Eu queria entender de uma vez se as seguintes afirmações estão corretas:
1. As leis naturais da física macro e micro não se reproduzem necessariamente na escala quântica.
1. As previsões clássicas funcionam perfeitamente para objetos grandes, mais ou menos para os menores, e começam a falhar miseravelmente para átomos e partículas subatômicas.
Um exemplo é a precisão com que se pode obter as medidas de velocidade e posição. Para um objeto massudo (com muita massa), você pode praticamente determinar a ambas, ao mesmo tempo, e conseguir valores tão precisos quanto você quer. Já partículas subatômicas não seguem essa regra.
Na MQ, há a fórmula
Δρ*Δx
>h/2
Ignore o h/2, pense nele apenas como uma constante qualquer. Veja a primeira parte da fórmula:
Δx é a imprecisão na localização do objeto. Se você diz que ele tá a 3m de você, mas ele está a 5m, a sua imprecisão foi de 2m, então Δx = 2m
Δρ é a imprecisão na medida do momento. Momento é uma característica física, relativa à energia, que é calculada por [momento] = [velocidade]*[massa] .
Agora vamos imaginar que você obtém o máximo possível de precisão. A fórmula fica
Δρ*Δx=h/2
Lembre-se que h/2 é uma constante, certo?
Digamos que você obteve uma precisão absurda para a posição da partícula. Isso quer dizer que a imprecisão foi pequena. Logo, Δx foi pequeno, certo? Então, você vai calcular a imprecisão no momento:
Δρ=(h/2)/(Δx)
Se Δx é pequeno, (h/2)/(Δx) é grande. Logo, Δρ é grande. Ou seja, você teve uma imprecisão gigantesca para o momento. E funciona ao contrário, também: se você tiver uma precisão muito grande para o momento, você não vai saber aonde a partícula está.
Lembra-se da definição de momento? [velocidade]*[massa]? Quanto maior a massa, menor vai ser a imprecisão na velocidade e na posição. Logo, para objetos grandes, a explicação da quântica baterá certinho com a da física clássica.
Observação: vou pro boteco. Depois continuo, mas não vou poder responder a todas as perguntas que sou ainda bem ignorante em MQ.