A loucura dessa situação é o fato de Seul (e o grosso da população sul-coreana) estarem localizados pŕoximos a zona desmilitarizada e completamente ao alcance da artilharia norte-coreana. Tentar atacar o norte com ataques "cirúrgicos" faria o Kim reagir com força total em Seul causando uma tragédia de proporções grotescas em curtíssimo prazo, depois viriam invasão do enorme exército do norte ao sul o que faria as baixas de ambos os lados aumentar em muito e em seguida os mísseis no Japão e sabe-se lá onde mais. Some-se a isso o fato de, apesar de um alto contingente de americanos no Japão e na Coreia do Sul, em uma guerra em larga escala os EUA teriam que deslocar seu poderio, via mar, de diversos locais no globo, o que leva tempo, e tempo nesse caso causaria vidas perdidas.
Atacar a linha de fronteira norte coreana também não sei se ajudaria muito, na certa o grosso dos armamentos norte-coreanos não está a disposição de ser atacado. E tem o fato de que, se os militares do norte acharem que estão para ser atacados, eles podem atacar primeiro.
E ainda tem o fator Trump. Esse lunático pode muito bem detonar uma bomba nuclear na Coreia do Norte, o que mataria a população norte-coreana --que não tem culpa e não merece morrer-- e de quebra iria espalhar radiação em Seul e na China. Talvez os mais entendidos aqui possam explicar melhor, mas acho que com um ataque nuclear ao Norte, as usinas nucleares deles iriam para o espaço junto e, com isso, o nível de radiação iria para a casa do cacete. Uma coisa é uma bomba de fissão que tem uma quantidade pequena de materia radioativo que explode liberando muita energia e subprodutos radioativos de meia-vida curta, outra são as usinas atomicas com uma quantidade enorme de material (urânio, plutônio?) que não está projetado para liberar energia, nem se degradar em atomos de meia vida curta espalhados no local. Hiroshima é habitável e Chernobyl não por causa disso.