Imagino que, para um monte de homens interagindo entre si, na maior parte do tempo, qualquer N outra pessoa de quem falassem tenderia a ser homem, a menos que estivessem mais de bate papo, falando de sexo ou maternidade, "de mulher".
Não entendi como que simultâneamente o feminino poderia ser especificado e neutro num só idioma.
Não acho que seria esperado esse mesmo efeito em atividades tipicamente femininas. O que estou imaginando é a linguagem ter sido criada onde um gênero é predominante numa gama maior de atividades, e isso fazer desse gênero o neutro ou o mais próximo disso. Ou seja, se em alguma sociedade primitiva as mulheres tivessem sido caçadoras, construtoras, líderes tribais, etc, etc, só eventualmente mães e depois deixando os maridos reclusos como pais donos-de-casa, então se esperaria que seu latim fosse ter algo como "serua amica", "seruam amicam", "seruus amicus".
Machismo eu acho chamar-se o diminutivo DA moto e DA foto de "motinho" e "fotinho", em vez do que seria sonora e moralmente coerente, "motinha" e "fotinha".
Em Portugal acho que resolvem isso chamando a moto de mota e a foto de fota, o que eu até acho razoável. Mas da mesma forma pode-se advogar por serem formas facultativas, não havendo problema que usasse então as terminações femininas só no diminutivo.
Em Portugal acho que resolvem isso chamando a moto de mota e a foto de fota, o que eu até acho razoável. Mas da mesma forma pode-se advogar por serem formas facultativas, não havendo problema que usasse então as terminações femininas só no diminutivo.
Isso é claro, pois a supremacia patriarcal precisa impor uma diminutização, infantilização da mulher.