Autor Tópico: Caso Isabella  (Lida 19158 vezes)

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Offline Adriano

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Re: Caso Isabella
« Resposta #100 Online: 21 de Abril de 2008, 23:15:43 »
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Segundo peritos em entrevista hoje no programa Mais você, da Ana Maria Braga, estes profissionais fornecem vestígios e não indícios. Os indícios são fornecidos pela polícia, que são os depoimentos e suas análises.

Eu não entendo o que seria uma prova cabal por esse ângulo, o que me parece é que somente a confissão deles seria uma prova cabal, nessa perspectiva.
uma prova seria somente o que fosse produzido em processo. o inquérito não é parte do processo, serve somente de base para a denúncia do promotor. aceita a denúncia pelo juiz, aí sim se produzirão as provas. e com as devidas garantias aos acusados, como o contraditório. assim o vizinho do 15o andar que disse que ouviu "pára pai!" vai ser posto de frente ao do andar imediamente de cima que disse que não ouviu nada e quem sabe até retire o que disse.
Ou então se confirme como prova, já que ontem no Fantástico teve um outro vizinho, de um prédio em frente, que disse ter ouvido um discussão no prédio, num momento de certo silêncio na região.

Se é que esse vizinho foi ou vai ser ouvido durante o processo, caso não seja somente informação dos jornais.
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Offline HSette

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Re: Caso Isabella
« Resposta #101 Online: 21 de Abril de 2008, 23:19:09 »
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Segundo peritos em entrevista hoje no programa Mais você, da Ana Maria Braga, estes profissionais fornecem vestígios e não indícios. Os indícios são fornecidos pela polícia, que são os depoimentos e suas análises.

Eu não entendo o que seria uma prova cabal por esse ângulo, o que me parece é que somente a confissão deles seria uma prova cabal, nessa perspectiva.
uma prova seria somente o que fosse produzido em processo. o inquérito não é parte do processo, ...

O inquérito policial produz provas, sim.

4. INQUÉRITO POLICIAL

4.1. CONCEITO –

É um procedimento investigatório prévio (6), constituído por uma série de diligências, cuja finalidade é a obtenção de provas para que o titular da ação penal possa propô-la contra o autor da infração penal (CPP, art. 4º).


http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=3828
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Chaves

Offline Rodion

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Re: Caso Isabella
« Resposta #102 Online: 21 de Abril de 2008, 23:38:08 »
jus navigandi?
então resolvemos ler o artigo a que faz referência e...
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Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria.

Parágrafo único.  A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função.

well, não é o que o artigo diz.
as provas só podem ser produzidas durante o inquérito quando há o risco de perecerem. do contrário, produzem-se durante o processo. daí que as testemunhas que tenham dado declarações à polícia tenham de repetir a declaração durante o processo. prova, em sentido estrito, é via de regra produzida durante o inquérito. caso contrário se estaria atentando contra os direitos à ampla defesa e ao contraditório, fundamentos constitucionais de máxima importância.
se bem me lembro, boa parte da doutrina entende que embora os indícios produzidos durante o inquérito não possam, sozinhos, condenar o réu, podem suplementar as provas produzidas durante o processo. apesar de majoritária é uma posição frágil, justamente pelos motivos que coloquei; viola fundamentos constitucionais.
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Offline Fabi

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Re: Caso Isabella
« Resposta #103 Online: 22 de Abril de 2008, 00:54:29 »
Já foi descontado esse tempo.

A menina estava durmindo enquanto ele subia, ele só abriu a porta, a pôs na cama, fechou a porta e desceu. A reportagem falou que esse tempo, mais o tempo gasto para a ligação pro restate, foi de 4 minutos. Então se dividirmos isso, ele levou 2 minutos para levar ela pra cima e descer. Depois de 10 minutos ela foi jogada. Mais 2 minutos no máximo levou da queda até ligarem para o resgate.
Só to dizendo o que falaram no depoimento...

Anna contou aos policiais o que ocorreu no dia do crime. Ela e Nardoni chegaram ao prédio, na zona norte, por volta das 23h30 daquele dia. Ele estacionou o carro. As três crianças dormiam. Nardoni levou primeiro Isabella para o apartamento. Anna teria ficado esperando na garagem, dentro do carro, segundo a reportagem.

A madrasta disse que não sabe ao certo quanto tempo Nardoni demorou no apartamento com Isabella. Mas, segundo a reportagem, ela teria dito acreditar que a demora foi de dez a 12 minutos.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u392116.shtml

Viu sobram 3 minutos... pra fazer o corte na testa da menina fora do apartamento (no carro), depois entrar no apartamento, com a chave, abrir a porta carregando a menina consciente e sem ela gritar por ver um completo estranho que bateu nela, deixar ela no chão perto do sofá e esganar ela por 3 minutos até 7 minutos ( ihh acho que já se foram os 3 minutos ::) ) depois carregar ela e cortar a rede, e jogar da janela, ahhh não se esqueça que a terceira pessoa tem que apagar todas as luzes do apartamento (só deixar uma acesa), deixar a fralda que ele estancou o sangue de molho, lavar a toalha e pendurar no varal, sair do apartamento, fechar a porta com a chave, e sair do prédio sem ser visto pela polícia... e sem deixar rastro, isso é o mais importante...

É por isso que eu não consigo acreditar que exista uma terceira pessoa, o que a perícia concluiu, mais o que as testemunhas ouviram... me fazem acreditar que a madrasta bateu nela, e o pai jogou da janela...

E eu acho que aconteceu isso: Ela chegou no prédio sangrando muito com um corte na testa, e então o pai carregou ela até o apartamento e a madrasta subiu junto. Aí eles deixaram ela no chão (ou jogaram por causa da fratura na bacia), e eu acho que tem a ver com a briga que os dois tiveram e que os vizinhos ouviram, a menina começa a gritar: pára, pai, pára pai, e aí a madrasta coloca a mão na boca dela pra fazer ela ficar quieta, e aí depois começa a enforcar ela com a mão, e aí ela desmaia, aí sim eles entram em desespero, e tem a brilhante idéia de jogar ela da janela e dizer que um invasor fez isso, aí o pai pega uma faca e começa a cortar a rede de proteção, e enquanto isso a madrasta põe a fralda e a toalha pra lavar, e aí o pai pega a menina desmaiada no chão, e joga ela da janela... a partir daí... o pai desce do prédio primeiro, e a madrasta desce em seguida... o resto da história vocês já sabem...
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Offline J Ricardo

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Re: Caso Isabella
« Resposta #104 Online: 22 de Abril de 2008, 01:02:52 »
Citação de: Adriano
O estrangulamento no carro, evidenciado pelo sangue já constatado no mesmo, e a marca das grades da janela na camisa do pai, são sim, no meu entendimento, provas cabais da autoria do crime. A perícia é muito técnica, não ocorre erros devido as minúcias dos processos de investigação da polícia científica. Eles calcularam até a altura que caiu da gota de sangue do quarto onde ela foi jogada.

Mas como em juri popular o que manda é mais as emoções dos mesmos, então pode acontecer de tudo realmente.
Não sei se você viu, mas agora a pouco no Jornal da Globo, disseram com todas as letras que não há consenso entre os peritos de que exista sangue no carro.

Muito técnica essa perícia, hein?

Citação de: Fabi
Viu sobram 3 minutos..
A única coisa que eu vi foi que o Jornal da Record e a Folha se contradizem.

O que é lamentável.

Offline Fabi

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Re: Caso Isabella
« Resposta #105 Online: 22 de Abril de 2008, 01:22:04 »
A única coisa que eu vi foi que o Jornal da Record e a Folha se contradizem.

O que é lamentável.
Mas se eu não me engano, o que a Folha mostra foi o que o Jornal Nacional mostrou (eles conseguiram uma cópia do depoimento do Alexandre Nardoni e da Anna Jatobá)... E é por isso que o depoimento parece uma grande mentira, as evidências não batem com que eles disseram...

E eu vou destacar só o que eles falaram sobre horários...
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Anna contou aos policiais o que ocorreu no dia do crime. Ela e Nardoni chegaram ao prédio, na zona norte, por volta das 23h30 daquele dia. Ele estacionou o carro. As três crianças dormiam. Nardoni levou primeiro Isabella para o apartamento. Anna teria ficado esperando na garagem, dentro do carro, segundo a reportagem.

A madrasta disse que não sabe ao certo quanto tempo Nardoni demorou no apartamento com Isabella. Mas, segundo a reportagem, ela teria dito acreditar que a demora foi de dez a 12 minutos. Quando o Nardoni chegou à garagem, o casal subiu com os irmãos de Isabella. Quando chegaram ao apartamento --que fica no 6º andar-- ele colocou a chave para abrir a porta e teria notado que a luz estava acesa, ao contrário do que ele havia deixado, de acordo com o depoimento de Anna.

Nardoni então perguntou pela filha e Anna então respondeu que ela deveria ter caído da cama, segundo o relato da madrasta. Os dois viram então que Isabella não estava na cama e perceberam um rasgo na tela de proteção do quarto dos meninos. Nardoni se aproximou e ao olhar para baixo viu a menina caída. Anna afirmou ter visto uma mancha de sangue na cama de um dos filhos e começou a gritar.

As crianças acordaram e ela também foi até a janela e viu Isabella no jardim. Nardoni teria pedido para que ela ligasse imediatamente para o pai dele, segundo o depoimento. Os dois desceram com as crianças e ao chegar lá embaixo Anna gritou por socorro. Segundo o depoimento dela, naquele dia ela não notou a falta de nenhum objeto do apartamento. No dia seguinte, percebeu que uma câmera digital havia desaparecido, mas não soube informar se foi roubo ou não, segundo a reportagem.

Em seu depoimento, Nardoni disse que o casal chegou ao edifício entre 23h10 e 23h20 daquele dia. Os filhos já estavam dormindo no carro. Ele subiu primeiro com Isabella. A mulher ficou no carro com os outros dois filhos. Nardoni disse que abriu a porta do apartamento, que estava trancada, acendeu as luzes da entrada, do corredor e do quarto de Isabella. Colocou a menina na cama e acendeu o abajur. Ele disse que arrumou o quarto dos meninos ao lado e trancou a janela, que estava semi-aberta. Nardoni disse no depoimento que viu que a rede de proteção estava intacta. Ele ficou cinco minutos no apartamento, trancou a porta e voltou à garagem, segundo a reportagem.

Na garagem, ele pegou os meninos e junto com a mulher voltou ao apartamento. Abriu a porta, que estava trancada, entre descer e subir novamente, passaram-se quatro minutos. Ele percebeu que as luzes estavam acesas e viu que Isabella não estava na cama. Ele entrou no quarto dos meninos e reparou que havia pingos de sangue no chão e que a janela estava totalmente aberta, segundo a reportagem. Nardoni teria percebido que a tela estava cortada, em forma de círculo. Ele foi até a janela e viu a menina caída no jardim do prédio.

Segundo a reportagem, Nardoni levou um choque e começou a gritar. Ele desceu pelo elevador social com Anna. Lá embaixo, tentou escutar o coração da filha e percebeu que ela respirava, mas não respondia. Ele então pediu para que os vizinhos chamassem o resgate.
Fonte: Anna contou aos policiais o que ocorreu no dia do crime. Ela e Nardoni chegaram ao prédio, na zona norte, por volta das 23h30 daquele dia. Ele estacionou o carro. As três crianças dormiam. Nardoni levou primeiro Isabella para o apartamento. Anna teria ficado esperando na garagem, dentro do carro, segundo a reportagem.

A madrasta disse que não sabe ao certo quanto tempo Nardoni demorou no apartamento com Isabella. Mas, segundo a reportagem, ela teria dito acreditar que a demora foi de dez a 12 minutos. Quando o Nardoni chegou à garagem, o casal subiu com os irmãos de Isabella. Quando chegaram ao apartamento --que fica no 6º andar-- ele colocou a chave para abrir a porta e teria notado que a luz estava acesa, ao contrário do que ele havia deixado, de acordo com o depoimento de Anna.

Nardoni então perguntou pela filha e Anna então respondeu que ela deveria ter caído da cama, segundo o relato da madrasta. Os dois viram então que Isabella não estava na cama e perceberam um rasgo na tela de proteção do quarto dos meninos. Nardoni se aproximou e ao olhar para baixo viu a menina caída. Anna afirmou ter visto uma mancha de sangue na cama de um dos filhos e começou a gritar.

As crianças acordaram e ela também foi até a janela e viu Isabella no jardim. Nardoni teria pedido para que ela ligasse imediatamente para o pai dele, segundo o depoimento. Os dois desceram com as crianças e ao chegar lá embaixo Anna gritou por socorro. Segundo o depoimento dela, naquele dia ela não notou a falta de nenhum objeto do apartamento. No dia seguinte, percebeu que uma câmera digital havia desaparecido, mas não soube informar se foi roubo ou não, segundo a reportagem.

Em seu depoimento, Nardoni disse que o casal chegou ao edifício entre 23h10 e 23h20 daquele dia. Os filhos já estavam dormindo no carro. Ele subiu primeiro com Isabella. A mulher ficou no carro com os outros dois filhos. Nardoni disse que abriu a porta do apartamento, que estava trancada, acendeu as luzes da entrada, do corredor e do quarto de Isabella. Colocou a menina na cama e acendeu o abajur. Ele disse que arrumou o quarto dos meninos ao lado e trancou a janela, que estava semi-aberta. Nardoni disse no depoimento que viu que a rede de proteção estava intacta. Ele ficou cinco minutos no apartamento, trancou a porta e voltou à garagem, segundo a reportagem.

Na garagem, ele pegou os meninos e junto com a mulher voltou ao apartamento. Abriu a porta, que estava trancada, entre descer e subir novamente, passaram-se quatro minutos. Ele percebeu que as luzes estavam acesas e viu que Isabella não estava na cama. Ele entrou no quarto dos meninos e reparou que havia pingos de sangue no chão e que a janela estava totalmente aberta, segundo a reportagem. Nardoni teria percebido que a tela estava cortada, em forma de círculo. Ele foi até a janela e viu a menina caída no jardim do prédio.

Segundo a reportagem, Nardoni levou um choque e começou a gritar. Ele desceu pelo elevador social com Anna. Lá embaixo, tentou escutar o coração da filha e percebeu que ela respirava, mas não respondia. Ele então pediu para que os vizinhos chamassem o resgate.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u392116.shtml

Perceba que eu destaquei 4 minutos que foi o que o Alexandre Nardoni disse que demorou pra descer e subir de novo com todo mundo, e esses 4 minutos que o suposto assassino teria para fazer tudo aquilo, e não se esqueça que os laudos do IML dizem que ela foi esganada por 3 minutos...e o assassino tem que deixar a toalha de molho, e lavar, apagar as luzes da sala e só deixar a do quarto acesa, abrir o apartamento com a chave e fechar, e sair sem deixar rastro...e tem outros detalhes, como acordar a menina da cama que ela foi deixada, levar ela pra fora, por algum motivo, fazer o corte, carregar ela... jogar no chão, serrar a tela de proteção... e só sobra um minuto pra fazer tudo isso (descontando os 3 minutos pra asfixiar a menina)....antes de o pai chegar de novo com todos...
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Offline Adriano

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Re: Caso Isabella
« Resposta #106 Online: 22 de Abril de 2008, 01:22:20 »
Citação de: Adriano
O estrangulamento no carro, evidenciado pelo sangue já constatado no mesmo, e a marca das grades da janela na camisa do pai, são sim, no meu entendimento, provas cabais da autoria do crime. A perícia é muito técnica, não ocorre erros devido as minúcias dos processos de investigação da polícia científica. Eles calcularam até a altura que caiu da gota de sangue do quarto onde ela foi jogada.

Mas como em juri popular o que manda é mais as emoções dos mesmos, então pode acontecer de tudo realmente.
Não sei se você viu, mas agora a pouco no Jornal da Globo, disseram com todas as letras que não há consenso entre os peritos de que exista sangue no carro.

Muito técnica essa perícia, hein?

Realmente, a nova versão pericial é de que ela foi estrangulada na sala e não no carro. Isso por ter um acúmulo de sangue grande na beira do sofá. Porém conseguiram identificar a altura de que cairam as gotas de sangue e a altura da pessoa que estava carregando a menina, sendo esta altura a mesma do pai.

Para mim é um avanço das investigações, com correções em decorrencia dos novos achados. E segundo estão informando, a polícia ainda não divulgou tudo o que já investigou, tem muita informação guardada ainda. Eu ainda confio mais na tecnologia científica da polícia técnica do que na choradeira, que considero dissimulada, dos  indiciados. A hipótese de terceira pessoa, penso eu, diante dos fatos apresentados, só é admissível com uma certa complacencia em relação a exposição emotiva do casal. Além de uma certa desqualificação dos vestígios apresentados, até agora, pela investigação policial.

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Offline Quereu

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Re: Caso Isabella
« Resposta #107 Online: 22 de Abril de 2008, 06:32:38 »
Pelo jeito, esse caso não vai ter solução, junto com a morte do Getúlio e do PC Farias.
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Caso Isabella
« Resposta #108 Online: 22 de Abril de 2008, 07:46:19 »
Hoje vi na tv a entrevista com o casal, o cara falava sobre o momento em que foi até o caixão da filha e falou para ela que não descansaria enquanto blá, blá, blá...

 O cara se enrolou até para descrever o momento do enterro , foi como se estivesse lembrando de um texto escrito pelo advogado.

Falava uma coisa, corrigia, falava, corrigia...

É como eu falei..vão jogar a culpa  em um duende malvado que ninguém mais viu.
Anormal seria se eles falassem sobre isso sem se enrrolar, sem chorar, de maneira tranquila e harmoniosa. Não acha?

Já que prestou tanta atenção na entrevista, poderia me apontar onde ele se corrigia a todo momento?

Se corrigia no momento em que disse que foi até a beira do caixão e começou a fazer uma promessa em memória a filha morta...

O cara começava a repetir o que falou lá, parava, pensava, falava de outro modo, parava , pensava... será tão dificíl lembrar de uma coisa que ele mesmo falou?

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Caso Isabella
« Resposta #109 Online: 22 de Abril de 2008, 07:56:22 »
Só para constar aqui, ontem uma apresentadora de outro canal disse que convidaram o casal VÁRIAS vêzes para  dar entrevista e apresentar sua versão dos fatos, mas seus advogados nem retornaram as ligações.

Deve ser difícil encenar a farsa do chorinho duas vêzes seguidas e em uma emissora que não seria tão boazinha com eles quanto a Globo foi....ter de responder perguntas  de verdade sobre os detalhes da noite do crime em frente a uma câmera deve ser mais difícil.

Offline FZapp

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Re: Caso Isabella
« Resposta #110 Online: 22 de Abril de 2008, 08:00:48 »
Provavelmente julgaram (acertadamente) que pelo Fantástico o impacto ao público seria maior.

Logo, se estou certo, eles querem melhorar a imagem que tem para com a população (ou deveria dizer 'respeitável público' ?). Para mim exploram o fato de muita gente não aceitar que sejam os pais os assasinos.
--
Si hemos de salvar o no,
de esto naides nos responde;
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algun día hemos de llegar...
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Offline Elieber

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Re: Caso Isabella
« Resposta #111 Online: 22 de Abril de 2008, 09:15:14 »
Frios e dissimulados

Pai e madrasta mataram Isabella, numa seqüência de agressões que começou ainda no carro, conclui a polícia

Os resultados da perícia mostram que Nardoni jogou Isabella pela janela minutos depois de Anna Carolina, madrasta da menina, tê-la asfixiado:

http://veja.abril.com.br/230408/p_084.shtml
Quem faz perguntas, não pode evitar as respostas.

Offline J Ricardo

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Re: Caso Isabella
« Resposta #112 Online: 22 de Abril de 2008, 13:20:53 »
Citação de: Fabi
Mas se eu não me engano, o que a Folha mostra foi o que o Jornal Nacional mostrou (eles conseguiram uma cópia do depoimento do Alexandre Nardoni e da Anna Jatobá)... E é por isso que o depoimento parece uma grande mentira, as evidências não batem com que eles disseram...

Perceba que eu destaquei 4 minutos que foi o que o Alexandre Nardoni disse que demorou pra descer e subir de novo com todo mundo, e esses 4 minutos que o suposto assassino teria para fazer tudo aquilo, e não se esqueça que os laudos do IML dizem que ela foi esganada por 3 minutos...e o assassino tem que deixar a toalha de molho, e lavar, apagar as luzes da sala e só deixar a do quarto acesa, abrir o apartamento com a chave e fechar, e sair sem deixar rastro...e tem outros detalhes, como acordar a menina da cama que ela foi deixada, levar ela pra fora, por algum motivo, fazer o corte, carregar ela... jogar no chão, serrar a tela de proteção... e só sobra um minuto pra fazer tudo isso (descontando os 3 minutos pra asfixiar a menina)....antes de o pai chegar de novo com todos...
Você está sugerindo novamente, muitas coisas que não estão confirmadas, seja mais sensata ao analisar os fatos.

Não se sabe quem lavou a fralda e a toalha, não se sabe se ele a esganou enquanto dormia ou se estava acordada, não se sabe quem fez o corte. Você, convenientemente atribui um monte de hipóteses onde não foi confirmado o autor pra tentar dizer que a suposta 3ª pessoa não teria tempo pra fazer o que se alega.

Citação de: Adriano
Realmente, a nova versão pericial é de que ela foi estrangulada na sala e não no carro. Isso por ter um acúmulo de sangue grande na beira do sofá. Porém conseguiram identificar a altura de que cairam as gotas de sangue e a altura da pessoa que estava carregando a menina, sendo esta altura a mesma do pai.
Viu como existe interpretações diferentes quando há pre-julgamento?

Nunca disseram que a altura era a mesma do pai, disseram que segundo os indícios do tamanho da gota de sangue no chão, a altura de quem estava carregamendo a menina era compatível com a do pai. Não foi divulgado qual é a margem de erro da altura, não foi divulgado em que altura ele estava carregando, afinal, um homem pode carregar uma menina em diversas alturas, pois são bem leves. Tudo isso e muito mais coisas serão questionados pela defesa.

Citação de: Adriano
Para mim é um avanço das investigações, com correções em decorrencia dos novos achados. E segundo estão informando, a polícia ainda não divulgou tudo o que já investigou, tem muita informação guardada ainda. Eu ainda confio mais na tecnologia científica da polícia técnica do que na choradeira, que considero dissimulada, dos  indiciados.
Estão longe de ter divulgado a metade do que eles sabem, essa é minha opinião. Sem falar nas dezenas e dezenas de testemunhas, não se sabe o que elas disseram.

Eu também confio nos laudos dos técnicos investigativos, mas antes de tudo isso aparecer, muitos confiavam e pre-julgaram o casal apenas pelo sentimento perante à crueldade do acontecido com a menina.

Dizer que não confia na choradeira e confia na perícia, é como dizer que confia numa bíblia em formato de quebra-cabeças. Se não existe prova cabal (ainda) gerada pela perícia, como você pode dizer que confia mais num que no outro? Você não se emociona pela 'choradeira' dos pais, mas se emociona perante à crueldade da morte da menina? Que julgamento é esse, parcial, dirigido pelo sentimento?

Não esquecendo que existe também laudo de psicólogos forenses.

Citação de: Arcanjo Lúcifer
Se corrigia no momento em que disse que foi até a beira do caixão e começou a fazer uma promessa em memória a filha morta...

O cara começava a repetir o que falou lá, parava, pensava, falava de outro modo, parava , pensava... será tão dificíl lembrar de uma coisa que ele mesmo falou?
Revi as imagens e não vi ele se corrigir sobre a promessa. Primeiro ele diz não iria sossegar enquanto não descobrir quem fez isso à ela, também prometeu que iria tatuar o rosto de Isabella.
« Última modificação: 22 de Abril de 2008, 13:26:27 por Ricardo Braida »

Offline Diegojaf

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Re: Caso Isabella
« Resposta #113 Online: 22 de Abril de 2008, 13:29:38 »
Nem tanto, acho que se eles são os culpados realmente, fizeram isso em um momento em que estavam raciocinando, onde pensaram numa forma de não serem presos pelo homícidio da filha, que supunham estar morta.

Maneira bem porca de fazer isso, diga-se de passagem...  ¬¬
Além de ambos serem psicopatas ou no mínimo pessoas com tendências homicidas, teriam que pensar bastante, pois se foram eles, duvido que alguém conseguisse raciocinar depois da susposta briga e gritaria entre o casal, sem falar que o tempo seria curto demais.

Você diz de maneira porca no sentido cruel em que ela morreu ou que a decisão pós 'raciocío' poderia ser substituida por uma alternativa mais inteligente?

Existiam maneiras mais inteligentes de colocar a culpa em outra pessoa...
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Fabi

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Re: Caso Isabella
« Resposta #114 Online: 22 de Abril de 2008, 13:55:30 »
Você está sugerindo novamente, muitas coisas que não estão confirmadas, seja mais sensata ao analisar os fatos.

Não se sabe quem lavou a fralda e a toalha, não se sabe se ele a esganou enquanto dormia ou se estava acordada, não se sabe quem fez o corte. Você, convenientemente atribui um monte de hipóteses onde não foi confirmado o autor pra tentar dizer que a suposta 3ª pessoa não teria tempo pra fazer o que se alega.
Não se sabe quem lavou, mas a terceira pessoa não teria tempo, ela esganou enquanto ela estava consciente, até pela posição da menina, e etc. Que hipóteses não são confirmadas? Tudo isso que eu disse está nos laudos da polícia. Quem diz que os horários não batem, pela série de motivos que eu falei, é a polícia, eles que indiciaram os dois por esse motivo.

Mudando de assunto... Eu não consigo entender como comparam o caso Isabella com o da escola base, que eu saiba no caso da escola base não tinha nem sequer indícios que aquelas coisas aconteciam, era só porque não sei quem disse que aquilo acontecia, mas no caso isabella tem um monte de laudos, indícios, e etc... é dificil acreditar que pais possam provocar a morte dos filhos, mas é mais comum do que se imagina... a maioria dos casos de homícidio de crianças é provocado por alguém bem próximo a criança...claro que isso não prova nada... mas é só pro pessoal saber que os pais podem fazer isso...
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Offline Diegojaf

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Re: Caso Isabella
« Resposta #115 Online: 22 de Abril de 2008, 16:05:52 »
Dizer que não confia na choradeira e confia na perícia, é como dizer que confia numa bíblia em formato de quebra-cabeças. Se não existe prova cabal (ainda) gerada pela perícia, como você pode dizer que confia mais num que no outro? Você não se emociona pela 'choradeira' dos pais, mas se emociona perante à crueldade da morte da menina? Que julgamento é esse, parcial, dirigido pelo sentimento?

Opa... pera lá... perícia é ciência... física, química e análises cuidados de depoimentos usadas para criar o quadro mais próximo do que ocorreu. Ela é fria e não faz pré-julgamentos e nem se deixa levar por emoções. Você me dizer que perícia é como uma Bíblia é no mínimo, apelação. A choradeira dos pais sim é algo irreal. Até agora eles não apresentaram nem um indício a favor deles, ainda insistindo em um terceiro que simplesmente não deixou rastros...

Quem aqui estudou criminalística sabe que é praticamente impossível entrar em uma sala e sair sem deixar nenhum vestígio... ainda mais em um prédio inteiro e abrindo portas, fechando, agredindo e jogando menininhas sangrando de uma janela.

Não vou pela comoção do povo, mas até agora, as evidências contra eles são fortíssimas... e se o fato de eles estarem chorando tanto por causa disso é um fator pra vocês ficarem pela sinceridade deles, choro pra não ser preso eu já ouvi muito... um bandido desesperado prestes a ir pra cadeia atua melhor que o melhor dos atores... eles estarem chorando assim só mostra que estão desesperados, se pela perspectiva de ir pra cadeia por terem matado a menina ou por serem inocentes, só a perícia vai dizer...
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline Nightstalker

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Re: Caso Isabella
« Resposta #116 Online: 22 de Abril de 2008, 16:46:55 »
Mesmo que fosse inocentes já estariam condenados, serão julgados por leigos no Tribunal do Júri, a coisa mais idiota já criada.

Não se a defesa convencer o juiz de que foi lesão corporal seguida de morte. É a provável linha que a defesa seguirá, caso os laudos não apontarem a existência da 3ª pessoa.

(É, apesar de achar ridícula a cobertura exacerbada do caso pela mídia, eu acompanho de vez em quando)
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Offline Adriano

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Re: Caso Isabella
« Resposta #117 Online: 22 de Abril de 2008, 19:04:07 »
Citação de: Adriano
Realmente, a nova versão pericial é de que ela foi estrangulada na sala e não no carro. Isso por ter um acúmulo de sangue grande na beira do sofá. Porém conseguiram identificar a altura de que cairam as gotas de sangue e a altura da pessoa que estava carregando a menina, sendo esta altura a mesma do pai.
Viu como existe interpretações diferentes quando há pre-julgamento?

Nunca disseram que a altura era a mesma do pai, disseram que segundo os indícios do tamanho da gota de sangue no chão, a altura de quem estava carregamendo a menina era compatível com a do pai. Não foi divulgado qual é a margem de erro da altura, não foi divulgado em que altura ele estava carregando, afinal, um homem pode carregar uma menina em diversas alturas, pois são bem leves. Tudo isso e muito mais coisas serão questionados pela defesa.
A única coisa que a defesa está fazendo é contestar a denúncia, é o papel dela. Está buscando mostrar possibilidades de que poderia haver ser outra pessoa culpada.

Citação de: Adriano
Para mim é um avanço das investigações, com correções em decorrencia dos novos achados. E segundo estão informando, a polícia ainda não divulgou tudo o que já investigou, tem muita informação guardada ainda. Eu ainda confio mais na tecnologia científica da polícia técnica do que na choradeira, que considero dissimulada, dos  indiciados.
Estão longe de ter divulgado a metade do que eles sabem, essa é minha opinião. Sem falar nas dezenas e dezenas de testemunhas, não se sabe o que elas disseram.

Eu também confio nos laudos dos técnicos investigativos, mas antes de tudo isso aparecer, muitos confiavam e pre-julgaram o casal apenas pelo sentimento perante à crueldade do acontecido com a menina.

Dizer que não confia na choradeira e confia na perícia, é como dizer que confia numa bíblia em formato de quebra-cabeças. Se não existe prova cabal (ainda) gerada pela perícia, como você pode dizer que confia mais num que no outro? Você não se emociona pela 'choradeira' dos pais, mas se emociona perante à crueldade da morte da menina? Que julgamento é esse, parcial, dirigido pelo sentimento?

Não esquecendo que existe também laudo de psicólogos forenses.
O meu sentimento é sim, o de que os pais são os culpados. E não tem nada a ver com a comoção com a morte da menina, já que esse caso só teve repercussão por atingir a classe média, como a maioria das notícias da imprensa, vide a questão dos acidentes de aviões.

Pela minha experiência de vida e de trabalho com bandidos, seja na Febem ou na Polícia militar, o meu julgamento, diante dos fatos noticiados pela mídia, mas com principal destaque para a perícia científica, é o de que eles estão mentindo descaradamente. E eu não vejo nenhum emocionalismo neles, somente fingimento. Já o depoimento da mãe da menina, a defesa qualificou como "emocional", o que para mim é o mais verdadeiro e revelou o passado violento do pai.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Caso Isabella
« Resposta #118 Online: 22 de Abril de 2008, 19:14:15 »
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Revi as imagens e não vi ele se corrigir sobre a promessa. Primeiro ele diz não iria sossegar enquanto não descobrir quem fez isso à ela, também prometeu que iria tatuar o rosto de Isabella.

Parecia ator de teatrinho de colégio... só faltou o advogado da Susy Porrete ao lado :

"Agora chora! Vai! Chora! Não quer chorar, tudo bem...vc está feliz? Então não chora, pronto!"

Offline J Ricardo

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Re: Caso Isabella
« Resposta #119 Online: 22 de Abril de 2008, 20:21:10 »
Citação de: Diegojaf
Existiam maneiras mais inteligentes de colocar a culpa em outra pessoa...
SE de fato eles culparam uma inexistente 3ª pessoa, talvez.

Citação de: Fabi
Não se sabe quem lavou, mas a terceira pessoa não teria tempo, ela esganou enquanto ela estava consciente, até pela posição da menina, e etc. Que hipóteses não são confirmadas? Tudo isso que eu disse está nos laudos da polícia. Quem diz que os horários não batem, pela série de motivos que eu falei, é a polícia, eles que indiciaram os dois por esse motivo.
A perícia diverge quanto a ela ter chegado ao apartamento consciente.

MOSTRE. Está no laudo QUEM lavou a fralda? Está no laudo se ela estava dormindo ou acordada, consciente ou inconsciente? Está no laudo como o corte na testa foi provocado? Está nada! A pericia divergiu sobre a existência de sangue no carro e agora está divergindo sobre quem gritou "para pai" e também se a menina estava ou não consciente.

Citação de: Diegojaf
Opa... pera lá... perícia é ciência... física, química e análises cuidados de depoimentos usadas para criar o quadro mais próximo do que ocorreu. Ela é fria e não faz pré-julgamentos e nem se deixa levar por emoções. Você me dizer que perícia é como uma Bíblia é no mínimo, apelação. A choradeira dos pais sim é algo irreal. Até agora eles não apresentaram nem um indício a favor deles, ainda insistindo em um terceiro que simplesmente não deixou rastros...

Quem aqui estudou criminalística sabe que é praticamente impossível entrar em uma sala e sair sem deixar nenhum vestígio... ainda mais em um prédio inteiro e abrindo portas, fechando, agredindo e jogando menininhas sangrando de uma janela.

Eu realmente não me expressei bem, deveria ter citado outro livro ao invés da bíblia. Quis dizer que confiar na perícia é como confiar em uma estória em formato de quebra cabeças, pois são muitas pistas e vestígios que muitas vezes não se encaixam e até mesmo entram em contradição entre si. Claro que a perícia é fria e não faz pre-julgamentos, mas as conclusões dos peritos, que são humanos e erram, podem ser interpretadas de forma errada... ainda mais quando podem ser mostradas ao público conclusões que unicamente convém a à versão deles, informações parciais e incompletas, já que ainda existem testemunhas não-ouvidas e alguns laudos ainda por vir.

Citação de: Diegojaf
Não vou pela comoção do povo, mas até agora, as evidências contra eles são fortíssimas... e se o fato de eles estarem chorando tanto por causa disso é um fator pra vocês ficarem pela sinceridade deles, choro pra não ser preso eu já ouvi muito... um bandido desesperado prestes a ir pra cadeia atua melhor que o melhor dos atores... eles estarem chorando assim só mostra que estão desesperados, se pela perspectiva de ir pra cadeia por terem matado a menina ou por serem inocentes, só a perícia vai dizer...
Isso é mais um pré-julgamento ou você também é psicólogo? Espero estar enganado.

Citação de: Adriano
O meu sentimento é sim, o de que os pais são os culpados. E não tem nada a ver com a comoção com a morte da menina, já que esse caso só teve repercussão por atingir a classe média, como a maioria das notícias da imprensa, vide a questão dos acidentes de aviões.

Pela minha experiência de vida e de trabalho com bandidos, seja na Febem ou na Polícia militar, o meu julgamento, diante dos fatos noticiados pela mídia, mas com principal destaque para a perícia científica, é o de que eles estão mentindo descaradamente. E eu não vejo nenhum emocionalismo neles, somente fingimento. Já o depoimento da mãe da menina, a defesa qualificou como "emocional", o que para mim é o mais verdadeiro e revelou o passado violento do pai.
É característica minha não pre-julgar por mais que haja indícios contrando o contrário, se não houver uma prova cabal eu não mudo de idéia. Não que neste caso eu esteja defendendo o casal, pelo contrário, estou defendendo a verdade. Há de convir que por mais que exista esse suposto finjimento emocional na entrevista, isso não pesará em nada, a não ser no julgamento por júri popular, que é facilmente manipulável pela emoção, basta acusá-los de finjimento, dizer que 'psicólogo tal' disse isso e aquilo e pronto, conquistam eles.

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Revi as imagens e não vi ele se corrigir sobre a promessa. Primeiro ele diz não iria sossegar enquanto não descobrir quem fez isso à ela, também prometeu que iria tatuar o rosto de Isabella.

Parecia ator de teatrinho de colégio... só faltou o advogado da Susy Porrete ao lado :

"Agora chora! Vai! Chora! Não quer chorar, tudo bem...vc está feliz? Então não chora, pronto!"
Conclui que a entrevista só serviu para comover o público, tanto pra mal como pra bem. Os poucos que são à favor do casal, tiveram a impressão de que eles estão abatidos, profundamente tristes, com saudades, etc... já os que são contra o casal, dizem que foi tudo finjimento, lágrimas de crocodilo, etc..

De fato, qualquer uma desses tipos distintos de comoção não ajudam em nada a resolver o que aconteceu.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Caso Isabella
« Resposta #120 Online: 22 de Abril de 2008, 20:39:26 »
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Conclui que a entrevista só serviu para comover o público, tanto pra mal como pra bem. Os poucos que são à favor do casal, tiveram a impressão de que eles estão abatidos, profundamente tristes, com saudades, etc... já os que são contra o casal, dizem que foi tudo finjimento, lágrimas de crocodilo, etc..

De fato, qualquer uma desses tipos distintos de comoção não ajudam em nada a resolver o que aconteceu.

Veja bem...até a Susy Porrete  chorou na tv, alguma dúvida que ela mandou o sarrafo nos pais? Acho que não...

No caso desses dois, já existem um monte de provas contra eles, mas nenhum vestigío de uma terceira pessoa no local, portanto esse "choro" deve ser mais porque tb sabem que a coisa está ficando preta.

E agora ao que parece a polícia verificará se os demais familiares tem rastreadores em seus carros que foi o que possibilitou saberem exatamente a que horas o casal chegou ao prédio, portanto se poderia saber onde cada um deles estava na hora do crime e quanto tempo levaram para chegar ao local.

Se por acaso (Falando de uma hipótese apenas...) descobrirem que os horários em que os familiares foram avisados da morte foram  anteriores  ao chamado da emergência, como explicariam isso?


Offline Fabulous

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Re: Caso Isabella
« Resposta #121 Online: 22 de Abril de 2008, 20:40:58 »
O pai e a madrasta vão ser acusados e não vão ficar no máximo 5 anos na cadeia.
Mas o pior de tudo eu acho o fato da mãe de Isabella ficar tão imparcial, não se ela está dopada de reme'dios ou se é apaixonada ainda pelo pai de Isabella, sei lá, ela é muito "inhonhada", meio tonta... também é novinha, é de se esperar isso de mãe nova e solteira.
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Offline Diegojaf

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Re: Caso Isabella
« Resposta #122 Online: 22 de Abril de 2008, 20:42:31 »
Citação de: Diegojaf
Não vou pela comoção do povo, mas até agora, as evidências contra eles são fortíssimas... e se o fato de eles estarem chorando tanto por causa disso é um fator pra vocês ficarem pela sinceridade deles, choro pra não ser preso eu já ouvi muito... um bandido desesperado prestes a ir pra cadeia atua melhor que o melhor dos atores... eles estarem chorando assim só mostra que estão desesperados, se pela perspectiva de ir pra cadeia por terem matado a menina ou por serem inocentes, só a perícia vai dizer...
Isso é mais um pré-julgamento ou você também é psicólogo? Espero estar enganado.

Não é pré-julgamento... é uma possibilidade baseada em observação empírica... :)
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Re: Caso Isabella
« Resposta #123 Online: 22 de Abril de 2008, 21:19:52 »
Citação de: Adriano
O meu sentimento é sim, o de que os pais são os culpados. E não tem nada a ver com a comoção com a morte da menina, já que esse caso só teve repercussão por atingir a classe média, como a maioria das notícias da imprensa, vide a questão dos acidentes de aviões.

Pela minha experiência de vida e de trabalho com bandidos, seja na Febem ou na Polícia militar, o meu julgamento, diante dos fatos noticiados pela mídia, mas com principal destaque para a perícia científica, é o de que eles estão mentindo descaradamente. E eu não vejo nenhum emocionalismo neles, somente fingimento. Já o depoimento da mãe da menina, a defesa qualificou como "emocional", o que para mim é o mais verdadeiro e revelou o passado violento do pai.
É característica minha não pre-julgar por mais que haja indícios contrando o contrário, se não houver uma prova cabal eu não mudo de idéia. Não que neste caso eu esteja defendendo o casal, pelo contrário, estou defendendo a verdade. Há de convir que por mais que exista esse suposto finjimento emocional na entrevista, isso não pesará em nada, a não ser no julgamento por júri popular, que é facilmente manipulável pela emoção, basta acusá-los de finjimento, dizer que 'psicólogo tal' disse isso e aquilo e pronto, conquistam eles.
Pela questão emocional e leiga do juri, eles podem pender para qualquer lado, disso depende o pendor persuasivo das partes, a defesa e a acusação. Supostamente bastaria  dizer que eles estão muito emocionados com a perca da filha (como estão fazendo) que teriam o apoio do jurí.

E no meu entender os vestígios periciais são provas cabais, para mim, para o meu julgamento pessoal. Se eu fosse um juiz os condenaria bom base nos laudos periciais.

Porém é o meu ponto de vista pessoal e sei que nunca será totalmente imparcial, e nem acredito nisso da parte de ningúem, assim como você não acredita na polícia (nas conclusões dos peritos) eu também não acredito na sua suposta imparcialidade e isenção de julgamento (não pré-julgar).
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline HSette

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Re: Caso Isabella
« Resposta #124 Online: 22 de Abril de 2008, 22:08:23 »
jus navigandi?
então resolvemos ler o artigo a que faz referência e...
Citar
Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria.

Parágrafo único.  A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função.

well, não é o que o artigo diz.
as provas só podem ser produzidas durante o inquérito quando há o risco de perecerem. do contrário, produzem-se durante o processo. daí que as testemunhas que tenham dado declarações à polícia tenham de repetir a declaração durante o processo. prova, em sentido estrito, é via de regra produzida durante o inquérito. caso contrário se estaria atentando contra os direitos à ampla defesa e ao contraditório, fundamentos constitucionais de máxima importância.
se bem me lembro, boa parte da doutrina entende que embora os indícios produzidos durante o inquérito não possam, sozinhos, condenar o réu, podem suplementar as provas produzidas durante o processo. apesar de majoritária é uma posição frágil, justamente pelos motivos que coloquei; viola fundamentos constitucionais.

Well. Mas o trecho que linkei é ipsis literis o que está lá.
Copiei e colei.  :wink:

E no link: http://www.dji.com.br/codigos/1941_dl_003689_cpp/cpp004a023.htm


Citar
Código de Processo Penal - L-003.689-1941

Livro I

Do Processo em Geral

Título II

Do Inquérito Policial

Art. 4º - A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria.

obs.dji.grau.4: Autoridade Policial; Circunscrições; Infrações Penais; Inquérito Policial; Polícia; Polícia Judiciária

obs.dji.grau.6: Ação Civil - CPP; Ação Penal - CPP; Aplicação Provisória de Interdições de Direitos e Medidas de Segurança -.CPP; Citações e Intimações - CPP; Competência - CPP; Disposições Gerais - CPP; Disposições Preliminares - CPP;  Execução - CPP; Juiz, Ministério Público, Acusado, Defensor, Assistentes e Auxiliares da Justiça - CPP; Nulidades e Recursos em Geral - CPP; Prisão e Liberdade Provisória - CPP; Processos em Espécie - CPP; Processo em Geral - CPP; Prova - CPP; Questões e Processos Incidentes - CPP; Relações Jurisdicionais com Autoridade Estrangeira - CPP; Sentença - CPP

Parágrafo único - A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função.

obs.dji.grau.4: Autoridade Administrativa; Inquérito Policial; Polícia

Navegando pelos links de referências entende-se o que o texto quis dizer.

Acho que precisamos de algum jurista por aqui.

PS: e perguntei para um advogado conhecido meu e ele disse que há produção de provas pela polícia.

"Eu sei que o Homem Invisível está aqui!"
"Por quê?"
"Porque não estou vendo ele!"

Chaves

 

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