Cientista tanzaniano desenvolve armadilha com chulé para matar mosquito da malária
Publicado por
Jesica
– 14 de julho de 2011Publicado em: Notícias, Saúde
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O cheiro de chulé pode ajudar a combater a malária, ao atrair mosquitos para armadilhas, descobriu um cientista da Tanzânia. Fredros Okumu, chefe do projeto de pesquisa do Instituto de Saúde de Ifakara, desenvolveu um sistema em que, depois de os insetos serem atraídos pelo cheiro de meias velhas, são envenenados.
Okumu aperfeiçoou a descoberta do cientista holandês Bart Knols. Ele percebeu que os mosquitos eram atraídos pelo cheiro dos pés. Durante os 15 anos seguintes, no entanto, os cientistas tiveram dificuldades para fazer uso prático dessa conclusão.
Okumo trabalhou em seu projeto de preparar armadilhas durante anos. Misturou oito compostos químicos para encontrar o odor perfeito e depois fez uma tentativa com inseticidas para encontrar o que pode matar até 95% dos mosquitos.
Na última quarta-feira, foram anunciados novos fundos para incentivar a pesquisa. Okumo, que recebeu uma bolsa de pesquisa de US$ 100 mil há dois anos, acaba de ganhar da Fundação Bill e Melinda Gates e da Grand Challenges Canada US$ 775 mil para criar uma armadilha para mosquitos de baixo custo que possa ser usada fora de casa.

O uso de mosquiteiros e fumigação reduziu substancialmente o número de mortes por malária no mundo, mas até o momento os cientistas não encontraram uma maneira eficaz de combater os mosquitos ao ar livre. Ainda que a taxa global de infectados tenha caído, ainda surgem mais de 220 milhões de casos novos todos os anos. A ONU disse que, desses pacientes, quase 80 mil pessoas morrem e que a maioria é de crianças africanas.
“A meta global de erradicar a malária não será possível de ser alcançada sem novas tecnologias”,disse Okumu.