Autor Tópico: Lingüística  (Lida 69058 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Fernando Silva

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 7.505
Re:Lingüística
« Resposta #525 Online: 20 de Janeiro de 2017, 07:32:15 »
Palpitando quase às cegas, acho que Escócia fica um pouco adiante em conservação.
A Escócia foi parcialmente ocupada pelos romanos e depois por vikings e anglo-saxões.

Já a Irlanda, por ser uma ilha, não sofreu a influência romana e os vikings só chegaram mais tarde.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:Lingüística
« Resposta #526 Online: 24 de Janeiro de 2017, 22:10:49 »
A impressão que tenho é que, ao menos desconsiderando essas raízes históricas, hoje em dia são mais próximos os ingleses e irlandeses (e galeses), do que qualquer um desses com escoceses. A começar pelo idioma, que acho que é mais falado, ainda que talvez não seja se comparado com o tamanho da população. Sei lá.







<a href="https://www.youtube.com/v/7VqcSDpPWS4" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/7VqcSDpPWS4</a>

Apesar de não ser novidade para mim que há mais de um sotaque grã-britânico*, embora não saiba identificar as regiões deles, fiquei surpreso em saber que, ao menos dependendo de "métrica" usada, existem mais sotaques grã-britânicos do que americanos.

Será que o mesmo acontece com o português no Brasil e em Portugal? :hein: A minha impressão aí seria de uma desvantagem ainda maior para os sotaques portugueses, muito embora uma vez tenha visto aquele cantor português, talvez de dupla cidadania, que tem algum público no Brasil (Leal, acho que é o sobrenome), em entrevista no Jô Soares, falar um pouco em um dialeto/sotaque simplesmente ininteligível.

Também achei curioso que na França coloquem legendas em vídeos de franco-canadenses falando. Uma vez vi isso, acho que com o Saramago, achei o cúmulo do desnecessário, bizarro. Algumas vezes acho que é até mais necessário com sotaques locais...


* está certo isso? Parece que geralmente se usa só "britânico", mas isso não seria referente então a Bretanha francesa? Acho que a Grã-Bretanha "ganha" por ser maior...

Offline Gigaview

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.604
Re:Lingüística
« Resposta #527 Online: 24 de Janeiro de 2017, 23:18:14 »
« Última modificação: 24 de Janeiro de 2017, 23:56:54 por Gigaview »
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:Lingüística
« Resposta #528 Online: 25 de Janeiro de 2017, 00:14:18 »
:hehe:

Por aí mesmo.

Uma vez vi, num círculo de pessoas que conversava, uma acabando de falar, e outra perguntar para uma terceira o que a primeira havia dito, como se fosse alguém falando um idioma estrangeiro e precisasse de tradução. :biglol:

Offline Fernando Silva

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 7.505
Re:Lingüística
« Resposta #529 Online: 25 de Janeiro de 2017, 07:06:08 »
A impressão que tenho é que, ao menos desconsiderando essas raízes históricas, hoje em dia são mais próximos os ingleses e irlandeses (e galeses), do que qualquer um desses com escoceses. A começar pelo idioma, que acho que é mais falado, ainda que talvez não seja se comparado com o tamanho da população. Sei lá.
O escocês praticamente desapareceu. O galês e o irlandês ainda estão vivos.
Apesar de não ser novidade para mim que há mais de um sotaque grã-britânico*, embora não saiba identificar as regiões deles, fiquei surpreso em saber que, ao menos dependendo de "métrica" usada, existem mais sotaques grã-britânicos do que americanos.

Será que o mesmo acontece com o português no Brasil e em Portugal?
No lugar onde uma língua surge é onde há mais dialetos e variedades. Isto acontece mais na Inglaterra que EUA, mais em Portugal que Brasil etc.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:Lingüística
« Resposta #530 Online: 25 de Janeiro de 2017, 16:28:32 »
Languages of Scotland

Main languages   English (99%)[1]
Minority languages   
Scots (30%),[2]
Scottish Gaelic (1%)[3]

população: 5.295 milhões

1560000 falantes de escocês "scots"
52000 falantes de gaélico escocês

Languages of Ireland

Main languages   English (94%)
Irish (36%)
Scots (0.3%)
Shelta

população: 4.595 milhões

1620000 falantes de irlandês

e um punhadinho de escocês também.


Estão próximos, ainda mais somando os "escoceses", se é que issso faz sentido. Achava que achava irlandês é que fosse algo meio em extinção.

Mas não sei bem de onde veio essa impressão.

Offline Fernando Silva

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 7.505
Re:Lingüística
« Resposta #531 Online: 26 de Janeiro de 2017, 09:25:44 »
Languages of Scotland

Main languages   English (99%)[1]
Minority languages   
Scots (30%),[2]
Scottish Gaelic (1%)[3]
Esclarecendo que "Scots" é uma língua próxima do inglês, resultante de uma mistura diferente. Seria o "inglês da Escócia".

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:Lingüística
« Resposta #532 Online: 26 de Janeiro de 2017, 18:17:55 »
Não exatamente, mas também não deve ser confundido com o "gaélico escocês".

Citar
Scots language

Not to be confused with Scottish English or Scottish Gaelic.

[...]

Broad Scots is at one end of a bipolar linguistic continuum, with Scottish Standard English at the other.[13] Scots is often regarded as one of the ancient varieties of English, yet it has its own distinct dialects.[12] Alternatively, Scots is sometimes treated as a distinct Germanic language, in the way Norwegian is closely linked to, yet distinct from, Danish.[12


Citar
Scottish English

...

Scottish Standard English is at one end of a bipolar linguistic continuum, with focused broad Scots at the other.[7] Scottish English may be influenced to varying degrees by Scots.[8][9] Many Scots speakers separate Scots and Scottish English as different registers depending on social circumstances.[10] Some speakers code switch clearly from one to the other while others style shift in a less predictable and more fluctuating manner.[10] Generally there is a shift to Scottish English in formal situations or with individuals of a higher social status.[11]


Offline Fernando Silva

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 7.505
Re:Lingüística
« Resposta #533 Online: 14 de Agosto de 2017, 14:07:37 »
Dialeto vêneto

Moradores de Veneza protestam contra a invasão de turistas e os problemas que eles causam.

Offline Gauss

  • Nível 40
  • *
  • Mensagens: 4.232
  • Sexo: Masculino
  • A Lua cheia não levanta-se a Noroeste
Re:Lingüística
« Resposta #534 Online: 14 de Agosto de 2017, 18:56:17 »
Placa bilíngue na Alemanha. Emlichheim é o nome da cidade em Alemão Padrão (Hochdeutsch). Emmelkamp  é o nome em Baixo-Alemão (Plattdüütsch ou Plattdeutsch). O Plattdeutsch é uma língua germânica que até 150 anos atrás era majoritária no Norte da Alemanha e Leste da Holanda. Ela é mais próxima do Inglês e do Holandês do que do Alemão moderno. Ela descende do Saxão-Antigo, falado pelos saxões. Curiosamente, essa língua é falada em algumas cidades e regiões do Sul do Brasil. A variante Pommern (Pomerano) é falada em regiões que tiveram a colonização de pomeranos, como Pomerode/SC.A variante Westphalian (Westfaliano) é falada em regiões que tiveram colonizações de Westfalianos, com destaque para a cidade de Westfália/RS.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Fernando Silva

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 7.505
Re:Lingüística
« Resposta #535 Online: 15 de Agosto de 2017, 07:50:22 »
O pomerano também é falado no interior do Espírito Santo, onde há uma colônia de pomeranos.

O Hochdeutsch prevaleceu principalmente porque foi para esta língua que a Bíblia de Lutero foi traduzida. Ela virou referência (às vezes, era o único livro que as famílias tinham).

Offline Gauss

  • Nível 40
  • *
  • Mensagens: 4.232
  • Sexo: Masculino
  • A Lua cheia não levanta-se a Noroeste
Re:Lingüística
« Resposta #536 Online: 15 de Agosto de 2017, 12:34:22 »
O pomerano também é falado no interior do Espírito Santo, onde há uma colônia de pomeranos.

O Hochdeutsch prevaleceu principalmente porque foi para esta língua que a Bíblia de Lutero foi traduzida. Ela virou referência (às vezes, era o único livro que as famílias tinham).
Bem lembrado. A Prússia, que dominou os territórios ao Norte da Alemanha, adotou o Hochdeutsch justamente devido à tradução de Lutero. Após a Unificação, em 1871, foi necessário criar uma identidade nacional única. O Alemão foi padronizado, e então temos o que conhecemos como Hochdeutsch, que descende principalmente das línguas faladas pelos povos do Sul da Alemanha.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline André Luiz

  • Nível 38
  • *
  • Mensagens: 3.657
  • Sexo: Masculino
    • Forum base militar
Re:Lingüística
« Resposta #537 Online: 15 de Agosto de 2017, 20:50:28 »
Uma vida não é o suficiente para aprender a falar alemão

Offline Eremita

  • Nível 38
  • *
  • Mensagens: 3.833
  • Sexo: Masculino
  • Ecce.
Re:Lingüística
« Resposta #538 Online: 19 de Agosto de 2017, 21:25:17 »
Uma vida não é o suficiente para aprender a falar alemão

O alemão tem umas regras meio chatinhas pra falantes de neolatinas, mas o que pega é o mesmo de todos os outros idiomas - vocabulário.

Dialeto vêneto
[imagem]
Moradores de Veneza protestam contra a invasão de turistas e os problemas que eles causam.
Placa de cima: "Mi no vado via, mi resto" = "não vou embora, vou ficar"
Placa de baixo: "So venexiàn, no so in vendita, voło viver quà" = "sou vêneto, não estou à venda, quero viver aqui"
Parece que tentaram escorraçar os locais para criar mais espaço pra turista...

Bem lembrado. A Prússia, que dominou os territórios ao Norte da Alemanha, adotou o Hochdeutsch justamente devido à tradução de Lutero. Após a Unificação, em 1871, foi necessário criar uma identidade nacional única. O Alemão foi padronizado, e então temos o que conhecemos como Hochdeutsch, que descende principalmente das línguas faladas pelos povos do Sul da Alemanha.
É interessante como, mesmo adotando o alemão alto, mesmo assim o alemão padrão da Alemanha é entupido de características do baixo alemão - feito o R gutural, coisa que falante de alto alemão mesmo (austro-bávaro, suíço) não usa no dia-a-dia.
« Última modificação: 19 de Agosto de 2017, 21:27:53 por Eremita »
Latebra optima insania est.

Offline Gauss

  • Nível 40
  • *
  • Mensagens: 4.232
  • Sexo: Masculino
  • A Lua cheia não levanta-se a Noroeste
Re:Lingüística
« Resposta #539 Online: 19 de Agosto de 2017, 22:14:10 »
Verdade. Uma boa maneira de observar isso é na tradicional música yodelling cantada pelos austro-bávaros-suíços. A língua parece fluir de maneira mais suave na pronúncia do Alto-Alemão.

Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Fernando Silva

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 7.505
Re:Lingüística
« Resposta #540 Online: 28 de Abril de 2018, 12:19:46 »
Uma lista de 500 línguas inventadas (das mais de 900 conhecidas). Faz parte de um livro chamado "In the land of invented languages".
Durante a pesquisa, a autora aprendeu esperanto e klingon.

http://inthelandofinventedlanguages.com/page=languages

Offline Gauss

  • Nível 40
  • *
  • Mensagens: 4.232
  • Sexo: Masculino
  • A Lua cheia não levanta-se a Noroeste
Re:Lingüística
« Resposta #541 Online: 28 de Abril de 2018, 14:40:10 »
Interessante. Tem alguém aqui que fala Esperanto? Será que é de fato uma língua fácil para todos aprender, conforme o objetivo do seu criador?
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Fernando Silva

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 7.505
Re:Lingüística
« Resposta #542 Online: 28 de Abril de 2018, 14:59:35 »
Interessante. Tem alguém aqui que fala Esperanto? Será que é de fato uma língua fácil para todos aprender, conforme o objetivo do seu criador?
Há uns 50 anos, tentei aprender. Tinha dicionário, gramática etc., mas depois vi que dava mais futuro aprender inglês e francês.

Pode ser fácil de entender para quem já fala inglês e algumas línguas latinas, mas tem que ser aprendida como qualquer outra.

Por outro lado, é totalmente alienígena para quem fala húngaro, árabe, chinês ou japonês, por exemplo.

De qualquer modo, é a mais próxima de uma língua normal e é a que conseguiu o maior número de falantes.

Offline Fernando Silva

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 7.505
Re:Lingüística
« Resposta #543 Online: 28 de Abril de 2018, 15:11:50 »
Uma lista de 500 línguas inventadas (das mais de 900 conhecidas). Faz parte de um livro chamado "In the land of invented languages".
Durante a pesquisa, a autora aprendeu esperanto e klingon.

http://inthelandofinventedlanguages.com/page=languages
- Há uma língua apenas com vogais
- Há uma língua baseada apenas nas 7 notas musicais: dó, ré, mi, fa, sol, lá, si
- Há uma língua que usa apenas símbolos, inspirada no chinês, e que é inviável, mas foi usada com sucesso para permitir que crianças com paralisia cerebral chegassem ao ponto de aprender a ler e escrever a língua corrente.
- Duas línguas (loglan e seu fork lojban) se baseiam na ideia da programação de computadores, onde não há ambiguidade ou duplo sentido. O problema é que ninguém pensa desse jeito. Uma conversação ficaria muito lenta. Só a gramática tem 600 páginas, já que palavras como "e", "ou" e outras podem ter 15 ou mais traduções conforme a ideia que se quer transmitir.
- A língua inventada mais antiga foi criada por uma freira alemã por volta de 1150.

Offline Gauss

  • Nível 40
  • *
  • Mensagens: 4.232
  • Sexo: Masculino
  • A Lua cheia não levanta-se a Noroeste
Re:Lingüística
« Resposta #544 Online: 28 de Abril de 2018, 15:20:24 »
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Fernando Silva

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 7.505
Re:Lingüística
« Resposta #545 Online: 28 de Abril de 2018, 15:44:15 »
Essa daqui é a mais nonsense:
http://inthelandofinventedlanguages.com/page=languages&id=496
Uma mulher achou que as línguas eram baseadas no ponto de vista dos homens e que a dificuldade em expressar conceitos do mundo feminino as levava a serem prolixas, portanto ela criou uma língua onde esses conceitos eram expressos com palavras únicas.

Offline Aronax

  • Nível 27
  • *
  • Mensagens: 1.339
  • Sexo: Masculino
Re:Lingüística
« Resposta #546 Online: 29 de Abril de 2018, 20:09:06 »
Interessante. Tem alguém aqui que fala Esperanto? Será que é de fato uma língua fácil para todos aprender, conforme o objetivo do seu criador?
O esperanto tem uma gramática estupidamente fácil.....a origem dos vocábulos (os radicais deles) são os principais idiomas do ocidente....mesmo para russos, árabes, coreanos...penso que a simplicidade da gramática compensa não reconhecerem vocábulos originados de sua língua materna.
É no minimo um bom exercício para aprender outros idiomas.
« Última modificação: 29 de Abril de 2018, 20:13:57 por Aronax »
Uma verdade ou um ser podem ser vistos de vários pontos, porém a verdade e o ser estão acima de pontos de vista.

Offline André Luiz

  • Nível 38
  • *
  • Mensagens: 3.657
  • Sexo: Masculino
    • Forum base militar
Re:Lingüística
« Resposta #547 Online: 30 de Abril de 2018, 12:19:54 »
É possível rastrear o surgimento de uma gíria?

Aconteceu alguma em 2014 que as pessoas começaram a usar "tô de boa" e "dar um rolê".

Não me lembro o que era usado antes pra estas mesmas situações,  acho que é assim que a língua vai se modificando  :hihi:

Eu lembro de ouvir "ir num rolé" como sinônimo de passeio, mas nos anos 90 e no Rio de Janeiro

Offline Gauss

  • Nível 40
  • *
  • Mensagens: 4.232
  • Sexo: Masculino
  • A Lua cheia não levanta-se a Noroeste
Re:Lingüística
« Resposta #548 Online: 30 de Abril de 2018, 18:19:36 »
É possível rastrear o surgimento de uma gíria?

Aconteceu alguma em 2014 que as pessoas começaram a usar "tô de boa" e "dar um rolê".

Não me lembro o que era usado antes pra estas mesmas situações,  acho que é assim que a língua vai se modificando  :hihi:

Eu lembro de ouvir "ir num rolé" como sinônimo de passeio, mas nos anos 90 e no Rio de Janeiro
Pensava que era só eu que tinha essas viajadas de ficar pensando esse tipo de coisa. :hihi:

Eu já pensei nisso. Eu lembro de uma época que as pessoas usavam "tipo" como vírgula nas frases.

"Sabe aquele negócio lá, que daí, tipo, a gente faz, e tipo, tentamos, tipo, etc."

Era extremamente irritante.

Eu me lembro que na minha pré-adolescência/adolescência nos anos 2000 falar 'rolê' era motivo de chacota por ser coisa de paulista (sou do RS).
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Aronax

  • Nível 27
  • *
  • Mensagens: 1.339
  • Sexo: Masculino
Re:Lingüística
« Resposta #549 Online: 30 de Abril de 2018, 19:11:37 »
É possível rastrear o surgimento de uma gíria?

Aconteceu alguma em 2014 que as pessoas começaram a usar "tô de boa" e "dar um rolê".

Não me lembro o que era usado antes pra estas mesmas situações,  acho que é assim que a língua vai se modificando  :hihi:

Eu lembro de ouvir "ir num rolé" como sinônimo de passeio, mas nos anos 90 e no Rio de Janeiro
Pensava que era só eu que tinha essas viajadas de ficar pensando esse tipo de coisa. :hihi:

Eu já pensei nisso. Eu lembro de uma época que as pessoas usavam "tipo" como vírgula nas frases.

"Sabe aquele negócio lá, que daí, tipo, a gente faz, e tipo, tentamos, tipo, etc."

Era extremamente irritante.

Eu me lembro que na minha pré-adolescência/adolescência nos anos 2000 falar 'rolê' era motivo de chacota por ser coisa de paulista (sou do RS).
Ainda hoje tem muitos que usam o "tipo" a todo momento. O que me chama a atenção no português popular hoje é o seguinte:
- raramente alguém fala e escreve absolutamente sem erros, portanto vamos admitir que eles são parte do linguajar cotidiano.
- a uns 40-50 anos eram percebidos alguns erros mais comuns, como o uso do "mim", alguns verbos e sua conjugação.
- Atualmente noto que tem muitos que não sabem definitivamente quando usar "mau" e "mal"...encontrei este problema inclusive em livros traduzidos...quem terá feito a tradução podia entender inglês mas errava feio no português....

Quanto ao papel da gíria no desenvolvimento do idioma penso que:
- quanto menor o nível educacional básico, mais palavras são deturpadas e substituídas por outras, que com o uso acabam sendo incorporadas ao padrão da língua.
- se o anterior é correto então poderiamos dizer que idioma que sofre muito acréscimos por gíria e modificações é falado por povo menos culto que outro cujo idioma menos se altere?
- alterar a grafia de um idioma simplificando-o não seria o mesmo que o famigerado "nós pega o peixe" que queriam como válido?.....
Estou errado?
Uma verdade ou um ser podem ser vistos de vários pontos, porém a verdade e o ser estão acima de pontos de vista.

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!