Bem, na época em que se propôs a vacinação, a analogia seria válida... ou para os "alternativos" que acham que as vacinações são perigosas ainda hoje, e se opõem à elas...
ao mesmo tempo, ambas as coisas visam a melhor qualidade de vida de todos...
Sei lá, parece bem válida a analogia, a diferença é que uma coisa apenas não é culturalmente aceita hoje, e outra é...
Parece, mas não é. Vacinas e anticoncepção forçada são coisas bem diferentes, não apenas por causa da aceitação cultural.
Sem dúvida há diferenças biológicas diversas, como até poderia haver em outros procedimentos análogos. Mas acho que a principal diferença (não a única) entre a anticoncepção forçada e a vacinação forçada é sim a aceitação cultural, e não que uma seja inerentemente "má" e a outra não.
A principal diferença que eu vejo é que a vacinação visa a eliminar patógenos que em definitiva irão contaminar uma populaçao inteira. É uma prevenção do sistema defensivo da espécie, se quiser ver dessa forma. Ok, eu não contei as 'aberrações' que acham que vacinação é ruim, ehehhe...
Você pode fazer uma analogia ente a vacinação e o processo de injetar flúor na água potável (fluorização).
Uma esterilização na população seria a eliminação de genes por questões étnicas ou econômicas. Peraí, eu disse étnicas ? Sim, disse étnicas. Já pensou na raça que no Brasil acabaria sendo esterilizada ? A ficha caiu ?
Mas voltemos à questão econômica: a nossa sociedade é mais filha de Atenas do que de Esparta. Por questões culturais, aí sim culturais, nos parece um desvio tentar eliminar genes da população, seja porque são portadores de alguma síndrome que cause defincincia mental, seja porque nasceram no 'berço errado'. Quanto chegarmos à esterilização já teremos caminhados passos para outro caminho que não o atual.
O que sim deveria mudar é o excessivo assistencialismo do estado atual, que acaba por incentivar a procriação em classes de baixa renda, ao invés de ter um verdadeiro planejamento familiar. Que significa gahar dinheiro, para ter um lar, para depois ter um filho. Se eu tive filho agora com 36 anos nas costas, outros deveriam fazer coisa similar. Mas esse tipo de raciocínio é o contrário do utilizado pelo estado (e pela religião, diga-se de passagem, pois mais filhos significam mais almas acorrentadas à mesma crença).
Dbohr: tempo atrás tive uma discussão com outras pessoas neste assunto e por isso já tinha uma opinião formada, mas também festejo os sempre incisivos e pertinentes comentários do Buckaroo

Que eu tenha uma certa opinião não significa que esteja sempre certo nem mesmo que não queria ter um convite à reflexõ, sempre bem-vindo.