Só pessoas com problemas sérios achariam algo de fascinante nisso.
Você não pode negar que o impulso de matar É uma realidade. Sempre nos matamos uns aos outros, primeiro por território, comida e água, pra firmar posição numa sociedade, pra não ser morto, etc, e à medida que as sociedades humanas foram se tornando mais complexas, o motivo para se matar o outro também. Embora nesse caso não acho que haja algo SOCIALMENTE complexo nos motivos que levaram essa criatura a chacinar os filhos, mas talvez PSICOLOGICAMENTE complexo. O fato é que estudar a mente de alguém que, mesmo que por alguns poucos momentos, agiu absolutamente SEM estar sob o efeito das nossas inibições sociais em relação a agredir o outro, É fascinante. Todos vivemos constantemente, o tempo inteiro, sob a ação dessas inibições: NÃO vivemos batendo, massacrando e matando as pessoas por qualquer motivo, embora às vezes QUEIRAMOS fazer isso, QUEIRAMOS meter um murro na cara de uma pessoa calhorda e filha da puta e daí por diante, mas nos sentimos IMPEDIDOS de fazê-lo. Essa mulher voou como Macaulay Culkin em
O anjo malvado, quando ele diz pro primo Elijah Wood "não ter medo de voar" (ele era um psicopata desprovido dessas inibições que nos são naturais e essenciais pra vida em sociedade).
Ela também me lembra Sharon Stone em
Instinto Selvagem e as outras personagens, Roxy e Hazel Dobkins. Roxy degolou os dois irmãos aos 16 anos. Ela disse apenas que a faca estava a seu alcance. Que não sabia porque fizera. Apenas fizera. Hazel Dobkins matou o marido e os filhos de repente, sem motivo algum. Também disse que não sabia porque fizera aquilo, apenas fizera. Katherine Tramell (Sharon Stone) se dizia atraída por pessoas "diferentes" e queria estudar o "impulso homicida", sendo ela mesma na verdade uma perigosa, encantadora, linda, maravilhosa psicopata assassina, e no final acabamos TORCENDO por ela!!!! Katherine Tramell é semelhante a Haskolnikoff em
Crime e castigo, ela confere a si própria o direito de eliminar as outras pessoas porque se coloca num grupo humano diferenciado que têm por prerrogativa natural (jusnaturalismo) o direito de matar "inferiores"!
O impulso e a vontade de causar o sofrimento e/ou a morte de um semelhante simplesmente está em nós. Veja exemplos:
Me dá vontade de ver essa mulher morrendo esquartejada, igual ela fez com seus filhos. Muitos pensam o mesmo que eu. No entanto, isso seria Vingança e não Justiça.
Agir como animal com quem agiu como animal não resolve muita coisa. Só espero que a justiça seja feita e que ela receba a pena mais alta pelo crime hediondo.
Sei lá... falei surra... nem falei em esquartejamento... 
Falei em rede de tv nacional e horário nobre, só para ser usada como exemplo. Ela e mais umas 10 pessoas (bandido, assassino, torturador, serial killer...) sendo surrada e morta todas as terças nobre. Isso serviria de exemplo para os outros desgraçados terem um pouco de receio antes de praticar uma criminalidade.
Todos os três exemplos mostram que essas três pessoas alegremente compactuariam ou talvez até participariam de uma ação dirigida a infligir dor, agonia e morte a outra pessoa. Elas não são diferentes da pessoa que elas se mostrariam dispostas a torturar e matar, apenas foram socialmente bem educadas para expressarem seus desejos assassinos de forma socialmente aceitável, ou seja, dirigida a uma pessoa que cometeu uma ação socialmente inaceitável. Ou seja, Nina, você não é melhor do que ninguém pra dizer que alguém tem ou não algum "problema". Como você se sente em relação a isso?
E olha que já fui policial militar e tive um amigo que matou um bandido num assalto a farmácia. A situação ocorreu de acordo com a legalidade, tudo dentro da lei. Porém mexeu com ele, e como era de praxe em São Paulo. ele passou pelo acompanhamento psicológico que todo policial envolvido com ocorrência com morte são encaminhados.
Fascinante!! Tem isso, é?? E pra policial envolvido com ocorrência de espancamento, tortura, concussão, corrupção, extorsão e brutalidades e crimes mil, tem acompanhamento psicológico também??