Autor Tópico: Caso Isabella  (Lida 19154 vezes)

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Offline J Ricardo

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Caso Isabella
« Online: 17 de Abril de 2008, 13:49:59 »
Sei que esse caso foi pego pra "Cristo" pela Globo, e que existem muitos outros assassinatos de crianças que não tem nem 10% da repercussão deste, pelo simples fato de que são pessoas de pouco poder aquisitivo. 

Independente disso, acho que é um bom assunto a se debater em um site de ceticismo. Se passaram quase 3 semanas desde a morte da menina, e muito já foi noticiado, fazendo com que muitos pré-julguem o caso e também que muitos tenha diversas outras opiniões em defesa ao casal e também contra.

A cronologia em resumo, pode ser lida aqui.

A polícia há vários dias disseram que o caso está 99% solucionado, e que não haverá novidades. Ou seja, o polícia já pré-julgou o caso.

A última notícia importante divulgada foi que os peritos confirmaram que a pegada com sangue encontrada no apartamento confere com o chinelo usado por Alexandre na noite da morte da menina. A mãe da menina relatou que sempre deu banho em Isabella e nunca notou anormalidades depois das visitas ao pai e que ela nunca reclamou nem falou nada.

Ontem divulgaram que a segurança do prédio é precária e testemunhas confirmaram que o casal perdeu a chave do apartamento, mesmo assim, peritos descartaram uma terceira pessoa na cena do crime.

Offline J Ricardo

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Re: Caso Isabella
« Resposta #1 Online: 17 de Abril de 2008, 13:53:01 »
O Instituto de Criminalística, o Instituto Médico Legal, os delegados e investigadores têm convicção de que Alexandre jogou a filha após a madrasta tê-la tentando asfixiá-la.

Achei interessante essa notícia, não imagino como conseguiram ter essa 'convicção' e temo que se condenarem o casal, a mídia esqueça o caso e não divulgue mais detalhes sobre o crime ou como os investigadores chegaram a essa conclusão.

Offline Diegojaf

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Re: Caso Isabella
« Resposta #2 Online: 17 de Abril de 2008, 15:02:25 »
O laudo pericial tem que explicar por A + B como eles chegaram as conclusões... pode ser que hajam testemunhas que não foram divulgadas, por exemplo...
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline Týr

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Re: Caso Isabella
« Resposta #3 Online: 17 de Abril de 2008, 15:21:09 »
Isso já está enchendo o saco

Offline Diego

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Re: Caso Isabella
« Resposta #4 Online: 17 de Abril de 2008, 17:25:34 »
Demorou para aparecer este tópico no CC, dado a tamanha repercussão na mídia (não só globo... mas a record, sbt, band citam o caso diariamente em telejornais, além grandes portais da internet divulgarem notas na pagina principal diariamente).

Vamos esperar os laudos completos, mas se a perícia falou que não havia uma 3ª pessoa no apartamento fica bem complicado a situação para o pai e a madrasta.

As provas pelo que acompanhei são as seguintes:

Mancha de sangue na roupa do pai.
Restos da grade de proteção na roupa do pai (ela foi cortada com uma faca e uma tesoura)
marca de pé na cama de onde ela foi atirada.
Ausência de uma 3ª pessoa no apartamento.
Discussão no apartamento ouvida pelos vizinhos momentos antes do fato.

Offline Týr

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Re: Caso Isabella
« Resposta #5 Online: 17 de Abril de 2008, 17:30:17 »
O que tem de tão extraordinário neste caso?

Offline Diegojaf

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Re: Caso Isabella
« Resposta #6 Online: 17 de Abril de 2008, 17:36:43 »
O mesmo que tem em qualquer outro em que o pai mata a filha/filho...

Acho que é porque supôe-se que seu filho seja a coisa mais preciosa que você tem. Se você mata ele, agiu de uma maneira muito "anti-natural", por assim dizer. Normal ter a polêmica que está tendo...

Aqui em Minas anteontem um cara socou o enteado de 11 meses que morreu. Também está tendo bastante destaque.

Outro tipo de crime que está em foco é o "mata/atira/estupra/sequestra/ateia fogo na ex-namorada". Um cara sequestrou a ex-namorada, além de ter trocado tiros com o atual namorado da moça. Belo Horizonte virou referência quando ocorre esse tipo de crime... ¬¬
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Offline Nina

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Re: Caso Isabella
« Resposta #7 Online: 17 de Abril de 2008, 17:55:29 »
Povo passional... ::)
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline Diegojaf

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Re: Caso Isabella
« Resposta #8 Online: 17 de Abril de 2008, 18:07:08 »
Povo passional... ::)

Cuidado com os namoradinhos da Gabi... :lol:
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline J Ricardo

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Re: Caso Isabella
« Resposta #9 Online: 17 de Abril de 2008, 20:56:52 »
Demorou para aparecer este tópico no CC, dado a tamanha repercussão na mídia (não só globo... mas a record, sbt, band citam o caso diariamente em telejornais, além grandes portais da internet divulgarem notas na pagina principal diariamente).

Vamos esperar os laudos completos, mas se a perícia falou que não havia uma 3ª pessoa no apartamento fica bem complicado a situação para o pai e a madrasta.

As provas pelo que acompanhei são as seguintes:

Mancha de sangue na roupa do pai.
Restos da grade de proteção na roupa do pai (ela foi cortada com uma faca e uma tesoura)
marca de pé na cama de onde ela foi atirada.
Ausência de uma 3ª pessoa no apartamento.
Discussão no apartamento ouvida pelos vizinhos momentos antes do fato.
É isso que não consigo entender.

As manchas de sangue e tela na roupa e marca do chinelo, ligam o pai à cena do crime. Mas é óbvio que ele estava na cena do crime, isso ele mesmo testemunhou.

Já a conclusão da perícia de que não havia uma 3ª pessoa, acho que foi mal interpretada pela mídia (espero). Talvez o mais correto seria dizer que a perícia não encontrou indícios de que havia uma 3ª pessoa na cena do crime.

A discussão, se houve, é mais um indício que contraria a versão de Alexandre do que um indício de prévia violência.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Caso Isabella
« Resposta #10 Online: 17 de Abril de 2008, 21:19:34 »
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A polícia há vários dias disseram que o caso está 99% solucionado, e que não haverá novidades. Ou seja, o polícia já pré-julgou o caso.

A policia baseou isso em testes de laborátório e relatos de testemunhas, portanto tem como fazer tal afirmação.

A opção que sobra é o desconhecido que invadiu o prédio sem ser visto, não deixou sequer uma impressão digital  em um  apartamento que foi invadido no exato momento em que o pai descia até a garagem, matou a menina sem motivo algum e saiu de lá sem maiores problemas e sem roubar nada ou deixar nada fora do lugar e sem arrombar a porta de entrada .

E saiu de lá sem maiores problemas depois de ser "visto" pelo pai da menina em um dos dormitórios do apartamento....


Bom tem a opção #3...foi um duende malvado querendo incriminar o cara que ameaçou de morte a ex-esposa uns anos antes do crime.

Offline J Ricardo

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Re: Caso Isabella
« Resposta #11 Online: 17 de Abril de 2008, 22:21:48 »
A policia baseou isso em testes de laborátório e relatos de testemunhas, portanto tem como fazer tal afirmação.
Mas parece que esses 1% restantes estão demorando a solucionar.

Mesmo com os testes e testemunhas não é possível dizer que o caso está 99% completo, há várias incógnitas no caso e várias testemunhas ainda a depor.
A opção que sobra é o desconhecido que invadiu o prédio sem ser visto, não deixou sequer uma impressão digital  em um  apartamento que foi invadido no exato momento em que o pai descia até a garagem, matou a menina sem motivo algum e saiu de lá sem maiores problemas e sem roubar nada ou deixar nada fora do lugar e sem arrombar a porta de entrada .

E saiu de lá sem maiores problemas depois de ser "visto" pelo pai da menina em um dos dormitórios do apartamento....
É algo a se considerar. Duvido que não tenham encontrado outras impressões, ou será que eles nunca receberam visitas de amigos ou de parentes? Alexandre apóia a versão de que já havia alguém dentro do apartamento quando ele entrou com a menina, depois afirmou ter visto alguém armado. Também tem a história de que o casal teria perdido a chave do apartamento, que o condomínio tinha uma segurança precária e de que no prédio haviam diversos imóveis a alugar e com a porta destravada, um possível esconderijo. Sem levar em consideração que a suposta 3ª pessoa pode morar no mesmo prédio ou condomínio. Sobre o motivo, a menina pode ter visto essa 3ª pessoa dentro do apto, que se fosse um desconhecido provavelmente não daria a mínima, então aí reforça uma nova teoria de que pode ter sido alguém do prédio. E no depoimento da madrasta, ela disse que no dia seguinte deu falta de uma câmera digital.
« Última modificação: 17 de Abril de 2008, 22:23:58 por Ricardo Braida »

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Caso Isabella
« Resposta #12 Online: 17 de Abril de 2008, 22:36:04 »
Citar
Duvido que não tenham encontrado outras impressões, ou será que eles nunca receberam visitas de amigos ou de parentes? Alexandre apóia a versão de que já havia alguém dentro do apartamento, enquanto ele entrou com a menina ele teria se escondido, depois afirmou ter visto alguém armado.


Como ele sabe que tinha um cara escondido lá no apartamento se ele NÃO viu o cara?

Depois de visto, o  cara armado deixou ele sair e chamar a policia?

Citar
Também tem a história de que o casal teria perdido a chave do apartamento

O Alexandre não disse primeiramente que a porta foi arrombada?Ele teve tempo de verificar isso antes de descer para ver a filha morta no chão ou antes de entrar no apartamento e deixar ela lá sozinha?

Citar
Sem levar em consideração que a suposta 3ª pessoa pode morar no mesmo prédio ou condomínio.

Se fosse um morador, ele já o teria identificado.

Citar
Sobre o motivo, a menina pode ter visto essa 3ª pessoa dentro do apto, que se fosse um desconhecido provavelmente não daria a mínima, então aí reforça uma nova teoria de que pode ter sido alguém do prédio. E no depoimento da madrasta, ela disse que no dia seguinte deu falta de uma câmera digital.


E um desconhecido que não daria a mínima mataria uma criança de 5 anos a troco de nada depois de perder tempo estrangulando e cortando uma tela de nylon  ao invés de fugir de lá?

Citar
E no depoimento da madrasta, ela disse que no dia seguinte deu falta de uma câmera digital.

Se existir uma câmera digital e se ela não foi roubada  tempos antes do crime por algum prestador de serviços que entrou lá ou por uma faxineira qualquer e ela só deu falta no dia seguinte ao crime.






Offline J Ricardo

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Re: Caso Isabella
« Resposta #13 Online: 17 de Abril de 2008, 23:54:39 »
Citar
Como ele sabe que tinha um cara escondido lá no apartamento se ele NÃO viu o cara?

Depois de visto, o  cara armado deixou ele sair e chamar a policia?
Ele declarou que viu alguém armado. Ele pode ter fugido. Não foi ele quem chamou a polícia.

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O Alexandre não disse primeiramente que a porta foi arrombada? Ele teve tempo de verificar isso antes de descer para ver a filha morta no chão ou antes de entrar no apartamento e deixar ela lá sozinha?
Disse. Mas isso foi um achismo, até então ele não sustentava outra hipótese, deve ter achado que era um ladrão. Após a PM constatar que não houve arrombamento, ele começou a sustentar que então a pessoa já estava dentro do apto de algum modo sem arromba-lo.

Citar
Se fosse um morador, ele já o teria identificado.
Verdade. As informações sobre as características do sujeito devem estar sob sigilo.

Citar
E um desconhecido que não daria a mínima mataria uma criança de 5 anos a troco de nada depois de perder tempo estrangulando e cortando uma tela de nylon ao invés de fugir de lá?
E porquê não? Vai saber o que passa na cabeça de um homicida. Pensar em fugir é a primeira coisa que você e eu pensaria, não quer dizer necessariamente que todos sem excessão pensem como nós.
 

Offline Fabi

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Re: Caso Isabella
« Resposta #14 Online: 18 de Abril de 2008, 00:04:28 »
Para polícia, madrasta bateu em Isabella e pai jogou menina pela janela

ANDRÉ CARAMANTE
da Folha de S.Paulo

Para a Polícia Civil de São Paulo e para o Ministério Público Estadual não há mais dúvidas: a menina Isabella Nardoni, 5, foi atirada do sexto andar do Edifício London, na noite de 29 de março, por seu pai, o estagiário de direito Alexandre Alves Nardoni, 29.

Com base em dados preliminares elaborados por peritos do IC (Instituto de Criminalística) e de legistas do IML (Instituto Médico Legal), os delegados e investigadores do 9º DP (Carandiru) responsáveis pelo esclarecimento do assassinato da criança também têm outra convicção: Nardoni jogou a filha do seu apartamento após a madrasta da menina, Anna Carolina Trotta Jatobá, 24, ter tentado asfixiá-la.


Nas próximas horas, os responsáveis pelo caso pedirão à Justiça a prisão preventiva do casal. O juiz do 2º Tribunal do Júri, Maurício Fossen, o mesmo que decretou no começo do mês a prisão temporária --por 30 dias-- de Nardoni e de Anna, será o responsável pela análise do pedido da preventiva, já com base nas individualizações das ações de cada um na morte de Isabella.

Para peritos, legistas, investigadores e delegados, as agressões de Anna contra Isabella naquela noite de 29 de março fizeram com que ela desfalecesse, passando a impressão de que ela havia morrido. Na seqüência, ainda na interpretação dos responsáveis pelo caso, Nardoni a jogou pela janela e começou a tentar simular a invasão de seu apartamento.

Até o final da tarde desta terça, o advogado do casal Marco Polo Levorin não havia sido localizado pela reportagem para manifestar-se sobre a individualização do crime, segundo a polícia.

O relatório que a polícia irá apresentar à Justiça para o pedido da prisão preventiva do casal já está praticamente pronto. Somente os espaços para a indicação e descrição de cada um dos laudos que ajudaram a polícia a formar a convicção contra Nardoni e Anna estão em branco no documento.

Um dos laudos mais aguardados é o que apontará que, no momento em que Isabella foi jogada do apartamento do pai, tanto Nardoni quanto Anna estavam no local.

Outro documento dos peritos do IC será usado pelos policiais para afirmar à Justiça que Nardoni carregou Isabella no colo dentro do seu apartamento, após ela ter sofrido as agressões por parte da madrasta e ficar com um corte de aproximadamente dois centímetros na testa. A posição das gotas de sangue nos diversos cômodos do lugar dirão aos policiais qual o trajeto do pai com a menina no colo.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u392421.shtml
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“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline Fabi

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Re: Caso Isabella
« Resposta #15 Online: 18 de Abril de 2008, 04:14:37 »
Ele declarou que viu alguém armado. Ele pode ter fugido. Não foi ele quem chamou a polícia.
Mas não disse isso no depoimento...

Porque tinha uma pegada na cama da menina com o chinelo dele? Porque tinha vestígios da tela na roupa dele? Se tinha uma terceira pessoa armada que invadiu o apartamento porque a porta não tinha sinais de arrombamento? Porque ele não citou isso no depoimento sobre pisar na cama, o cara armado e etc? Porque ele não ligou para o resgate quando viu a menina lá caída?

Sei lá.. os vizinhos ouviram briga, ouviram uma criança gritando: "papai, papai, pára, pára" ... e todas as provas contradizem o depoimento dos dois....
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Caso Isabella
« Resposta #16 Online: 18 de Abril de 2008, 10:59:41 »
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Como ele sabe que tinha um cara escondido lá no apartamento se ele NÃO viu o cara?

Depois de visto, o  cara armado deixou ele sair e chamar a policia?
Ele declarou que viu alguém armado. Ele pode ter fugido. Não foi ele quem chamou a polícia.

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O Alexandre não disse primeiramente que a porta foi arrombada? Ele teve tempo de verificar isso antes de descer para ver a filha morta no chão ou antes de entrar no apartamento e deixar ela lá sozinha?
Disse. Mas isso foi um achismo, até então ele não sustentava outra hipótese, deve ter achado que era um ladrão. Após a PM constatar que não houve arrombamento, ele começou a sustentar que então a pessoa já estava dentro do apto de algum modo sem arromba-lo.

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Se fosse um morador, ele já o teria identificado.
Verdade. As informações sobre as características do sujeito devem estar sob sigilo.

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E um desconhecido que não daria a mínima mataria uma criança de 5 anos a troco de nada depois de perder tempo estrangulando e cortando uma tela de nylon ao invés de fugir de lá?
E porquê não? Vai saber o que passa na cabeça de um homicida. Pensar em fugir é a primeira coisa que você e eu pensaria, não quer dizer necessariamente que todos sem excessão pensem como nós.
 

Se tinha alguém no apartamento, o cara deve ter deixado digitais ou outro sinal qualquer do mesmo modo que tem sinais de sangue nas roupas da madrasta de menina, pegada do pai, tela de nylon nas roupas dele, um monte de contradições em seu depoimento que mudou  várias vêzes seguidas.

Não tem qualquer sinal de um desconhecido no apartamento e seria absurdamente improvável que um cara tenha entrado e saido de um prédio sem ser visto por nínguém nas escadas ou corredores .

Pois é..o cara disse que o aprtamento foi arrombado e quando provaram que não foi apareceu essa da chave "perdida" que na verdade ninguém sabe se existe mesmo.

Offline Nina

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Re: Caso Isabella
« Resposta #17 Online: 18 de Abril de 2008, 11:11:54 »
A não ser que o cara vista uma luva gigante, cobrindo o corpo todo e se depile antes de atacar a filha dos outros (sem motivo aparente).
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline Diego

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Re: Caso Isabella
« Resposta #18 Online: 18 de Abril de 2008, 11:42:26 »
É isso que não consigo entender.

As manchas de sangue e tela na roupa e marca do chinelo, ligam o pai à cena do crime. Mas é óbvio que ele estava na cena do crime, isso ele mesmo testemunhou.

Já a conclusão da perícia de que não havia uma 3ª pessoa, acho que foi mal interpretada pela mídia (espero). Talvez o mais correto seria dizer que a perícia não encontrou indícios de que havia uma 3ª pessoa na cena do crime.

A discussão, se houve, é mais um indício que contraria a versão de Alexandre do que um indício de prévia violência.


Sobre a mancha... é um pingo de sangue na calça. (lembrando que existem outros pingos de sangue pelo apartamento)
A menina não estava sangrando depois da queda, testemunhas falaram que havia um corte em sua testa porém não sangrava, ou seja, foi limpo.
Ai entra a prova abaixo:

A perícia achou uma fralda e um pano com sangues da menina no apartamento e que o ambos foram lavados.

Sobre os fiapos, os fiapos da grade de proteção na roupa sugerem que o pai cortou a grade.
Como a trade foi cortada com uma tesoura e uma faca é bem possível que acabe voando pedaços durante o corte. Além de ser impovável que os fiapos estejam somente na roupa do pai e não da madrasta que também estava na cena do crime.

Bom, se não encontrou nenhum indício, é muito mas muito provável que não havia nenhuma pessoa na casa.
Se havia um ladrão na casa como o pai afirma, pq o apartamento não foi revirado e nada foi roubado?
Como ele entrou sem arrombar a porta? Pq matou a menina e resolveu atira-lá pela janela? Por que ao sair ainda trancou a porta?

Ou seja, são muitas complicações para a possibilidade de uma 3ª pessoa no apartamento.

Pra mim o fato de jogar a menina pra janela foi somente pra desviar a atenção dos acontecimentos dentro do apartamento.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Caso Isabella
« Resposta #19 Online: 18 de Abril de 2008, 12:00:34 »
Hoje saiu uma nota no jornal afirmando a policia desconfia que o motivo do crime foi a menina ter derrubado o irmão menor.

O casal tem um filho pequeno que está com um machucado nos lábios e acham que isso foi o motivo de tudo.

Offline Fabi

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Re: Caso Isabella
« Resposta #20 Online: 18 de Abril de 2008, 18:26:05 »
Virou show...  :|
Depoimento de casal suspeito no caso Isabella vira 'espetáculo' na zona norte de SP
Ana Luisa Bartholomeu
Em São Paulo

 A convocação do casal Alexandre Nardoni, 29, e Anna Carolina Jatobá, 24, para prestar novos esclarecimentos à polícia sobre a morte de Isabella Nardoni, 5, teve ares de 'espetáculo' na manhã desta sexta-feira (18) na região do Carandiru, zona norte de São Paulo. O palco foi o 9º DP (Distrito Policial), na rua dos Camarés, delegacia que concentra as investigações do caso.

Um esquema de segurança foi montado pelas polícias Civil e Militar no local, com a colaboração da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). O trânsito no local foi interditado, e apenas carros da polícia e veículos de imprensa puderam, com grande dificuldade, trafegar. Jornalistas invadiram casas vizinhas e disputaram espaço em suas sacadas e telhados. Quatro banheiros químicos e uma tenda foram disponibilizados aos presentes. E a área que fica em frente à delegacia foi dividida em três partes, que separavam policiais, jornalistas e populares, em grande número, no local. Muitos, inclusive, não respeitaram as restrições impostas pelo policiamento e avançaram em 'território proibido' por diversas vezes.

Nem mesmo o discurso apurado de Joaquim Pereira impediu que ele, um ex-policial, levasse um 'pito' dos fardados por tentar se misturar aos jornalistas. "A curiosidade foi maior. Queria ver a cara deles", disse, refereindo-se ao casal suspeito, após um carro do GOE (Grupo de Operações Especiais) encostar na porta da delegacia. Seriam Alexandre e Anna Carolina? Alarme falso.

A pensionista Odette Vaz, que mora há 38 anos no bairro, tentou burlar a segurança usando a 'amizade' com alguns repórteres, conquistada por comparecer todos os dias, desde a data do crime (29 de março), à delegacia. "Eu não durmo direito desde aquele domingo. Quero que se faça justiça. Só isso", disse, exaltada.

"A imprensa pára esses caminhões na frente da minha casa, das 6h às 23h. Quase fiz um boletim de ocorrência contra eles, no começo da apuração do crime. Mas depois percebi que estavam fazendo um bom trabalho e agora trago até fruta aqui para eles", disse, deixando transparecer segundas intenções. Foi impedida, pela terceira vez, de ultrapassar a faixa amarela.

O acompanhamento 'in loco' do caso fez também com que Odette ficasse amiga de Regiane Alves, recepcionista, e Neusa dos Santos, aposentada, outras moradoras do bairro. Para elas, que se encontram ali todos os dias, as provas contra o casal já são mais do que suficientes para condená-los. "Eu venho aqui só para olhar para a cara deles. São uns dissimulados! Quero vê-los algemados!", desabafou Neusa. Ex-funcionária pública, Neusa tentou a famosa 'carteirada' para chegar mais perto da porta da delegacia, sem êxito.

Já Regiane, que passou no local 'só para espiar' quando estava a caminho do trabalho, acabou ficando até a chegada dos Nardoni. "A minha rotina mudou desde que esse crime aconteceu. O bairro respira a morte de Isabella. Nem que eu quisesse conseguiria me esquivar", explicou, olhando para o relógio e concluindo que chegaria atrasada ao trabalho.

Segurando cartazes de protesto, Luciana Guerra, que mora na rua paralela à delegacia, queixou-se também do rebuliço no bairro. Segundo ela, a overdose na cobertura do caso tem influenciado o comportamento do filho, de 12 anos. Mas mesmo assim, ela estava lá, de guarda. "Não consigo evitar que meu filho saiba dessa história horrorosa. Está em todos os lugares: TV, rádio, Internet e nas conversas de rua. Eu nunca vi nada igual aqui na região", disse. A dona-de-casa disse que a idéia de fazer os cartazes foi do filho. "Ele me pediu dinheiro para comprar a cartolina e escreveu. Vive dizendo que quer descobrir quem foi que matou a menina. Até na escola eles brincam disso", contou, indignada.

Empunhando folhas de papel rabiscadas, a vendedora Lucimeire Gomes Castilho explicou que faltou ao trabalho hoje por 'um motivo maior'. "Estou fazendo um abaixo-assinado. Luto contra a impunidade e a violência no nosso país. Quantas Isabellas vamos ver morrer por dia? Só saio daqui quando rolar cadeia. Vou até o Lula se for preciso", bradou.

Os fatores que envolvem o crime levaram o estudante de psicologia Rodrigo Gonçalves ao local do depoimento. "É uma história que mexe com a opinião pública. Envolve criança, família, classe média e um crime bárbaro. Até estudamos o caso na faculdade", falou, tentando achar o porquê de tanta especulação sobre o caso.

A movimentação no local atraiu inclusive vendedores ambulantes. A repórter contabilizou pelo menos oito. Vendiam algodão-doce, refrigerante, água e sorvete. Marili Oliveira, sorveteira, até reclamou da concorrência. "Não consegui vender muito, não. Tem concorrência brava por aí. Eu ainda sou do bairro, mas tem uns aí que vieram de longe", denunciou. João Cardoso, do algodão-doce a R$ 1, mantinha a exclusividade. Entretanto, disse que não estava lá para vender, e sim para distribuir a guloseima às crianças. "Já fui à missa dela [Isabella], na Candelária. Distribuí os doces lá. São apenas crianças..."

O "caso Isabella" despertou a ira de alguns, que já julgaram o casal antes mesmo da conclusão das investigações. Rouca antes mesmo da chegada do casal, a garçonete Cenilda Lima não se cansava de gritar: 'Cadeia é pouco'. "Eles ainda vão comer e beber às nossas custas. Tem que soltar na rua e deixar que a gente cuide." Opinião parecida esboçaram os operários Cícero, João e Ronaldo, que gastaram a hora de almoço à espera de Alexandre e Anna Carolina. Para eles, a Justiça 'tarda e falha' no Brasil. "Tem que deixar nas mãos de Deus e dos homens."

Aos gritos de 'assassinos' e ao som de muitos palavrões, o casal chegou ao 9º DP por volta das 11h. Portando câmeras fotográficas e celulares, os curiosos tentaram registrar o momento e causaram empurra-empurra. Os policiais tiveram que o avanço por pelo menos duas vezes.

Em meio a um emaranhado de cabos, fios e microfones, dezenas de jornalistas que haviam chegado ainda cedo ao local para reservar seu espaço aglomeraram-se sobre a grade de ferro. Profissionais de pelo menos dez emissoras de TV nacionais, todos os jornais diários de grande circulação do país, rádio, Internet, revistas semanais... todos fizeram-se presentes. Buscavam boas imagens e declarações dos envolvidos. Estas últimas em vão. Todos entraram calados na delegacia. Só falam em juízo.

Escoltado por um comboio policial, o casal suspeito entrou rapidamente no 9º DP, para a revolta dos que passaram a manhã por ali tentando ver, ouvir ou descobrir algo novo sobre a morte de Isabella, estrangulada e jogada do sexto andar do edifício London. Acabada a correria, um pequeno grupo iniciou um 'Parabéns à você' para a menina, que completaria hoje seis anos.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/2008/04/18/ult23u1958.jhtm
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline gogorongon

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Re: Caso Isabella
« Resposta #21 Online: 18 de Abril de 2008, 18:37:41 »
Tava passando a cobertura desse caso na Record enquanto eu esperava pra cortar o cabelo. Baita palhaçada, com direito a câmera lenta e tudo.

Volta e meia a TV aberta fica se esfregando na história da morte de alguém pra chamar audiência, desde a morte do Senna.

Offline Rodion

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Re: Caso Isabella
« Resposta #22 Online: 18 de Abril de 2008, 18:38:32 »
o caso isabella é o melhor entretenimento que podem nos oferecer. uma brincadeirinha de detetive em escala nacional, como participar de um episódio do csi.
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline Rodion

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Re: Caso Isabella
« Resposta #23 Online: 18 de Abril de 2008, 18:40:47 »
Virou show...  :|
Depoimento de casal suspeito no caso Isabella vira 'espetáculo' na zona norte de SP
Ana Luisa Bartholomeu
Em São Paulo

 A convocação do casal Alexandre Nardoni, 29, e Anna Carolina Jatobá, 24, para prestar novos esclarecimentos à polícia sobre a morte de Isabella Nardoni, 5, teve ares de 'espetáculo' na manhã desta sexta-feira (18) na região do Carandiru, zona norte de São Paulo. O palco foi o 9º DP (Distrito Policial), na rua dos Camarés, delegacia que concentra as investigações do caso.

Um esquema de segurança foi montado pelas polícias Civil e Militar no local, com a colaboração da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). O trânsito no local foi interditado, e apenas carros da polícia e veículos de imprensa puderam, com grande dificuldade, trafegar. Jornalistas invadiram casas vizinhas e disputaram espaço em suas sacadas e telhados. Quatro banheiros químicos e uma tenda foram disponibilizados aos presentes. E a área que fica em frente à delegacia foi dividida em três partes, que separavam policiais, jornalistas e populares, em grande número, no local. Muitos, inclusive, não respeitaram as restrições impostas pelo policiamento e avançaram em 'território proibido' por diversas vezes.

Nem mesmo o discurso apurado de Joaquim Pereira impediu que ele, um ex-policial, levasse um 'pito' dos fardados por tentar se misturar aos jornalistas. "A curiosidade foi maior. Queria ver a cara deles", disse, refereindo-se ao casal suspeito, após um carro do GOE (Grupo de Operações Especiais) encostar na porta da delegacia. Seriam Alexandre e Anna Carolina? Alarme falso.

A pensionista Odette Vaz, que mora há 38 anos no bairro, tentou burlar a segurança usando a 'amizade' com alguns repórteres, conquistada por comparecer todos os dias, desde a data do crime (29 de março), à delegacia. "Eu não durmo direito desde aquele domingo. Quero que se faça justiça. Só isso", disse, exaltada.

"A imprensa pára esses caminhões na frente da minha casa, das 6h às 23h. Quase fiz um boletim de ocorrência contra eles, no começo da apuração do crime. Mas depois percebi que estavam fazendo um bom trabalho e agora trago até fruta aqui para eles", disse, deixando transparecer segundas intenções. Foi impedida, pela terceira vez, de ultrapassar a faixa amarela.

O acompanhamento 'in loco' do caso fez também com que Odette ficasse amiga de Regiane Alves, recepcionista, e Neusa dos Santos, aposentada, outras moradoras do bairro. Para elas, que se encontram ali todos os dias, as provas contra o casal já são mais do que suficientes para condená-los. "Eu venho aqui só para olhar para a cara deles. São uns dissimulados! Quero vê-los algemados!", desabafou Neusa. Ex-funcionária pública, Neusa tentou a famosa 'carteirada' para chegar mais perto da porta da delegacia, sem êxito.

Já Regiane, que passou no local 'só para espiar' quando estava a caminho do trabalho, acabou ficando até a chegada dos Nardoni. "A minha rotina mudou desde que esse crime aconteceu. O bairro respira a morte de Isabella. Nem que eu quisesse conseguiria me esquivar", explicou, olhando para o relógio e concluindo que chegaria atrasada ao trabalho.

Segurando cartazes de protesto, Luciana Guerra, que mora na rua paralela à delegacia, queixou-se também do rebuliço no bairro. Segundo ela, a overdose na cobertura do caso tem influenciado o comportamento do filho, de 12 anos. Mas mesmo assim, ela estava lá, de guarda. "Não consigo evitar que meu filho saiba dessa história horrorosa. Está em todos os lugares: TV, rádio, Internet e nas conversas de rua. Eu nunca vi nada igual aqui na região", disse. A dona-de-casa disse que a idéia de fazer os cartazes foi do filho. "Ele me pediu dinheiro para comprar a cartolina e escreveu. Vive dizendo que quer descobrir quem foi que matou a menina. Até na escola eles brincam disso", contou, indignada.

Empunhando folhas de papel rabiscadas, a vendedora Lucimeire Gomes Castilho explicou que faltou ao trabalho hoje por 'um motivo maior'. "Estou fazendo um abaixo-assinado. Luto contra a impunidade e a violência no nosso país. Quantas Isabellas vamos ver morrer por dia? Só saio daqui quando rolar cadeia. Vou até o Lula se for preciso", bradou.

Os fatores que envolvem o crime levaram o estudante de psicologia Rodrigo Gonçalves ao local do depoimento. "É uma história que mexe com a opinião pública. Envolve criança, família, classe média e um crime bárbaro. Até estudamos o caso na faculdade", falou, tentando achar o porquê de tanta especulação sobre o caso.

A movimentação no local atraiu inclusive vendedores ambulantes. A repórter contabilizou pelo menos oito. Vendiam algodão-doce, refrigerante, água e sorvete. Marili Oliveira, sorveteira, até reclamou da concorrência. "Não consegui vender muito, não. Tem concorrência brava por aí. Eu ainda sou do bairro, mas tem uns aí que vieram de longe", denunciou. João Cardoso, do algodão-doce a R$ 1, mantinha a exclusividade. Entretanto, disse que não estava lá para vender, e sim para distribuir a guloseima às crianças. "Já fui à missa dela [Isabella], na Candelária. Distribuí os doces lá. São apenas crianças..."

O "caso Isabella" despertou a ira de alguns, que já julgaram o casal antes mesmo da conclusão das investigações. Rouca antes mesmo da chegada do casal, a garçonete Cenilda Lima não se cansava de gritar: 'Cadeia é pouco'. "Eles ainda vão comer e beber às nossas custas. Tem que soltar na rua e deixar que a gente cuide." Opinião parecida esboçaram os operários Cícero, João e Ronaldo, que gastaram a hora de almoço à espera de Alexandre e Anna Carolina. Para eles, a Justiça 'tarda e falha' no Brasil. "Tem que deixar nas mãos de Deus e dos homens."

Aos gritos de 'assassinos' e ao som de muitos palavrões, o casal chegou ao 9º DP por volta das 11h. Portando câmeras fotográficas e celulares, os curiosos tentaram registrar o momento e causaram empurra-empurra. Os policiais tiveram que o avanço por pelo menos duas vezes.

Em meio a um emaranhado de cabos, fios e microfones, dezenas de jornalistas que haviam chegado ainda cedo ao local para reservar seu espaço aglomeraram-se sobre a grade de ferro. Profissionais de pelo menos dez emissoras de TV nacionais, todos os jornais diários de grande circulação do país, rádio, Internet, revistas semanais... todos fizeram-se presentes. Buscavam boas imagens e declarações dos envolvidos. Estas últimas em vão. Todos entraram calados na delegacia. Só falam em juízo.

Escoltado por um comboio policial, o casal suspeito entrou rapidamente no 9º DP, para a revolta dos que passaram a manhã por ali tentando ver, ouvir ou descobrir algo novo sobre a morte de Isabella, estrangulada e jogada do sexto andar do edifício London. Acabada a correria, um pequeno grupo iniciou um 'Parabéns à você' para a menina, que completaria hoje seis anos.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/2008/04/18/ult23u1958.jhtm

e a pergunta que ecoa é, naturalmente, o que essa gente toda tem a ver com isso?
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline Fabi

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Re: Caso Isabella
« Resposta #24 Online: 18 de Abril de 2008, 18:50:06 »
e a pergunta que ecoa é, naturalmente, o que essa gente toda tem a ver com isso?
O problema é que a maioria desse pessoal tem filhos da idade da menina ou até 12 anos. E aí que o pai jogar a filha da janela é uma coisa absurda... imagina só... o pai deve proteger o filho, e não jogar da janela... e isso dá um sentimento popular de indignação...e a globo mostrando isso toda hora... ::) o resultado não poderia ser outro...
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