Autor Tópico: Sobre a Pena de Morte  (Lida 8240 vezes)

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Offline forced_existence

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Re: Sobre a Pena de Morte
« Resposta #25 Online: 24 de Novembro de 2007, 14:55:51 »
Sou contra a pena de morte, sou contra a prisão perpétua e, atualmente, sou contra a pena de prisão também.
Sou a favor de todas as opções, quem faz a justiça são os homens e não deus
Não sei o que é que deus tem a ver com isso, mas os homens são os últimos a fazerem justiça.

Citar
Se existem últimos a fazerem justiça, há os primeiros a fazerem justiça. O que seria o sentimento do que é justo ou injusto senão proveniente dos homens e que estes homens a partir do processo civilizacional implantaram o sistema judiciário? Ser justo e bom foi devido ao avanço alcançado por homens relativo a códigos morais, a leis, a padrões de condutas aceitáveis. Os primeiros homens seriam estes portanto, que inventaram as leis e os costumes ? Eu acho que não. Acho que todo progresso deve vir de homens por que só depende de nós como cidadãos conscientes começarmos a almejar a justiça e acreditar nela. Somos herdeiros diretos daqueles que definiram os padrões morais, os costumes e as leis. Afinal temos representantes nas cadeiras dos parlamentos. Pode não ser grande coisa o nosso judiciário, mas é o único em que podemos recorrer ao menos como exercício de cidadania.   
radicalizou, hein?
Não tem a ver com ser radical, tem a ver com ser pragmático.

Você é o quê? abolicionista?

A questão das penas de morte e de prisão perpétua já foi discutida num tópico antigo. Minha opinião não mudou.

Com relação à pena de prisão, eis a fração infinitesimal dos motivos pelos quais me tornei contra tal pena.

1. CIFRA NEGRA: Dos milhares e milhares de crimes cometidos no Brasil todos os dias, um mínimo é denunciado (estima-se que, dos  homicídios cometidos no Brasil, entre 20% e 30% chegam a ser julgados, e 5% destes julgados são condenados: por júri popular, diga-se de passagem - das pessoas presas, entre 5% e 10% são homicidas; dos estupros cometidos no Brasil, estima-se - por dados médicos - que somente 10% deles são denunciados e 2% destes são condenados - das pessoas presas, 2% são estupradores), e um mínimo do mínimo chega a julgamento e condenação. Dos furtos e roubos, 20% são denunciados, e 10% dos denunciados chegam a condenação; cerca de 70% dos presos se compõem de pessoas que praticam crimes contra o patrimônio. Assim, temos que um número perto de 97% dos homicídios cometidos está impune; 98% dos estupros está impune; 90% dos crimes contra o patrimônio está impune: 5% dos "criminosos" estão presos. (quem quiser estatísticas aprofundadas, busque no google por "cifra negra da criminalidade")

2. INOCENTES PRESOS: Entre o mínimo de criminosos presos, uma porcentagem também é ou de pessoas inocentes ou de pessoas que receberam uma pena severa demais para o crime cometido: como já relatei aqui, quando eu fazia estágio na Defensoria Pública, não tinha uma semana em que não aparecesse alguém que fora preso injustamente; também é alto o número de pessoas presas porque furtou xampu, sabonete, bombom, tijolos, telhas...

1+2 = A pena carcerária não cumpre o papel primário que se espera dela, que é o de conter a criminalidade.


3. FATOR CRIMINÓGENO DA PENA: uma vez preso, o indivíduo é obrigado a aderir ao sistema, se criminalizar dentro da prisão. Ele não tem contato com pessoas de bem para reamoldá-lo à sociedade, ele tem contato com outros de um grupo isolado; ele deve escolher entre se isolar do grupo e morrer (os isolados são os primeiros a morrer em rebeliões) ou entrar no grupo para sobreviver dentro da cadeia. Embora esta possa não ser uma condição maniqueísta, ela é a condição do ambiente: quem entra na cadeia deve escolher seu grupo, posto que o ser humano é um animal social. O indivíduo sai da cadeia com todas os macetes do crime; lá dentro ele foi formado em Assalto a Bancos e Tráfico de Drogas.


4. FATOR CRIMINÓGENO DA SOCIEDADE: aquelas excessões que optaram por não aderir aos grupos criminosos (entrando, por exemplo, para grupos religiosos, ou optando mesmo por não se criminalizar: geralmente, os que tomam esta decisão são os que foram presos injustamente) ao saírem da cadeia não encontram mais acesso ao mercado de trabalho. A própria sociedade os empurra (ou de novo, ou pela primeira vez) para a criminalidade.


1+2+3+4 = Além de não cumprir o papel de contenção da criminalidade, a pena carcerária CRIA e FOMENTA a criminalidade; se a criminalidade fosse uma roda girando, a prisão não seria um freio, seria um agente de aceleração/impulsão.


5. NÃO CONTENÇÃO DE PREJUÍZO SOCIAL: os "caras do mal" não são presos. Todo o prejuízo patrimonial causado pelos criminosos atualmente presos é possível de ser menor que o prejuízo patrimonial causado pela elite criminosa impune. Acho que se colocássemos lado a lado o dinheiro roubado pelos assaltantes atualmente presos em São Paulo, a soma dos prejuízos causados por eles não alcançaria o dinheiro que o Maluf desviou.


6. NÃO CONTENÇÃO DA CRIMINLIDADE CONTIDA: Os grandes traficantes presos encontraram abrigo nas cadeias e comandam o crime com maior tranqüilidade de lá de dentro. A bandidagem diabólica continua na ativa: Beira-Mar foi preso no presídio mais "seguro" do país, mas se casou e sua mulher está lá comandando seu império (notíca dos últimos 3 dias). O PCC promoveu aquele caos de tempos atrás e está mais forte do que nunca.


E o que você propõe Nightmare?
Penas alternativas eficazes.

Furtou galinha? Vai pagar 10 galinhas.

Pixou muro? Vai pintar os muros de um bairro carente inteiro.

Furtou carro? Vai ficar tanto tempo nos pátios de veículos da administração, cuidando deles, lavando, limpando, vigiando (sob vigilância).

Matou? Colônia Penal Agrícola.

Traficou? Vai perder todo o patrimônio que tem e junto com a PF em todas as plantações de maconha, cortar plantinha por plantinha, sempre que houver necessidade, além de, é claro, ir para colônias penais agrícolas.

É o Chico Picadinho? Tratamento ambulatorial.

É o Maluf? Vai prestar serviços sociais, e vai perder o patrimônio.
Um resto azul de sono ainda me ilude, mais visível se torna o meu fantasma, turvo entre a névoa da metamorfose.
  Respiro este leve ar que sustenta o mundo, minha vida nada mais que este respiro, meu olhar nada mais do que esta procura...
  Este o mundo a que vim, de pedra e sonho..

Offline Fabi

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Re: Sobre a Pena de Morte
« Resposta #26 Online: 24 de Novembro de 2007, 22:52:00 »
Eu sou a favor da pena de morte para psicopatas ... mas aqui no Brasil a pena de morte não é aplicável.
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline Raphael

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Re: Sobre a Pena de Morte
« Resposta #27 Online: 25 de Novembro de 2007, 01:43:17 »
Eu sou a favor da pena de morte para psicopatas ... mas aqui no Brasil a pena de morte não é aplicável.

Fabi. Ao citar o "psicopata", você parece deixar claro que alguém o é por opção.

É isso?
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Offline Fabi

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Re: Sobre a Pena de Morte
« Resposta #28 Online: 25 de Novembro de 2007, 01:47:26 »
Eu sou a favor da pena de morte para psicopatas ... mas aqui no Brasil a pena de morte não é aplicável.

Fabi. Ao citar o "psicopata", você parece deixar claro que alguém o é por opção.

É isso?

Não, é uma doença...um transtorno... de que adianta prender se a "doença" continua ali?
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Offline Oceanos

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Re: Sobre a Pena de Morte
« Resposta #29 Online: 25 de Novembro de 2007, 02:03:14 »
Certeza de punição ajuda, mas o que realmente inibe o crime é a convicção de que ele não compensa.  Punição é apenas um dos possíveis motivos - e provavelmente um dos menos recomendáveis.
Concordo. Mas acho que é praticamente impossível esperar isso de todo ser humano. A própria natureza do homem difere disso... A gente fica bestial quando está com raiva...

Offline Oceanos

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Re: Sobre a Pena de Morte
« Resposta #30 Online: 25 de Novembro de 2007, 02:04:22 »
Eu sou a favor da pena de morte para psicopatas ... mas aqui no Brasil a pena de morte não é aplicável.

Fabi. Ao citar o "psicopata", você parece deixar claro que alguém o é por opção.

É isso?

Não, é uma doença...um transtorno... de que adianta prender se a "doença" continua ali?
Você não acha isso meio injusto, não?

Offline Rodion

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Re: Sobre a Pena de Morte
« Resposta #31 Online: 25 de Novembro de 2007, 02:14:25 »
Certeza de punição ajuda, mas o que realmente inibe o crime é a convicção de que ele não compensa.  Punição é apenas um dos possíveis motivos - e provavelmente um dos menos recomendáveis.

o beccaria tinha chegado à receita perfeita. a punição tem de ter três elementos, dizia ele; a certeza, a rapidez e a severidade, em ordem de importância. e de fato se a punição é certa, rápida e severa, a idéia de que o crime não compensa se faz bem clara.
o problema é que talvez não tenhamos como garantir o trinômio da maneira ideal, excessão feita ao último item, que por si só não vale nada. poderíamos nos aproximar dele, mas tudo caminha no sentido contrário; para os dois lados da discussão parece que a coisa se resolve ou aumentando a severidade da punição ou a diminuindo, esquecendo-se dos outros dois aspectos da pena.   
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline Fabi

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Re: Sobre a Pena de Morte
« Resposta #32 Online: 25 de Novembro de 2007, 02:18:04 »
Você não acha isso meio injusto, não?
Qual a solução para alguém que é um psicopata*? O único tratamento é a pessoa ficar internada a vida inteira num hospital psiquiatrico, se for preso e solto mesmo que se passem 30 anos a pessoa vai voltar a cometer crimes.

*E notem que quando eu falo psicopata eu não estou me referindo a todos os criminosos, e sim os que são diagnosticados com esse transtorno por médicos psiquiatras.
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Offline Nightstalker

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Re: Sobre a Pena de Morte
« Resposta #33 Online: 25 de Novembro de 2007, 02:19:23 »
O sistema ideal seria: 5/10 anos de trabalho forçado e depois a execução.

Conselheiro do Fórum Realidade.

"Sunrise in Sodoma, people wake with the fear in their eyes.
There's no time to run because the Lord is casting fire in the sky.
When you make sin, hope you realize all the sinners gotta die.
Sunrise in Sodoma, all the people see the Truth and Final Light."

rizk

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Re: Sobre a Pena de Morte
« Resposta #34 Online: 25 de Novembro de 2007, 02:22:56 »
Eu sou a favor da pena de morte para psicopatas ... mas aqui no Brasil a pena de morte não é aplicável.
Não é possível manter a pessoa medicada e presa, não? Até onde sei, é possível E praticável. Matar o cara por não se ligar pro que é certo é o maior absurdo... afinal de contas, a cadeia serve pra quê nesse mundo, senão pra punir quem faz errado? Coisa boba hein.

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Certeza de punição ajuda, mas o que realmente inibe o crime é a convicção de que ele não compensa.  Punição é apenas um dos possíveis motivos - e provavelmente um dos menos recomendáveis.

o beccaria tinha chegado à receita perfeita. a punição tem de ter três elementos, dizia ele; a certeza, a rapidez e a severidade, em ordem de importância. e de fato se a punição é certa, rápida e severa, a idéia de que o crime não compensa se faz bem clara.
o problema é que talvez não tenhamos como garantir o trinômio da maneira ideal, excessão feita ao último item, que por si só não vale nada. poderíamos nos aproximar dele, mas tudo caminha no sentido contrário; para os dois lados da discussão parece que a coisa se resolve ou aumentando a severidade da punição ou a diminuindo, esquecendo-se dos outros dois aspectos da pena.   

O que fode, bruno, é que o mundo dá trezentas longas voltas em torno do Sol e nós não temos nada de novo. SUPEREM ISSO gentes, tudo que devia ser dito já o foi, e bem melhor dito.

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Vocês viram que as execuções estão suspensas nos EUA? Um mês inteirinho sem nenhuma? Pois é.

A Suprema Corte está analisando a "humanidade" do uso da injeção letal. Não existe esperança de acabar pra sempre, nem nada, mas é que aparentemente tem gente que fica lá 3h gritaaaando até morrer, e nós contemporâneos viadinhos não agüentamos.

É curioso isso de execução. Porque, vejam, os antigos tinham uns meios muito MAUS de executar (aparentemente todo povo usou em alguma altura do campeonato técnicas consistentes em deixar o desgraçado ser morto por insetos). A linha do tempo que nos interessa é basicamente forca - guilhotina - cadeira elétrica - injeção letal. São as mais "pop", por assim dizer.

Porque é daquelas coisas que só a Revolução Francesa faz por nós. AAAANTES, era basicamente que as pessoas importantes tinham privilégios até na hora da execução: nobre morre pela espada. Agora, gente comum vai pra forca (ou pra coisas piores como a roda - na Inglaterra a forca também não é moleza, o Henrique VIII condena a enforcamento, estripamento (?) e decapitação). A gente aprende no colégio que o Terror é aquele período em que todos estão apavorados com a possibilidade de contra-revolução e o governo da França fica com o Comitê de Salvação Pública, i.e., com o Robespierre. Todos os direitos políticos obtidos foram suspensos e as pessoas eram executadas depois de "processo sumário". Agora, o pau-no-cu obcecado com a "virtude" que era, também, todo "inimigo do povo" era condenado e, nessa baderna, mil e tantas pessoas foram executadas em menos de um ano.

Tamanha demanda de execuções necessitava de um método eficiente, à prova de falhas - daí o uso sistemático da guilhotina. É um momento que marca uma diferença PROFUNDA entre o atual e o ancien régime - porque, naturalmente, há uma obcessão com a eficácia: afinal de contas, você pega o cara, estica o cara e solta a lâmina, thuc, morreu (tinha um membro do comitê que foi executado junto com Danton e todo mundo, cujo nome esqueci, que era aleijado, daí que precisaram quebrar ele um pouco para poder deitá-lo, mas isso não conta como crueldade em razão da finalidade, né). Enfim. 

MAS NÃO É SÓ ISSO: todo mundo vai pra forca, desde jornalista a rei. Daí que a revolução inova até nisso: o método de aplicação da pena capital é o mesmo para todos os cidadãos, é eficiente e não causa dor.

Desde então existe essa obsessão em matar as pessoas da maneira mais humana possível. Agora, há que lembrar que a guilhotina aí é OUTRA CIRCUNSTÂNCIA nada relacionada à criminalidade cotidiana. 

Offline Shinigami-Ateu

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Re: Sobre a Pena de Morte
« Resposta #35 Online: 05 de Dezembro de 2007, 15:50:15 »
Penas alternativas eficazes.
Furtou galinha? Vai pagar 10 galinhas.
:ok:

Pixou muro? Vai pintar os muros de um bairro carente inteiro.
:ok:

Furtou carro? Vai ficar tanto tempo nos pátios de veículos da administração, cuidando deles, lavando, limpando, vigiando (sob vigilância).
:ok:

Matou? Colônia Penal Agrícola.
:hein:
Depende.
Matou um pai de familia para roubar o relógio no sinal?
Pena de morte.
 :ok:

Traficou? Vai perder todo o patrimônio que tem e junto com a PF em todas as plantações de maconha, cortar plantinha por plantinha, sempre que houver necessidade, além de, é claro, ir para colônias penais agrícolas.
:ok:

É o Chico Picadinho? Tratamento ambulatorial.
:no:
Pessoas como o Chico Picadinho é muitos outros psicopatas não podem viver em sociedade, infelizmente só lhe restam uma alternativa, ir para vala.
Pena de morte. 

É o Maluf? Vai prestar serviços sociais, e vai perder o patrimônio.
:ok:
Por mim esse "tipinho" de gente merece ir para o buraco também, mas imagine o estrago ambiental, teriam que abrir muitos buracos para enterrar essa corja.


Na minha opinião, nossas leis são brandas e devem ser mudadas.
"Por que temer a morte? Enquanto eu sou, a morte não é; e, quando ela for, eu já não serei. Por que deveria temer o que não pode ser enquanto sou?”.

Offline Alegra

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Re: Sobre a Pena de Morte
« Resposta #36 Online: 06 de Dezembro de 2007, 11:57:19 »
Sou contra a pena de morte, sou contra a prisão perpétua e, atualmente, sou contra a pena de prisão também.
Sou a favor de todas as opções, quem faz a justiça são os homens e não deus
Não sei o que é que deus tem a ver com isso, mas os homens são os últimos a fazerem justiça.

Citar
Se existem últimos a fazerem justiça, há os primeiros a fazerem justiça. O que seria o sentimento do que é justo ou injusto senão proveniente dos homens e que estes homens a partir do processo civilizacional implantaram o sistema judiciário? Ser justo e bom foi devido ao avanço alcançado por homens relativo a códigos morais, a leis, a padrões de condutas aceitáveis. Os primeiros homens seriam estes portanto, que inventaram as leis e os costumes ? Eu acho que não. Acho que todo progresso deve vir de homens por que só depende de nós como cidadãos conscientes começarmos a almejar a justiça e acreditar nela. Somos herdeiros diretos daqueles que definiram os padrões morais, os costumes e as leis. Afinal temos representantes nas cadeiras dos parlamentos. Pode não ser grande coisa o nosso judiciário, mas é o único em que podemos recorrer ao menos como exercício de cidadania.   
radicalizou, hein?
Não tem a ver com ser radical, tem a ver com ser pragmático.

Você é o quê? abolicionista?

A questão das penas de morte e de prisão perpétua já foi discutida num tópico antigo. Minha opinião não mudou.

Com relação à pena de prisão, eis a fração infinitesimal dos motivos pelos quais me tornei contra tal pena.

1. CIFRA NEGRA: Dos milhares e milhares de crimes cometidos no Brasil todos os dias, um mínimo é denunciado (estima-se que, dos  homicídios cometidos no Brasil, entre 20% e 30% chegam a ser julgados, e 5% destes julgados são condenados: por júri popular, diga-se de passagem - das pessoas presas, entre 5% e 10% são homicidas; dos estupros cometidos no Brasil, estima-se - por dados médicos - que somente 10% deles são denunciados e 2% destes são condenados - das pessoas presas, 2% são estupradores), e um mínimo do mínimo chega a julgamento e condenação. Dos furtos e roubos, 20% são denunciados, e 10% dos denunciados chegam a condenação; cerca de 70% dos presos se compõem de pessoas que praticam crimes contra o patrimônio. Assim, temos que um número perto de 97% dos homicídios cometidos está impune; 98% dos estupros está impune; 90% dos crimes contra o patrimônio está impune: 5% dos "criminosos" estão presos. (quem quiser estatísticas aprofundadas, busque no google por "cifra negra da criminalidade")

2. INOCENTES PRESOS: Entre o mínimo de criminosos presos, uma porcentagem também é ou de pessoas inocentes ou de pessoas que receberam uma pena severa demais para o crime cometido: como já relatei aqui, quando eu fazia estágio na Defensoria Pública, não tinha uma semana em que não aparecesse alguém que fora preso injustamente; também é alto o número de pessoas presas porque furtou xampu, sabonete, bombom, tijolos, telhas...

1+2 = A pena carcerária não cumpre o papel primário que se espera dela, que é o de conter a criminalidade.


3. FATOR CRIMINÓGENO DA PENA: uma vez preso, o indivíduo é obrigado a aderir ao sistema, se criminalizar dentro da prisão. Ele não tem contato com pessoas de bem para reamoldá-lo à sociedade, ele tem contato com outros de um grupo isolado; ele deve escolher entre se isolar do grupo e morrer (os isolados são os primeiros a morrer em rebeliões) ou entrar no grupo para sobreviver dentro da cadeia. Embora esta possa não ser uma condição maniqueísta, ela é a condição do ambiente: quem entra na cadeia deve escolher seu grupo, posto que o ser humano é um animal social. O indivíduo sai da cadeia com todas os macetes do crime; lá dentro ele foi formado em Assalto a Bancos e Tráfico de Drogas.


4. FATOR CRIMINÓGENO DA SOCIEDADE: aquelas excessões que optaram por não aderir aos grupos criminosos (entrando, por exemplo, para grupos religiosos, ou optando mesmo por não se criminalizar: geralmente, os que tomam esta decisão são os que foram presos injustamente) ao saírem da cadeia não encontram mais acesso ao mercado de trabalho. A própria sociedade os empurra (ou de novo, ou pela primeira vez) para a criminalidade.


1+2+3+4 = Além de não cumprir o papel de contenção da criminalidade, a pena carcerária CRIA e FOMENTA a criminalidade; se a criminalidade fosse uma roda girando, a prisão não seria um freio, seria um agente de aceleração/impulsão.


5. NÃO CONTENÇÃO DE PREJUÍZO SOCIAL: os "caras do mal" não são presos. Todo o prejuízo patrimonial causado pelos criminosos atualmente presos é possível de ser menor que o prejuízo patrimonial causado pela elite criminosa impune. Acho que se colocássemos lado a lado o dinheiro roubado pelos assaltantes atualmente presos em São Paulo, a soma dos prejuízos causados por eles não alcançaria o dinheiro que o Maluf desviou.


6. NÃO CONTENÇÃO DA CRIMINLIDADE CONTIDA: Os grandes traficantes presos encontraram abrigo nas cadeias e comandam o crime com maior tranqüilidade de lá de dentro. A bandidagem diabólica continua na ativa: Beira-Mar foi preso no presídio mais "seguro" do país, mas se casou e sua mulher está lá comandando seu império (notíca dos últimos 3 dias). O PCC promoveu aquele caos de tempos atrás e está mais forte do que nunca.


E o que você propõe Nightmare?
Penas alternativas eficazes.

Furtou galinha? Vai pagar 10 galinhas.

Pixou muro? Vai pintar os muros de um bairro carente inteiro.

Furtou carro? Vai ficar tanto tempo nos pátios de veículos da administração, cuidando deles, lavando, limpando, vigiando (sob vigilância).

Matou? Colônia Penal Agrícola.

Traficou? Vai perder todo o patrimônio que tem e junto com a PF em todas as plantações de maconha, cortar plantinha por plantinha, sempre que houver necessidade, além de, é claro, ir para colônias penais agrícolas.

É o Chico Picadinho? Tratamento ambulatorial.

É o Maluf? Vai prestar serviços sociais, e vai perder o patrimônio.

???



Já sinto sua falta. Vá em paz meu lindo!

Offline Alegra

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Re: Sobre a Pena de Morte
« Resposta #37 Online: 06 de Dezembro de 2007, 11:59:02 »
Sou a favor de prisão perpétua em alguns casos que não tem "remédio". A sociedade tem o direito de proteção...

Já sinto sua falta. Vá em paz meu lindo!

Offline Týr

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Re: Sobre a Pena de Morte
« Resposta #38 Online: 07 de Dezembro de 2007, 17:01:38 »
Sou a favor de prisão perpétua em alguns casos que não tem "remédio". A sociedade tem o direito de proteção...


Prisão perpátua é ônus para o Estado e conseqüentemente para a população!

Offline Athena

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Re: Sobre a Pena de Morte
« Resposta #39 Online: 07 de Dezembro de 2007, 17:25:20 »
Ando tão desanimada com o Brasil, li ontem que aquele cara que faz o Jack Bauer  pegou 48 dias de prisão com 5 anos de condicional, por dirigir embriagado, e olhe que o cara não bateu em nenhum carro nem atropelou ninguém! Aqui quanta gente mata e vai para casa viver normalmente....Adoraria que nossa justiça funcionasse assim!
Você nasce sem pedir e morre sem querer.
Aproveite o intervalo!

Offline Südenbauer

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Re: Sobre a Pena de Morte
« Resposta #40 Online: 07 de Dezembro de 2007, 17:40:57 »
O Mel Gibson também tem um uns probleminhas com a polícia californiana...hehe

Offline Herf

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Re: Sobre a Pena de Morte
« Resposta #41 Online: 07 de Dezembro de 2007, 18:07:09 »
Penas alternativas eficazes.
Furtou galinha? Vai pagar 10 galinhas.
:ok:
Pixou muro? Vai pintar os muros de um bairro carente inteiro.
:ok:
Furtou carro? Vai ficar tanto tempo nos pátios de veículos da administração, cuidando deles, lavando, limpando, vigiando (sob vigilância).
:ok:
Matou? Colônia Penal Agrícola.
:hein:
Depende.
Matou um pai de familia para roubar o relógio no sinal?
Pena de morte.
 :ok:
Traficou? Vai perder todo o patrimônio que tem e junto com a PF em todas as plantações de maconha, cortar plantinha por plantinha, sempre que houver necessidade, além de, é claro, ir para colônias penais agrícolas.
:ok:
É o Chico Picadinho? Tratamento ambulatorial.
:no:
Pessoas como o Chico Picadinho é muitos outros psicopatas não podem viver em sociedade, infelizmente só lhe restam uma alternativa, ir para vala.
Pena de morte. 
É o Maluf? Vai prestar serviços sociais, e vai perder o patrimônio.
:ok:
Concordo com a maioria das sugestões do Nightmare e com as ressalvas do Shinigami-Ateu. Sou favorável à pena de morte.

Offline Twinning Hook

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Re: Sobre a Pena de Morte
« Resposta #42 Online: 08 de Dezembro de 2007, 17:27:41 »
Concordo com o primeiro ponto de vista do Nightmare.
Nenhum tipo de pena, prisao ou qualquer punicao muda um pessoa para melhor.

A solucao esta mais uma vez na educaco, e' como qualquer coisa, ao inves de prohibir, explique por que e' que e' ruim e nao deve ser feito, prohibicoes sao demonstram sentido e sao ruim.

Punir e' como na escola os professores te baterem se voce errar o exercicio, nao adinta nada.
Ensine, nao puna.

Por outro lada a punicao parece funcionar bem dentro do catolicismo, os cristao que respeitam sua religiao nao cometem pecados pelo medo da danacao eterna, e nao porque "deus e' bom, deus e' pai".

Mas, isso nao e' uma questao de religiao e sim de politica, por isso, escolha a educacao e sou contra qualqur tipo de pena. Se alguem comete um crime deveria ser mandado a uma escola especial de etica e moral e nao a cadeia.

Offline forced_existence

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Re: Sobre a Pena de Morte
« Resposta #43 Online: 08 de Dezembro de 2007, 18:09:09 »

???




Minha resposta ficou 'embolada' dentro dos ´quadrinhos.


Não sei o que é que deus tem a ver com isso, mas os homens são os últimos a fazerem justiça.


Se existem últimos a fazerem justiça, há os primeiros a fazerem justiça. O que seria o sentimento do que é justo ou injusto senão proveniente dos homens e que estes homens a partir do processo civilizacional implantaram o sistema judiciário? Ser justo e bom foi devido ao avanço alcançado por homens relativo a códigos morais, a leis, a padrões de condutas aceitáveis. Os primeiros homens seriam estes portanto, que inventaram as leis e os costumes ? Eu acho que não. Acho que todo progresso deve vir de homens por que só depende de nós como cidadãos conscientes começarmos a almejar a justiça e acreditar nela. Somos herdeiros diretos daqueles que definiram os padrões morais, os costumes e as leis. Afinal temos representantes nas cadeiras dos parlamentos. Pode não ser grande coisa o nosso judiciário, mas é o único em que podemos recorrer ao menos como exercício de cidadania.   

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 Foi num quarinho mais interno onde eu defendi esta colocação.

 Alguém aí sabe ao invés de 'quadrinho', qual o nome para esta formatação ?

« Última modificação: 08 de Dezembro de 2007, 18:13:57 por forced_existence »
Um resto azul de sono ainda me ilude, mais visível se torna o meu fantasma, turvo entre a névoa da metamorfose.
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Offline West

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Re: Sobre a Pena de Morte
« Resposta #44 Online: 08 de Dezembro de 2007, 19:32:37 »
Não sou a favor.

A Constituição veda expressamente a pena de morte (exceto em período de guerra) e penas cruéis, inclusive a perpétua. Veda trabalhos forçados também. É cláusula pétrea e somente pode ser derrubada com uma nova CF. Nossa legislaçao protege mais o bandido do que o cidadão de bem.

No papel é tudo muito bonito, mas na prática.
Nem o  governo cumpre com a parte dele.

Precisamos de uma reforma penal, processual penal e do sistema penitenciário, de forma que haja efetivamente a justa punição para os criminosos. 
"Houve um tempo em que os anjos perambulavam na terra.
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"Acerca dos deuses não tenho como saber nem se eles existem nem se eles não
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Offline Luis Dantas

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Re: Sobre a Pena de Morte
« Resposta #45 Online: 08 de Dezembro de 2007, 19:36:00 »
Pena de morte me parece uma expressão daquela vontade instintiva de não ter de coexistir com quem nos desagrada.  Solução mesmo, nunca foi.
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Twinning Hook

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Re: Sobre a Pena de Morte
« Resposta #46 Online: 09 de Dezembro de 2007, 00:41:17 »
Concordo com Dantas.

Como eu disse antes, punir nao resolve, temos que educar.

Offline Adriano

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Re: Sobre a Pena de Morte
« Resposta #47 Online: 09 de Dezembro de 2007, 00:54:22 »
Não sei o que é que deus tem a ver com isso, mas os homens são os últimos a fazerem justiça.
Se existem últimos a fazerem justiça, há os primeiros a fazerem justiça. O que seria o sentimento do que é justo ou injusto senão proveniente dos homens e que estes homens a partir do processo civilizacional implantaram o sistema judiciário? Ser justo e bom foi devido ao avanço alcançado por homens relativo a códigos morais, a leis, a padrões de condutas aceitáveis. Os primeiros homens seriam estes portanto, que inventaram as leis e os costumes ? Eu acho que não. Acho que todo progresso deve vir de homens por que só depende de nós como cidadãos conscientes começarmos a almejar a justiça e acreditar nela. Somos herdeiros diretos daqueles que definiram os padrões morais, os costumes e as leis. Afinal temos representantes nas cadeiras dos parlamentos. Pode não ser grande coisa o nosso judiciário, mas é o único em que podemos recorrer ao menos como exercício de cidadania.   
Nisso concordo contigo. Esse papo de que o homem é o último a fazer justiça é muito válido para os crentes que consideram existir um ser superior responsável por isso. No nosso caso temos que assumir a responsabilidade pelas leis e buscar a melhoria das condições de vida social.

Um dos pontos que me alegra muito discutir com céticos é que muito dificilmente vão alegar a existência de deus para justificar uma questão política, econômica ou social.

Foi num quarinho mais interno onde eu defendi esta colocação.

 Alguém aí sabe ao invés de 'quadrinho', qual o nome para esta formatação ?
Costumamos chamar de quote ou quotes.
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Offline Twinning Hook

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Re: Sobre a Pena de Morte
« Resposta #48 Online: 09 de Dezembro de 2007, 01:07:26 »
Muito bem colocado Adriano, e' otimo discutir com ceticos por esse motivo.

Como voce sabe, os estados unidos sao um pais extremamente religioso e e' muito dificil encontrar ateus, agnosticos e ceticos.

Numa conversa corriqueira eu disse que achava que ninguem havia vivido mais de 200 anos e uma certa pessoa se introduziu na conversa e disse que tem pessoas na biblia que viveram mais de duzentos anos e isso e' prova final.
Eu nao achei maneiras de responder sem ofender as crencas pessoais da pessoa e por isso enguli.
Voce nao tem nocao da consequencia que seria anunciar ser um ateista agnostico nessa comunidade, no minimo ninguem falaria comigo e passariam longe.

Nao gosto quando crencas no supernatural sem fundamento tentam interferir em um assunto cientifico, mas me calei por uma questao de respeito, mesmo sabendo que eu nao seria respeitado se expresasse meu ponto de vista.

Offline RickRJ

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Re: Sobre a Pena de Morte
« Resposta #49 Online: 09 de Dezembro de 2007, 01:26:04 »
Psicopatia ou transtorno da personalidade anti-social é uma entidade sindrômica, onde a pessoa apresenta um comportamento, basicamente, manipulador, dissimulado e não possui uma conduta ajustada à do seus pares.Ele próprio constrói seus valores, códigos de conduta e por aí vai.
São, em geral, muito inteligentes e sedutores.Não existe uma cura e o tratamento consiste em psicoterapia.Os medicamentos são utilizados em casos onde coexistam mais um(ns) outro(s) transtorno(s).
Eles - psicopatas -  existem sim.O diagnóstico é MUITO difícil de ser realizado, já que eles possuem uma inteligência superior, podendo tomar conhecimento de sua doença antes mesmo do diagnóstico.
Nem todo criminoso é um sociopata.Mas um sociopata pode transgredir facilmente a lei e os costumes.
Isso é o que eu sei - muito pouco.Com relação a pena de morte, não tenho uma opinião embasada, mas pessoal.Acho que depende do sistema judiciário, das leis em geral do país e dos costumes.
Avançamos cientificamente bastante em diversas áreas do conhecimento humano.Eticamente, estamos engatinhando.Recursos mal distribuídos, renda concentrada e etc.
A pena de morte é muito forte pra ser aplicada por pessoas que, a priori, dizem ser etica e moralmente superiores ao criminoso.Que ética é essa? Como deixamos essa pessoa chegar a cometer um crime? O que poderia ser feito pra que esse crime não ocorresse? E por aí vai.
Não incluo a legítima defesa nesta discussão.abços!!!
"Allah é a Luz dos Céus e da Terra..." Qur'an (24:35)

 

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