Como havia prometido, fiquei de dar o meu parecer para o Supermariom sobre o livro Invisibilidade de Steve Richards que acabei de ler.
Como eu sei que o Supermariom andou dando suas espiadas por aqui hoje, porque o Silverado sabe de tudo, espere que ele se manifeste e se torne visível para me responder.
Sobre a lendazinha da nuvem, que realmente se faz presente em aparições e desaparições de entes mitológicos e está imbuída em diversos sistemas mágicos e ensinamentos místicos, como o do nono grau da AMORC (a formação da nuvem também é seminal no Movimento Rastafári, kkkkkkkkk), lembro de uma matéria ufológica onde alguns ufólogos generalizaram e especularam que havia uma estranha correlação entre avistamentos de UFOs e o surgimento de uma neblina que os precedia. O forista Christiano pode falar melhor a respeito.
Mas deixando as lendas de lado, a pergunta que quero fazer para o Supermariom é:
_se a nuvem possui propriedades físicas (suponhamos aqui que ela realmente exista) que nos torna invisíveis aos olhos dos demais, a recíproca não deveria também ser verdadeira, ou seja, tudo o que esteja de fora da nuvem nos pareceria invisível também? Então qual seria a vantagem de produzir a nuvem se não teríamos como nos orientar num ambiente completamente imperceptível para nós?
Pode ser que eu não tenha entendido bem os argumentos do autor, mas ele não elucidou esta aparente contradição no livro.
Caro Frater Terry
Estava aguardando as suas observações a respeito da referencia indicada. Objetivamente não tenho resposta concreta para suas observações por que a minha experiência com a nuvem foi a mesma do autor do livro em questão , ou seja consegui apenas um pequeno efeito ( observável por pessoas extra experimento conforme o relatado) e não me coloquei por trás . Contudo me permito levantar a hipótese de que seria possivel projetar a nuvem em um espaço adiante do corpo reservando locais nas laterais para guiar os passos . Por relatos históricos , notadamente o de Apolonio de Tiana frente à adversários que queriam lhe fazer mal , me parece que seria uma hipotese razoavel. Veja que o livro cita várias correntes que se utilizaram do efeito através dos tempos históricos. E que o método demanda tempo , que como relatei tive quando fiquei internado em um hospital , e esforço de concentração e demais exercicios indicados . Mas é reproduzivel conforme eu mesmo constatei portanto não é um "argumento" mas sim um roteiro que pode ser reproduzido por qualquer um que se disponha a trabalhar duro para adquirir tal habilidade a exemplo das artes marciais. Conforme suas observações iniciais a AMORC não possui dogmas ou gurus e não é solicitado crença cega em nenhum ensinamento apenas que coloque à parte o que não concorda e procure seguir adiante com o que concorda e principalmente que faça as suas experiências e verificações pessoais práticas. Como diz um ditado " Cuidado ao jogar a água suja da banheira para não jogar o bebê junto ". Paz profunda a todos .
Bom, respondendo ao colega Mariom:
vamos supor que em última análise a formação da tal nuvem seja real. Mesmo assim não avento vantagem em se orientar unicamente pelas laterais. Fica difícil de se guiar e não isenta o risco de ainda sermos flagrados. Então não me parece um bom método de invisibilidade.
Não obstante, não duvido que sua experiência, bem como a do autor, seja sincera, só que aí, meu caro, eu fico com o Giga. Também acho que tem a ver com o "ponto cego" do olho. A evidência é o próprio método que o autor expõe, ou seja, fixar o olhar e depois desfocar.
Já fez a experiência de colocar um dedo rente ao olho e depois fixar e desfocar o olhar nele, como se estivesse enxergando além do dedo? Todo mundo já fez, né?! Então, todo mundo sabe o que acontece. Simplesmente o dedo parece ficar invisível.
Eu gosto muito de mágicas. Uma vez fiz uma compra de várias mágicas e gimmicks e recebi como brinde uma transparência que faz uma coisa muito interessante. Você coloca uma caneta ou um lápis embaixo dela e até aí tudo normal, mas então você gira a transparência uns 90 graus sem que o expectador perceba e de repente a parte do objeto que fica embaixo desaparece. Um belo e simples truque.
Então, o que quero dizer é que tudo isso tem a ver com a própria fisiologia do olho humano. Em tempos remotos, as pessoas não entendiam isso, daí ao fazerem a experiência do dedo ou simplesmente após ficarem a desfocar o olhar em algo, devem ter experimentado a "invisibilidade" sem saberem que era algo fisiológico e daí, como no caso dos trovões e raios, criaram toda uma mitologia, simbologia e linguajar próprio, mas sobrenatural, para explicarem um fenômeno que não entendiam. É o "deus das lacunas", é sempre ele. Daí nasceu a Alquimia e todo o seu sistema de linguagem, símbolos e mitos, pois nessa parte eu concordo com o autor sobre o que ele disse a respeito da "arte real".
Todavia, seria bom se você continuasse participando e trazendo suas experiências porque acho que é interessante você coloca-las a prova, como o forista Cri...não o...aturo (hehe, brincadeirinha) disse que faz. Afinal de contas, é como um forista disse aqui:
Em relação ao experimentos, já lhe passou pela cabeça a possibilidade do autoengano? Sugestão? Auto-hipnose? Wishfull thinking? Você não desconfia que essa estória de sanctum é apenas um modo de fazer crentes sentirem o que eles querem que você sinta? Rituais servem para isso e quem se submete a rituais já está meio caminho andado para experimentar fantasias.
Think about it!
Então, até breve e...
... Paz profunda e um tapinha na cacunda.