Que seja o vice campeão da Libertadores então, não importa. De qualquer forma acho que o mundial teria a ganhar com mais um time europeu e mais um time sul-americano.
Ainda sou contra, até porque os vices já perderam para os respectivos campeões. Não vejo razão em dar-lhes outra chance.
Para falar a verdade, acho que nem aqui deveria existir... Os nossos campeonatos estaduais poderiam ser mais reduzidos para criar espaço no calendário.
Para mim devem existir, até porque é um facilitador para os times crescerem. Fora que é o critério para decidir quem disputa Copa do Brasil e o Brasileireco (3ª divisão). Mas concordo que devem ser reduzidos. No caso do Paulistão, por exemplo, eu reduziria para 16 times e eliminaria o mata-mata final.
Você entendeu errado. Não por culpa sua, mas porque a comunicação escrita perde certas nuances da comunicação oral, faltou a ênfase. Eu quis dizer temos times grandes demais, e não temos times grandes demais 
Qual o problema em haver muitos times grandes? Para mim é até melhor que isso aconteça porque permite maior rotatividade de campeões, em vez da mesmice dos campeonatos europeus.
Todas as 9 divisões da Inglaterra têm público, mas as receitas de televisão e de patrocínio são diferentes. Jogar na Premier League é muito diferente de jogar em uma divisão inferior e isso se reflete nos cofres dos clubes.
Por isso que o objetivo é subir de fase.
Um time deve causar emoção desde o começo do torneio, e esse é o espírito do sistema de pontos corridos. Para mim só há uma justificativa para um torneio ser mata-mata: a relação número de times/tempo disponível ser muito alta.
Eu já penso o contrário de novo. Não vejo emoção nenhuma em um clube disparar na frente e ser campeão. Mesmo sendo o melhor. O futebol, como a vida, não é necessariamente justo, assim como em uma partida uma equipe pode jogar melhor durante os 90 minutos e ser derrotada, em um campeonato isso pode acontecer. O campeonato mais importante do futebol, a Copa do Mundo é assim, às vezes ganha o melhor, às vezes não, mas o importante é garantir o espetáculo, afinal futebol na verdade é entretenimento, nada mais do que isso e quanto mais dramática a conquista, para mim, tanto melhor. Mas essa discussão é mais estética, é baseada em um "senso de justiça" diferente e eu não acho que possa ser resolvida.
Quando eu disse que um time deve causar emoção desde o começo, eu me referia à qualidade de seu futebol. Ele deve jogar bem, com disposição e raça desde o começo, e não ficar com essa história de "lá na frente eu me recupero e talvez consiga um sexto lugar, me classificando para o mata-mata". Por isso que defendo o sistema de pontos corridos: o time sabe que tem que se dedicar desde o começo se quiser ter chance. Tem que dar espetáculo o campeonato inteiro, e não só meia-dúzia de jogos. Caso contrário, está premiando-se o time mais pela sorte do que pela capacidade.
Fazendo uma analogia com outro esporte, imagine que após toda a temporada de F1 houvesse uma corrida extra com os oito melhores pilotos para decidir qual deveria ser campeão. E aí, por algum acaso, o oitavo ganha essa corrida, seguido do sétimo e do sexto. Pode-se dizer que essa última corrida foi mais emocionante, e isso se mostra no resultado inesperado, mas porque Mark Webber deveria ser declarado campeão, seguido de Jarno Trulli e Heikki Kovalainen, se durante todo o campeonato Lewis Hamilton, Kimi Raikkonen, e Felipe Massa correram mais? Nesse caso estaria-se premiando a sorte dos outros três e não sua capacidade. Voltando ao futebol, um time pode ter sorte em um ou outro jogo, mas se ele ganha muitos jogos, isso tem mais a ver com preparação e capacidade do que com sorte. Mesmo que haja sorte em um jogo e azar em outro, ao longo do campeonato isso perde importância, diferente do mata-mata onde isso pode significar a saída de um e permanência de outro. Se é para premiar a sorte, decida o campeão no sorteio.
Se um time grande cai e encolhe, um time pequeno tem chance de crescer. Porque os times grandes devem sempre ser favorecidos? Aliás, na minha opinião, boa parte dos times grandes só conseguiu se manter grande graças a esses tipos de favorecimentos.
Um torneio com mais equipes não impede os times pequenos de crecer, muito pelo contrário. Como eu disse, estar na primeira divisão aumenta as receitas com televisão e patrocínio, sendo assim um campeonato com 32 equipes é um ambiente mais nutritivo para clubes crescerem fortes e saudáveis do que um com 16.
Telvisão talvez. Patrocínio é bem mais complicado.
Mesmo nos campeonatos europeus, volta e meia há um time mediano que consegue passar alguns times grandes e, se não consegue ser campeão, pelo menos garante sua vaga na Liga dos Campeões, o que lhe garante um aumento de caixa e conseqüentemente um crescimento do clube. Não é algo instantâneo, mas se um time grande encolher tanto assim, outro há de lhe tomar o lugar e ser grande também.
Você mesmo já sabotou seu próprio argumento com esses "volta e meia" e "se não consegue ser campeão, pelo menos..." ou seja, os campeonatos nacionais dos europeus não são tão interessantes quanto o brasileirão que já foi ganho por 17 equipes em 38 anos.
O que eu quis dizer foi que mesmo que um time demore mais a subir, ele o fará de maneira correta que é com planejamento e boa administração, e não por um mero golpe de sorte, que resultará numa queda futura para nunca mais voltar. Ele subirá com chances bem maiores de permanecer se mantiver seu bom trabalho na administração. Veja o caso do SPFC: até meados da década de 70 ele era olhado por Palmeiras e Corinthians como um time mais fraco já que nunca ganhava nada. Enquanto isso o SPFC preferia ir contruindo e pagando o Morumbi (que poderia ter sido do Corinthians) e depois os seus diversos CTs. O resultado foi que nas décadas de 80 e 90 começou a crescer e hoje é o que mantém maior regularidade nos campeonatos. O mesmo aconteceu com o Manchester United, que desde 93 já foi campeão 10 vezes na Inglaterra. Idem com o Lyon na França.