[...] português (brasileiro?)[...]
Talvez esse seja um dos político-corretismos que eu defenderia com algum gosto, a troca do nome do idioma falado no Brasil pra Brasileiro.
Por quê? Fiquei curioso porque eu defendo "politico-corretismos" mais que a média aqui do fórum e esse em especial nunca cogitei.
Basicamente porque é meio constrangedor, toda vez no exterior, sobretudo nos EUA, ter que explicar pra alguém que nosso idioma não se chama Brazilian e sim Portuguese. A figura do colono ressurge na hora.
Eu acredito que seria um símbolo importante politicamente falando pra criação de algum senso de independência e de responsabilidade civil.
O problema de percepção certamente não se estende aos estadunidenses/canadenses/australianos que falam Inglês, já que notoriamente se emanciparam e, daí, ser coisa de cunho politicamente correto por aqui.
Que esquisito. Se toda a América Latina fosse seguir isso, então se teria mais uns vinte "novos" idiomas. E quase todos recordes de poliglotia seriam quebrados instantaneamente. "Eu falo vinte línguas: espanhol, mexicano, argentino, venezuelano, chileno, uruguaio, paraguaio [...]"
Taí um aspecto do complexo de vira-latas com que não consigo empatizar.
Falar em "português" e "brasileiro" como idiomas distintos não é políticòrretismo; é nacionalismo.
Trata-se de proposta não-conservadora, sendo progressista (pró-mudança) e somente no sentido bobo de chamar uma coisa de outra, sem sustentação brava em “tecnicidades”, mas na maior parte em simbologia e "sensações"/"interpretações" pessoais.
Mesmo que seja pauta nacionalista, não deixa de ser politicorretismo, da mesma forma que muito da agenda feminista, do "movimento negro" e outros normalmente é considerado politicorretismo.
Esse lance dos sotaques, do mesmo jeito q já havia me expressado, acho uma grande bobeira e ufanismo brasileiro pra dizer “Ei, nós temos vários dialetos também!!”.
Não precisa ser conservador para ser opressor. Eugenia foi um movimento também "progressista".
Para ser politicòrretismo, precisa ser do ponto de vista de defender uma parcela
oprimida da população. Então quem teria o DIREITO de poder falar algo nesse sentido seriam íbero-sudoestinos nativos (vulgo "portugueses", termo depreciativo, para alvos de piada), que de fato já protestam contra a opressão de colonialismo inverso do "acordo" unilateral "ortográfico". Se você não é do grupo oprimido, não pode falar nada que valha alguma coisa, de sua posição de privilégio.
Porém, temos que lembrar que os os íbero-sudoestinos são majoritariamente BRANCOS, não só brancos, mas ainda por cima EUROPEUS, nem meros euro-descendentes, europeus mesmo! Seria o cúmulo dos "problemas de primeiro mundo". Então se alguém teria direito de clamar alguma coisa seriam os angolanos.
**Não consegui ver a imagem, em nenhum ambiente.
Devem ter apagado só para me atrapalhar.