Autor Tópico: Olimpíadas 2016  (Lida 45423 vezes)

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Offline Diegojaf

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Re: Rio 2016, qual a relevância para o Brasil?
« Resposta #75 Online: 08 de Outubro de 2009, 13:33:35 »
Hnnn... deixa eu ver se entendi. Discordar da política atual = odiar o Brasil.

Bom, bom...
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Mr. Mustard

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Re: Rio 2016, qual a relevância para o Brasil?
« Resposta #76 Online: 08 de Outubro de 2009, 14:03:03 »
Hnnn... deixa eu ver se entendi. Discordar da política atual = odiar o Brasil.

Bom, bom...

[2]

Offline O Comissário do Povo

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Re: Rio 2016, qual a relevância para o Brasil?
« Resposta #77 Online: 08 de Outubro de 2009, 16:05:00 »
Hnnn... deixa eu ver se entendi. Discordar da política atual = odiar o Brasil.

Bom, bom...
Se eu pensasse dessa forma teria material para postar toda hora.
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Offline O Comissário do Povo

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Re: Rio 2016, qual a relevância para o Brasil?
« Resposta #78 Online: 08 de Outubro de 2009, 16:23:59 »
A escala da perfeição da feitura desse trabalho é indicativa da condição ascendente da política e economia desse país.
Vem cá... Você não é marxista? Não fica defendendo as idéias de marx e em como o capital é danoso para o país?
Vem cá... Já ouviu falar que o objetivo do trabalho é adquirir o capital?
Não estou conclamando ninguém à revolução não gente. (risos)

Agora você que a economia do país está boa, justo na época em que o bancos mais ganham dinheiro, a bovespa cresceu, as exportações cresceram e o
Brasil se rendeu ao FMI, pagando tudo o que devia?
Que cenário bom, assim se mantém a tendência de aumento dos ganhos dos trabalhadores.
Devia e pagou, muito boa atitude.
O país melhora ou piora com e economia de mercado??? Me explique.
Corrigindo: Economia de mercado corretamente estimulada pelo estado.
Depende de quem defende os interesses dos trabalhadores.

E depois, se o país está crescendo tanto, porque usar o dinheiro dos impostos para fazer olimpíada?
É...., deve ser que o país está crescendo tanto.
Ou, porque só com olimpíada é que vão fazer obras de transporte coletivo e urbanismo pro Rio?
Sua questão tras traz uma afirmação duvidosa.

Edit: "tras"?
« Última modificação: 08 de Outubro de 2009, 19:58:49 por O Comissário do Povo »
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Offline O Comissário do Povo

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Re: Rio 2016, qual a relevância para o Brasil?
« Resposta #79 Online: 08 de Outubro de 2009, 19:57:47 »
08/10 - 13:50
Prefeitura do Rio lança portal para divulgar despesas com Jogos

"O objetivo é prestar contas de tudo o que é responsabilidade do município dentro do projeto olímpico", diz comunicado

Redação iG Esporte e EFE

RIO DE JANEIRO - A Prefeitura do Rio de Janeiro lançou hoje o portal "Transparência Olímpica", pelo qual deverá divulgar na internet todas as despesas e o cronograma de obras para a realização dos Jogos Olímpicos de 2016.

"O objetivo é prestar contas de tudo o que é responsabilidade do município dentro do projeto olímpico", diz um comunicado da Prefeitura divulgado nesta quinta-feira.

De acordo com a Prefeitura, quem acessar o portal poderá fiscalizar os investimentos e se informar sobre o passo a passo de cada obra, desde seu orçamento e localização, até o início dos trabalhos, os custos e o estado de execução.


Imagem do portal criado pela Prefeitura

O portal também publicará o relatório da candidatura que o Rio de Janeiro apresentou ao Comitê Olímpico Internacional (COI), com todos os compromissos assumidos. As informações serão atualizadas em tempo real até a conclusão de todos os projetos, segundo o comunicado.

A página na internet também oferecerá um espaço para que os internautas enviem sugestões, reivindicações e denúncias de irregularidades sem que seja necessário se identificar. O endereço é www.transparenciaolimpica.com.br.

Com a possibilidade de fiscalização por parte dos cidadãos, a administração municipal diz querer evitar os problemas que surgiram com as obras para os Jogos Pan-americanos de 2007, cujas contas ainda estão sendo analisadas na Justiça.

Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) constatou indícios de irregularidades em alguns dos contratos assinados pela Prefeitura e pelo Ministério dos Esportes. Apesar do orçamento inicial para o Pan ter sido de cerca de R$ 400 milhões de reais, o evento custou quase nove vezes mais.
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Re: Rio 2016, qual a relevância para o Brasil?
« Resposta #80 Online: 08 de Outubro de 2009, 23:27:17 »
Uma pauta para mudar o Rio
Postado por Luiz Weis em 5/10/2009 às 5:57:49 PM

Seria fazer muito pouco de nossa imprensa imaginar que a ideia já não tenha ocorrido ao menos a um jornalista e não tenha corrido ao menos por uma redação, mesmo no clima de carnaval da vitória desses últimos dias.

A ideia é sobre a parte que cabe à mídia para tornar possível o que interessa acima de tudo na realização das Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro: a oportunidade sem precedentes até onde a memória alcança de mudar a cidade para mudar a qualidade de vida da população carioca.

Uma coisa é preparar a cidade para os Jogos em sentido estrito. Outra coisa, porque não quer dizer necessariamente o mesmo, apesar dos muitos pontos em comum, é fazer da cidade, aproveitando o embalo e os bilhões que vão rolar no processo, um lugar decente para todos quantos precisem disso, a começar dos pobres.

É razoável supor que o modo como a mídia participar da repaginação do Rio para atender aos compromissos assumidos pelo Brasil em Copenhague pode fazer diferença no campo social.

Pode fazer também diferença para a história do jornalismo brasileiro.

Claro que a incumbência primeira é do Globo – o único jornalão que sobreviveu no Rio. Ah, a falta que fazem o Jornal do Brasil de outros tempos, o Correio da Manhã… Mas isso não quer dizer que a Folha e o Estado de S.Paulo estejam confinados a serem figurantes nessa história.

Na TV e no rádio, o mesmo vale para as outras redes, além da Globo.

Mas, afinal, do que se está falando?

Está se falando de a imprensa se apetrechar para uma operação de longo prazo, absolutamente incomum portanto, que deveria ir além da melhor cobertura concebível do que o poder público decidir fazer e fizer para tornar o Rio uma cidade olímpica.

A operação começaria por revisitar sistematicamente as grandes mazelas cariocas. Imagine-se uma força-tarefa de jornalistas criada para planejar, coordenar e publicar a partir de 2010 a mais ambiciosa sequência de reportagens sobre o “estado da arte” dos conhecidos desastres cariocas – da crise dos serviços de infra-estrutura urbana à degradação ambiental e, naturalmente, à criminalidade.

Imagine-se o jornal, ao mesmo tempo, extraíndo o sumo do sumo dos melhores especialistas em cada um desses problemaços e recorrendo, por meio de tudo que a internet tem a oferecer, a todos quantos acreditem que tenham algo a dizer a respeito, não só para dissecar as questões, mas para apontar em cada caso as possíveis portas de saída – capazes de ser abertas no preparo do Rio para 2016 com as chaves douradas dos R$ 28,8 bilhões que o poder público promete gastar nessa empreitada.

Imagine-se ainda um trabalho também sistemático de confronto entre os projetos dos governos e os que a imprensa, pelo que tiver apurado, considerar que aqueles não contemplam (ou contemplam pela rama), sempre de uma mesma perspectiva: a dos ganhos sociais que devem proporcionar.

Por que um jornal, calçado nas melhores análises disponíveis e com a participação dos seus leitores, não deveria pressionar por mudanças nas decisões oficiais, se essas forem consideradas erradas ou insuficientes?

Imagine-se por fim (ou não necessariamente por fim) o jornalismo tomar para si, por intermédio de quem entende dessas coisas, a auditoria dos investimentos decididos – com base nas informações cuja divulgação a própria imprensa tiver conseguido assegurar, batendo nessa tecla desde a primeira hora: agora.

Gritar “pega, ladrão”, a mídia brasileira até que faz, valendo-se dos flagras do Ministério Público ou dos Tribunais de Contas. Mas, nesse cenário, o alarme, quando for o caso de acioná-lo, viria depois do alerta sobre as oportunidades que os governos estariam deixando de aproveitar (por uma pá de razões que também deveriam ser expostas) para transformar as condições de vida da maioria.

É um trabalho para durar, metaforicamente, até a chegada da tocha olímpica. Por aí já se vê a dificuldade: jornalistas não são de fazer planos – e cumpri-los – para um período desse tamanho. No Brasil, o futuro para o qual a imprensa se prepara é o das eleições do ano que vem. Depois dos resultados, ela vai planejar a cobertura dos primeiros meses do novo governo. Tais são os horizontes naturais da mídia.

Dá para estendê-los, ou assim o blogueiro quer acreditar, correndo o risco de passar por ingênuo, pensando numa analogia. Na área pública, existem políticas de governo e políticas de Estado – estas, feitas para sobreviver ao entra-e-sai dos governantes de turno. Seria absurdo um órgão de imprensa criar uma “política de Estado” – definições, metas, ações continuadas no universo da informação – para lidar com o formidável potencial de um evento como os Jogos do Rio?

Fica a provocação.

Citar
Seria fazer muito pouco de nossa imprensa imaginar que a ideia já não tenha ocorrido ao menos a um jornalista ...

A ideia é sobre a parte que cabe à mídia para tornar possível o que interessa acima de tudo na realização das Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro: a oportunidade sem precedentes até onde a memória alcança de mudar a cidade para mudar a qualidade de vida da população carioca.
...

Ele leu minha réplica nesse tópico sugerindo a área específica para assuntos relacionados ao jogos.
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Re: Rio 2016, qual a relevância para o Brasil?
« Resposta #81 Online: 09 de Outubro de 2009, 09:08:37 »
Ser contra o governo é ser contra o país?  :susto: :susto: :susto:
« Última modificação: 09 de Outubro de 2009, 09:12:38 por Zeichner »

Offline Nina

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Re: Rio 2016, qual a relevância para o Brasil?
« Resposta #82 Online: 09 de Outubro de 2009, 10:54:31 »
Ser contra o governo é ser contra o país?  :susto: :susto: :susto:

[2]
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline Zeichner

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Re: Rio 2016, qual a relevância para o Brasil?
« Resposta #83 Online: 09 de Outubro de 2009, 21:12:45 »
Pois é, os governos totalitários sempre fazem este joguinho de cena, falando que a crítica ao governo é crítica à pátria. Normalmente nos países que implantaram o socialismo, a crítica a qualquer ato do governo era punido com prisão ou fuzilamento por traição.
Como disse o pensador inglês Samuel Johnson: "O patriotismo é o último refúgio de um canalha"

É nosso dever sermos críticos e céticos ás promessas governamentais, primeiro pelo histórico nada abonador pro lado deles, segundo, se for do contra é traição, Sarney, Collor e FHC teriam prendido e colocado Lula no paredão à muiiiito tempo.

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Re: Rio 2016, qual a relevância para o Brasil?
« Resposta #84 Online: 10 de Outubro de 2009, 10:53:26 »
Pois é, os governos totalitários sempre fazem este joguinho de cena, falando que a crítica ao governo é crítica à pátria. (...)

Uai, não só os governos totalitários, o PSDB jogava a culpa na oposição quando não conseguia fazer as coisas que queria, é uma lamentação comum entre partidos em lados opostos da 'arena política'...
--
Si hemos de salvar o no,
de esto naides nos responde;
derecho ande el sol se esconde
tierra adentro hay que tirar;
algun día hemos de llegar...
despues sabremos a dónde.

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #85 Online: 30 de Novembro de 2011, 13:09:42 »
Rio deve evitar riscos financeiros com Olimpíada, diz ex-prefeito do Barcelona

No planejamento de um evento do porte de uma Olimpíada, assumir riscos financeiros para tirar o projeto do papel pode parecer justificável, mas na opinião diretor-executivo da agência da ONU Habitat, Joan Clos, essa é uma impressão falsa e uma estratégia perigosa.

'Nem o Rio ou qualquer outra cidade precisa entrar em aventuras injustificadas para sediar os Jogos Olímpicos ou qualquer outro evento esportivo desse porte', afirma Clos, que foi prefeito de Barcelona entre 1997 e 2006.

'Na verdade, organizar uma Olimpíada não passa de um grande processo de gestão, semelhante ao que grandes empresas e grandes cidades enfrentam cotidianamente, com todos os desafios envolvidos.'

Embarcar em grandes empréstimos pode prejudicar todo o país e não apenas a cidade-sede, como ocorreu com a Grécia, que sediou os Jogos Olímpicos em 2004.

Além disso, na opinião de Clos, os jogos são justamente o momento para se aproveitar os recursos disponíveis, tanto pela participação do Estado como a de empresas privadas, para se emplacar projetos e ideias que nunca têm recursos suficientes para sair do papel.

'É um grande empurrão para essas melhorias. O impacto de uma olimpíada pode transformar uma cidade para sempre.'

Evitando elefantes brancos

O espanhol afirma que é preciso ter em mente a ideia de que passado o mês dos jogos (incluindo os paraolímpicos), todos voltam para suas casas, e por isso é crucial direcionar esse investimento da melhor maneira possível.

Uma das armadilhas a serem evitadas é justamente a construção de arenas para esportes de pouca tradição no país. 'A modalidade vai continuar sendo impopular e o estádio se tornará um grande elefante branco', afirma. Para ele, o melhor é investir em instalações provisórias, que possam ser usadas para outras finalidades após os jogos. Londres vem investindo em estádios desse tipo, que já inclusive despertaram o interesse do prefeito do Rio, Eduardo Paes. Um dos grandes trunfos de Barcelona ao sediar a Olimpíada de 1992 foi, segundo o espanhol, usar os jogos como uma maneira de lidar com a crise que afetava o país nos anos 80. E entre os principais objetivos estava o de impulsionar o turismo na cidade.

'E nos saímos muito bem', afirma. 'Por isso, visto que o Rio já é uma das cidades turísticas mais conhecidas do mundo, tem tudo para seguir o mesmo caminho.' Para Clos, a cidade carioca tem um grande potencial para, com a Olimpíada, transformar seus espaços em locais que podem ser bem utilizados no futuro, gerar emprego e melhorar a condição de vida da população. 'Será uma oportunidade imperdível - e também uma grande responsabilidade - para o Brasil mostrar sua nova imagem, a de país emergente.'

http://noticias.br.msn.com/mundo/rio-deve-evitar-riscos-financeiros-com-olimp%c3%adada-diz-ex-prefeito-do-barcelona

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #86 Online: 16 de Março de 2012, 16:48:23 »
Brasil: favelas obstruem projetos grandiosos para as Olimpíadas

Como parte dos preparativos para os Jogos Olímpicos de 2016, que serão sediados aqui, autoridades celebraram planos para um "Parque Olímpico" futurista, composto de um parque à beira-mar e uma vila olímpica, vendendo-o como "uma nova parte da cidade".

Só havia um problema: as 4.000 pessoas que já viviam naquela parte da cidade, em uma comunidade que se encontra naquele local há décadas e que a prefeitura quer demolir. Recusando-se a deixar as suas moradias sem resistência e levando a sua luta para os tribunais e para as ruas, esses moradores têm sido um espinho na carne do governo há meses.

"As autoridades acham que progresso significa demolir a nossa comunidade apenas para sediar as Olimpíadas durante algumas semanas", disse Cenira dos Santos, de 44 anos, que é dona de uma casa na comunidade, conhecida como Vila Autódromo. "Mas eles não contavam com a nossa resistência."

Para muitos habitantes da cidade, sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas em solo brasileiro é a expressão máxima da ascensão do país no cenário mundial, símbolos perfeitos das recentes proezas econômicas e da posição internacional do país.

Mas algumas das forças que possibilitaram a ascensão democrática do Brasil como potência regional - a expansão vigorosa de sua classe média, a independência de sua imprensa e as expectativas crescentes de seu povo - vêm importunando os preparativos para os dois eventos.

Nas obras dos estádios, operários, ansiosos para participar do surto de riqueza ao seu redor e fortalecidos pela histórica baixa na taxa de desemprego do país, estão pressionando agressivamente o governo por aumentos salariais.

Sindicatos já organizaram greves em pelo menos oito cidades onde os estádios para a Copa estão sendo construídos ou reformados, incluindo uma paralisação de 500 trabalhadores na cidade de Fortaleza, em fevereiro, e um movimento nacional, no qual 25.000 trabalhadores de obras para a Copa do Mundo ameaçam entrar em greve. Os atrasos nas construções estão alimentando problemas com a FIFA, a entidade que governa o futebol internacionalmente. O secretário geral da entidade, Jerome Valcke, disse recentemente que os organizadores brasileiros estavam atrasados, concluindo que eles "precisam acelerar o ritmo, e precisam dar um pontapé no próprio traseiro". O ex-ministro brasileiro do Esporte rebateu o comentário, afirmando que ele havia sido "ofensivo".

Enquanto isso, os moradores de algumas das favelas que correm risco de despejo estão se organizando e lutando por seus direitos, ao contrário do que ocorreu durante os preparativos para as Olimpíadas do 2008 em Pequim, onde as autoridades removeram com facilidade centenas de milhares de famílias da cidade para os jogos.

Os habitantes das favelas estão usando câmeras portáteis e redes sociais para divulgar as suas causas. Além disso, às vezes são ajudados pela imprensa vibrante e combativa do país, que, segundo alguns, é motivo de inveja para outros países da América Latina.

A imprensa e blogs criados recentemente não apenas prestaram atenção aos despejos, mas também têm atormentado as autoridades com a sua própria perseguição às alegações de corrupção que permeiam os planos para as Olimpíadas e a Copa.

"Esses eventos deveriam ser uma celebração das conquistas do Brasil, mas está acontecendo exatamente o contrário", disse Christopher Gaffney, professor da Universidade Federal Fluminense. "Estamos vendo um padrão traiçoeiro de ataques aos direitos dos pobres e de superfaturamentos que são um pesadelo."

A cultura política do Brasil tem contribuído para os atrasos, com casos de corrupção que envolvem autoridades de altos escalões do esporte.

Mas os despejos nas favelas causaram uma comoção maior nas ruas. Uma rede de ativistas de 12 cidades calcula que até 170.000 pessoas poderão ser despejadas antes da Copa do Mundo e das Olimpíadas. No Rio, os despejos estão ocorrendo em favelas por toda a cidade, inclusive na Favela do Metrô, perto do estádio do Maracanã, onde os habitantes que se recusaram a sair vivem em meio aos destroços das casas destruídas por tratores.

Os despejos estão acordando fantasmas do passado em uma cidade com uma longa história de destruição de favelas inteiras, como ocorreu nos anos 1960 e 1970, durante a ditadura militar no país. Milhares de famílias foram deslocadas de favelas nas áreas valorizadas à beira mar para a distante Cidade de Deus, que inspirou o filme de 2002.

À medida que o Rio se recupera de um longo período de declínio, alguns dos novos projetos são muito bem-vindos, como um elevador para uma favela em Ipanema, ou os novos teleféricos para o Complexo do Alemão. As autoridades também insistem que os despejos, quando considerados necessários, estão sendo efetuados de acordo com a lei, e que as famílias estão recebendo indenizações e casas novas.

"Ninguém é reassentado sem um bom motivo", disse Jorge Bittar, secretário municipal de habitação do Rio de Janeiro.

Mas alguns moradores de favelas acusam as autoridades de contribuir com as já consideráveis desigualdades. O boom econômico do Brasil tem levado a despejos por todo o país, às vezes em situações não relacionadas aos jogos. Em cidade após cidade, moradores de favelas muitas vezes só descobrem que suas casas serão demolidas quando são elas literalmente marcadas para remoção.

Em Manaus, a maior cidade da Amazônia, moradores encontraram as iniciais BRT, referentes a um novo sistema de transportes, pintadas a spray em suas portas, indicando que suas casas seriam demolidas. Em São José dos Campos, uma cidade industrial, uma ação violenta de despejo de mais de 6.000 pessoas em janeiro capturou a atenção do país, quando forças de segurança invadiram uma comunidade e entraram em confronto com moradores armados com pedaços de pau.

No Rio, muitos dos moradores que correm risco de despejo vivem na Zona Oeste, onde a maioria das instalações das Olimpíadas estarão localizadas e onde as favelas persistem em meio a um território que mais parece o sul da Flórida, com condomínios decorados com palmeiras e shopping centers.

"As leis brasileiras estão se adaptando aos jogos, e não os jogos às leis", disse Alex Magalhães, professor de direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Organizações formadas por moradores de favelas também estão usando as leis e as redes sociais, em um país com o segundo maior número de usuários do Twitter, depois dos Estados Unidos.

Uma das batalhas mais agressivas envolve a Vila Autódromo, a comunidade que o governo quer destruir para abrir caminho para o Parque Olímpico.

"A Vila Autódromo não conta com nenhuma infraestrutura", disse Bittar, o secretário de habitação. "As ruas são feitas de terra. A rede de esgotos desemboca diretamente na lagoa; é uma área absolutamente precária."

Muitos dos moradores de Vila Autódromo discordam. Alguns têm casas espaçosas que construíram com as próprias mãos. Goiabeiras lançam sombras sobre os quintais. Algumas garagens abrigam carros, um sinal de ascensão em direção à crescente classe média brasileira.

Os moradores levaram a sua batalha para a internet, denunciando o governo municipal do Rio por pagar a duas empreiteiras mais de US$ 11 milhões pela terra para o reassentamento dos moradores de Vila Autódromo; as duas empresas haviam doado dinheiro para a campanha de Eduardo Paes, o prefeito da cidade. Paes negou qualquer irregularidade, mas rapidamente cancelou a compra dos terrenos.

Mesmo assim, as autoridades afirmam que pretendem remover a comunidade para abrir espaço para estradas ao redor do Parque Olímpico, fazendo com que os moradores sejam obrigados a improvisar novas estratégias de resistência contra o despejo. "Somos vítimas de um evento que não desejamos", disse Inalva Mendes Brito, que trabalha como professora em Vila Autódromo. "Mas, se o Brasil aprender a respeitar a nossa escolha de permanecer em nossas casas, talvez as Olimpíadas sejam algo para realmente celebrarmos."

http://nytsyn.br.msn.com/colunistas/brasil-favelas-obstruem-projetos-grandiosos-para-as-olimp%c3%adadas-1

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #87 Online: 03 de Outubro de 2012, 14:59:10 »
Rio sofre com 'violência, suborno, favelas e Maracanã decrépito', diz jornal britânico

Uma reportagem do jornal britânico The Times publicada nesta quarta-feira afirma que o Brasil - e o Rio de Janeiro, em especial - terá que enfrentar problemas sérios para conseguir sediar com sucesso a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

'O futebol é o jogo bonito, e o Brasil é o seu lar natural. Essa é a mitologia. A verdade é mais feia e envolve narcotráfico, violência armada, corrupção e 40 mil torcedores querendo o sangue de Ronaldinho', diz a reportagem assinada pelo jornalista Rick Broadbent, no Rio de Janeiro.

A reportagem intitulada 'Violência, subornos, favelas e Maracanã decrépito formam um conjunto de problemas' faz comparações entre a organização dos Jogos Olímpicos em Londres 2012 e Rio de Janeiro 2016.

O jornal traz uma citação da secretária estadual de Esportes do Rio de Janeiro, Márcia Lins, de que 'em Londres tudo foi perfeito', mas que no Brasil 'nós temos muitos problemas'.

Roubo de dados e violência de torcidas
O repórter diz que a notícia de que funcionários que trabalham nas organizações dos Jogos do Rio foram demitidos no mês passado por copiar informações não-autorizadas de Londres 2012 'não ajuda a tentativa do Rio de Janeiro de levar adiante o bastão [dos Jogos de Londres]'.

O Times diz que no Brasil 'existe hoje um consenso sobre a necessidade de transparência e honestidade', sobretudo depois que Ricardo Teixeira deixou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em março deste ano, após ter sido revelado um escândalo de propina na Suíça.

Outro problema levantado pela reportagem é a violência nos estádios, como a briga de torcedores do Flamengo e do Atlético-MG na semana passada, na primeira partida de Ronaldinho contra seu ex-clube no Rio. Outros exemplos citados pelo jornal são o assassinato de um torcedor do Vasco da Gama em agosto, a agressão de torcedores palmeirenses a dirigentes no mês passado e ameaças da torcida corintiana ao jogador Marquinhos e sua família.

O Times também faz referência aos percalços na reforma do Maracanã - desde a queda de um telhado à greve dos trabalhadores após a morte de um operário, passando pela retirada forçada de moradores da Favela do Metrô.

Outro desafio seria complementar as ligações de transporte entre o estádio olímpico (Maracanã) e o Parque Olímpico, que está sendo construído na Barra. A construção da linha de metrô entre os dois pontos está 'agonizantemente lenta', segundo o jornal.

A reportagem conclui que, diante de tantos problemas, o Rio de Janeiro é 'o lugar perfeito para provar que existe sim um legado olímpico'.

http://noticias.br.msn.com/mundo/rio-sofre-com-violência-suborno-favelas-e-maracanã-decrépito-diz-jornal-britânico

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #88 Online: 04 de Dezembro de 2012, 13:26:21 »
Lições olímpicas que o Brasil pode aprender com Barcelona
 
Excelente gestão, parcerias público-privadas e uma exemplar realização do plano estratégico: esses foram os pilares do sucesso das Olimpíadas de Barcelona, em 1992. Vinte anos depois de Barcelona ter sediado os jogos, os professores Carlos Garcia Pont e Paulo Rocha e Oliveira, do Instituto de Estudios Superiores de la Empresa da Universidade de Navarra, na Espanha, publicaram um estudo de caso sobre o 'Efeito Barcelona', em colaboração com David Campoy. A equipe analisou os fatores de sucesso do passado, para discutir quais resultados ajudarão a capital catalã a superar seus futuros desafios.

Enquanto o Brasil organiza a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, o estudo também serve para ajudar os organizadores brasileiros a determinarem formas de tirar proveito de eventos dessas proporções e conseguir oportunidades de negócios sustentáveis.

Antes das Olimpíadas, Barcelona estava longe de ser a grande cidade que é atualmente. Apesar de estar localizada no litoral mediterrâneo e de possuir monumentos espetaculares, a cidade era basicamente industrial. Além disso, Barcelona não possuía infraestrutura básica: um problema que o Rio de Janeiro também enfrenta.

Os jogos motivaram Barcelona a refletir sobre o que gostaria ser após o evento. Isso gerou um abrangente plano estratégico, cuja implementação começou antes dos jogos e continuou por muito tempo depois deles. Para que isso seja possível, é fundamental não se concentrar nas necessidades de curto prazo do próprio evento, mas utilizá-lo como um trampolim para um impacto positivo e duradouro em toda a região.

Mais de 60 por cento dos investimentos de longo prazo vieram de fundos públicos e uma parceira público-privada foi criada para financiar a maior parte da infraestrutura.

Além de investir em infraestrutura, o plano de transformação se estendeu à esfera política, de governança, gestão de talentos e branding. Com esses critérios em vista, pode-se dizer que três fatores foram fundamentais para o sucesso dos Jogos Olímpicos de 1992 em Barcelona.

Em primeiro lugar, a coordenação institucional. O Comitê Olímpico Internacional, juntamente com os governos da Espanha, da Catalunha e da cidade de Barcelona se uniram com o objetivo de alcançar um alto grau de coordenação.

Em segundo, a gestão de marca. Após o evento, a parceria público-privada criada para os jogos transformou-se na órgão oficial de turismo da cidade, continuando com o ímpeto de transformar Barcelona em um 'destino global'. Além de organizar regularmente eventos esportivos de nível internacional, a capital catalã redefiniu seu posicionamento como um importante local de negócios e tornou-se um dos principais porto de cruzeiros do continente.

Por fim, uma execução impecável, que permitiu que a coordenação institucional e a gestão de marca trouxessem efeitos positivos. Os jogos atraíram grandes quantidades de talentos altamente qualificados para Barcelona, além do apoio de cerca de 35.000 voluntários. Sem uma mão de obra talentosa e bem treinada, o plano estratégico não teria sido tão bem sucedido.

Após os jogos, o turismo cresceu constantemente, passando de 1,7 milhões de visitantes em 1990 para 7 milhões em 2007. Barcelona também se tornou um importante centro comercial: em 2009, foi a segunda cidade europeia em número de convenções. A população como um todo também se beneficiou das melhorias feitas em ruas, no transporte público, na praia e nos bairros, além do orgulho de viver em uma cidade que se tornou mundialmente conhecida.

Entretanto, vinte anos depois, o 'efeito Barcelona' corre o risco de desaparecer, especialmente em vista das mudanças sociais, políticas e econômicas quem colocam em dúvida o futuro da cidade. O que ajudaria a revitalizar o setor do turismo? É possível tornar-se um 'destino global' sem deixar de ser um bom lugar para se viver? De que maneira Barcelona deveria fazer a gestão de sua marca em relação a outras marcas como, por exemplo a da Espanha?

Essas questões precisam ser levadas em conta para criar um plano estratégico para a realização de um grande evento mundial. O Rio de Janeiro e o Brasil certamente fariam bem em aprender com a experiência de Barcelona e da Espanha.

http://nytsyn.br.msn.com/negocios/li%c3%a7%c3%b5es-ol%c3%admpicas-que-o-brasil-pode-aprender-com-barcelona-2#page=0

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Offline Gabarito

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #89 Online: 17 de Março de 2014, 13:16:02 »
Matéria muito boa a respeito das atribuições do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e as famigeradas vaquinhas para arrecadar dinheiro.


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A ‘vaquinha’ para Laís Souza e o asqueroso papelão do COB
Por Vitor Sergio Rodrigues | Blog do Vitor Sergio – 11 horas atrás

É cada vez mais assustadora a capacidade de os dirigentes esportivos brasileiros serem cara-de-pau. Neste domingo foi lançada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) uma asquerosa campanha na internet para arrecadar dinheiro para o tratamento da ex-ginasta Laís Souza. A esportista sofreu uma lesão grave na terceira vértebra da coluna quando estava a serviço do COB na preparação para os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, no mês passado.

Você deve estar pensando que eu estou maluco por chamar de asquerosa uma campanha para arrecadar fundos para um motivo tão nobre. Mas não estou não. O que os nossos dirigentes querem fazer parecer é que a campanha é um baita favor que o COB está fazendo para a pobrezinha da ex-ginasta. Uma atitude asquerosa, que escancara qual o destino de atletas que se acidentarem a serviço do COB: rezar para uma "vaquinha" ser bem sucedida.

O mínimo que o COB deveria fazer era custear TODO o tratamento da Laís Souza. Em todas as suas fases, até quando ela tivesse zero seqüela. Afinal, repito, Laís estava a serviço do COB na preparação para disputar uma Olimpíada de Inverno. Como os próprios dirigentes do Comitê gostam de dizer, o COB não forma nem possui atletas em seus quadros. Eles ficam a serviço da entidade durante os 15 dias de Jogos Olímpicos, além do período da reta final da preparação. Era o caso de Laís Souza, que se aventurava no esqui acrobático.

Em 2013, o COB recebeu mais de R$ 180 milhões de dinheiro público por meio da Lei Agnelo-Piva, que destina 2% da arrecadação das loterias federais ao COB e ao Comitê Paraolímpico Brasileiro. Desses R$ 180 milhões (a maior parte distribuídos entre as confederações esportivas), mais de R$ 50 milhões ficaram sob administração do próprio COB, para o próprio custeio, além de vários outros projetos tocados diretamente pelo comitê. É obrigação do COB tirar uma parcela desse dinheiro e curar Laís Souza. Não é mendigando na internet e na televisão.

As pessoas que são responsáveis por realizar a próxima Olimpíada e a próxima Paraolimpíada conseguiram chegar ao cúmulo do asco ao transformar publicamente em "coitadinha" uma atleta que correu risco de morrer ao se acidentar fazendo parte do chamado Time Brasil. É muito baixo. Até mesmo para os dirigentes esportivos brasileiros, que a cada dia nos provam que o poço da vergonha não tem fundo para eles.


Um dos comentários:

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Alysson  •  2 horas 56 minutos atrás Denunciar abusos

    Como é lamentavel.... Fazer uma vaquinha para ajudar uma atleta que estava a serviço do Brasil... Tenho certeza que se o atleta fosse o JOSE DIRCEU, GENUÍNO E CIA, a vaquinha já estava bem gorda... TRISTE :-(

Offline Johnny Cash

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #90 Online: 08 de Junho de 2015, 19:50:15 »
INACREDITÁVEL!  :x


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Placas de sinalização para Olimpíadas 2016 custam 27 mil cada uma

Serão investidos R$ 13,7 milhões no projeto de instalação dessas placas, que preparam a cidade para os turistas

NONATO VIEGAS
Rio - Você faz ideia de quanto custa cada placa de sinalização para pedestres? No Rio, o preço de cada uma se compara ao de um carro popular zerinho: R$ 27,4 mil. Até o fim do ano, serão espalhadas 500 delas pela cidade — ao todo, serão investidos R$ 13,7 milhões no projeto de instalação dessas placas, que ajudam a preparar a cidade para os turistas que vêm para os Jogos Olímpicos de 2016.



A ideia, segundo a Secretaria de Turismo, é inspirada na experiência de informação a pedestres de Londres, que conta, desde 2010, com um conjunto de sinalização feita por placas, painéis, indicações nas calçadas etc. Entretanto, de acordo com documentos públicos da agência de transporte da capital inglesa, o gasto médio por painéis instalados por lá representa 66% do que a Prefeitura do Rio investiu por aqui. Enquanto cada placa carioca está saindo por R$ 27,4 mil, em Londres o preço médio da unidade foi de R$ 18 mil.

Desde sábado, O DIA tenta contato por telefone com o consórcio Rio Inteligente, para saber o motivo da diferença de preços e de projeto em relação ao programa inglês, no qual o do Rio foi inspirado. Não houve resposta.

Outra diferença entre os dois projetos é que os painéis londrinos são muito mais completos. Por lá, o totem informa sobre locais onde há transporte público, identifica lojas, pontos turísticos e tudo o que houver disponível num raio de 15 minutos de caminhada. Além disso, os mapas exibem a cidade em 3D. E ainda é possível ver a lista das ruas em ordem alfabética, com sua localização num mapa em 2D. Sobre cada painel há uma placa de captação de energia solar para permitir a visualização também à noite.

No Rio, como O DIA mostrou com exclusividade no sábado, foram instaladas apenas placas comuns, bastante simples — e, ainda assim, parte delas traz informações incorretas sobre a direção ou o sobre tempo de caminhada até o destino indicado.

A experiência londrina é chamada de ‘wayfinding’ e baseada em um conjunto de informações e sinalizações de rua. No Rio, há apenas um único local com indicações parecidas às de Londres, que sediou os Jogos Olímpicos de 2012: um totem instalado na Av. Princesa Isabel, em Copacabana.

Em nota, a Secretaria de Turismo e a Riotur afirmaram ter “absoluta confiança na qualidade do projeto de sinalização turística para pedestres” e que a instalação está em “fase de implantação na cidade, tendo em vista a realização dos Jogos Olímpicos do ano que vem.”

[...]

http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2015-06-07/placas-de-sinalizacao-para-olimpiadas-2016-custam-27-mil-cada-uma.html


Offline Geotecton

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #91 Online: 08 de Junho de 2015, 19:59:10 »
Estas placas me lembram os 'letreiros eletrônicos' instalados em Curitiba. São absolutamente inúteis e devem ter custado uma verdadeira 'fortuna'.
Foto USGS

Offline Johnny Cash

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #92 Online: 08 de Junho de 2015, 20:55:20 »
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É mole?

Offline Moro

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #93 Online: 08 de Junho de 2015, 21:22:12 »
tudo para dar dinheiro aos nossos queridos políticos
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Offline Geotecton

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #94 Online: 09 de Junho de 2015, 00:08:36 »
Sim, Geo, 27k cada uma.

É mole?

Quanto será o preço real de cada placa?

R$ 5.000,00?
Foto USGS


Offline Gaúcho

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #96 Online: 09 de Junho de 2015, 01:17:51 »
A surpresa é Brasília ter turistas.
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Offline Gigaview

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #98 Online: 09 de Junho de 2015, 01:57:46 »
Sim, Geo, 27k cada uma.

É mole?

Quanto será o preço real de cada placa?

R$ 5.000,00?

Pode ser impressa num adesivo e aplicada ou num tecido e colada. Fiz uma outro dia para uma obra por r$ 120.00. O mais caro aí é o suporte da placa. Se inventar muito acrescentando iluminação e outras frescuras, duvido que custe mais do que R$ 500,00. Claro, tudo isso não considerando o custo do designer, que ficaria muito feliz de fazer "de grátis" em troca de ver seu nome divulgado na própria placa.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Moro

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Re:Olimpíadas 2016
« Resposta #99 Online: 09 de Junho de 2015, 03:40:25 »
Para ELA que não entende porque o governo deve ser pequeno,  simplesmente porque TUDO o que ele faz é com essa filosofia e finalidade. 

Não vejo como podem desperdiçar menos do que 50%  de tudo o que pagamos incluindo roubo,  ineficiência e má gestão
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