não que eu seja um grande conhecedor do mundo gay, mas todos os casais gays que conheci (dois, heh) entendiam 'monogamia' de uma maneira um pouco diferente do que eu.
ESSA é a sua "evidência"? Eu conheço casais gays que se relacionam monogomamente de forma similar aos casais heteros, ou até mais, já que o que eu mais conheço é gente hetero, notadamente homens, que não raro corneiam com prazer suas namoradas e esposas. A "base" pra sua convicção é, na melhor das hipóteses, míope, e na pior delas, não-existente.
eu acho razoável supor que uma criança que cresça em um lar homossexual tenha maiores chances de se tornar homossexual, se você acha isso ridículo vou dizer o quê? continua me parecendo uma suposição razoável. você deve saber que a suposição é razoável, mas não liga.
Sua suposição não é razoável: é desonesta e imbecil, TODAS as pessoas homossexuais que conheço foram criadas em lares nem um pouco diferentes dos que foram criadas as pessoas heterossexuais que conheço, algumas são filhas de casamentos duradouros e outras filhos de casamentos que não deram certo, algumas tiveram relacionamentos conturbados com seus pais, outras tiveram relacionamentos razoáveis, outras tiveram relacionamentos muito tranquilos, e se for pra julgar pelo tipo de lar do qual veio cada uma delas, homos e heteros, é impossível saber qual lar "deu origem" a uma pessoa gay e qual "deu origem" a uma pessoa hetero.
talvez, pra você, tanto melhor que haja mais criancinhas gays nascendo por aí. pra mim não.
e não tenho de me explicar, é uma questão moral e pronto. se eu resolver me questionar, provavelmente o valor cai; é o que acontece quando se questiona valores. nenhum, nem o respeito à vida humana, resiste ao questionamento. às vezes valores precisam ser questionados, às vezes é melhor fechar os olhos. sendo a família uma instituição basilar da civilização ocidental, e em não se sabendo quais podem ser as conseqüências de sua implosão, este talvez seja um dos casos de fechar os olhos.
O promotor TEM que se explicar: a explicação vagabunda dele nós todos vimos.
Ahhhhhhhhhhhh, querido, a "implosão da família", imagino que você esteja falando do fato de futuramente crianças poderem ser indiscriminadamente adotadas por solteiros, casados, homos, heteros, bis, trans, o que for! Que peninha pra você, o argumento da "implosão da família ocidental" não parece vingar muito pra nenhuma transformação nem ampliação do conceito de família historicamente, meu bem, seus proponentes sempre se ferraram, e espero que continuem sempre se ferrando.
No Brasil os filhos adulterinos já foram impedidos de pleitear o reconhecimento da paternidade ou maternidade de seus genitores casados, por quê? Porque dar esse direito a eles poderia resultar na "destruição da família tradicional brasileira", com tantos bastardinhos procurando reconhecimento por aí. O que aconteceu com quem defendia isso? É memória, foi jogado no esgoto da história. No Brasil por décadas e décadas o divórcio não existia na lei, já que por "questões morais", o casamento deveria ser tido como indissolúvel, seus laços, uma vez firmados, nunca se desfazendo. Quando o movimento pró-divórcio ganhou força e houve discussões sobre a formulação da lei do divórcio no Brasil, houve vozes que consideraram que não PODERIA nessa lei constar a possibilidade da mulher pedir o divórcio por motivo de infidelidade do marido, isso resultaria na "implosão" ou na "dissolução" da célula primeira da sociedade brasileira, que é a "família". O que aconteceu com essa LAIA DE VERMES? Foi jogada no esgoto da história. Até antes da Constituição de 1988, o Brasil previa diferentes direitos para diferentes "tipos" de filhos, se naturais, se havidos fora do casamento, se adulterinos, se adotivos. Tudo isso por "questões morais de família", afinal os filhos "naturais" mereciam maior destaque e maiores direitos que os adotivos, que por sua vez era "melhores" que os havidos fora do casamento, que por sua vez eram "melhores" do que os adulterinos. O que aconteceu com todos aqueles que corroboraram esses entendimentos quando do advento da nossa atual Constituição? Huh, se fuderam. Por várias e várias décadas apenas pessoas casadas poderiam adotar crianças, já que era ABSOLUTAMENTE IMPRESCINDÍVEL que as criaturinhas fossem criadas em lares "morais", "clássicos" e "tradicionais" com uma figura paterna e uma figura materna, fora dos quais os resultados pra cabecinha do infante poderiam ser irremediáveis. O que aconteceu com todo mundo que entendia que assim era e assim deveria continuar sendo quando pessoas solteiras passaram a poder adotar crianças? SE FUDERAM.
Agora estamos testemunhando uma nova transformação no conceito de família, quando além do casal heterossexual ou do provedor solteiro e sua prole, casais de outras sexualidades possam constituir família. Ai, tem gente dizendo que isso vai ser uma "implosão", uma "destruição", uma "dissolução" do nosso "conceito de família". É, acho que deu pra ver ao longo do século passado o QUANTO a sociedade brasileira foi DESTRUÍDA pelas transformações NEFASTAS no conceito de família tradicional. Huuummmmmmm, xô pensar: o que é que vai acontecer com essas pessoas mesmo daqui a algum tempinho? Complete você:
_________________________________
o mundo gls é mais promíscuo que o mundo normal é uma mentira?
alguém está mentindo aqui, betinho. se eu o estiver fazendo, juro que é involuntário. e você?
Sabe de uma coisa... se pra você o mundo "GLS" se contrapõe ao mundo "NORMAL" você provavelmente não merece nenhuma resposta, pelo menos da minha parte. Fica parecendo meio que sem-vergonhice da minha cara ficar me rebaixando a responder quem usa de subterfúgios linguísticos pra me esculhambar, mas dou uma colher de chá pra você: você entendeu muito bem a parte em que eu disse que são os HOMENS que são mais promíscuos do que as mulheres, sejam heteros, sejam bis, sejam homos.
mas o meu maior problema, enfim, não é com o caráter dos pais heterodoxos. é mesmo em saber da ignorância que há em torno do assunto, das conseqüências individuais e sociais deste tipo de ordem.
Sente e assista, baby, daqui a algumas gerações saberemos.