A ICAR fala muito em desperdício de esperma derramado quando argumenta contra métodos anticonceptivos. Sim, mas na observação da "corrida" conceptiva milhões de espermatozóides morrem diante de apenas um único vencedor que poderá fecundar um único óvulo (dispensando casos especiais de fecundação). O somatório da infelicidade dos que foram em vão é muito superior à felicidade do vitorioso e isso torna o "evento" infeliz em si mesmo. Onde está a generosidade entre espermatozóides que se esperneiam entre sí com o único intuito de chegar mais rápido, exclusivamente? Portanto Molyneux está enganado. Não há generosidade nem felicidade na fecundação e talvez seja por isso que o homem seja lobo do próprio homem.
Tal pensamento só é esperado daqueles com um forte viés coletivista, que crê irracionalmente que todos deveriam ser iguais merecedores de desfrutar dos mesmos frutos, independentemente do mérito individual.
A corrida pela fecundação talvez seja a mais bela demonstração da natureza de quanto isso é falso. Já antes de nascermos temos que ser esforçados se quisermos alcançar a felicidade. A natureza nos ensina assim que sucesso não vem para aqueles que não se esforçam. Que haver vencedores e perdedores não é algo feio, a ser evitado, mas algo que faz parte da natureza, inevitável, e algo lindo, por trás do nascimento de uma nova vida.
Ilustra também as diferenças naturais entre os sexos, que não devem ser combatidas, mas abraçadas. Pela lógica esquerdista, o que se teria seria fecundação coletiva de inúmeros espermatozóides a um único óvulo, acompanhada também da fecundação de espermatozóides por outros espermatozóides. O comunismo é então refutado já pela biologia básica do sistema reprodutor. E ainda assim as pessoas insistem em tentar ir contra a natureza.