Se essa associação conseguir atingir seu objetivo, a situação vai ser perfeita para quem quiser agir fora da lei e sair livre.
Basta o criminoso :
1) Arranjar um "médium".
2) Comete o crime que quiser.
3) Com o "médium" previamente arranjado, conseguir uma psicografia inocentando o criminoso do ato.
4) Se quiser cometer um novo crime, volte para 1.
Falácia do redução ao absurdo.
A mensagem do Ricardo está correta, espíritos, comunicação telepática e todos os conceitos precisos para a existência desse fenômeno nunca foram comprovados cientificamente. Muito menos é possível provar que a informação de um medium está correta, e a mensagem do Ricardo era exatamente referente a como é precário os meios.O réu tem direito a ampla defesa. Logo, tem direito de usar quaisquer meios (menos os ilícitos, e ainda assim há uma exceção) e quaiquer argumentos para defender-se.
Não exatamente, por exemplo, uma criança ou uma pessoa em situação facilmente influenciável pode ser impedida de depor como testemunha. E afinal, o suposto espírito não está exatamente fazendo o papel de testemunha?
Se essa associação conseguir atingir seu objetivo, a situação vai ser perfeita para quem quiser agir fora da lei e sair livre.
Basta o criminoso :
1) Arranjar um "médium".
2) Comete o crime que quiser.
3) Com o "médium" previamente arranjado, conseguir uma psicografia inocentando o criminoso do ato.
4) Se quiser cometer um novo crime, volte para 1.
Falácia do redução ao absurdo.
Trata-se apenas de um cenário possível se psicografias passarem a ser aceitas como prova em processos judiciais.
Redução ao absurdoÉ um raciocínio levado indevidamente ao extremo. Designado apropriadamente em inglês pela expressão “slippery slope”, ou seja, rampa escorregadia, na qual um simples empurrão basta para que se perca totalmente o controle. Essa falácia pode ser expressa assim:
1. “Você permite que seu filho de seis anos roube um beijo na bochecha da coleguinha de escola hoje e logo ele vai querer agarrá-la e, mais tarde, se tornará um maníaco sexual. Você não tem vergonha?”
Ou seja, quem faz uso dessa falácia parte do princípio de que um evento qualquer vai necessariamente levar a outro sem qualquer possibilidade de gradação ou razão aparente, como numa bola de neve montanha abaixo. É uma mistura de generalização apressada com um determinismo pessimista, pois só reconhece uma cadeia de eventos possíveis a partir de um fato. No exemplo citado, pode até ser que o menino tenha alguma tendência problemática, mas certamente não terá sido o beijo na coleguinha o fator responsável por isso e de uma criança que dá um beijo na bochecha aos seis anos até o adulto sexualmente perturbado vai uma boa distância. A falácia relaciona o beijo ao comportamento doentio sem qualquer motivo aparente, ignorando todos os graus entre uma coisa e outra.
Mais alguns exemplos:
2. “Se você permite o aborto em casos de risco de vida para a mãe nos hospitais públicos, logo todo o mundo vai querer abortar por qualquer motivo, ninguém mais vai valorizar a gravidez e a taxa de natalidade vai acabar despencando, prejudicando a economia do país.”
3. “A crença na vida após a morte é perniciosa, pois quem acredita nisso sempre vai achar que as coisas vão melhorar no Além e, portanto, vai se acomodar à sua situação atual, não lutar por seus direitos e permanecer em tamanha inatividade que a nação logo vai estar subjugada pelos exploradores internacionais. É por isso que nosso país seria muito melhor se todos fossem ateus.”
Agora alguns só aparentemente mais aceitáveis:
4. “Se deixarmos o governo vender uma estatal hoje, daqui a dois ou três anos o país inteiro vai estar nas mãos do empresariado internacional.”
5. “Não podem censurar meu livro. Eles começam censurando só o meu e logo vão estar queimando todos os livros em praça pública e voltaremos ao tempo da Inquisição!”
6. “Se eu fizer uma exceção para você vou ter de fazer para todo o mundo.”
7. “Se você cumprimentar aquele seu amigo que abandonou nossa igreja, ele vai encher sua cabeça de mentiras, você vai perder a fé e vamos ter de tratar você como um traidor também.” (cf. Apelo ao medo ou argumento ad baculum e Ataque pessoal ou argumento ad hominem, acima).