Autor Tópico: Estatais nos EUA  (Lida 17520 vezes)

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Offline Luiz Souto

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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #200 Online: 08 de Outubro de 2008, 23:17:42 »
Há algo que ainda não compreendo totalmente nos textos que Herf postou. Vou apresentá-los, e gostaria que alguém mais versado em economia esclarecesse melhor.

1- Os textos afirmam basicamente que há um excesso de moeda e crédito na economia, criados de forma artificial pelo estado e levando a um incremento também "artificial" da demanda global;

2- Porém, quando a situação 1 ocorre, o que normalmente temos é uma elevada inflação, com os preços disparando ao invés de caindo. O fato do preço dos imóveis estar caindo denota haver um excesso de imóveis sobre o de moeda, e não o contrário como diz o texto.

3- A situação atual é um quadro típico de  depressão econômica, e não de inflação. Em depressões, há um excesso de produção sobre a demanda efetiva, e não o contrário. No entanto, os textos afirmam que a causa da crise é um excesso de demanda provocado pela intervenção governamental.

4- Sendo a crise provocada por excesso de moeda e crédito, como diz os textos, a solução lógica seria reduzir a quantidade de moeda e crédito, e não injetar mais moeda na economia como todos os governos normalmente fazem nessa situação.

Enfim, eu estou meio confuso em relação ao que esses textos falam, e gostaria que alguém mais versado em economia lançasse uma luz sobre essa questão.



Obviamente não com a precisão com que você colocou , mas tive dúvidas similares às suas ao ler os textos .( acho que ler o Krugman esta me ajudando na critica dos textos econômicos  :)).
Vou ver se acho algum texto de réplica aos que o Herf postou pra poder dar um enfoque alternativo.
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #201 Online: 09 de Outubro de 2008, 10:25:57 »
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09/10/2008 - 09h41

China adia recebimento de minério australiano

Por James Regan

SYDNEY (Reuters) - Siderúrgicas na China pediram à mineradora australiana Mount Gibson Iron para adiar algumas remessas de minério de ferro, no mais forte sinal de que a maior produtora de aço do mundo está engasgada com excesso de estoques da matéria-prima do aço.

O pedido de adiamento vai adicionar preocupações de que o apetite por matéria-prima aparentemente insaciável da China, que gerou recordes nos preços nos mercados de commodities de cobre e de frete, está sofrendo com a crise global dos mercados financeiros e com um recuo cíclico do setor de aço.

A Mount Gibson, quarta maior produtora de minério de ferro do mundo, informou que uma série de seus clientes pediram adiamentos de entregas no segundo trimestre negociadas sob contratos a termo. Apesar disso, a companhia afirmou que não tem obrigação de concordar com os pedidos.

"Estamos vendo a demanda cair, pelo menos temporariamente, o que poderia ser em parte atribuído à crise financeira que se espalha ao redor do mundo", afirmou o analista James Wilson da DJ Carmichael.

A Mount Gibson, que produziu 6,9 milhões de toneladas de minério de ferro no ano até 30 de junho, informou que incertezas econômicas e restrição nas condições de crédito levaram a uma redução na produção de aço e aumento de estoques de minério de ferro nos portos chineses.

O anúncio fez as ações da empresa despencarem até 32 por cento nesta quinta-feira, mas o movimento não se estendeu para outras mineradoras australianas, que fornecem a maior parte do minério comprado pela China.

"Continuamos a fazer nossas entregas normais", disse Gervase Greene, um porta-voz da Rio Tinto, maior mineradora de minério de ferro da Austrália. A BHP Billiton, principal rival da Rio também informou embarques normais.


E o apetite do dragão está acabando... Alguém aqui tem ações da Vale? Se tem, prepare-se para a possibilidade de prejuízo...

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09/10/2008 - 08h22

Islândia estatiza maior banco e suspende pregão da bolsa até 2a

REYKJAVIK (Reuters) - A Islândia tomou nesta quinta-feira o controle do maior banco do país, o Kaupthing, para tentar apoiar o sistema bancário, e suspendeu as negociações de seu mercado de ações.

A Autoridade de Supervisão Financeira da Islândia (FME) informou que os depósitos domésticos do Kaupthing foram totalmente garantidos e que todas as agências, caixas eletrônicos e operações na Internet funcionarão normalmente.

"A ação tomada pela FME é um passo necessário no cumprimento dos objetivos do governo e do parlamento islandês para assegurar a continuidade da operação ordenada do sistema bancário doméstico e a segurança dos depósitos domésticos", informou o órgão.

Com o movimento, o Estado islandês já tomou três dos maiores bancos do país. Os outros dois foram Landsbanki e Glitnir, nesta semana.

A bolsa de valores suspendeu a negociação de todas as ações, citando condições anormais do mercado. O pregão não será retomado antes de segunda-feira.

Em meio à crise financeira mundial, o primeiro-ministro da Islândia alertou sobre o risco de colapso nacional.

Lar de apenas 300 mil pessoas, a Islândia sintetizou o "boom" do crédito global que estourou. Seus bancos expandiram-se dramaticamente mundo afora, com os investidores tomando grandes posições em sua moeda de altos rendimentos e investimento estrangeiro sendo colocado em projetos locais.

O banco central tentou e depois abandonou uma iniciativa de estimular sua abatida moeda e agora procura um empréstimo emergencial junto à Rússia.

(Por Brett Young)

O Banco Central da Islândia é um sério candidato (na minha opinião) a ser o primeiro a quebrar, junto com todo o país...
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline JJ

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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #202 Online: 10 de Outubro de 2008, 09:11:57 »

Ele acha que se existisse o socialismo ou se houvesse mais intervenção não estaria tendo esta quebradeira toda...



Quanto ao socialismo eu não fiz referências,  mas  já que você citou, eu desconheço que tenha havido bolhas  imobiliárias na antiga URSS.  Ou na China quando esta era socialista. 

E sim, acredito que  a falta de regulação no sistema financeiro tem a ver com o atual caos financeiro.   



Helder

Você mais uma vez disse que os EUA são hipócritas. Me diga quem cara, um país não pode ser hipócrita. Me diga quem você está acusando de hipocrisia e o porque.   



Agnóstico,

Qualquer  país, governo ou instituição  econômica,  seja pública ou privada, pode (e tem) líderes hipócritas e mentirosos que fazem afirmações hipócritas e mentirosas. O problema é vender tais mentiras como se fossem verdades  incontestes e cientificamente válidas.


Os  EUA pregavam para países como o Brasil  que o governo não deve intervir na economia, que deve-se deixar o mercado resolver tudo sozinho. Entretanto agora que as empresas privadas americanas fizeram besteiras gigantescas, eles estão intervindo fortemente no mercado, eles não estão deixando o mercado se auto regular.   Isso é hipocrisia.  Faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço.


A Coréia do Sul  já esteve em crise e teve  bancos  com problemas sérios, o FMI  , que segue a orientação dos americanos (eles são os maiores acionistas do FMI),  disse simplesmente para deixá-los quebrar.  Mas agora o FMI aplaude a intervenção do governo americano. Mais hipocrisia .


« Última modificação: 10 de Outubro de 2008, 14:33:25 por Helder »

Offline Diego

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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #203 Online: 10 de Outubro de 2008, 09:29:41 »

Quanto ao socialismo eu não fiz referências,  mas  já que você citou, eu deconheço que tenha havido bolhas  imobiliárias na antiga URSS.  Ou na China quando esta era socialista. 


Claro que não aconteceu crises imobiliárias.
Sequer existia o conceito de propriedade privada.

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E sim, acredito que  a falta de regulação no sistema financeiro tem a ver com o atual caos financeiro.   

Você mais uma vez disse que os EUA são hipócritas. Me diga quem cara, um país não pode ser hipócrita. Me diga quem você está acusando de hipocrisia e o porque. 



Agnóstico,

Qualquer  país, governo ou instituição  econômica,  seja pública ou privada, pode (e tem) líderes hipócritas e mentirosos que fazem afirmações hipócritas e mentirosas. O problema é vender tais mentiras como se fossem verdades  incontestes e cientificamente válidas.


Os  EUA pregavam para países como o Brasil  que o governo não deve intervir na economia, que deve-se deixar o mercado resolver tudo sozinho. Entretanto agora que as empresas privadas americanas fizeram besteiras gigantescas, eles estão intervindo fortemente no mercado, eles não estão deixando o mercado se auto regular.   Isso é hipocrisia.  Faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço.


A Coréia do Sul  já esteve em crise e teve  bancos  com problemas sérios, o FMI  , que segue a orientação dos americanos (eles são os maiores acionistas do FMI),  disse simplesmente para deixá-los quebrar.  Mas agora o FMI aplaude a intervenção do governo americano. Mais hipocrisia .




Realmente você não entendeu os motivos da crise ( nem os motivos para o estado intervir de forma tão forte)
Está apenas querendo provar pra você mesmo que os EUA são hipócritas, que o intervencionismo é o fim do liberalismo, etc, etc.

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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #204 Online: 10 de Outubro de 2008, 10:42:47 »
Para que o sistema financeiro está ruindo...


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10/10/2008 - 08h08

Seguradora Yamato Life pede falência e é 1ª vítima da crise global no Japão

Por Leika Kihara e Taiga Uranaka

TÓQUIO (Reuters) - A japonesa Yamato Life Insurance, uma seguradora de médio porte de capital fechado, entrou com pedido de falência nesta sexta-feira, tornando-se a primeira instituição financeira do Japão a quebrar por conta da turbulência do mercado gerada pela crise das hipotecas de alto risco.

Ministros japoneses e participantes do mercado disseram que a Yamato, que buscou investimentos de alto risco, não é uma empresa típica do setor de seguros do Japão e que o colapso da companhia não significa que outras instituições financeiras terão o mesmo destino.

"Ela não caiu porque o sistema financeiro do Japão não está funcionando corretamente ou porque a liquidez do Japão secou ou qualquer motivo como esses", disse Masanaga Kono, um estrategista da Société Générale Asset.

"Eu duvido que outras companhias tenham assumido tanto risco", acrescentou.

O ministro da Economia, Kaoru Yosano, informou que não existem outras seguradoras no país com problemas. "É a menor companhia do setor de seguros de nosso país", disse ele a jornalistas. "O incidente é o colapso de uma companhia que tinha um modelo de negócio único".

A queda da Yamato aconteceu em meio a uma forte desvalorização da bolsa de Tóquio, que despencou 10 por cento, e também diante de um aumento nos temores dos investidores de que a intensificação da turbulência dos mercados leva o mundo a uma recessão.

A falência da companhia foi a quinta maior deste ano em termos de dívida e marca o mais recente caso de colapso de seguradora japonesa desde a Tokyo Life em 2001, informou a empresa de pesquisa Teikoku Databank.

A Yamato informou que vinha ativamente buscando retornos de investimentos para cobrir altos custos operacionais, alocando uma proporção relativamente alta de seus investimentos em ativos alternativos, incluindo fundos de hedge.

"A queda mundial no valor dos ativos disparada pelas hipotecas de alto risco foi surpreendentemente grande", disse o presidente da Yamato, Takeo Nakazono, em entrevista a jornalistas.

A Yamato informou que seu prejuízo líquido no primeiro semestre é estimado em 11 bilhões de ienes e seu valor líquido negativo, o quanto as dívidas da empresa excedem seus ativos, deve ter somado 11,5 bilhões de ienes ao final de setembro.

A maior parte dos 170 mil contratos individuais da Yamato serão protegidos pela Life Insurance Policyholders Protection Corporation do Japão, mas o dinheiro assegurado e os benefícios a serem pagos podem ser cortados, informou um porta-voz da Yamato.

(Reportagem adicional de Sachi Izumi e Yuzo Saeki)

"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Diego

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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #205 Online: 10 de Outubro de 2008, 11:07:41 »
Vamos torcer para ser um caso isolado assim como afirma o 1º ministro japonês.

Offline PauloCesar

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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #206 Online: 10 de Outubro de 2008, 11:56:09 »
Parece que é mesmo, mas que 2009  será um ano dificil será...
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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #207 Online: 10 de Outubro de 2008, 12:37:36 »
7 trilhões de dólares desapareceram do mercado :shock::shock:

http://economia.uol.com.br/cotacoes/ultnot/2008/10/10/ult1918u1274.jhtm

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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #208 Online: 10 de Outubro de 2008, 12:52:57 »

Quanto ao socialismo eu não fiz referências,  mas  já que você citou, eu deconheço que tenha havido bolhas  imobiliárias na antiga URSS.  Ou na China quando esta era socialista. 

E sim, acredito que  a falta de regulação no sistema financeiro tem a ver com o atual caos financeiro.  


Helder , não houve " bolhas " financeiras ou imobiliárias na URSS porque o mercado era burocraticamente regulado , com a propiedade dos imóveis sendo  legalmente do estado , não havendo possibilidade de especulação em grande escala.
A característica principal era a subprodução de bens com a consequente existência de mercado negro e , no caso dos imóveis, tráfico de influência e corrupção para obtê-los.

Vamos torcer para ser um caso isolado assim como afirma o 1º ministro japonês.

Possivelmente não será um caso isolado. A crise financeira é global justamente porque a circulação financeira é globalizada , há um efeito dominó a nível mundial.
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

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Offline PauloCesar

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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #209 Online: 10 de Outubro de 2008, 15:16:31 »
Luiz, a Yamato nem era uma SA. Parece que foi mais um problema de gestão que a empresa já possuía e, ao investir num fundo de ações acabou tomando preju com a quebradeira da bolsa e perdendo o que já não tinha.

Não acho que as empresas japas estão ilesas, mas especificamente no caso da Yamato, parece que a quebra se deu por outros fatores.

7 trilhões de dólares desapareceram do mercado :shock::shock:
http://economia.uol.com.br/cotacoes/ultnot/2008/10/10/ult1918u1274.jhtm

Sem dúvida, uma cifra impressionante, mas lendo as diversas notícias net afora e outras tantas postadas nesse tópico, sou levado a questionar se o valor de mercado dessas companhias eram (ou são) reais... será que os trocentos bilhões de dólares que, por exemplo, o Google supostamente vale são reais ou é tudo ficção?
« Última modificação: 10 de Outubro de 2008, 15:46:47 por PauloCesar »
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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #210 Online: 10 de Outubro de 2008, 16:28:11 »
será que os trocentos bilhões de dólares que, por exemplo, o Google supostamente vale são reais ou é tudo ficção?
Dinheiro equivale somente o valor que ele é dado, não por existir realmente.

Offline PauloCesar

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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #211 Online: 10 de Outubro de 2008, 16:33:38 »
será que os trocentos bilhões de dólares que, por exemplo, o Google supostamente vale são reais ou é tudo ficção?
Dinheiro equivale somente o valor que ele é dado, não por existir realmente.

Beleza, mas a questão não é se o dinheiro vale ou não vale o que dizem, mas sim se a EMPRESA vale o que dizem. Anyway, pode ser que o mercado está se ajustando e dizendo o quanto realmente essas empresas valem e não simplesmente aceitando o que elas dizem valer...
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Offline Diego

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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #212 Online: 10 de Outubro de 2008, 16:39:23 »
Beleza, mas a questão não é se o dinheiro vale ou não vale o que dizem, mas sim se a EMPRESA vale o que dizem. Anyway, pode ser que o mercado está se ajustando e dizendo o quanto realmente essas empresas valem e não simplesmente aceitando o que elas dizem valer...

É oq eu também acho que está acontecendo.

A boa notícia (para alguns) é que os commodities estão caindo de preço tb:

prata cai 19,1%; cobre, 12,8%; gasolina, 10,3%; petróleo 10%; soja 7,14%; milho 6,85%; e trigo 6,79%



Offline Moro

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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #213 Online: 10 de Outubro de 2008, 20:42:17 »

Quanto ao socialismo eu não fiz referências,  mas  já que você citou, eu desconheço que tenha havido bolhas  imobiliárias na antiga URSS.  Ou na China quando esta era socialista. 

E sim, acredito que  a falta de regulação no sistema financeiro tem a ver com o atual caos financeiro.   

Aqui faço minha as palavras do Luis. E adiciono que a URSS não tinha quebradeira as vezes, na verdade o rumo dela era a quebradeira. E quebrou... POR INTEIRO.


Agnóstico,

Qualquer  país, governo ou instituição  econômica,  seja pública ou privada, pode (e tem) líderes hipócritas e mentirosos que fazem afirmações hipócritas e mentirosas. O problema é vender tais mentiras como se fossem verdades  incontestes e cientificamente válidas.


Os  EUA pregavam para países como o Brasil  que o governo não deve intervir na economia, que deve-se deixar o mercado resolver tudo sozinho. Entretanto agora que as empresas privadas americanas fizeram besteiras gigantescas, eles estão intervindo fortemente no mercado, eles não estão deixando o mercado se auto regular.   Isso é hipocrisia.  Faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço.


A Coréia do Sul  já esteve em crise e teve  bancos  com problemas sérios, o FMI  , que segue a orientação dos americanos (eles são os maiores acionistas do FMI),  disse simplesmente para deixá-los quebrar.  Mas agora o FMI aplaude a intervenção do governo americano. Mais hipocrisia .


Mostre suas fontes... vamos ver quem são esses caras... e o contexto em que foi falado. Quero ver que eles falaram que o governo não tem que intervir na economia...Que o mercado tem que reolver tudo sozinho...

Eu afirmei: O consenso de washington tinha 8 pilares para quem QUISESSE pegar o crédito das instituições baseadas em Washington e não era um pilar falar que era para deixar resolver as coisas sozinho.
Eu mostrei afirmações do criador do consenso, mostrei os pilares, falei que dos 8 pilares seguimos apenas o "privatização" e não a parte de disciplina fiscal,  barreiras para investimentos, marcos regulatórios para o mercado de trabalho, etc...

Se não é o consenso de washington, que costumam usar como espantalho, gostaria de saber onde é
« Última modificação: 10 de Outubro de 2008, 20:47:31 por Agnostico »
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Sacred cows make the best hamburgers

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Offline JJ

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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #214 Online: 11 de Outubro de 2008, 07:56:16 »

Aqui faço minha as palavras do Luis. E adiciono que a URSS não tinha quebradeira as vezes, na verdade o rumo dela era a quebradeira. E quebrou... POR INTEIRO. 


A URSS  dissolveu-se , o que não é o mesmo que quebrar  no sentido comercial do termo. Quebrar no sentido comercial consiste em ficar sem capacidade de saldar as dívidas.

O que ocorreu na URSS  foi uma grande mudança política, por  n  fatores. Não foi um acontecimento comercial.

Tanto não foi quebrar , que todos os países que faziam parte da URSS continuaram  suas atividades comerciais ( a própria dissolução da URSS foi  causa  e não conseqüência de  uma queda no PIB das ex repúblicas soviéticas, devido a desordem econômica que se seguiu à dissolução). .




Mostre suas fontes... vamos ver quem são esses caras... e o contexto em que foi falado. Quero ver que eles falaram que o governo não tem que intervir na economia...Que o mercado tem que reolver tudo sozinho...


Sobre os bancos da Coréia do Sul  a notícia , se não me engano está no portal UOL na parte de economia (no momento estou sem tempo para pesquisar o link e te passar).


No momento estou com pouco tempo disponível para aprofundar no debate e  pesquisar fontes,
(pois tenho trabalhos para fazer).   Logo que tiver um pouco mais de tempo eu volto a postar.


Sds,

Halder   

Offline Diego

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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #215 Online: 11 de Outubro de 2008, 10:26:36 »
Helder,

A URSS só não quebrou porque se dissolveu antes. Mas é fato bem conhecido que ela estava em decadência muito acelerada.

Quando a cortina de ferro caiu, mostrou-se que o PIB da URSS era de 1/6 dos EUA (algo equivalente ao PIB da Inglaterra)

Se você tomar por base as 2 Alemanhas (oriental e ocidental) e compará-las as diferenças econômicas são brutais (e acho que não existe exemplo melhor entre capitalismo e socialismo, pois é o mesmo país, com o mesmo povo, mesma língua, costumes,...).
A força de trabalho da Alemanha oriental era de apenas 1/3 da produtividade da alemanha ocidental. O mesmo acontecia no padrão de vida.
40% das fábricas da alemanha oriental eram tão obsoletas que foram fechadas.
Milhões de pessoas precisavam de reciclagem e de novos trabalhos para se adequarem aos mercados ocidentais.

Offline Luiz Souto

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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #216 Online: 11 de Outubro de 2008, 12:42:17 »
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Para compreender a crise financeira

Mercados internacionais de crédito entraram em colapso e há risco real de uma corrida devastadora aos bancos. Por que o pacote de 700 bilhões de dólares, nos EUA, chegou tarde e é inadequado. Quais as causas da crise, e sua relação com o capitalismo financeirizado e as desigualdades. Há alternativas?


Antonio Martins
Fonte: http://diplo.uol.com.br/2008-10,a2623

(atualizado em 7/10, às 9h15)

Depois de terem vivido uma segunda-feira de pânico, os mercados financeiros operam, hoje, em meio a muito nervosismo. A bolsa de valores de Tóquio caiu mais 3%, apesar de o Banco do Japão injetar mais 10 bilhões de dólares no sistema bancário. Na Europa, há pequena recuperação das bolsas, diante de rumores sobre uma redução coordenada das taxas de juros, pelos bancos centrais. Em contrapartida, anunciou-se que a situação do Royal Bank os Scotland (RBJ) pode ser crítica — e que outros bancos estariam sob forte pressão.

A crise iniciada há pouco mais de um ano, no setor de empréstimos hipotecários dos Estados Unidos, viveu dois repiques, nos últimos dias. Entre 15 e 16 de setembro, a falência de grandes instituições financeiras norte-americanas [1] deixou claro que a devastação não iria ficar restrita ao setor imobiliário. No início de outubro, começou a disseminar-se a sensação de que o pacote de 700 bilhões de dólares montado pela Casa Branca para tentar o resgate produziria efeitos muito limitados. Concebido segundo a lógica dos próprios mercados (o secretário do Tesouro, Henry Paulson, é um ex-executivo-chefe do banco de investimentos Goldman Sachs), o conjunto de medidas socorre com dinheiro público as instituições financeiras mais afetadas, mas não assegura que os recursos irriguem a economia, muito menos protege as famílias endividadas.

Deu-se então um colapso nos mercados bancários, que perdura até o momento. Apavoradas com a onda de falências, as instituições financeiras bloquearam a concessão de empréstimos – inclusive entre si mesmas. Este movimento, por sua vez, multiplicou a sensação de insegurança, corroendo o próprio sentido da palavra crédito, base de todo o sistema. A crise alastrou-se dos Estados Unidos para a Europa. Em dois dias, cinco importantes bancos do Velho Continente naufragaram [2].

Muito rapidamente, o terremoto financeiro começou a atingir também a chamada “economia real”. Por falta de financiamento, as vendas de veículos caíram 27% (comparadas com o ano anterior) em setembro, recuando para o nível mais baixo nos últimos 15 anos. Em 3 de outubro, a General Motors brasileira colocou em férias compulsórias os trabalhadores de duas de suas fábricas (que produzem para exportação), num sinal dos enormes riscos de contágio internacional. Diante do risco de recessão profunda, até os preços do petróleo cederam, caindo neste 6/10 a 90 dólares por barril – uma baixa de 10% em apenas uma semana. A tempestade afeta também o setor público. Ao longo da semana, os governantes de diversos condados norte-americanos mostraram-se intranqüilos diante da falta de caixa. O governador da poderosa Califórnia, Arnold Schwazenegger, anunciou em 2 de outubro que não poderia fazer frente ao pagamento de policiais e bombeiros se não obtivesse, do governo federal, um empréstimo imediato de ao menos 7 bilhões de dólares.

Desconfiados da solidez dos bancos, os correntistas podem sacar seus depósitos, o que provocaria nova onda de quebras e devastaria a confiança na própria moeda. Em tempos de globalização, seria “a mãe de todas as corridas contra os bancos”
Nos últimos dias, alastrou-se o pavor de algo nunca visto, desde 1929: desconfiados da solidez dos bancos, os correntistas poderiam sacar seus depósitos, o que provocaria nova onda de quebras e devastaria a confiança na própria moeda. Em tempos de globalização, seria “a mãe de todas as corridas contra os bancos”, segundo a descreveu o economista Nouriel Roubini, que se tornou conhecido por prever há meses, com notável precisão, todos os desdobramentos da crise atual.

Os primeiros sinais deste enorme desastre já estão visíveis. Em 2 de outubro, o Banco Central (BC) da Irlanda sentiu-se forçado a tranqüilizar o público, anunciando aumento no seguro estatal sobre 100% dos depósitos confiados a seis bancos. Na noite de domingo, foi a vez de o governo alemão tomar atitude semelhante. Mas as medidas foram tomadas de modo descoordenado, porque terminou sem resultados concretos, no fim-de-semana, uma reunião dos “quatro grandes” europeus [3], convocada pelo presidente francês, para buscar ações comuns contra a crise. Teme-se, por isso, que as iniciativas da Irlanda e Alemanha provoquem pressão contra os bancos dos demais países europeus, onde não há a mesma garantia. Além disso, suspeita-se que as autoridades estejam passando um cheque sem fundos. Na Irlanda, o valor total do seguro oferecido pelo BC equivale a mais do dobro do PIB do país...

Também neste caso, os riscos de contágio internacional são enormes. Roubini chama atenção, em especial, para as linhas de crédito no valor de quase 1 trilhão de dólares entre os bancos norte-americanos e instituições de outros países. É por meio deste canal, hoje bloqueado, que o risco de quebradeira bancária se espalha pelo mundo. Mesmo em países menos próximos do epicentro da crise, como o Brasil, as conseqüências já são sentidas. Na semana passada, o Banco Central viu-se obrigado a estimular os grandes bancos, por meio de duas resoluções sucessivas, a comprar as carteiras de crédito dos médios e pequenos – que já enfrentam dificuldades para captar recursos.

Em conseqüência de tantas tensões, as bolsas de valores da Ásia e Europa estão viveram, na segunda-feira (6/10) um dia de quedas abruptas. Na primeira sessão após a aprovação do pacote de resgate norte-americano, Tóquio perdeu 4,2% e Hong Kong, 3,4%. Quedas entre 7% e 9% ocorreram também em Londres, Paris e Frankfurt. Em Moscou, a bolsa despencou 19%. Em todos estes casos, as quedas foram puxadas pelo desabamento das ações de bancos importantes. Em São Paulo, os negócios foram interrompidos duas vezes, quando quedas drásticas acionaram as regras que mandam suspender os negócios em caso de instabilidade extrema. Apesar da intervenção do Banco Central, o dólar chegou a R$ 2,20.

Até o momento, tem prevalecido, entre os governos, uma postura um tanto curiosa: eles abandonam às pressas o discurso da excelência dos mercados, apenas para... desviar rios de dinheiro público às instituições dominantes destes mesmos mercados
A esta altura, todas as análises sérias coincidem em que não é possível prever nem a duração, nem a profundidade, nem as conseqüências da crise. Nos próximos meses, vai se abrir um período de fortes turbulências: econômicas, sociais e políticas. As montanhas de dinheiro despejadas pelos bancos centrais sepultaram, em poucas semanas, um dogma cultuado pelos teóricos neoliberais durante três décadas. Como argumentar, agora, que os mercados são capazes de se auto-regular, e que toda intervenção estatal sobre eles é contra-producente?

Mas, há uma imensa distância entre a queda do dogma e a construção de políticas de sentido inverso. Até o momento, tem prevalecido, entre os governos, uma postura um tanto curiosa: eles abandonam às pressas o discurso da excelência dos mercados, apenas para... desviar rios de dinheiro público às instituições dominantes destes mesmos mercados.

O pacote de 700 bilhões de dólares costurado pela Casa Branca é o exemplo mais acabado deste viés. Nouriel Roubini considerou-o não apenas “injusto”, mas também “ineficaz e ineficiente”. Injusto porque socializa prejuízos, oferecendo dinheiro às instituições financeiras (ao permitir que o Estado assuma seus “títulos podres”) sem assumir, em troca, parte de seu capital. Ineficaz porque, ao não oferecer ajuda às famílias endividadas — e ameaçadas de perder seus imóveis —, deixa intocada a causa do problema (o empobrecimento e perda de capacidade aquisitiva da população), atuando apenas sobre seus efeitos superficiais. Ineficiente porque nada assegura (como estão demonstrando os fatos dos últimos dias) que os bancos, recapitalizados em meio à crise, disponham-se a reabrir as torneiras de crédito que poderiam irrigar a economia. Num artigo para o Financial Times (reproduzido pela Folha de São Paulo), até mesmo o mega-investidor George Soros defendeu ponto-de-vista muito semelhantes, e chegou a desenhar as bases de um plano alternativo.

Outras análises vão além. Num texto publicado há alguns meses no Le Monde Diplomatique (http://diplo.uol.com.br/2007-11,a1993), o economista francês François Chesnais chama atenção para algo mais profundo por trás da financeirização e do culto à auto-suficiência dos mercados. Ele mostra que as décadas neoliberais foram marcadas por um enorme aumento na acumulação capitalista e nas desigualdades internacionais. Fenômenos como a automação, a deslocalização das empresas (para países e regiões onde os salários e direitos sociais são mais deprimidos) e a emergência da China e Índia como grandes centros produtivos rebaixaram o poder relativo de compra dos salários. O movimento aprofundou-se quando o mundo empresarial passou a ser regido pela chamada “ditadura dos acionistas”, que leva os administradores a perseguir taxas de lucros cada vez mais altas. O resultado é um enorme abismo entre a a capacidade de produção da economia e o poder de compra das sociedades. Na base da crise financeira estaria, portanto, uma crise de superprodução semelhante às que foram estudadas por Marx, no século retrasado. Ao liquidar os mecanismos de regulação dos mercados e redistribuição de renda introduzidos após a crise de 1929, o capitalismo neoliberal teria reinvocado o fantasma.

Wallerstein vê nos sistemas públicos de Saúde, Educação e Previdência algo que pode ser multiplicado, e que gera relações sociais anti-sistêmicas. Se todos tivermos direito a uma vida digna, quem se preocupará em acumular dinheiro?
Marx via nas crises financeiras os momentos dramáticos em que o proletariado reuniria forças para conquistar o poder e iniciar a construção do socialismo. Tal perspectiva parece distante, 125 anos após sua morte. A China, que se converteu na grande fábrica do mundo, é governada por um partido comunista. Mas, longe de ameaçarem o capitalismo, tanto os dirigentes quanto o proletariado chinês empenham-se em conquistar um lugar ao sol, na luta por poder e riqueza que a lógica do sistema estimula permanentemente.

Ao invés de disputar poder e riqueza com os capitalistas, não será possível desafiar sua lógica? O sociólogo Immanuel Wallerstein, uma espécie de profeta do declínio norte-americano, defendeu esta hipótese corajosamente no Fórum Social Mundial de 2003 - quando George Bush preparava-se para invadir o Iraque e muitos acreditavam na perenidade do poder imperial dos EUA. Em outro artigo, publicado recentemente no Le Monde Diplomatique Brasil, Wallerstein sugere que a crise tornará o futuro imediato turbulento e perigoso. Mas destaca que certas conquistas sociais das últimas décadas criaram uma perspectiva de democracia ampliada, algo que pode servir de inspiração para caminhar politicamente em meio às tempestades. Refere-se à noção segundo a qual os direitos sociais são um valor mais importante que os lucros e a acumulação privada de riquezas. Vê nos sistemas públicos (e, em muitos países, igualitários) de Saúde, Educação e Previdência algo que pode ser multiplicado, e que gera relações sociais anti-sistêmicas. Se a lógica da garantia universal a uma vida digna puder ser ampliada incessantemente; se todos tivermos direito, por exemplo, a viajar pelo mundo, a sermos produtores culturais independentes e a terapias (anti-)psicanalíticas, quem se preocupará em acumular dinheiro?

O neoliberalismo foi possível porque, no pós-II Guerra, certos pensadores atreveram-se a desafiar os paradigmas reinantes e a pensar uma contra-utopia. Num tempo em que o capitalismo, sob ameaça, estava disposto a fazer grandes concessões, intelectuais como o austríaco Friederich Hayek articularam, na chamada Sociedade Mont Pelerin, a reafirmação dos valores do sistema [4]. Seus objetivos parecem hoje desprezíveis, mas sua coragem foi admirável. Eles demonstraram que há espaço, em todas as épocas, para enfrentar as certezas em vigor e pensar futuros alternativos. Não será o momento de construir um novo pós-capitalismo?

[1] Em 12/9, o banco de investimentos Lehman Brothers quebrou, depois que as autoridades monetárias recusaram-se a resgatá-lo. No mesmo dia, o Merrill Lynch anunciou sua venda para o Bank of America. Em 15/9, a mega-seguradora AIG (a maior do mundo, até há alguns meses) anunciou que estava insolvente, sendo nacionalizada no dia seguinte com aporte estatal de US$ 85 bilhões

[2] O Fortis foi semi-nacionalizado pelos governos da Holanda, Bélgica e Luxemburgo. O Dexia recebeu uma injeção de 6,4 bilhões de euros, patrocinada pelos governos da França e Bélgica. O Reino Unido nacionalizou o Bradford & Bingley (especialista em hipotecas), vendendo parte de seus ativos para o espanhol Santander. O Hypo Real Estate segundo maior banco hipotecário alemão entrou numa operação de resgate cujo custo podia chegar a 50 bilhões de euros, mas cujo sucesso ainda não estava assegurado, em 5/9. A Islândia nacionalizou o Glitnir, seu terceiro maior banco

[3] Alemanha, França, Reino Unido e Itália, os membros europeus do G-8

[4] Sobre a contra-utopia hayekiana, ler, no Le Monde Diplomatique, “Pensando o Impensável” , de Serge Halimi (http://diplo.uol.com.br/2002-01,a203)
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

A liberdade só para os que apóiam o governo,só para os membros de um partido (por mais numeroso que este seja) não é liberdade em absoluto.A liberdade é sempre e exclusivamente liberdade para quem pensa de maneira diferente. - Rosa Luxemburgo

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Offline Tupac

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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #217 Online: 11 de Outubro de 2008, 20:20:00 »
Postado por Argo, do forum www.portaldocriador.org:

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Transcrito do Blog do Jofre (os grifos são meus), esse interessante esclarecimento. E ainda querem dizer que Marx não foi um dos maiores economistas da história. Prever com uma exatidão dessa o que aconteceria mais de 100 anos depois, não é coisa para qualquer um.

Mas não, ao invés de lerem e tentarem entender (ao menos para criticar), preferem viver de resuminhos feitos por jornalistas comprados, por analistas que vivem disso, como disse um dos comentaristas do blog: "tem os que não leram e não gostaram".
Citar
http://jofe.blig.ig.com.br/2008/41/19196342.html
Alguém leu O Capital?

Agora a gente já sabe que o papa Bento XVI não leu e acabou de descobrir que o "capital fictício" se desmancha no ar, mas uma lidinha no livro de Marx pode esclarecer algumas coisas na economia de hoje.

"Em um sistema de produção em que toda a trama do processo de reprodução repousa sobre o crédito, quando este cessa repentinamente e somente se admitem pagamentos em dinheiro, tem que produzir-se imediatamente uma crise, uma demanda forte e atropelada de meios de pagamento.

Por isso, à primeira vista, a crise aparece como uma simples crise de crédito e de dinheiro líquido. E, em realidade, trata-se somente da conversão de letras de câmbio em dinheiro. Mas essas letras representam, em sua maioria, compras e vendas reais, as quais, ao sentirem a necessidade de expandir-se amplamente, acabam servindo de base a toda a crise.

Mas, ao lado disto, há uma massa enorme dessas letras que só representam negócios de especulação, que agora se desnudam e explodem como bolhas de sabão, ademais, especulações sobre capitais alheios, mas fracassadas; finalmente, capitais-mercadorias desvalorizados ou até encalhados, ou um
refluxo de capital já irrealizável. E todo esse sistema artificial de extensão violenta do processo de reprodução não pode corrigir-se, naturalmente. O Banco da Inglaterra, por exemplo, entregue aos
especuladores, com seus bônus, o capital que lhes falta, impede que comprem todas as mercadorias desvalorizadas por seus antigos valores nominais.

No mais, aqui tudo aparece invertido, pois num mundo feito de papel não se revelam nunca o preço real e seus fatores, mas sim somente barras, dinheiro metálico, bônus bancários, letras de câmbio, títulos e valores.

E esta inversão se manifesta em todos os lugares onde se condensa o negócio de dinheiro do país, como ocorre em Londres; todo o processo aparece como inexplicável, menos nos locais mesmo da produção."

Fragmento de "O Capital", Volume 3, Capítulo 30, Capital-dinheiro e capital efetivo, Karl Marx (1818-1883).
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida."
 - Carl Sagan

"O que é afirmado sem argumentos, pode ser descartado sem argumentos." - Navalha de Hitchens

Offline JJ

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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #218 Online: 14 de Outubro de 2008, 10:38:13 »
14/10/2008 - 06h07
Atuação dos EUA para conter crise foi 'escandalosa', diz economista sueco

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u455814.shtml

CLAUDIA VAREJÃO WALLIN
da BBC Brasil, em Estocolmo

A atuação do governo americano desde o agravamento da crise financeira nos Estados Unidos foi "escandalosa", na opinião do economista sueco Arne Berggren, um dos arquitetos do pacote que salvou a economia da Suécia de uma crise semelhante na década de 90.

Berggren, no entanto, elogia a intenção do governo Bush de injetar dinheiro diretamente nas instituições financeiras ameaçadas, anunciada última sexta-feira. Mas, em sua opinião, o governo americano perdeu muito tempo antes de atacar os reais motivos da crise.

"Em geral, até o momento a atitude adotada pelos Estados Unidos tem sido escandalosa", disse Berggren, que atualmente é consultor do Banco Mundial, à BBC Brasil.

"Considerando-se a progressão da crise, o governo americano perdeu tempo demais contando com o que o Federal Reserve (Banco Central americano) poderia fazer e, em seguida, gastou mais tempo valioso tentando aprovar um plano no Congresso que não levou em conta todas as opções disponíveis para estabilizar os mercados", acrescentou Berggren, que, desde setembro, faz uma intensa ponte aérea Estocolmo-Washington a fim de explicar o sucesso do plano sueco.

A Suécia viveu no início da década de 90 um inferno financeiro parecido ao que os Estados Unidos enfrentam hoje, com a explosão de uma bolha imobiliária e um sistema financeiro em colapso.

O modelo sueco criado na época para debelar rapidamente o caos tornou-se referência para crise atual.

Ação

Para o economista, as medidas anunciadas pelo Banco Central americano foram necessárias para evitar um colapso total do sistema bancário, mas representaram o remédio errado para a crise.
Os problemas não serão solucionados, segundo ele, até que se enfrente a raiz do problema: o medo de um sistema em franca insolvência.

"O pacote de resgate de US$ 700 bilhões aprovado pelo Congresso americano para comprar ativos podres de bancos em dificuldades é astronômico, mas não resolve a questão fundamental. Para remover o medo da insolvência, quantias substanciais de capital precisam ser injetadas no sistema a fim de fortalecer os bancos."
O anúncio da última sexta-feira de que o governo Bush planeja agora injetar capital diretamente nos bancos americanos --nacionalizando assim em parte o sistema bancário-- representa, na visão do economista sueco, o "primeiro passo positivo na direção correta".

"Até recentemente, a idéia de nacionalizar temporariamente os bancos, como fizemos na Suécia na década de 90, foi amplamente rejeitada nos Estados Unidos, inclusive pelo secretário do Tesouro, Henry Paulson."
Mas é um equívoco, segundo ele, interpretar este tipo de intervenção como o fim do capitalismo ou algo parecido.

"Sou a favor da liberdade dos mercados, mas quando ocorre um terremoto desta dimensão no sistema financeiro, o governo precisa intervir, socializar os bancos e fazer o que precisa ser feito. O risco é alto demais para investidores privados e, portanto, em situações de crise severa existe apenas uma fonte possível de capital, que é o dinheiro dos contribuintes, representado pelo Ministério das Finanças".

"Não se trata de ideologia, mas de gerenciamento de crise. Ao final da crise, o Tesouro pode vender as ações compradas dos bancos e repor o dinheiro dos contribuintes usado para resgatar o sistema", acrescentou o economista, que embarca esta semana para Washington a fim de debater no Banco Mundial estratégias para combater a atual crise.

Arne Berggren ressalta que o novo plano americano reflete o teor do pacote de cerca de US$ 880 bilhões anunciado na quarta-feira passada pela Grã-Bretanha, que prevê a nacionalização parcial de bancos para resgatar o sistema.

"O plano britânico enfrenta diretamente o problema da solvência. Espero que a Grã-Bretanha possa exercer liderança política para solucionar a crise, e que o governo de George W. Bush possa coordenar seus esforços com o modelo europeu", destacou o economista sueco.

Sobre os efeitos da crise atual na Suécia, Arne Berggren diz que o sistema de pagamentos e crédito do país tem sido afetado pela crise. Mas ele ressalta que os bancos suecos estão bem capitalizados e que o sistema de crédito doméstico talvez possa voltar à normalidade de forma relativamente rápida, assim que que a confiança básica seja restaurada a nível internacional.

Em relação às possíveis conseqüências da crise sobre o Brasil, o economista prefere não especular, mas opina.
"Uma boa tática para o Brasil e outros países é provavelmente desenvolver uma estratégia e uma infra-estrutura organizacional capazes de lidar com a possibilidade do pior cenário, e tentar costurar o fundamental consenso político para adotar as medidas necessárias", observa Arne Berggren.

O modelo sueco

Assim como a atual crise financeira global, a crise do sistema bancário da Suécia nos anos 90 teve origem na explosão de uma bolha no mercado imobiliário, criada em conseqüência da desregulamentação do mercado de crédito do país em 1985.

Os sete maiores bancos do país acumularam perdas equivalentes a 12% do PIB, e as taxas interbancárias saltaram para 500%.

Em 1992, frente ao virtual colapso do sistema, o governo de centro-direita do então primeiro-ministro Carl Bildt decidiu interferir de forma rápida e drástica. Arne Berggren destaca dois fatores decisivos para o sucesso do modelo sueco: "Todas as medidas foram tomadas com pleno consenso de todo o espectro político e o governo assumiu garantias vitais assim que elas se mostraram necessárias".

O governo anunciou garantias imediatas aos credores de todos os bancos do país a fim de restabelecer a confiança - mas não concedeu nenhuma garantia aos acionistas das instituições.

Uma agência governamental foi estabelecida para supervisionar todos os bancos que necessitavam ser recapitalizados, mas sob uma condição: em troca de ajuda, os bancos tiveram que ceder capital.
"Decidimos que, se íamos entrar com o dinheiro, então teríamos que assumir o controle parcial ou total dos bancos", destaca Arne Berggren.

"Usar o dinheiro do contribuinte para salvar bancos em dificuldades, sem exigir nada em troca, seria como passar um cheque em branco para as instituições que agiram da forma mais irresponsável", acrescenta o economista, que após a crise trabalhou como consultor do Fundo Monetário Internacional para crises sistêmicas, além de assessorar os governos da Tailândia e Coréia do Sul durante a crise asiática de 1997.

O governo chegou a controlar mais de 20% do sistema bancário do país. No total, a Suécia gastou cerca de 4% de seu PIB para salvar os bancos --montante proporcionalmente semelhante ao proposto pelo secretário do Tesouro nos EUA.

No final de 1993, a crise bancária foi superada. Em 1994, os bancos começaram a apresentar lucros e o governo pôde vender sua participação nas instituições, retornando assim o dinheiro aplicado no resgate aos cofres dos contribuintes.


Offline JJ

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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #219 Online: 17 de Outubro de 2008, 12:27:44 »
17/10/2008 - 10h10
Comissário da UE diz que ápice da crise foi enfrentado com sucesso

da Efe, em Madri
da Folha Online

http://tools.folha.com.br/print?site=emcimadahora&url=http%3A%2F%2Fwww1.folha.uol.com.br%2Ffolha%2Fdinheiro%2Fult91u457273.shtml   

O comissário de Assuntos Econômicos e Monetários da UE (União Européia), Joaquín Almunia, afirmou hoje que com as últimas decisões adotadas na Europa e nos Estados Unidos para resgatar o setor financeiro, os países enfrentaram com sucesso "o [momento] mais difícil da crise". Ele afirmou, porém, que ainda haverá uma segunda onda por causa da queda da atividade econômica.

Almunia disse que a queda de outros setores não financeiros representará uma "pressão adicional" para as entidades nas próximas semanas.

No entanto, expressou sua confiança de que a normalidade dos mercados financeiros e de crédito irá se restabelecendo após as medidas adotadas, com o que se evitará que aconteça um colapso do crédito e o risco que uma queda da atividade leve a uma recessão "difícil de conduzir".

O comissário afirmou que a diminuição do preço do petróleo e dos alimentos também ajuda na recuperação econômica, e declarou que é necessário acreditar que isto contribuirá para recuperar as taxas de crescimento próximas ao potencial da União Européia.

Almunia considerou "imprescindível" que se aprenda com a experiência atual e que a Europa continue liderando a discussão e os acordos para avançar para uma melhor regulação e supervisão em escala global.

Entre os principais desafios indicou a necessidade de contar com um mercado financeiro "bem regulado", assim como melhorar o modo de governar, do ponto de vista econômico e financeiro, a economia global.

Sobre a necessidade de regulação, ontem uma reunião da Cúpula da UE aprovou que a Comissão Européia deve apresentar antes do final deste ano uma proposta com possíveis medidas para alcançar esse objetivo, juntamente com um estudo sobre a situação da indústria européia.

O caminho a ser seguido, de acordo com o documento final da Cúpula, deve passar pela "continuação das reformas estruturais como forma de contribuir para a retomada do crescimento e para a melhoria da situação do emprego na Europa".

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, por sua vez, disse que a incerteza no mercado deve continuar até que as ações para o resgate dos bancos e estabilizar o sistema financeiro tenham sido concluídos no mundo todo.

O documento final ainda pede, pela primeira vez, por um sistema coordenado de supervisão financeira ao nível da UE e a criação de um grupo para avaliação de medidas para tentar encontrar formas de atravessar a crise. Esse grupo seria formado por representantes do BCE (Banco Central Europeu), da presidência rotativa da UE (atualmente ocupada por Sarkozy), da Comissão Européia e do Eurogrupo.
 
Como primeiro passo, a chanceler alemã, Angela Merkel, disse que os presidentes de bancos centrais da Europa irão se encontrar ao menos uma vez por mês para trocar informações sobre supervisão financeira.



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Re: Mais estatais no Brasil
« Resposta #220 Online: 22 de Outubro de 2008, 13:01:52 »
Acho que teremos problemas com a nova MP do Lula:

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22/10/2008 - 12h02

"Não há bancos quebrando", diz Mantega ao explicar MP da estatização

Da Redação
Em São Paulo

Em entrevista coletiva em Brasília nesta manhã, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, explicaram a medida provisória que permite a estatização de instituições financeiras, públicas ou privadas, sediadas no país. Mantega negou que haja bancos brasileiros prestes a quebrar.

Governo autoriza estatização de bancos privados

"Quero deixar claro que não há banco quebrando. O sistema financeiro brasileiro é um dos mais sólidos do mundo, justamente porque é menos alavancado, mais prudente e mais rentável. Só que isso não o isenta de ter problemas de liquidez. Estamos apenas criando alternativas e irrigando o sistema para que o país não tenha problemas e estamos dando conta disso", disse Mantega.

O ministro Guido Mantega (Fazenda) disse hoje que a medida provisória que permite a estatização de bancos também autoriza a Caixa Econômica Federal a comprar a participação acionária de construtoras em dificuldade. A construção civil é um dos setores que mais depende do crédito, cuja circulação foi prejudicada por conta da crise financeira mundial. LEIA MAIS
CAIXA PODERÁ COMPRAR PARTE DE CONSTRUTORAS
Como o governo tem dito que não faria pacotes, mas só tomaria medidas pontuais quando elas fossem necessárias, a autorização para estatização de bancos significaria que já haveria instituições com risco de quebra, diferentemente do que analistas e governo afirmavam antes.

O ministro Mantega foi questionado sobre isso na entrevista. Também foi indagado quais seriam essas instituições que deveriam ser salvas de imediato com a compra estatal.

Ele negou qualquer risco de quebra já. Mantega preocupou-se apenas em dizer que bancos pequenos e médios podem vir a ter problemas de falta de dinheiro em caixa e, por isso, o governo criou as novas medidas.

"A idéia é não interromper a liquidez da economia brasileira. O problema da liquidez está dado. É claro que isso pode trazer falta de liquidez para algumas instituições, de médio porte, de pequeno porte."

Ele disse que, apesar de não haver bancos quebrando, a medida foi tomada para dar "mais uma alternativa" ao mercado.

Mantega declarou que, apesar da autorização para estatização, isso pode não acontecer. Segundo ele, apenas é uma abertura para interesse das instituições, se for o caso.

O ministro disse que, depois de recuperados, os eventuais bancos comprados poderiam ser revendidos à iniciativa privada, da mesma forma que prevêem os pacotes de resgate da Europa e dos EUA.

Questionado sobre como a sociedade brasileira poderia ter certeza de que essas operações de fusões bancárias seriam transparentes, Mantega afirmou que qualquer negociação desse tipo será realizada com base em regras e preços de mercado.

"Todas as ações que o governo brasileiro está tomando são transparentes. Não demos nenhum subsídio ou socorro específico. Apenas queremos dar alternativas e tranqüilidade para os bancos que possam vir a ter dificuldades. Mas as regras serão claras", afirmou.

Recursos
A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil possuem recursos suficientes se precisarem fazer compra de outros bancos, segundo Mantega.

"O governo não fará nenhum aporte de capital no BB ou na CEF, porque não é necessário. Eles já têm recursos suficientes", disse.

Sobre a medida que autoriza os bancos públicos a atuarem em outros segmentos, por exemplo com a compra de instituições previdenciárias, o ministro da Fazenda afirmou que essa operação também é uma forma de elevar a liquidez no país, sem entrar em detalhes.

Alguém aqui tem conta em bancos pequenos? Tipo estas cooperativas de crédito e bancos regionais? Se tem, retire seu dinheiro e mande para a Caixa ou o BB, ou ponha debaixo do colchão ou em algum imóvel...

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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #221 Online: 22 de Outubro de 2008, 14:53:14 »
Exagero. Banco comercial no Brasil com essas taxas de juros so quebra por extrema incompetencia ou robalheira.
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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #222 Online: 22 de Outubro de 2008, 15:00:09 »
Exagero. Banco comercial no Brasil com essas taxas de juros so quebra por extrema incompetencia ou robalheira.

Qual é o país do mundo onde "roubalheira" é profissão, inclusive trampolim político?
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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #223 Online: 22 de Outubro de 2008, 17:24:55 »
Como?
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Re: Estatais nos EUA
« Resposta #224 Online: 24 de Outubro de 2008, 13:22:16 »
Parece que hoje é um dia especialmente apocaliptico para o mercado financeiro... É uma chuva de notícias sombrias...
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