra uma pessoa chegada que sei que não é nada folgada muito pelo contrário é muito batalhadora mas não teve a "sorte" que eu tenho.... SEM COBRAR NADA claro!!!  Copio e copiarei! Que se foda o politicamente correto nesse caso...putz.

Quero lá saber se é pirataria ou não. Aliás PRA MIM  não é pirataria e ponto final. 

E digo mais!!! Vou para o céu por ter feito alguém um pouco mais feliz.  :P



Isso define bem o tópico, assim como o embuste argumentativo do Adriano: "como pensam os brasileiros".

As vezes eu fico pensando: Todos falam em respeito a pluralidade de idéias e de ideologia política, mas até que ponto é possível tolerar o malabarismo argumentativo para legitimar uma safadeza? Se você censura, você é ditador, se você deixa rolar, vemos como pensam os brasileiros. A questão realmente é difícil de resolver...

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Re: "como pensam os brasileiros"
« Resposta #321 Online: 25 de Novembro de 2007, 22:53:20 »
Ja respondo pra ele , mas respondo de novo pra você.... Pobre não tem acesso a computador e nem a banda larga..... Excluido não faz download ilegal... Só nego folgado mesmo.

Olha, quer saber, eu copio sim sem pensar duas vezes, um filme pra uma pessoa chegada que sei que não é nada folgada muito pelo contrário é muito batalhadora mas não teve a "sorte" que eu tenho.... SEM COBRAR NADA claro!!!  Copio e copiarei! Que se foda o politicamente correto nesse caso...putz.

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Virei agora o brasileiro médio, o Homer Simpison.  :|

Que espantalho e ad hominem.  :x


As vezes eu fico pensando: Todos falam em respeito a pluralidade de idéias e de ideologia política, mas até que ponto é possível tolerar o malabarismo argumentativo para legitimar uma safadeza? Se você censura, você é ditador, se você deixa rolar, vemos como pensam os brasileiros. A questão realmente é difícil de resolver...
Também concordo com isso, a liberdade de expressão deve ter os seus limites, assim como ocorre com muitos temas relativos a fortes questões morais. Como é o caso de apologia a crimes e discriminações xenófobas e racistas.

Porém tem temas que possibilitam trazer a tona algumas questões de relevância, como a social referente ao acesso a cultura e entretenimento. Como é esse caso da pirataria, que ultrapassa o limiar da ideologia capitalista de lucro, onde os dizeres da existência das trocas voluntárias são amplamente difundidos, e se defronta com a dura realidade de uma nação, os brasileiros, que não são favoráveis a essa troca de mão única, onde uns escolhem lucrarem ou não enquanto a grande maioria fica excluida do processo. O piro de tudo é ver alguns chamarem isso de liberdade, a possibilidade de não consumir, de não ter escolha.
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Re: "como pensam os brasileiros"
« Resposta #322 Online: 25 de Novembro de 2007, 23:09:13 »
Ja respondo pra ele , mas respondo de novo pra você.... Pobre não tem acesso a computador e nem a banda larga..... Excluido não faz download ilegal... Só nego folgado mesmo.

Olha, quer saber, eu copio sim sem pensar duas vezes, um filme pra uma pessoa chegada que sei que não é nada folgada muito pelo contrário é muito batalhadora mas não teve a "sorte" que eu tenho.... SEM COBRAR NADA claro!!!  Copio e copiarei! Que se foda o politicamente correto nesse caso...putz.

Quero lá saber se é pirataria ou não. Aliás PRA MIM  não é pirataria e ponto final. 

E digo mais!!! Vou para o céu por ter feito alguém um pouco mais feliz.  :P



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Que espantalho e ad hominem.  :x


As vezes eu fico pensando: Todos falam em respeito a pluralidade de idéias e de ideologia política, mas até que ponto é possível tolerar o malabarismo argumentativo para legitimar uma safadeza? Se você censura, você é ditador, se você deixa rolar, vemos como pensam os brasileiros. A questão realmente é difícil de resolver...
Também concordo com isso, a liberdade de expressão deve ter os seus limites, assim como ocorre com muitos temas relativos a fortes questões morais. Como é o caso de apologia a crimes e discriminações xenófobas e racistas.

Porém tem temas que possibilitam trazer a tona algumas questões de relevância, como a social referente ao acesso a cultura e entretenimento. Como é esse caso da pirataria, que ultrapassa o limiar da ideologia capitalista de lucro, onde os dizeres da existência das trocas voluntárias são amplamente difundidos, e se defronta com a dura realidade de uma nação, os brasileiros, que não são favoráveis a essa troca de mão única, onde uns escolhem lucrarem ou não enquanto a grande maioria fica excluida do processo. O piro de tudo é ver alguns chamarem isso de liberdade, a possibilidade de não consumir, de não ter escolha.


Você não igual ao brasileiro médio Adriano. O brasileiro médio dirá que pirateia CD por que ele acha caro o original, mas que no fundo é porque ele não quer pagar mesmo, gratuitamente é mais fácil. É coisa de esperto, é o "esquema".

Você pega este pensamento do brasileiro médio e transforma em uma defesa maquiando argumentos e literalmente floreando a safadeza. Faz isso a tal ponto de convercer os desavisados legitimando a safadeza com base na função social. O brasileiro médio nem entende o que você está escrevendo mas vai achar você um crânio, quando alguém apresentar a ele uma "sinopse" de seus argumentos e ele será convencido de que agora é um santo, mesmo sendo um diabo.

Esse tipo de coisa reforça o comportamento do mau hábito, é como um cancer. O resultado de tudo isso, quando fica generalizado são os Chavez da vida e análogos.

Dá até para escrever uma monografia sobre este fenômeno com base na teoria de Skinner: o colapso da sociedade pelo reforço do mau comportamento à luz do "behaviorismo" de Skinner.   
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Offline Adriano

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Re: "como pensam os brasileiros"
« Resposta #323 Online: 25 de Novembro de 2007, 23:20:14 »

Isso define bem o tópico, assim como o embuste argumentativo do Adriano: "como pensam os brasileiros".
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Que espantalho e ad hominem.  :x


As vezes eu fico pensando: Todos falam em respeito a pluralidade de idéias e de ideologia política, mas até que ponto é possível tolerar o malabarismo argumentativo para legitimar uma safadeza? Se você censura, você é ditador, se você deixa rolar, vemos como pensam os brasileiros. A questão realmente é difícil de resolver...
Também concordo com isso, a liberdade de expressão deve ter os seus limites, assim como ocorre com muitos temas relativos a fortes questões morais. Como é o caso de apologia a crimes e discriminações xenófobas e racistas.

Porém tem temas que possibilitam trazer a tona algumas questões de relevância, como a social referente ao acesso a cultura e entretenimento. Como é esse caso da pirataria, que ultrapassa o limiar da ideologia capitalista de lucro, onde os dizeres da existência das trocas voluntárias são amplamente difundidos, e se defronta com a dura realidade de uma nação, os brasileiros, que não são favoráveis a essa troca de mão única, onde uns escolhem lucrarem ou não enquanto a grande maioria fica excluida do processo. O piro de tudo é ver alguns chamarem isso de liberdade, a possibilidade de não consumir, de não ter escolha.


Você não igual ao brasileiro médio Adriano. O brasileiro médio dirá que pirateia CD por que ele acha caro o original, mas que no fundo é porque ele não quer pagar mesmo, gratuitamente é mais fácil. É coisa de esperto, é o "esquema".

Você pega este pensamento do brasileiro médio e transforma em uma defesa maquiando argumentos e literalmente floreando a safadeza. Faz isso a tal ponto de convercer os desavisados legitimando a safadeza com base na função social. O brasileiro médio nem entende o que você está escrevendo mas vai achar você um crânio, quando alguém apresentar a ele uma "sinopse" de seus argumentos e ele será convencido de que agora é um santo, mesmo sendo um diabo.

Esse tipo de coisa reforça o comportamento do mau hábito, é como um cancer. O resultado de tudo isso, quando fica generalizado são os Chavez da vida e análogos.

Dá até para escrever uma monografia sobre este fenômeno com base na teoria de Skinner: o colapso da sociedade pelo reforço do mau comportamento à luz do "behaviorismo" de Skinner.   
Está simplificando a questão e colocando de uma maneira maniqueísta, com o meu pensamento e o do brasileiro como sendo safadeza e o seu ponto e de mais alguns como sendo moralmente correto.

Não ter dinheiro é realmente a questão social, o que realmente importa para as pessoas e o que as faz ficarem excluídas. Mas se eu vier aqui com esse simples argumento, viria o Barata e diria que as pessoas devem ficar sem, devem se auto excluir para manter a funcionalidade do sistema e garantir a ordem.

Na real, safadeza para mim é isso, vejo uma maneira de dizer que pobre tem que se danar, que essas pessoas não importam. O social são os outros, são os que estão excluidos e não uma ideologia que se nega a se reconhecer como tal. Mas isso pouco importa, é a minha opinião pessoal, sou minoria aqui, portanto melhor eu ficar excluido. E de preferência por conta própria, já que minhas idéias minhas incomodam.  |(
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Re: "como pensam os brasileiros"
« Resposta #324 Online: 25 de Novembro de 2007, 23:23:27 »
Está simplificando a questão e colocando de uma maneira maniqueísta, com o meu pensamento e o do brasileiro como sendo safadeza e o seu ponto e de mais alguns como sendo moralmente correto.

ELE está fazendo isso?  Sei...
 
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Não ter dinheiro é realmente a questão social, o que realmente importa para as pessoas e o que as faz ficarem excluídas. Mas se eu vier aqui com esse simples argumento, viria o Barata e diria que as pessoas devem ficar sem, devem se auto excluir para manter a funcionalidade do sistema e garantir a ordem.

Me diz que você não é simplório a esse grau, vai.  Pois esse parágrafo tem - ou finge - uma ingenuidade que você deveria ser capaz de transcender facilmente. 

Ou você não percebe que está dizendo que roubo é um direito inato dos "excluídos"?

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Na real, safadeza para mim é isso, vejo uma maneira de dizer que pobre tem que se danar, que essas pessoas não importam. O social são os outros, são os que estão excluidos e não uma ideologia que se nega a se reconhecer como tal. Mas isso pouco importa, é a minha opinião pessoal, sou minoria aqui, portanto melhor eu ficar excluido. E de preferência por conta própria, já que minhas idéias minhas incomodam.  |(

Tá bom, se faça de vítima se isso te agrada.  Só não se surpreenda com as consequências.
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