Autor Tópico: Estatais nos EUA  (Lida 17522 vezes)

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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #250 Online: 03 de Junho de 2009, 02:47:02 »
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Grandes bancos podem abandonar programa de resgate antes do previsto

Desde que o governo injetou bilhões de dólares dos contribuintes em apoio aos bancos nacionais, muitas instituições correram contra o tempo para garantir a devolução da quantia. Agora algumas delas podem conseguir fazer isso na semana que vem - em uma medida que busca tirar os bancos do controle de Washington.

Se os reguladores federais aprovarem o plano, ele pavimentará o caminho para que grandes instituições, como a JPMorgan Chase, abandonem o programa de resgate muito antes do previsto. Isso também seria um sinal de que os banqueiros e reguladores acreditam que o pior já passou para estes bancos, ainda que a confiança no setor financeiro permaneça frágil.

O JPMorgan Chase afirmou na segunda-feira que espera reembolsar o investimento de US$ 25 bilhões dos contribuintes este mês. O banco planeja arrecadar US$ 5 bilhões em ações comuns na terça-feira para provar aos reguladores que está saudável o suficiente para conseguir capital sem o apoio do governo. O Goldman Sachs também disse que pretende pagar seu resgate de US$ 10 bilhões este mês.

O Federal Reserve afirmou que planeja anunciar na próxima semana uma "lista inicial" de bancos que estão aprovados para pagamento. O Departamento do Tesouro tem a palavra final a respeito dos bancos pagarem o que foi investido.

O Programa de Alívio a Ativos Problemáticos, ou TARP na sigla em inglês, foi criado no outono passado (do hemisfério norte) como um investimento a longo prazo pelo governo para ajudar o setor financeiro a passar pela pior crise desde a Depressão. Mas quando restrições às compensações foram criadas para acalmar o furor político a respeito dos bônus de Wall Street, os bancos se uniram para obter permissão para deixar o programa mais rápido.

Nos últimos meses, muitos bancos fortes começaram a correr para demonstrar sua capacidade de pagar o dinheiro do governo. Conforme o mercado de crédito melhora, eles emitem dívidas sem garantias do Federal Deposit Insurance Corp.

O pagamento precoce pode significar menor lucro ao contribuinte por ter resgatado os bancos. Mas permitirá que o governo redirecione parte dos US$ 700 bilhões do programa de resgate para bancos menores que precisam de ajuda.

http://ultimosegundo.ig.com.br/new_york_times/2009/06/02/grandes+bancos+podem+abandonar+programa+de+resgate+antes+do+previsto+6488952.html

A impressão que dá é que os executivos querem fazer qualquer coisa para voltarem a receber os bônus.

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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #251 Online: 17 de Junho de 2009, 17:35:54 »
Obama anuncia reforma do sistema financeiro nos EUA

O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou nesta quarta-feira (17) um plano para mudar as regras de supervisão do sistema financeiro do país, com o objetivo de evitar uma repetição da atual crise econômica no futuro. As mudanças são classificadas como a mais ampla reforma da regulação financeira desde a Grande Depressão nos anos 1930.

* Luis Nassif: O desafio de regular os mercados
* Investidores temem excesso de novas regras

"A ausência de um regime regulatório em funcionamento sobre muitas partes do sistema financeiro - e sobre o sistema como um todo - levou-nos para perto da catástrofe", disse Obama, em pronunciamento na tarde desta quarta-feira.

Obama citou as décadas de "erros e oportunidades perdidas" e a falta de um marco apropriado para lidar com abusos e excessos como culpadas pela atual recessão.

Lembrou que, nos últimos anos, houve uma multiplicação dos instrumentos financeiros complexos, como os ativos respaldados por hipotecas, cujo objetivo era distribuir o risco, mas que na realidade acabaram por concentrá-lo.

"Muitos americanos compraram casas e pediram dinheiro emprestado sem se informar adequadamente sobre os termos e sem frequentemente arcar com suas responsabilidades", assegurou.

* Confira (em inglês) a íntegra da proposta de Obama

Obama afirmou que grandes instituições financeiras terão de atender padrões mais elevados, com exigências mais severas de capital e liquidez para aumentar a resistência delas. A nova autoridade do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) será complementada por um conselho regulador de supervisão para "lidar com questões que não se encaixam nitidamente em um mapa organizacional".

Para fechar brechas na regulação e impedir que os bancos busquem a agência regulatória menos exigente possível, Obama confirmou que o Escritório de Supervisão de Poupança será fechado e disse que apenas uma carta-patente bancária federal será oferecida. Ele informou que instrumentos derivativos, tais como CDS, estarão sujeitos à regulação maior e os administradores de fundos de hedge (proteção) serão forçados a se registrar no órgão regulador do mercado mobiliário dos EUA (a SEC).

"Nós fomos convocados a colocar em prática reformas que permitam que nossas melhores qualidades floresçam, ao mesmo tempo em que mantêm os piores traços sob controle", disse Obama. "Nós fomos convocados a reconhecer que o mercado livre é a mais poderosa força geradora de nossa prosperidade, mas não é uma licença livre para ignorar as consequências de nossas ações."

Obama respondeu tanto aos críticos que disseram que sua reforma vai longe demais quanto aos que disseram que não vai longe o suficiente. Ele disse que seria um "erro" se desfazer totalmente do antigo sistema, optando, ao contrário, por "localizar as fraquezas estruturais" por trás da crise atual. Ao mesmo tempo, ele afirmou que "mudanças significativas" ainda são necessárias. "Não queremos suprimir a inovação. Mas estou convencido de que, ao definir regras claras do caminho e assegurar a transparência e negociações justas, vamos realmente promover um mercado mais vibrante."

As propostas, que estão sendo trabalhadas há seis meses e agora serão debatidas no Congresso norte-americano, incluem o fechamento de uma das agências reguladoras de bancos no país e a criação de um órgão no governo para avaliar os grandes riscos à economia e a segurança de produtos financeiros.

Os pilares

A proposta de Obama está fundamental em cinco pilares: promover uma sólida supervisão e regulação das empresas financeiras; estabelecer uma supervisão global dos mercados financeiros; proteger consumidores e investidores de abusos financeiros; fornecer ao governo instrumentos necessários para gerir crises financeiras; e elevar a regulamentação de normas internacionais, e melhorar a cooperação internacional.

O presidente propõe a criação de um novo Conselho de Supervisão dos Serviços Financeiros, formado por reguladores, com o objetivo de identificar riscos sistêmicos e melhorar a cooperação entre as autoridades.

Além disso, Obama espera ampliar a autoridade do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), que passará a supervisionar todas as companhias com alto poder de impacto sobre o sistema financeiro. O Fed passa a ser o principal responsável pela prevenção de crises financeiras e vai monitorar as maiores instituições, exigindo maiores reservas de capital para os grandes bancos.

Segundo Obama, o Fed será um regulador sistêmico, que poderá atuar com bancos e entidades financeiras não bancárias. E o governo terá poder para dividir as instituições consideradas "grandes demais para quebrar", como a seguradora AIG.

A proposta ainda prevê a criação de um Banco Nacional de Dados, para supervisionar os bancos federais, e o registro dos conselheiros dos fundos de hedge e outros grupos de capital privado junto à Securities and Exchange Comission (SEC).

Para evitar os riscos excessivos, será reformado o mercado de securitização. Também serão estabelecidas mudanças no sistema de remuneração de executivos financeiros, para que os bônus não incentivem a busca de resultados apenas no curto prazo. Os acionistas vão poder interferir na compensação dos executivos.

A agência de proteção ao consumidor de produtos financeiros terá como missão "proteger o consumidor em mercados de crédito, poupança e pagamentos". E terá o poder de mudar as regras de hipotecas, por exemplo. A nova agência vai regular os fornecedores de produtos financeiros, coibindo abusos em juros de cartão de crédito, tarifas bancárias e empréstimos.

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/06/17/obama+anuncia+reforma+do+sistema+financeiro+nos+eua+6778956.html

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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #252 Online: 20 de Junho de 2009, 06:07:42 »
Obama nomeia ditador para salvar economia americana

Tenho sentimentos muito profundos pelos Estados Unidos. Foi onde comecei a aprender jornalismo na prática, tive os melhores anos do fim da adolescência, estudei, adquiri o vício da leitura. Fui o primeiro jornalista brasileiro credenciado junto às Nações Unidas e trabalhei na imprensa nova-iorquina nos anos 1945 a 1947. Voltei para lá em 1961 como adido do embaixador Roberto Campos.

Sou um filoamericano e acompanho a vida de lá o melhor possível. A notícia de que Obama designou um grande advogado para fixar os limites dos ganhos de 175 executivos das sete maiores empresas americanas pode ser um passo para revolucionárias mudanças das técnicas gerenciais do país.

O advogado prestará seus serviços sem nada cobrar. O serviço público é honra disputada. Os indivíduos pensados para os mais altos cargos são escolhidos por seus conhecimentos e experiência. Qualquer erro cometido no passado basta para serem rejeitados pelo Senado, que representa os interesses de cada um dos Estados da federação. Não é um país de anjos, mas lá se respeita uma Constituição de mais de 200 anos e não se brinca com dinheiro dos contribuintes. Dá cadeia.

É possível dizer que os Executivos das empresas americanas são muito culpados pela crise. Aliás, o sistema pelo qual são compensados. Não são atraídos pelos grandes salários. O principal é a participação nos lucros. Daí que o objetivo é realizar os maiores lucros possíveis no mais breve espaço de tempo. Os lucros valorizam as ações em bolsas de valores. A bonificação dos Executivos pode transformá-los em multimilionários em um ano de trabalho.

Eles sabem manipular as coisas de forma a serem apoiados por vice-presidentes e diretores. Aí entra a natureza humana. Nunca nada é suficiente. Então viajam em luxuosos jatos da empresa, hospedam-se nos hotéis mais caros, bebem e comem do melhor, vivem em palácios. O resultado de tudo isto foi a deterioração do sistema produtivo americano. A concentração em maximizar lucros levou a minimizar investimentos de resultados mais demorados.

A crise revelou que as mais gigantescas empresas, cujas falências eram impensáveis, escondiam sua fraqueza por meio de contabilidade criativa. Eram castelos de cartas. As empresas preservadas receberam infusões de bilhões. Obama aplicou trilhões para evitar a derrocada do economia americana, a de maior consumo e locomotiva da economia internacional.

A dívida pública americana é a maior da história dos países. As aplicações da China comunista em papéis da dívida americana têm sido fundamental para salvar o capitalismo. E não é que os Executivos tentaram se aproveitar e garantiram o seu do dinheiro do contribuinte? Dívida de governo é divida de quem paga impostos. Só o contribuinte brasileiro não atenta para o que se faz com o seu suado dinheiro, muitos pensando, talvez , que governo produz riqueza.

O advogado vai enfrentar leões sempre famintos, conhecedores de todos os truques. Necessitará de fortíssimo apoio político. Se mudar a regra poderá apressar a recuperação da economia americana. Os Executivos deixarão de ganhar até cem milhões de dólares por ano. Talvez evite que o dólar vire papel vagabundo.

http://ultimosegundo.ig.com.br/opiniao/nahum/2009/06/10/obama+nomeia+ditador+para+salvar+economia+americana+6663943.html

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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #253 Online: 04 de Julho de 2009, 22:06:07 »
Crise provoca maior onda de fechamento de bancos americanos desde 1992

A crise financeira internacional provocou o maior volume de fechamento de bancos nos Estados Unidos dos últimos 17 anos. Na última semana, mais sete bancos foram fechados pelas autoridades regulatórias norte-americanas, elevando para 52 o número total de instituições fechadas. O volume já é o dobro do registrado em todo ano passado, de acordo com a agência de notícias "Bloomberg".

Em 2008, o Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC, a agência federal dos EUA de garantia de depósitos bancários) fechou 25 bancos. Em 1993, foram fechadas pela autoridade americana 50 instituições financeiras. Somente em 1992, entretanto, 181 bancos não resistiram à crise.

Na quinta-feira, o FDIC informou que seis bancos regionais em Illinois, controlados por uma única família e com mesmo modelo de negócio, e um no Texas tiveram suas portas fechadas.

Esses bancos possuíam ativos totais da ordem de US$ 1,49 bilhão e depósitos de US$ 1,34 bilhão. Eles estavam envolvidos pesadamente em investimentos em bônus securitizados.

O maior do sete é o Founders Bank of Illinois, com ativos de US$ 926,5 milhões, dos quais US$ 848,9 milhões em depósitos.

Também foram fechados os bancos First National First Financial, Millennium State Banck of Texas (o único que não é de Illinois), Rock River Bank Harvard State Bank, Elizabeth State Bank of Lincoln e First State Bank First National.

De acordo com estimativas do FDIC, os sete fechamentos da última semana custarão US$ 313,3 milhões. Para compensar as perdas com os resgates dos bancos falidos, o FDIC criou uma taxa para levantar mais US$ 5,6 bilhões para seu fundo, que está deteriorado nos últimos 18 meses, segundo a “Bloomberg”.

A autoridade regulatória não descarta novos fechamentos de bancos neste ano.

Problemas em Illinois

Somente no estado de Illinois, doze bancos já faliram neste ano. O estado é um dos sete que iniciaram o ano sem um plano de gastos. O governador do estado, o democrata Pat Quinn, se recusou a assinar o Orçamento porque os legisladores não aprovaram um aumento dos impostos sobre rendimentos.

De acordo com a "Bloomberg", o governador esperava um Orçamento de US$ 53 bilhões na proposta de março, para ajudar a reduzir o déficit de US$ 11,6 bilhões e manter os serviços estatais.

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/07/04/crise+provoca+maior+onda+de+fechamento+de+bancos+americanos+desde+1992+7106912.html

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