Autor Tópico: Existe diferenças significativas entre o governo Lula e o FHC?  (Lida 30997 vezes)

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Offline Fabulous

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Re: Existe diferenças significativas entre o governo Lula e o FHC?
« Resposta #25 Online: 09 de Maio de 2008, 00:14:08 »
O negócio vai pegar ainda naquele dossiê contra o FHC, esses lulistas utilizando dos golpes mais baixo para intimidar a oposição, vai dar muita pizza ainda...
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Offline FxF

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Re: Existe diferenças significativas entre o governo Lula e o FHC?
« Resposta #26 Online: 09 de Maio de 2008, 14:49:11 »
Grande coisa machucar essa "oposição"...

Me preocupa que já faz quase 8 anos e ainda tão batendo na mesma tecla do governo anterior... ops, anterior ao anterior.

Offline DDV

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Re: Existe diferenças significativas entre o governo Lula e o FHC?
« Resposta #27 Online: 09 de Maio de 2008, 15:32:18 »
Para mim a única diferença entre Lula e FHC é a "imagem" que cada um passa ou tenta passar, e só.
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline Moro

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Re: Existe diferenças significativas entre o governo Lula e o FHC?
« Resposta #28 Online: 09 de Maio de 2008, 16:37:36 »
Alguém sabe o que o PT afirma que fez, de uma maneira objetiva, para estarmos tão melhores hoje? Já os ví refutando que é por causa do cenário externo favorável. O motivo são as políticas que fizeram.

Mas de diferente, só vi a expansão do micro-crédito. Alguém ve algo mais? Alguém sabe o que eles (PT) afirmam de uma maneira objetiva?
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Offline Moro

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Re: Existe diferenças significativas entre o governo Lula e o FHC?
« Resposta #29 Online: 31 de Janeiro de 2010, 22:40:07 »
up

dois anos depois, alguma diferença significativa objetiva (não discurso) está clara?
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Offline FZapp

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Re: Existe diferenças significativas entre o governo Lula e o FHC?
« Resposta #30 Online: 31 de Janeiro de 2010, 23:53:24 »
Na prática, não. Já ouvi tres economistas (Sardenberg e + 2 que não lembro) falando do continuísmo econômico FHC-Lula. Claro que o PT vai tentar mostrar que deu mais ênfase em projetos sociais (parte verdade, parte exagero), mas no fundo Dilma e Serra não devem fazer mudanças significativas na política econômica e planejamento.

Particularmente acho que a vantagem no caso do PSDB seria favorecer a alternância de poder. O PT ganhar de novo seria terrível para o Brasil, um sinal errôneo de que as coisas estão bem.
--
Si hemos de salvar o no,
de esto naides nos responde;
derecho ande el sol se esconde
tierra adentro hay que tirar;
algun día hemos de llegar...
despues sabremos a dónde.

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Offline Dr. Manhattan

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Re: Existe diferenças significativas entre o governo Lula e o FHC?
« Resposta #31 Online: 01 de Fevereiro de 2010, 09:54:45 »
(Aviso: viajando, acesso `a rede intermitente.)

As 'unicas diferencas que vejo sao a ausencia de privatizacoes, o forte aparelhamento
do Estado, as tentativas de controlar a imprensa e o grande aumento de gastos do
governo*.

O nascente culto a personalidade do Lula eu vejo como algo a parte - e preocupante.



*O que por si soh nao seria ruim, se esse gasto estivesse sendo feito exclusivamente
na melhora da infraestrutura.
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Offline Moro

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Re: Existe diferenças significativas entre o governo Lula e o FHC?
« Resposta #32 Online: 01 de Fevereiro de 2010, 14:31:21 »
Na prática, não. Já ouvi tres economistas (Sardenberg e + 2 que não lembro) falando do continuísmo econômico FHC-Lula. Claro que o PT vai tentar mostrar que deu mais ênfase em projetos sociais (parte verdade, parte exagero), mas no fundo Dilma e Serra não devem fazer mudanças significativas na política econômica e planejamento.

Particularmente acho que a vantagem no caso do PSDB seria favorecer a alternância de poder. O PT ganhar de novo seria terrível para o Brasil, um sinal errôneo de que as coisas estão bem.

concordo com tudo, só não estou seguro ainda no caso do Serra. Mas não gosto da Dilma e quero alternância.

E concordo com o Manhatan também. Culto a personalidade é exatamente o tipo de coisa que não precisamos.
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Offline _Juca_

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Re: Existe diferenças significativas entre o governo Lula e o FHC?
« Resposta #33 Online: 01 de Fevereiro de 2010, 18:27:29 »
Não existe grandes diferenças do ponto de vista econômico, nem político, somente acho que a gestão é um pouco melhor sob Lula do que  FHC, justamente porque tem um congresso um pouco mais dócil. É preciso sempre analisar o contexto histórico. FHC pegou um país falido e deixou um país melhor estruturalmente, contudo nada bem financeiramente, Lula deixará um país com muito fôlego financeirol, mas que ainda precisará de muitas reformas, como a política e a educacional, que foram proteladas em seu governo. FHC teve o problema do apagão e a crise cambial e da compra de votos na reeleição, que acabaram com a popularidade de seu governo, Lula teve o mensalão, que não refletiu diretamente na vida econômica do cidadão e por isso continuou em alta.
Na contabilidade geral o Brasil teve dois bons governos e provavelmente terá um terceiro nada muito diferente do que foram esses dois.

Offline Brutos

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Re: Existe diferenças significativas entre o governo Lula e o FHC?
« Resposta #34 Online: 30 de Março de 2010, 16:14:28 »
Acho que uma diferença muito significativa e nítida entre os dois governos, foi que o governo FHC caracterizou-se por consolidar as instituições públicas deixando-as sólidas e independentes, o que é uma enorme contribuição à Democracia e ao Estado de Direito. Lula fez o contrario, apadrinhando e aparelhando as instituições para suprir os interesses partidários (exceção ao BC, o que foi crucial a estabilidade econômica), sendo esse o principal fator desencadeante para o surgimento dos inúmeros esquemas de corrupção do seu governo.

Offline _Juca_

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Re: Existe diferenças significativas entre o governo Lula e o FHC?
« Resposta #35 Online: 30 de Março de 2010, 20:29:40 »
Pra quem gosta de números, uma boa explicação porque o governo tem mais de 80% de aprovação, mas não estou desqualificando o governo do FHC, por favor:

1) Juros Nominais (Taxa Selic):
FHC (2002): 25% ao ano;
Lula (2008): 8,75% ao ano;
2) Inflação (IPCA):
FHC – 12,5% (2002);
Lula – 4,3% (2009);
3) Transações Correntes:
FHC – Déficit de US$ 186,5 Bilhões (1995-2002);
Lula – Superávit de US$ 44 Bilhões (2003-2007);
4) Exportações:
FHC – US$ 60 Bilhões (2002; crescimento de 39% em 8 anos);
Lula – US$ 153 Bilhões (2009; crescimento de 155% em 7 anos));
5) Crescimento Econômico:
FHC – 2,3% ao ano (1995-2002);
Lula – 5,3% ao ano (2004-2008);
6) Empregos Formais:
FHC – 1.700.000 (1995-2002);
Lula – 9.700.000 (2003-2009);
7) Balança Comercial:
FHC – Déficit de US$ 8,7 Bilhões (1995-2002);
Lula – Superávit de US$ 237 Bilhões (2003-2009);
8  Taxa de Desemprego:
FHC – 10,5% (Dezembro de 2002);
Lula – 6,8% (Dezembro de 2009);
9) Risco-País:
FHC – 1550 pontos (Dezembro de 2002);
Lula – 220 pontos (Janeiro de 2010);
10) Reservas Internacionais Líquidas:
FHC – US$ 16 Bilhões (Dezembro de 2002):
Lula – US$ 241 Bilhões (Janeiro de 2010);
11) Relação Dívida/PIB:
FHC – 51,3% do PIB (Dezembro de 2002);
Lula – 43% do PIB (Novembro de 2009);
12) Déficit Público Nominal (inclui despesas com juros):
FHC – 4% do PIB (2002):
Lula – 2% do PIB (2008);
13) Dívida Externa:
FHC – US$ 210 Bilhões (Dezembro de 2002) – 45% do PIB:
Lula – US$ 205 Bilhões (Janeiro de 2008) – Negativa em US$ 36 Bilhões;
14) Salário Mínimo em US$:
FHC – US$ 56 (Dezembro de 2002);
Lula – US$ 275 (Janeiro de 2010).
15) Inflação Acumulada (IPCA):
FHC – 100,6% (1995-2002);
Lula – 45% (2003-2009);
16) Pronaf:
FHC – R$ 2,5 Bilhões (2002);
Lula – R$ 15 Bilhões (2010);
17) ProUni:
FHC – Não existia;
Lula – 470 mil estudantes beneficiados;
18) PIB (em US$):
FHC – US$ 459 Bilhões (2002):
Lula – US$ 1,8 Trilhão (2009):
19) Produção de automóveis:
FHC – 1.791.000 (2002);
Lula – 3.130.000 (2009; crescimento de 74,8%);
20) Produção de máquinas agrícolas:
FHC – 52000 (2002):
Lula – 65000 (2007; crescimento de 25%);
21) Vendas de automóveis zero KM:
FHC – 1.465.000 (2002);
Lula – 3.140.000 (2009; crescimento de 114%);
22) Pagamento de juros da Dívida Externa em % das Exportações anuais:
FHC – 20,3% (2002);
Lula – 10,1% (2009);
23) Renda Per Capita:
FHC – US$ 2859 (2002);
Lula – US$ 9.300 (2009).
24) Coeficiente de Gini (Indica a Distribuição da Renda do Trabalho; quando mais próximo de 0 menor é a concentração da renda):
FHC – redução de 0,602 (1993) para 0,593 (2002);
Lula – redução de 0,593 (2002) para 0,544 (2008).
25) Indice de Pobreza:
FHC – 38,6% (1995); 38,2% (2002) – queda de 0,6 p.p.;
Lula – 38,2% (2002); 25,3 (2008) – queda de 12,9 p.p..
26) Gastos Sociais Públicos (% do PIB):
FHC – 19,2% (1995);
Lula – 21,9 (2005).
27) Pobreza Extrema (fonte: IPEA)
FHC – De 17,3% (1995) caiu para 16,5% (2002) (queda de 0,8 p.p.);
Lula – De 16,5% em 2002 caiu para 8,8% (2008) (queda de 7,7 p.p.).
28) Renda per capita mensal dos 10% mais pobres:
2001 – R$ 34
2008 – R$ 58 (crescimento de 70,6%);
29) Renda per capita mensal dos 10% mais ricos:
2001 – R$ 2316
2008 – R$ 2566 (crescimento 10,8%).
Obs: Assim, entre 2001 e 2008, a renda dos mais pobres cresceu 6,5 vezes mais do que a renda dos mais ricos.

Offline Gaúcho

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Re: Existe diferenças significativas entre o governo Lula e o FHC?
« Resposta #36 Online: 30 de Março de 2010, 20:35:57 »
Countdown to "Lula deu sorte porque o mundo todo melhorou" ...
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Offline Dr. Manhattan

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Re: Existe diferenças significativas entre o governo Lula e o FHC?
« Resposta #37 Online: 30 de Março de 2010, 20:41:00 »
Jucavini: não estou de forma alguma contestando esses números, mas você poderia nos dar a fonte
desses dados?
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Alan Watts

Offline _Juca_

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Re: Existe diferenças significativas entre o governo Lula e o FHC?
« Resposta #38 Online: 30 de Março de 2010, 21:00:30 »
Banco Central, IBGE, IPEA, FMI

Offline Diegojaf

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Re: Existe diferenças significativas entre o governo Lula e o FHC?
« Resposta #39 Online: 30 de Março de 2010, 21:09:50 »
Banco Central, IBGE, IPEA, FMI

Qual e onde.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline _Juca_

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Re: Existe diferenças significativas entre o governo Lula e o FHC?
« Resposta #40 Online: 30 de Março de 2010, 21:19:19 »
Banco Central, IBGE, IPEA, FMI

Qual e onde.

Já dei as fontes, para comprovar é só pesquisar.

Offline Diegojaf

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Re: Existe diferenças significativas entre o governo Lula e o FHC?
« Resposta #41 Online: 30 de Março de 2010, 21:26:08 »
Banco Central, IBGE, IPEA, FMI

Qual e onde.

Já dei as fontes, para comprovar é só pesquisar.

É um Frankenstein tão grande assim que você não pode passar os links exatos como todo mundo aqui faz?
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline _Juca_

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Re: Existe diferenças significativas entre o governo Lula e o FHC?
« Resposta #42 Online: 30 de Março de 2010, 21:31:19 »
Banco Central, IBGE, IPEA, FMI



Qual e onde.

Já dei as fontes, para comprovar é só pesquisar.

É um Frankenstein tão grande assim que você não pode passar os links exatos como todo mundo aqui faz?

a compilação não foi feita por mim, mas eu mesmo chequei a maioria dos números, PESQUISANDO nesses sites, há uns dois meses atrás.
Mas não precisa muito não, basta estar por dentro do noticiário dos últimos 15 anos.

Offline Diegojaf

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Re: Existe diferenças significativas entre o governo Lula e o FHC?
« Resposta #43 Online: 30 de Março de 2010, 21:58:13 »
Eu diria que é um método bem porco de pesquisa não conseguir dizer exatamente de onde tirou essas informações quando em qualquer debate por aqui (até um do BBB), pode apresentar links precisos.

Noite.
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Offline _Juca_

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Re: Existe diferenças significativas entre o governo Lula e o FHC?
« Resposta #44 Online: 30 de Março de 2010, 22:03:27 »
Eu diria que é um método bem porco de pesquisa não conseguir dizer exatamente de onde tirou essas informações quando em qualquer debate por aqui (até um do BBB), pode apresentar links precisos.

Noite.

Porco seria o fato de ser mentira, se duvida, conteste...

Offline Gaúcho

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Re: Existe diferenças significativas entre o governo Lula e o FHC?
« Resposta #45 Online: 30 de Março de 2010, 22:13:07 »
Mas isso seria uma inversão do ônus da prova.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline _Juca_

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Re: Existe diferenças significativas entre o governo Lula e o FHC?
« Resposta #46 Online: 30 de Março de 2010, 22:18:53 »
Mas isso seria uma inversão do ônus da prova.

Di já dei as fontes, é só ele pesquisar.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Existe diferenças significativas entre o governo Lula e o FHC?
« Resposta #47 Online: 30 de Março de 2010, 22:57:01 »
Citar
Não foi o PT nem o PSDB, foram os dois

Desde 1996 a linha da melhoria da vida do andar de baixo é contínua, sem inflexões



De Elio Gaspari:

O professor Claudio Salm investigou os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 1996 e 2002 (anos tucanos) e daí a de 2008 (anos petistas). Ele verificou que a ideia segundo a qual Nosso Guia mudou radicalmente a vida do andar de baixo nacional é propaganda desonesta. Estimando-se que no andar de baixo estejam cerca de 50 milhões de pessoas (25% da população), o que se vê nas três Pnads estudadas por Salm é uma linha de progresso contínuo, sem inflexão petista.

Em 1996, quando Fernando Henrique Cardoso tinha um ano de governo, 48,5% dos domicílios pobres tinham água encanada. Em 2002, ao fim do mandato tucano, a percentagem subiu para 59,6%. Uma diferença de 11,1 pontos percentuais. Em 2008, no mandato petista, chegou-se a 68,3% dos domicílios, com uma alta de 8,7 pontos.

Coisa parecida sucedeu com o avanço no saneamento. Durante o tucanato, os domicílios pobres com acesso à rede de esgoto chegaram a 41,4%, com uma expansão de 9,1 pontos percentuais. Nosso Guia melhorou a marca, levando-a para 52,4%, avançando 11,3 pontos.

O acesso à luz elétrica passou de 79,9% em 1996 para 90,8% em 2002. Em 2008, havia luz em 96,2% dos domicílios pobres.

Esses três indicadores refletem políticas públicas. Indo-se para itens que resultam do aumento da renda e do acesso ao crédito, o resultado é o mesmo.

Durante o tucanato, os telefones em domicílios do andar de baixo pularam de 5,1% para 28,6%. Na gestão petista, chegaram a 64,8% das casas. Geladeira? 46,9% em 1996, 66,1% em 2002 e 80,1% em 2008.

O indicador da coleta de lixo desestimula exaltações partidárias. A percentagem de domicílios pobres servidos pela coleta pulou de 36,9% em 1996 para 64,4% em 2008. Glória tucana ou petista? Nem uma nem outra. O lixo é um serviço municipal.

Nunca antes na história deste país um governante se apropriou das boas realizações alheias e nunca antes na história deste país um partido político envergonhou-se de seus êxitos junto ao andar de baixo com a soberba do tucanato.

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/01/03/nao-foi-pt-nem-psdb-foram-os-dois-254324.asp



Citar
"Essa conversa de herança maldita é pura bobagem"

Para economista, Lula é continuidade de FHC, com o que tem de bom e de ruim

O economista Claudio Salm diz que a evolução dos indicadores sociais no Brasil não é conquista de um único partido ou de um único presidente. Segundo ele, o país está melhor por uma sucessão de fatores que não obedece ao calendário ou à lógica eleitoral. Entre eles, a consolidação de uma mesma política social, a queda na taxa de natalidade e o fim de um duro ciclo estrutural de crescimento sem emprego, que durou até 2000.

Com base em dados do IBGE desde 1996, Salm constata uma progressão contínua na qualidade de vida dos mais pobres. Mas, por meio de outros indicadores, diz que serviços universais, como educação e saúde, pioraram. Aos 67 anos, Salm graduou-se pela Universidade Federal do Rio, fez pós-graduação no Chile e doutorado na Unicamp. Sua tese, Escola e Trabalho, foi publicada pela editora Brasiliense em 1982.

FOLHA – Quais são os indícios de que, entre os governos FHC e Lula, houve continuidade, e não ruptura, nas políticas sociais?

CLAUDIO SALM – Do ponto de vista da política econômica já sabemos que não houve qualquer ruptura, como o próprio Lula havia anunciado que não haveria, em 2002, na famosa Carta aos Brasileiros. Eu diria até que, em alguns aspectos, como o da política monetária, Lula é mais conservador que FHC. Conservador no sentido do excessivo cuidado em relação à banca. Quanto à política social, é só conferir os números. O período Lula é uma continuidade do período FHC, com tudo o que tem de bom e de ruim. Houve uma progressão contínua na qualidade de vida dos 25% de brasileiros mais pobres. Desde 1996, vários indicadores melhoram mais ou menos no mesmo ritmo: acesso às redes de água e esgoto, coleta direta de lixo, iluminação elétrica, posse de telefone, máquina de lavar. Essa conversa de herança maldita é pura bobagem.

FOLHA – Mas, vistos assim, de forma panorâmica, os indicadores sociais sempre melhoram. É possível dizer que FHC também não rompeu com Itamar, que não rompeu com Collor e assim vai.

SALM – Não é bem assim. Há inflexões importantes, fatores demográficos, ciclos, crises, políticas acertadas, políticas equivocadas. Uma reforma que tornasse nossa arrecadação tributária mais justa poderia ser uma inflexão de grande alcance social. 

FOLHA – Cite indicadores que pioraram ao longo da história.

SALM – São muitos. A década de 80 foi desastrosa para o mercado de trabalho, trazendo graves consequências para o nível e a qualidade do emprego: informalidade e a interrupção de uma longa trajetória de crescimento do trabalho assalariado com carteira assinada. Outro exemplo é o salário mínimo. Ele ainda está abaixo do que era sob a Presidência JK [1956-61], embora tenha aumentado 50% no governo FHC e outro tanto no governo Lula. Aliás, a recuperação do salário mínimo começou para valer a partir de 1995, quando FHC deu um aumento de cerca de 40% com a inflação já debelada.

FOLHA – Qual foi o papel da demografia no processo de melhoria dos indicadores sociais?

SALM – No Brasil, uma herança bendita foi a queda na fecundidade a partir de meados dos anos 60. A transição demográfica no Brasil foi das mais intensas. Como a queda na natalidade foi muito mais acentuada entre os mais pobres do que entre os mais ricos, o aumento da renda foi maior justamente entre os pobres. Além disso, a crescente proporção de idosos tem sido mais que compensada pelo menor número de filhos. Como mais de 80% dos idosos recebem benefícios previdenciários, eles não são dependentes como as crianças, mas, com o perdão do economicismo rude, um ativo valioso.

FOLHA – Voltando ao Lula, como se pode afirmar que não houve ruptura se o gasto social aumentou em termos absolutos e relativos?

SALM – Eu diria que continuou aumentando. A expansão do gasto público social foi uma medida acertada. Mas a redução recente da desigualdade se deve mais a outros fatores, como a volta do emprego formal, o aumento do salário mínimo e o fim de um ciclo.

FOLHA – Que ciclo é esse?

SALM – A abertura abrupta no início da década de 90 levou a fortes e rápidas transformações estruturais, especialmente na indústria. Surgiu pela primeira vez entre nós, como um grave problema, o desemprego aberto. Foi nessa época que ganhou força a ideia do crescimento sem emprego, justamente por causa da rápida modernização da indústria. As grandes transformações tecnológicas, a matança de pequenas empresas, a racionalização, tudo isso durou até os anos 90. Findo esse processo, as coisas se arrumaram e o crescimento voltou a ser altamente promotor do emprego. É impressionante a correlação entre crescimento e geração de emprego dos anos 2000 para cá. O crescimento recente voltou a gerar empregos para os segmentos pouco qualificados, o que foi mais importante do que o Bolsa Família para explicar a melhora da distribuição de renda.

FOLHA – Não se deve a Lula criação de empregos formais? Afinal, FHC defendia a superação do getulismo.

SALM – Não vejo nada de errado nesse aspecto do getulismo. Errado é querer desregulamentar o mercado de trabalho num país como o nosso, com enorme excedente de mão de obra de baixa qualificação. O governo do PT ensaiou, mas acabou não comprando a ideia da urgência da reforma trabalhista. Deixou isso de lado. O crescimento é a grande variável na geração de emprego e não a flexibilização trabalhista. Quem pensava assim, acertou.

FOLHA – 32 milhões de brasileiros ingressaram no conjunto das classes A, B e C sob Lula. Isso não é ruptura?

SALM – No mesmo período houve diminuição da pobreza e melhoria da distribuição de renda em quase toda a América Latina. É verdade que, no Brasil, foi ainda mais rápido. Isto já vinha do governo FHC, quando o IDH aumentou e a população pobre caiu 10%. O processo aqui foi favorecido pelo maior crescimento. Durante FHC o PIB anual cresceu em média 2,3%; durante Lula, 3,9%. Isso não é ruptura, mas ciclo econômico, como já tivemos tantos. Não podemos esquecer que a estabilidade do Real também reduziu a pobreza e o desemprego.

FOLHA – E o papel do Bolsa Família?

SALM – Programas sociais de transferência de renda são, sim, fundamentais para reduzir a miséria absoluta. Ainda mais quando cumprem com condicionalidades, como a exigência de frequência à escola. Ninguém seria louco de eliminá-los. O Bolsa Família não deixou de ser uma continuidade: juntou o Bolsa Escola e o Bolsa Alimentação, que vinham do governo anterior. O Bolsa Família também pode funcionar, indiretamente, para elevar os rendimentos do trabalho. Quem recebe o benefício tem melhores condições para resistir a uma diária aviltante. Mas não é tudo o que parece quanto à distribuição de renda. Nesse sentido, mais importante foram o crescimento do emprego e a recuperação do salário mínimo. O gasto público social aumentou? Ótimo. Mas, simultaneamente a isso, as políticas sociais universais, como educação e saúde, ficaram para trás.

FOLHA – Em dez anos, o número de alunos em universidades saltou de 2 milhões para 4 milhões. Esse aumento não o sensibiliza?

SALM – Para falar a verdade, pouco. Formou-se no Brasil um ciclo nefasto, que começa na falta de atendimento de creche e de pré-escola e acaba em gigantescas universidades privadas que estão mais para escolões do que para universidades. A coisa funciona assim: como o percentual de crianças com atendimento adequado na educação infantil é mínimo, elas já chegam ao ensino fundamental com deficiências. Aí avançam rapidamente, com o artifício da progressão continuada ou do ciclo básico, mecanismos que escamoteiam a repetência. Quando sai do ensino fundamental, não sabe nem falar, nem articular direito. Não avançamos na implantação do horário integral. Tampouco avançamos na melhoria do ensino médio. No governo FHC os alunos no ensino público federal aumentaram em torno de 50%. Sob Lula, o ritmo caiu pela metade.

FOLHA – É melhor ter ou não ter o que o senhor chama de escolões?

SALM – É melhor tê-los. Mas melhor ainda seria dar qualidade ao ensino fundamental e assegurar a passagem dos egressos ao ensino médio. Se isso ocorresse, a maioria das vagas no mercado de trabalho hoje ocupadas por quem tem diploma universitário poderia ser preenchida por quem tem o nível médio. Estamos transferindo para as universidades, com tremendo gasto de recursos, o ensino que poderia ser oferecido no nível médio.

FOLHA – Quais são os indícios de que a saúde piorou?

SALM – A população nunca reclamou tanto, o que é um indício importante. Não há muitos indicadores de acompanhamento confiáveis, mas alguma coisa existe. A relação entre internações e habitantes, no SUS, vem caindo desde o governo Itamar. Parece uma coisa boa. Só que essa relação aumenta nos hospitais privados. A relação entre exames e consultas não se alterou no sistema público. Já no atendimento privado, aumentou. No Rio, os médicos dizem que as mortes evitáveis nos hospitais vêm aumentando, inclusive nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento, da prefeitura atual), por causa da precariedade das conexões com os hospitais do SUS. Estamos claramente diante de um subfinanciamento do SUS, como diagnostica a médica Lígia Bahia. Só não piorou ainda mais por conta da vinculação dos recursos para a Saúde, com a Emenda 29, iniciativa do Serra. O aumento e a diversificação da oferta dos remédios genéricos estagnou com o Lula, quando a Anvisa foi loteada.

FOLHA – O senhor é filiado a algum partido político? É tucano?

SALM – Nem tucano nem filiado a partido político. Votei no José Serra para presidente em 2002 e colaborei na campanha dele, mas não fiquei triste com a vitória do Lula.

FOLHA – Como o senhor avalia as duas experiências de governo?

SALM – As condições econômicas, especialmente no front externo até a eclosão da crise mundial, foram muito mais favoráveis a Lula que a FHC. O importante para mim é que a onda neoliberal não conseguiu acabar com os avanços social-democratas da Constituição de 88. O principal mérito de ambos, até aqui, é o respeito pela democracia. Na economia, vejo, como os principais problemas dos dois, a facilidade com que permitiram, ou promoveram, a apreciação cambial, os juros mais altos do mundo e o descaso, nos dois períodos, com o investimento público que está num nível baixíssimo, um dos mais baixos do mundo. Nessas áreas a continuidade foi incrível.




http://www.luizpaulovellozolucas.com.br/site/noticias-entrevista_claudio_salm




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O ilusionismo
Miriam Leitão, O Globo , 29/10/05



A verdade é sempre a primeira vítima do marketing eleitoral. Exemplo disso foi o programa do PT. Prometeu explicar a crise e culpou os outros. Exibiu números discutíveis; uma coleção de meias verdades. “Do que acusam o PT?”, perguntou o locutor. A pergunta pode ser dirigida ao presidente Lula, que mandou o partido pedir desculpas e se disse traído. Outro erro: o presidente da Petrobras como garoto-propaganda.

Em vez de explicar a crise, o programa admitiu apenas que: “membros de nosso partido cometeram erros”. Sinceridade não é um ingrediente das campanhas políticas no Brasil. É visto como ingenuidade, mas talvez seja isso que o eleitor esteja querendo agora. Não há como encobrir os absurdos descobertos, a distribuição de dinheiro a políticos da base, os indícios de que o caixa dois financiou até a campanha presidencial. É difícil mesmo tratar de tudo isso numa propaganda política, mas o que não se deve fazer é subestimar a inteligência do eleitor. Foi o caminho escolhido pelo PT.

Nos números, uma coleção de não ditos. Disseram que a inflação era de 12% e caiu no governo do PT para 7,5% e 5,2%. Na verdade, a inflação está voltando agora aos níveis de 2000. Subiu em 2002 pelo medo de Lula. Medo construído pelo passado em que Lula e o PT foram contra o Plano Real e apresentavam idéias exóticas ou falta de entendimento sobre a importância da estabilização.

O último ano do governo Itamar, em 94, teve inflação de 916%, e o primeiro de Fernando Henrique foi de 22%. Se FH usasse essa comparação seria um absurdo. Esses números não contam o que se passou. O Plano Real, feito sob o comando de Fernando Henrique no governo Itamar Franco, venceu a hiperinflação no segundo semestre de 94. No último ano do primeiro mandato, em 98, a taxa foi de 1,66%. No primeiro ano do novo mandato, em 99, pulou para 8,9%. O resultado de 99 foi uma vitória maior do que o de 98, porque foi conseguido apesar do estouro da banda cambial. Por várias vezes, falou-se no programa sobre “a crise deixada pelo governo passado”. Sinceramente, o governo sabe que recebeu uma boa herança na área macroeconômica, tanto que manteve a política.

Disse que o país exportava US$ 60 bilhões e agora, US$ 112 bilhões. É verdade, mas não é governo que exporta. O setor exportador brasileiro é o grande merecedor do crédito. Certas mudanças macroeconômicas ajudaram, mas foram feitas por sucessivas administrações. Não dá para explicar a mudança na competitividade brasileira sem passar pela abertura, que o PT condenou; o Plano Real, no qual o PT votou contra; a privatização, que até nesse programa o partido acusou de ter sido “selvagem”. Erros foram cometidos no processo de venda das estatais; a energia é exemplo eloqüente. Mas a venda em si acabou com absurdos como o Estado fabricar aço, atuar em mineração, fazer aviões, vender telefone, ser dono de hotéis e ter três dezenas de bancos. Não foi “selvagem”, tanto que ainda existem cinco bancos estatais que controlam 40% da intermediação financeira; o Estado ainda tem 70% da geração de energia, quase todo o setor de petróleo e o monopólio do resseguro. A privatização aumentou a eficiência na economia brasileira.

No item desemprego, a confusão da comunicação do governo é ainda maior. Disse que o governo passado criou 700 mil empregos e o atual, 3,6 milhões. Nem especialistas em trabalho entendem esses números. Um exemplo de má-fé que poderia ser usado contra o governo Lula: a taxa oficial de desemprego no último ano do governo passado oscilou entre 6% e 7%. No governo Lula chegou a 13% e está em 9,6%. Isso parece mostrar que no governo Lula aumentou o desemprego. Não aumentou. A metodologia de cálculo é que mudou. Quem quer participar do debate com honestidade tem de ter respeito aos números.

Lula tem usado os dados do Caged do Ministério do Trabalho, e não a pesquisa do IBGE da PME. Os dois estão mostrando muita discrepância. O fato é que o desemprego não está caindo, na época do ano em que sempre cai. Está estagnado há quatro meses e subiu um pouco em setembro. A verdade é a seguinte: na década de 90 houve queda do emprego no mundo inteiro, por causa de novas tecnologias, mais competição, novas formas de produção. Emprego é um desafio de qualquer governo no mundo inteiro. Simplificar o tema, como se fosse uma partida de futebol, não ajuda o país.

No programa, o PT se vangloriou de ter aumentado o gasto com Saúde. Fez isso por obrigação legal: os gastos com Saúde têm de aumentar anualmente por uma fórmula preestabelecida. Elogiou-se na educação, quando o grande salto do “toda criança na escola” foi dado no período FH. Teve a coragem de dizer que a segurança melhorou, item em que os dois governos erraram. Apresentou a Bolsa Escola como se tivesse sido inventada apenas pelo PT e a campanha das diretas como se tivesse sido petista. Num momento de puro delírio, o programa sustenta que garantiu R$ 55 bilhões para o Fundeb até o ano 2019.

No pior momento do programa, pôs o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, fazendo propaganda de programas do governo. Um comportamento inadequado para uma empresa de capital aberto, que tem ações até em bolsas estrangeiras, cujo controle é do Estado e não do PT. Mais um flagrante da confusão entre governo e partido, que tanto problema tem causado. A campanha de 2006 já começou. Começou muito mal.


http://www.eagora.org.br/arquivo/O-ilusionismo/


Offline Buckaroo Banzai

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Re: Existe diferenças significativas entre o governo Lula e o FHC?
« Resposta #48 Online: 30 de Março de 2010, 22:59:55 »
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Política Confunde Biografias do "Príncipe" FHC e do "Sapo" Lula
Escrito por Carlos Jurandir   
Tuesday, 23 November 2004




Fernando Henrique e Lula da Silva, ambos são artífices da verdadeira grande transição brasileira – analisa o repórter Paulo Markun, a do autoritarismo para a democracia, que não ocorreu apenas na ocasião da mudança formal do regime.

Um jurou trocar a política pela vida acadêmica após abandonar os ideais comunistas, mas acabou por fundar o PMDB, sendo o autor do programa do partido.

O outro, que viria a ser fundador do PT, não queria saber de política até ser levado pelo irmão a se associar ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista.

Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, personagens do repórter Paulo Markun, no livro que acaba de sair pela Editora Objetiva, "O Sapo e o Príncipe", são muito mais parecidos que essas diferenças aparentes podem levar a crer.

- Ambos são artífices da verdadeira grande transição brasileira – analisa o repórter, a do autoritarismo para a democracia, que não ocorreu apenas na ocasião da mudança formal do regime.

Lula foi cabo eleitoral da candidatura de FHC ao Senado, em 1978, quando a questão não era apenas vencer, mas consolidar a democracia, proporcionar a criação de novos partidos.

A fundação do PT foi sugestão de FHC, que chegou a freqüentar as primeiras reuniões, em 1980.

Os dois se encontraram até na campanha pelo parlamentarismo. “Se passasse” – conta Markun, “Lula seria o presidente e FH, o primeiro-ministro.

Quando se sabe que nenhum dos dois queria se meter em política, que FH pretendia ser apenas acadêmico, e Lula, torneiro mecânico por ocasião do golpe, não pretendia passar de líder sindical, mesmo eleito para a presidência do sindicato dos metalúrgicos logo no primeiro pleito...

Mas na verdade a única diferença entre os dois está no fato de um vir da "elite" e o outro realmente do "povo", que chegou a São Paulo de pau-de-arara”.

O autor conta que a colaboração política entre os dois amigos (até hoje) - iniciada quando FH deu apoio às greves que paralisaram as montadoras do ABC em 1980 -, só acabou com o começo do Plano Real, que contrariava pressupostos doutrinários do PT.

Recorda: “Mesmo na última eleição para presidente, os dois estiveram próximos: se o candidato do PPS, Ciro Gomes, fosse para o segundo turno com José Serra, FH apoiaria Lula”.

Paulo Markun, 52 anos, fundador das revistas Imprensa (1986) e Radar (1994), trabalhou em quase todas as grandes redações – Estadão, Folha de S. Paulo, O Globo e Jornal da Tarde, além do jornal Opinião, importante barricada dos jornalistas na resistência contra a ditadura militar. Hoje dirige o programa Roda Viva, na TVE.

http://www.brazil-brasil.com/content/view/216/78/




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Ping-pong / Paulo Markun
“Lula e FHC jamais perderam a amizade”

Fábio Farah    



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Em O Sapo e o Príncipe (Objetiva, 374 págs., R$ 48,90), o jornalista Paulo Markun traça uma trajetória comparada entre Lula e Fernando Henrique Cardoso. Escrito para quem não se interessa por política, o título remete a uma fábula dos irmãos Grimm, “O Sapo Príncipe”, mas também alude ao apelido dos protagonistas. Markun falou à Gente.

Como surgiu a idéia de escrever o livro?
Durante a transição, eu percebi que minha geração estava vivendo um processo único. Eu tinha nove anos quando ocorreu a última passagem de bastão de um presidente eleito para outro. Também achei que valia a pena contar a história de pessoas tão diferentes para quem não se interessa por política.

O que mais o surpreendeu na pesquisa para o livro?
Muita coisa da trajetória de ambos me mostrou que, em vários momentos, eles foram muito mais próximos do que eu imaginava, e que jamais perderam a amizade. O Fernando Henrique me confirmou que, apesar dos tiroteios, quando o Lula se despediu dele depois da posse, disse: “Você sabe que aqui deixa um amigo”. E o engraçado é que não poderiam ser pessoas mais diferentes. O Fernando Henrique é supercontido e formal. O Lula é muito afetuoso e aberto.

Há, no livro, outros exemplos da amizade entre os dois?
Durante os dois mandatos de Fernando Henrique, ele e o Lula estiveram juntos umas duas vezes. Nessas ocasiões, eles se sentaram juntos e jogaram conversa fora, como dois amigos. Depois, quando o Lula foi eleito, ele consultou o Fernando Henrique diversas vezes antes de compor o ministério. O Fernando Henrique não indicou ninguém e lhe sugeriu coisas técnicas, por exemplo, para compor o Itamaraty. Isso prova a amizade deles.


http://www.terra.com.br/istoegente/272/diversao_arte/livros_lula_fhc.htm#teste2

Offline Eleitor de Mário Oliveira

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Re: Existe diferenças significativas entre o governo Lula e o FHC?
« Resposta #49 Online: 31 de Março de 2010, 00:02:33 »
Ou seja, PTralhas=BSDBostas. Não há diferença.

 

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