Tupac, acho que o que o Dantas quis dizer é que no budismo (como regra) a doutrina não tem peso de dogma e que os budistas (pelo menos deveriam ser) são induzidos a achar a resposta suas dúvidas nas parábolas (parábolas estas diferentes das de “outra religião”, são encaradas como histórias ilustrativas e não documentais).
Vide o exemplo que dei sobre a diferença entre um padre e um monge.
Agora, acho que devemos ter um certo cuidado.
Como colocou o Dantas, o espiritismo (que eu já acho religião sim) tem uma visão diferente de doutrinas da maioria do cristianismo (daí eu não a achar cristã como esta apregoa).
Mas vejo muitas vezes o uso “do espiritismo para definir o cristianismo”.
Calma que eu explico.
Várias das visões que vejo atribuídas ao budismo não são exatamente dele, mas da vertente do Dalai Lama.
Por que as acho diferente do budismo?
Bem, é que essa vertente é a amalgama do budismo com a religião bon, (de onde vaio um panteão de deuses, um misticismo carregado, UMA ECLESIA, praticas mais litúrgicas, uma ALMA (ou fagulha de continuidade após morte), um apego maior aos sutras do que as demais vertentes e vários outros conceitos não exatamente budistas), tanto que alguns a classificam de Lamanismo.
É budismo?
Tecnicamente é, mas (ao meu ver) da mesma forma que o espiritismo pode ser considerada cristianismo.
Como disse antes, o budismo tem vários defeitos.
Não precisamos inventar outros.