Autor Tópico: Olimpíadas 2016  (Lida 45426 vezes)

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Skorpios

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #150 Online: 03 de Março de 2016, 07:09:17 »
Cidade das Olimpíadas 2016, outra face:

<a href="https://www.youtube.com/v/eXMsZkhiYlY" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/eXMsZkhiYlY</a>

É uma nova modalidade olímpica na qual devemos ficar com todas as medalhas.  :hehe:

Offline Geotecton

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #151 Online: 03 de Março de 2016, 08:46:56 »
Alguém soube algo sobre fraude na escolha da cidade sede atual (Rio) noticiada pelo The Guardian?
« Última modificação: 04 de Março de 2016, 08:58:50 por Geotecton »
Foto USGS

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #152 Online: 04 de Março de 2016, 06:13:10 »
Alguém soube algo sobre fraude na escolha da cidade sede atual (Rio) pelo The Guardian?

Adivinha se não tem algum petista no meio

Offline Lorentz

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #153 Online: 04 de Março de 2016, 08:14:48 »
Alguém soube algo sobre fraude na escolha da cidade sede atual (Rio) pelo The Guardian?

Adivinha se não tem algum petista no meio

Ou no fim, que é onde pinga o dinheiro.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Geotecton

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #154 Online: 04 de Março de 2016, 08:58:20 »
Alguém soube algo sobre fraude na escolha da cidade sede atual (Rio) pelo The Guardian?
Adivinha se não tem algum petista no meio
Ou no fim, que é onde pinga o dinheiro.

Trocadilhos, trocadilhos...
Foto USGS

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #155 Online: 04 de Março de 2016, 19:04:01 »
Alguém soube algo sobre fraude na escolha da cidade sede atual (Rio) pelo The Guardian?

Adivinha se não tem algum petista no meio

Ou no fim, que é onde pinga o dinheiro.

É, pinga é a palavra exata.

Offline Pagão

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Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #157 Online: 16 de Abril de 2016, 09:56:22 »
http://desporto.sapo.pt/jogos_olimpicos/brasil_2016/artigo/2016/04/15/brasil-confirma-ameaca-do-estado-islamico

Atenção aí.... :susto:

O Dilmão pode ir lá negociar a paz com os caras, ele não disse que é só questão de diálogo?

Com um pouco de sorte nos mandam a cabeça dele pelo correio em uma caixa de Sedex.

Offline Luiz F.

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #158 Online: 16 de Abril de 2016, 11:42:37 »
Eu particularmente teria medo de ficar no Rio e arredores durante as olimpíadas.

E com essa zona que o país está, só falta mesmo um atentado terrorista de grandes proporções. :umm:
"Você realmente não entende algo se não consegue explicá-lo para sua avó."
Albert Einstein

Offline Diegojaf

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #159 Online: 17 de Abril de 2016, 23:07:28 »
Eu estava em Paris no dia dos ataques do último 13 de novembro e no dia seguinte, estava em um restaura conversando com o garçom e ele disse que a Europa estava muito perigosa. Eu disse a ele sobre os 65mil homicídios anuais que temos e falei que 130 pessoas, por pior que fosse, era uma semana lenta aqui. Ele ficou bem mais tranquilo.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.


Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #161 Online: 18 de Abril de 2016, 05:51:57 »
http://desporto.sapo.pt/jogos_olimpicos/brasil_2016/artigo/2016/04/15/brasil-confirma-ameaca-do-estado-islamico

Atenção aí.... :susto:

O Dilmão pode ir lá negociar a paz com os caras, ele não disse que é só questão de diálogo?



:biglol:

Hahaha, desvantagem no impeachment!

Deram uma sapatada na barata mas ainda não morreu, precisam acabar o serviço.

Offline Gabarito

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #162 Online: 01 de Maio de 2016, 19:24:32 »
Como disse Agamenon, "o Brasil está desmoronando e começou justamente pela ciclovia da Niemeyer. Também pudera, foram batizar o viaduto de Tim Maia e todo mundo sabe que ressaca e Tim Maia sempre foram incompatíveis".

As águas poluídas da baía, que disseram um dia seria restabelecida para critérios civilizados, e que não foi, somam-se a mil e um outros problemas, sem falar na criminalidade crescente.
As crateras aparecem nas vias urbanas e tampas de bueiros explodem como minas em um campo de guerra.

Metrô que não fica pronto, caos na saúde (ainda maior do que o que já estamos acostumados), estado falido sem pagar aposentados, uma confusão só.
Essa cidade vai sediar os Jogos Olímpicos.
Pois é.

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Rio de Janeiro preparado para as Olimpíadas. Será que até lá algo ainda estará de pé?

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2016/04/30/vazamento-abre-cratera-em-ipanema-no-rio-veja-video.htm

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Vazamento abre cratera em Ipanema, no Rio; veja vídeo
Do UOL, em São Paulo
30/04/201618h02 > Atualizada 30/04/201620h43



Uma cratera se abriu na tarde deste sábado (30) no cruzamento entre as ruas Prudente de Morais, Gomes Carneiro e Teresa Aragão, em Ipanema, zona sul do Rio, devido ao rompimento de uma tubulação da rede de esgoto. Próximo à praça General Osório e a um quarteirão da praia, o local é de grande movimento.

"Quase que o ônibus cai dentro", diz Mauricio Carneiro, também conhecido como DJ Saddam, em vídeo da cratera que publicou em sua página no Facebook.

A Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio) informou que uma equipe já está no local para realizar o reparo, que deve ser concluído nesta madrugada, e verificar o que causou o vazamento. Segundo o Centro de Operações do Rio, da prefeitura, a Guarda Municipal orienta o trânsito no local e sugere que motoristas usem a avenida Vieira Souto como alternativa à rua Prudente de Moraes.

Tem vídeo na fonte da matéria.

Comentários:
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Vera Renoldi
Eu realmente tenho pedido a Deus que impeça alguma tragédia durante os jogos olímpicos. A vergonha que cobre o Brasil sob todos os aspectos já não tem mais tamanho. Águas poluídas, criminalidade em alta, obras incompletas, obras vergonhosamente sucateadas... Será que isso não basta para nos transformar em escória do mundo? Que nada aconteça aos inocentes esportistas!!! REZEM MUITO, BRASILEIROS!!!!!!
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Vera Renoldi
Agradeço por vc ter concordado comigo. Já pensou como seremos trucidados pela imprensa internacional se morrer um único atleta estrangeiro em um Rio de Janeiro que se desfaz pela corrupção?
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Vera Renoldi
Repito meu comentario anterior, por preguiça de digitar, mas já estou preparando um mais completo para compartilhar. Não podemos desanimar, brasileiros.
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Celina Chad
Terrível! Não da nem pra comentar! Será que algum dia isto vai mudar? Socorro!
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Ali Milfont Rapp
Isso acontece na Zonal Sul, na Zona Norte entao, Muito triste o que a Corrupcao e Verbas Desviadas fazem, Rio de Janeiro Tao Lindo, era pra estar melhor!
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Nilton Shiobara
alguém esperava algo diferente do Rio para esse evento???
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Offline Gabarito

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #163 Online: 01 de Maio de 2016, 19:33:14 »

Offline Gaúcho

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #164 Online: 15 de Junho de 2016, 13:56:36 »
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Delegações olímpicas vão passar por esta mira
Na Linha Vermelha, principal via de acesso ao aeroporto do Galeão, um traficante aponta um fuzil para motoristas e viaturas da PM. A foto postada nas redes sociais mostra que, a menos de dois meses do início da Olimpíada, o Rio de Janeiro continua refém dos criminosos



Para quem não está familiarizado com o tema, a foto pode parecer, numa primeira olhada, a imagem de um desses joguinhos de guerra que viraram febre mundial nos videogames. O fuzil AR-15, calibre 5.56, está apoiado em uma parede de tijolos. Na mira holográfica, o alvo é um carro da Polícia Militar que trafega pela Linha Vermelha, às margens do Complexo da Maré. O criminoso não atirou porque não quis. O mais assustador, no entanto, é que, a menos de dois meses para o início dos Jogos Olímpicos, a via expressa sitiada por traficantes armados até os dentes é trajeto quase que obrigatório das mais de 200 delegações e 80 chefes de Estado que desembarcarão no Aeroporto Internacional do Galeão para o maior evento esportivo da história do país.

O site de Veja procurou especialistas em segurança que são unânimes em dizer que o território precisa ser ocupado, diante do risco iminente registrado na foto. "Ele não matou os policiais porque não quis", diz Vinícius Cavalcante, diretor da Associação Brasileira de Profissionais de Segurança.

Apesar de não falar oficialmente sobre a questão, a previsão das autoridades é de que o Complexo da Maré - onde três facções criminosas disputam as bocas de fumo espalhadas por 16 favelas - não será ocupado novamente, pelo menos não nos moldes da ocupação que ocorreu entre abril de 2014 e junho de 2015, numa operação das Forças Armadas que custou mais de 600 milhões de reais. Além do custo elevado, o Exército sofreu com os tiroteios constantes que custaram a vida do soldado Michel Mikami e que deixaram outros 27 soldados feridos. Para se ter uma ideia, entre 2004 e 2015, o Exército teve apenas oito de seus homens baleados em dez diferentes missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) pelo planeta, entre elas no conflagrado Haiti.

"É possível que haja ocupação de partes estratégicas ali e no Morro do Chapadão (em Costa Barros, próximo à sede olímpica de Deodoro), mas uma operação de guerra é muito cara", afirma um oficial que atua na segurança dos Jogos.

A crise financeira, de fato, é um problema. Não apenas visando a Olimpíada, mas especialmente no pós-Jogos. O governo do Rio de Janeiro adiou a implantação das famigeradas Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) por tempo indeterminado, a ponto de a própria Secretaria de Segurança estar devolvendo 2,5 milhões de reais emprestados pela Assembleia Legislativa (Alerj) para a construção de uma delegacia na região, o que não tem previsão para acontecer.

Apesar de a PM informar que a imagem não é recente, ela começou a percorrer em grupos de WhatsApp de policiais como novidade. E foi através dela e do Google Street View que os próprios policiais do batalhão da área (localizado a cerca de 500 metros) identificaram a casa utilizada pelo traficante para fazer a foto. Ela fica na Favela Parque União, dominada pelo Comando Vermelho.

A mira holográfica utilizada pelo criminoso é importada e custa cerca de 1.500 reais. O acessório, que só pode ser comprado com autorização do Exército, é utilizado pelas principais forças de combate do mundo. "O enquadramento do alvo é rápido, porque a mira fica alinhada ao cano do fuzil. Marcação é somente no visor. É um item muito bom para combate aproximado", afirma Cavalcante, lembrando que o fuzil da foto é similar ao AR-15 utilizado pelo terrorista que invadiu uma boate e matou 49 pessoas no fim de semana passado, em Orlando, na Flórida.



http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/delegacoes-olimpicas-vao-passar-por-esta-mira

"Só com autorização do exército". Nota-se que a proibição funciona muito bem...pra você que quer importar uma arma de tinta para jogar paintball com seus amigos e não consegue por causa da burocracia do EB.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Geotecton

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #165 Online: 15 de Junho de 2016, 16:40:05 »
Como já escreveu o Gaúcho: Este país é uma piada!

Foto USGS

Offline Gabarito

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #166 Online: 19 de Junho de 2016, 19:21:58 »
Faliu...
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O Rio de Janeiro faliu. E o Brasil tem muito a aprender com essa história.
18 de junho de 2016
Felippe Hermes



O ano é 2010. O Brasil é a bola da vez no mundo. Em meio a uma crise que assola os países mais desenvolvidos do planeta, ocupamos a capa da revista “The Economist”, uma das mais importantes publicações já criadas, com a imagem de um cristo redentor decolando. O Brasil vivia uma festa. O país iria sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas e apenas alguns meses depois descobriria seu maior crescimento econômico em 35 anos. Do outro lado do Atlântico, na Europa, o cenário era o exato oposto. Apenas seis anos após sediar uma olimpíada, a Grécia era o centro de um continente em crise, o símbolo de um modelo que deu errado. Passado o mesmo tempo, já em 2016, prestes a sediar as Olimpíadas, a cena se repete – o Rio de Janeiro acaba de declarar falência. Muito mais do que coincidência, a história é, no fundo, uma grande lição.

Do Caburaí ao Chuí, os governos estaduais estão quebrados (dez deles já parcelam salários). Todos, sem exceção, gastam mais do que o recomendado com pagamento de funcionalismo público. Em três deles, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, já se gasta mais com aposentadorias e pensões do que com educação e saúde. Para onde quer que se olhe, o cenário é quase sempre o mesmo.

Para muitos estados, como o Rio Grande do Sul, por exemplo, que convive há mais de quatro décadas com déficit nas contas públicas, a situação pode ser considerada dentro dos padrões normais, ou ao menos dentro do esperado. Em outros casos, como o do Rio, no entanto, a situação ainda parece difícil de acreditar. Trata-se do mesmo Rio de Janeiro que há 10 anos esperava crescer o dobro da média nacional e atingir até 20% de participação no PIB brasileiro em 2016. O motivo pra euforia? A descoberta da camada pré-sal lá em 2007. O otimismo não rolou à toa. Apenas entre 2014 e 2016 o estado recebeu nada menos do que R$ 235 bilhões em investimentos, boa parte deste valor destinado à indústria do petróleo e à infraestrutura necessária para sediar os jogos olímpicos.

No papel, o Rio estava bombando. Como em uma das famosas apresentações de Eike Batista, seu ilustre morador, tudo parecia ajustado e pronto para explodir. Na prática, porém, as coisas desandaram tão rápido quanto pareciam crescer.

Poucos meses antes de sediar as Olimpíadas para as quais vem se preparando há quase uma década, o Rio declarou “estado de calamidade pública”. A medida emergencial significa que na prática o governo estadual terá acesso mais rápido à liberação de recursos por parte do governo federal (estimados em R$ 3 bilhões), permitindo pagar salários e horas extras, além de continuar investindo nas obras fundamentais para a realização dos jogos olímpicos.

Com um déficit estimado para este ano em R$ 19 bilhões, ou quase metade do total arrecadado em 2015, o governo do estado não chegou até esse patamar sem nenhum motivo. Disfarçado por muito otimismo, algumas partidas marcantes de Copa do Mundo e uma enxurrada de investimentos por parte de estatais como a Petrobras, há alguns fatores que levaram o estado à situação atual. Entender estes motivos significa na prática se adiantar em alguns meses, ou na melhor das hipóteses, poucos anos, aquilo que tem boas chances de ocorrer ao governo federal. Abaixo, oferecemos um manual completo de como não evitar estes problemas.

Gaste mais com aposentados do que com estudantes



Falar que há problemas na previdência brasileira pode parecer chover no molhado. Há anos a reforma no setor vem sendo debatida e discutida. Evitar um déficit que pode alcançar a casa dos trilhões é provavelmente uma das mais urgentes medidas que qualquer governo poderia tomar. Apenas para este ano, por exemplo, o governo federal estima que o déficit dos 28 milhões de beneficiários do INSS deve atingir R$ 146 bilhões, valor próximo daquilo que deve ser alcançado pelos 1,2 milhão de aposentados e pensionistas do serviço público. Dizendo de outra forma, nada menos do que R$ 700 bilhões serão gastos em 2016 para pagar benefícios sociais (mais do que a arrecadação de todos os estados brasileiros).

Escondida em meio a esse debate nacional, a previdência dos estados chega a apresentar dados ainda mais assustadores. Para este ano, o déficit programado deve atingir R$ 51 bilhões. E quase 25% deste valor deve-se a um único estado: o Rio de Janeiro.

Em todo o país, apenas dois estados possuem mais aposentados do que trabalhadores na ativa: o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro. Em outras palavras, para cada médico, policial ou professor que lhe presta um serviço público, você precisa pagar por pelo menos dois.

Como nos demais estados brasileiros, o Rio de Janeiro se especializou em um sistema no qual cada funcionário na ativa paga uma contribuição sobre seu salário, que é destinada a cobrir o salário daqueles que estão aposentados. A diminuição do número de funcionários na ativa em relação aos inativos tem se agravado nos últimos anos – e com ela a necessidade de aportes do Tesouro.

Ao contrário dos demais estados, porém, o Rio criou uma fonte específica e complementar de financiamento da sua previdência estadual: os royalties do petróleo. Em 2014, nada menos do que 55% dos pagamentos de aposentadorias e pensões tinham como origem os royalties aos quais o estado tinha direito. Cerca de 95% de todos dos royalties do estado se destinavam a cobrir gastos com previdência. Com a queda no preço do barril de petróleo, no entanto, a situação tornou-se insustentável. Royalties hoje bancam apenas 28% dos gastos com previdência. Cabe ao governo do estado complementar. Em 2015, isso significou aportar R$ 7 bilhões na “RioPrevidência”.

Entre 2007 e 2015, os gastos com previdência no Estado saltaram de R$ 5,7 bilhões para R$ 17 bilhões. Graças à receita abundante dos royalties, em especial quando o petróleo atingiu US$ 145 por barril, o estado pode reajustar pensões, elevando o gasto médio de R$ 900 para R$ 4 mil no período. Atualmente, cerca de 66 em cada 100 funcionários na ativa possuem a chamada “aposentadoria especial”, podendo se aposentar mais cedo do que as demais categorias (em especial, bombeiros, policiais e professores), o que contribui significativamente para elevar o déficit da previdência. O socorro ao fundo de previdência fez os gastos do governo estadual com aposentados e pensionistas saltar nada menos do que 118% apenas em 2015.

Juntos, os estados brasileiros possuem uma conta a ser paga de R$ 2,4 trilhões na previdência. Ao contrário do Rio, no entanto, a maioria deles não pode contar com a sorte de ter as maiores reservas de petróleo no país. Sozinhos, os gastos com previdência no Rio atingem mais do que aquilo que é gasto em saúde (R$ 3,96 bilhões), educação (R$ 4,04 bilhões) e segurança (R$ 5,18 bilhões), somados.

Uma repartição pública a céu aberto


Pouco mais de um século e meio como capital do país fizeram do Rio um estado onde se respira funcionalismo público. Nem mesmo cinco décadas de mudança da capital para Brasília foram capazes de apagar isso. Ainda hoje, inúmeras empresas estatais, bancos públicos e repartições das mais variadas possuem o Rio de Janeiro como sede.

Não por acaso, há mais funcionários públicos federais no Rio de Janeiro hoje do que em Brasília. São cerca de 258,5 mil contra 178,5 mil funcionários públicos na atual capital federal. Em termos de salários, o Rio é destino de R$ 22 bilhões anuais contra R$ 10,3 bilhões de Brasília (incluindo aí apenas funcionários do Executivo).

Cerca de 1 em cada 5 trabalhadores no estado tem como empregador o setor público. São 18,64%, acima da média nacional. Como a Lei de Responsabilidade Fiscal não obriga os estados a contabilizarem gastos com previdência como sendo “gastos com pessoal”, a situação do estado passou anos como sendo aparentemente uma das mais positivas do país.

Toda maquiagem contábil, porém, não impediu que o Rio fosse o segundo estado do país a começar a parcelar salários. Mesmo sendo em teoria o estado que menos gasta com pessoal em todo o país (apesar de ser um dos que mais emprega), o Rio está oficialmente “incapacitado de pagar o funcionalismo”, nas palavras do próprio governador em exercício.

Justamente por não ferir o que manda a LRF (gastar no máximo 44% da sua receita corrente líquido com funcionalismo), o Rio se viu livre para elevar salários e amenizar o fato de que seus policiais e professores se encontram entre os cinco mais mal pagos do país.

Quando somado ao aporte que o Estado teve de fazer para pagar aposentados e pensionistas, a folha de pessoal teve custos de R$ 24,5 bilhões em 2015, sendo R$ 10,84 bilhões com inativos. A receita do estado, porém, teve queda, atingindo R$ 39 bilhões. Quando incluídos aí todo os gastos com funcionalismo inativo, o Rio de Janeiro gastou R$ 31,6 bilhões no ano, um crescimento de 146% desde 2009. No mesmo período a inflação medida pelo IPCA atingiu 57,29%.

Distribua benefícios e socialize o prejuízo



R$ 138 bilhões.

O valor, quase oito vezes o déficit que o governo estadual deve atingir em 2016, representa aquilo que, de boa vontade, os governadores do estado abriram mão de arrecadar em ICMS entre 2008 e 2013.

Para atrair empresas da área de petróleo, infraestrutura, siderurgia e bebidas, o governo do estado não se fez de rogado – botou a mão no bolso dos pagadores de impostos e distribuiu as benesses. Ao mesmo tempo em que elevava a distribuição de isenções fiscais, o governo fluminense aumentava também a sua já preocupante dívida. Ao final de 2013, o Rio devia R$ 107 bilhões, quase o dobro dos R$ 59,2 bilhões devidos em 2008.

A escolha de quem receberia os benefícios ficou a cargo do governo estadual. No meio de tantos bilhões, casos como a indústria de jóias, que recebeu isenções de R$ 230 milhões, chamam a atenção. Enquanto obrigava toda a população a bancar uma máquina pública cada vez mais pesada, o governo concedeu benefícios a uma indústria cuja base de consumidores é essencialmente a camada mais rica dos moradores do estado.

Dentro deste valor, há ainda casos mais curiosos, como o da montadora Nissan, que recebeu R$ 353 milhões em isenções, além de ter tido sua fábrica no estado financiada pelo próprio governo, ao custo de R$ 5,9 bilhões, com carência e prazo para pagamento em 30 anos.

Outros R$ 760 milhões via crédito de ICMS foram destinados a financiar a expansão da AMBEV em Piraí, onde o governador Pezão foi prefeito por dois mandatos. Menos de um ano antes, a empresa havia recebido R$ 850 milhões para financiar uma de suas sedes. A montadora alemã Volkswagen foi outra das beneficiadas, recebendo R$ 2,1 bilhões para se instalar no estado.

Para o governo, a prática estimula a geração de empregos. No acordo com a AMBEV, por exemplo, foram criadas 73 vagas de empregos. Somando os dois contratos, a empresa recebeu nada menos do que R$ 7 milhões por emprego gerado.

Use o cartão de crédito para bancar as festas



Reformado para os jogos Panamericanos, para a Copa do Mundo e agora para as Olimpíadas, o Maracanã já demandou sozinho R$ 1,2 bilhão do governo do Estado – quase 5 vezes o valor investido em sua construção na década de 40 (com valores são atualizados). Hoje sob concessão da empreiteira Odebrecht, o estádio é apenas um dos exemplos da festa que foi o Rio de Janeiro na última década. A expectativa das Olimpíadas, a final da Copa do Mundo e tudo que gira ao redor disso, fizeram o estado entrar em uma onda de gastos que pode chegar a R$ 39,1 bilhões, ou mais de duas vezes o valor estimado para o déficit deste ano.

O decreto emitido pelo governo em exercício é parte do plano para impedir que os serviços públicos no estado entrem em colapso antes das olimpíadas. Quase R$ 3 bilhões devem ser liberados. Após a festa, a conta ainda deve perdurar por algumas décadas.

Apenas a dívida do governo do estado com a União atinge mais de R$ 75 bilhões, ao custo de R$ 6,5 bilhões por ano – ou mais do que o valor gasto com a segurança no estado. O serviço total da dívida, no entanto, atinge R$ 10 bilhões este ano, mais do que os valores de saúde e educação somados. Como resultado, o estado investe menos da metade do que a lei determina em saúde.

O resultado da farra de gastos, porém, não deve se limitar ao próprio estado. Impedido por lei de dar calote na União (caso deixe de repassar a parcela da dívida, a União pode legalmente bloquear as contas do estado e impedir repasses), o governo do estado já aplicou calotes em outras dívidas. A Agência Francesa de Fomento, por exemplo, deixou de receber o que lhe era devido pelo estado ainda em junho deste ano. Para compensar, a União teve de arcar com o prejuízo. Cerca de 90% da divida já foi paga. Pagamentos futuros ainda são incertos.

O calote é parte de uma tragédia anunciada. Em maio deste ano, a agência Fitch já havia rebaixado a nota de crédito do Rio para BB-, ou “mau pagador”.

De fato, a situação do Rio de Janeiro não é alheia aos demais estados e muito menos ao próprio país. Ao longo das últimas duas décadas, governos estaduais têm se convertido a cada dia que passa em pagadores de salários, relegando investimentos. Enquanto o investimento público total no país saltou de 0,8% para 1,1% nos últimos 20 anos, os gastos públicos totais saíram de 25% para 36% – e ao que tudo indica, não deve haver nenhuma reversão deste cenário em um futuro próximo.

Para qualquer turista, o samba, o futebol, as praias, a caipirinha, o Corcovado e o Cristo Redentor são a cara do Brasil. Um olhar mais atento, porém, identificaria que a verdadeira coincidência entre o Brasil e o Rio nesse momento são os seus problemas econômicos. Evitá-los é o grande desafio das próximas décadas a qualquer liderança política que se preze.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #167 Online: 19 de Junho de 2016, 22:16:23 »
Não  tem a ver com o assunto do tópico, mas coloco aqui como comparação entre nosso ilustre governo e o que se faz em um país civilizado onde a população  não vota por sanduba de mortadela:

http://www.bbc.com/portuguese/internacional-36527130

Uma cidade sueca está  sobre uma mina de ferro por isso corre o risco de afundar, então  o governo vai mudar a cidade de lugar, transportar construções  antigas e casas inteiras sem gastar um centavo público.

Para fechar com chave de ouro usarão  o calor gerado pela mina para aquecer  a cidade nova e cortar gastos, inclusive tudo será  projetado para facilitar a manutenção.

Aqui vc gasta 30 vezes o valor original da obra que será  entregue pela metade, se for entregue.

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O que eles começaram do zero - e já terminaram - foi todo o sistema de tubulação e de canos.
"Isso é algo que, agora, pode ser projetado de forma muito melhor", explica Cars. "No passado havia uma tubulação para cada coisa, agora temos um túnel muito grande por onde passam os sistema de água potável, eletricidade, água quente, resíduos, fibra ótica."
Além disso, como parte da estratégia ambiental, eles planejam aproveitar o desperdício energético da mina.   

Civilização é  outra coisa, já  projetaram e construíram toda a rede de canos antes mesmo de começar a mudança.
« Última modificação: 19 de Junho de 2016, 22:22:25 por Arcanjo Lúcifer »

Offline Lorentz

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #168 Online: 19 de Junho de 2016, 22:36:39 »
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #169 Online: 19 de Junho de 2016, 22:44:43 »
Suécia é aquele país onde um ator mediano de filmes de ação é engenheiro químico.

Pois é.

E nosso "orgulho nacional" é  botar um quadrúpede na presidência, afinal em nenhum outro  lugar do mundo um cara que assina com um X chegou a um cargo tão alto.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #170 Online: 19 de Junho de 2016, 22:50:07 »
OT.: https://en.wikipedia.org/wiki/Kindergarten_Cop_2

"Tira no jardim da infância 2".


... será que depois vem "Junior 2", também?


Aliás, um "olha quem está falando a uma hora dessas" (ou algo assim) também seria interessante de se ver, com o novo nível de efeitos especiais que se consegue hoje. "Você trouxe seu irmão gêmeo agarrado pela perna no parto?", "ele é muito grande para eu trazer ele no colo" -- frase bad-ass do beBruce Willis .


Por falar nisso poderiam fazer um de "irmãos gêmeos 2", com Lundgren e... talvez Joe Pesci, sei lá.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #171 Online: 19 de Junho de 2016, 22:52:51 »
Espero que não.

De uns tempos para cá  lançam  um filme pior que  o  outro.

Offline Lorentz

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #172 Online: 20 de Junho de 2016, 09:08:20 »
OT.: https://en.wikipedia.org/wiki/Kindergarten_Cop_2

"Tira no jardim da infância 2".


... será que depois vem "Junior 2", também?


Aliás, um "olha quem está falando a uma hora dessas" (ou algo assim) também seria interessante de se ver, com o novo nível de efeitos especiais que se consegue hoje. "Você trouxe seu irmão gêmeo agarrado pela perna no parto?", "ele é muito grande para eu trazer ele no colo" -- frase bad-ass do beBruce Willis .


Por falar nisso poderiam fazer um de "irmãos gêmeos 2", com Lundgren e... talvez Joe Pesci, sei lá.

Ouvi dizer que queriam fazer a continuação daquele filme do Arnold que ele é irmão gêmeo do Danny DeVito. Eles encrontrariam o terceiro irmão gêmeo, Eddie Murphy.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #173 Online: 20 de Junho de 2016, 09:36:31 »
Boa! Eles vão os três unidos buscar pela identidade do pai do Eddie Murphy, mas depois descobrem que era ainda o mesmo pai, que era mestiço, e Eddie Murphy é resultado da fecundação de um segundo óvulo por um espermatozóide diferente, com genes africanos.

Eles se conhecem porque o DNA de Eddie foi parar na cena de um crime, do qual ele é suspeito, mas não cometeu. Na verdade, tentou impedir, mas não consegue fazer com que acreditem nele. Ele precisa então conquistar a confiança daqueles que nem desconfiava serem seus irmãos, para que então, juntos, acabem revelando os verdadeiros responsáveis.



Mas nenhum filme é tão aguardado quanto "esqueceram de mim 6: um dia para nunca esquecer", o aguardado retorno de MacCaulay Culkin às telas de cinema, bem como dos ladrões originais, que planejam uma vingança pela qual aguardam há muito tempo. Nessa vingança trazem dois novos membros, os filhos dos bandidos, em que seus pais cultivaram o mesmo ódio por Kevin McCalister. Mas ele também não está sozinho, sua filha vai mostrar quem é que chora com uma menininha no final. "É como o duro de matar 5 da série duro de matar, mas só que com esqueceram de mim" - Roger Ebert.


Esse com certeza vai eclipsar qualquer sucesso de "uma hóspede do barulho" (Harriet and the Hendersons), onde Harry, o pé grande, arruma uma namorada. Vão até atrasar o lançamento para evitar perder feio.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #174 Online: 20 de Junho de 2016, 10:49:37 »
Tartarugas ninjas, só pela propaganda dá para ver a merda que é.

E na propaganda costumam colocar as melhores partes dos filmes.

 

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