...e os Estados Unidos, com seu “embargo” e tudo, doaram ao país aproximadamente $472 milhões em remédios nos últimos 10 anos.
Arcanjo, fiquei curioso com essa.
Você sabe como se dá essa doação?
É do governo yankee, ou de particulares?
Eu sei de um intercâmbio entre igrejas católicas, medicamentos em troca da assistência médica de cubanos em várias partes do mundo.
É de particulares,entidades religiosas,familiares de cubanos que moram nos EUA...
Mas a questão é: Se ele odeia tanto os EUA, não devia aceitar grana deles...
"Viva la revolucion, mas siem a grana de la gringaiada, estoy fodido!"
E tem isso:http://www.plazapublica.org/articulo.php?id=589
Desde o México, desembarcam no país milhões de latas de Coca-Cola, símbolo imperialista difícil de achar até dois anos atrás. Na esteira da horda de mais de dois milhões de visitantes estrangeiros, o refrigerante agora é figurinha carimbada até em templos cubanos como a "La Bodeguita del Medio".
Por: Flávia Barbosa*
La Habana :: A poucos meses de começarem as comemorações do cinqüentenário das batalhas que culminaram na vitória dos revolucionários, Cuba se prepara para pôr em marcha uma segunda fase de abertura econômica. O plano, desenhado sob a interinidade de Raúl Castro na presidência, prevê reformas cambial, monetária e fiscal (para aumentar a eficiência da economia) e um programa de atração de investimentos estrangeiros, mapeando o horizonte de oportunidades além do tripé formado pelos setores de turismo, energia/mineração e transporte portuário. Leia mais: Mudanças políticas são inevitáveis
Poucas coisas na ilha são tão explícitas, hoje, como a aspiração de se integrar ao mundo globalizado, o que deixa escapar um desejo de criação de uma "China do Caribe".
- Nosso esforço é para imprimir um ritmo maior à economia de Cuba - afirmou Ramón Marin, ministro de Investimento Estrangeiro e Colaboração Econômica (Minvec), em seminário para investidores.
Os estrangeiros já integram 237 empresas de capital misto - cuja participação majoritária é do Estado - e participam de outros 125 arranjos contratuais (como a administração produtiva). Juntas, essas 362 iniciativas faturaram em 2006 US$ 3,7 bilhões, o equivalente a 8% do Produto Interno Bruto (PIB) de Cuba, percentual que deve passar a 10% este ano. O Brasil estuda estuda intalação de centro comercial na ilha para atender aos clientes, por parte das empresas de pequeno e médio portes.
Mas é muito pouco diante do potencial da ilha. Embora cresça à uma média superior a 5% desde 2002 - e no último biênio tenha alcançado taxas asiáticas de 11,8% e 12,5% - Cuba é um país em reconstrução e precisa restabelecer capacidade produtiva e competitividade.
Saiba mais em: Multinacionais à moda cubana
Por isso, o plano de atração de capitais está voltado a projetos que contribuam tecnológica e economicamente com o país e não ao estabelecimento de tradings (que visam à compra e venda de mercadoria), como ocorreu na primera abertura.
" Muitos erros foram cometidos nos anos 1990, porque não tínhamos experiência e precisávamos "
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- Muitos erros foram cometidos nos anos 1990, porque não tínhamos experiência e precisávamos (depois da grave crise que se seguiu ao fim do bloco soviético) - diz Miriam Martinez, diretora de informações da Câmara de Comércio de Cuba.
Por exemplo, na área de energia, Cuba quer parcerias que lhe dêem expertise para explorar petróleo em águas profundas, no Golfo do México. Em transportes, quer melhorar a qualidade de rodovias e ferrovias. Em turismo, o objetivo é atrair investimentos que complementem os hotéis, de forma a posicionar Cuba no mercado turístico caribenho.
Na lista estão a construção de campos de golfe, marinas e parques temáticos e aquáticos e a decentralização dos hotéis, com o potencial de 30 mil novos quartos. De sua parte, o Estado acelerou os investimentos na restauração das edificações coloniais e está reformando lojas e edifícios no centro histórico, que estão sendo transformados em minishoppings e abrigando escritórios.
O governo diz ter trunfos para virar o jogo.
- Temos a oferecer garantia de dividendos livres de impostos, alíquotas menores de importação (de insumos) para construção e produção em Cuba, meio de transporte (são quatro grandes portos e uma razoável malha ferroviária), mão-de-obra formada e excelente posição geográfica - afirma Anaiza Rodríguez, diretora de Avaliação e Gestão de Projetos de Investimento do Minvec.
"Temos a oferecer garantia de dividendos livres de impostos, alíquotas menores de importação para construção e produção em Cuba, meio de transporte, mão-de-obra formada e excelente posição geográfica"
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À fórmula se adiciona uma dose cavalar de pragmatismo, separando exatamente o joio do dinheiro do trigo da ideologia. Espanha e Canadá são os maiores investidores em Cuba (são os países de origem da maioria das empresas associadas com o Estado). Mas EUA e Israel - dois dos quatro votos pela manutenção do bloqueio econômico que já causou mais de US$ 80 bilhões de prejuízo à ilha, segundo a "The Economist Intelligence Unit" - também têm vez.
Desde o México, desembarcam no país milhões de latas de Coca-Cola, símbolo imperialista difícil de achar até dois anos atrás. Na esteira da horda de mais de dois milhões de visitantes estrangeiros, o refrigerante agora é figurinha carimbada até em templos cubanos como a "La Bodeguita del Medio".
Os EUA, neste contexto, a despeito do bloqueio, já são o terceiro maior exportador para Cuba, com 7% do total (à frente do Brasil) e 25% só do de alimentos. Porém, é comentário obrigatório nas rodas de negócio e mesmo entre populares que os números estão subestimados, pois seriam comercializados muito mais produtos em triangulação com terceiros mercados. Há, ainda, três vôos charter ligando Havana a Miami diariamente, segundo a diplomacia brasileira.