Autor Tópico: Sobre a lógica de se ajudar os mais pobres  (Lida 9723 vezes)

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Offline FZapp

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Re: Sobre a lógica de se ajudar os mais pobres
« Resposta #75 Online: 25 de Setembro de 2008, 08:10:50 »
Aqui em São Paulo tem Zona Azul, flanelinha, Zona Oeste, até Zona Leste... e se caminhar no centro é capaz de encontrar outras ... !

:P
--
Si hemos de salvar o no,
de esto naides nos responde;
derecho ande el sol se esconde
tierra adentro hay que tirar;
algun día hemos de llegar...
despues sabremos a dónde.

"Why do you necessarily have to be wrong just because a few million people think you are?" Frank Zappa

Offline FxF

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Re: Sobre a lógica de se ajudar os mais pobres
« Resposta #76 Online: 07 de Outubro de 2008, 15:53:37 »
30% dos brasileiros se dizem de esquerda. Mas como bem sabemos, esses mesmos, se pudessem por mágica acabar com toda a fome do mundo, mas dependesse do próprio dinheiro, não dariam nem se fosse só por 1 salário.

Isso é como aquela frase "socialismo com o dinheiro dos outros".

Offline SnowRaptor

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Re: Sobre a lógica de se ajudar os mais pobres
« Resposta #77 Online: 07 de Outubro de 2008, 16:04:27 »
Fonte, por favor?
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
críticos e experimentação entram em jogo, é que a ciência diverge da
arte.”

-- François Jacob, 1997

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Sobre a lógica de se ajudar os mais pobres
« Resposta #78 Online: 07 de Outubro de 2008, 16:08:05 »

Ora, estamos falando de um cara saudável, que não possui problemas mentais ou físicos, e não produz R$ 1.000,00 mensais para si. A única explicação possível é dizer que ele não se esforçou, trabalhou, estudou e/ou planejou suficientemente. Em outras palavras: é um folgado.

Quer dizer que se eu for pesquisar, vou encontrar que há aproximadamente mais ou menos o mesmo número de vagas para empregos que pagam esse tanto, sem requerimento de experiência, e o número de desempregados de cada região?

Poxa vida, e eu que pensava que desemprego tinha a ver com falta de vagas! Alguém precisa avisar os políticos, para eles pararem de ficar prometendo geração de empregos para ganhar votos; ou, se eles já sabem divulgar isso mais, para as pessoas que já estão empregadas não cairem nessa conversa mole eleitoreira de que o desemprego tem a ver com falta de vagas, votando em políticos que prometem coisas inúteis e desnecessárias.

Offline JUS EST ARS

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Re: Sobre a lógica de se ajudar os mais pobres
« Resposta #79 Online: 07 de Outubro de 2008, 16:15:48 »


Ora, emprego formal não é a única fonte de renda lícita possível. Se você não encontrar um emprego que te pague R$ 1.000,00, trabalhando por conta própria e se esforçando, estudando e/ou planejando suficientemente você ganhará tal quantia.



Offline FxF

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Re: Sobre a lógica de se ajudar os mais pobres
« Resposta #80 Online: 07 de Outubro de 2008, 16:40:32 »
Buckaroo, é uma questão de lógica: se não há demanda de empregos, é porque eles não são necessários, Ou seja, criar empregos só se pode criar "empregos de mentira", como cargos inúteis. O que se pode fazer é criar empresas, o que eu diria que o Brasil anda contra a corrente...
Fonte, por favor?
Que 30% dos brasileiros se dizem de esquerda? Não é uma fonte muito confiável, acho que eu até devia de ter visto isso antes...

Obs: não sei se o negrito fez parecer que tirei de algum texto, mas aquilo é eu falando.
« Última modificação: 07 de Outubro de 2008, 16:43:50 por Ilovefoxes »

Offline SnowRaptor

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Re: Sobre a lógica de se ajudar os mais pobres
« Resposta #81 Online: 07 de Outubro de 2008, 16:53:04 »
Okay, entendi. Você inventou essa também.
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
críticos e experimentação entram em jogo, é que a ciência diverge da
arte.”

-- François Jacob, 1997

Offline FxF

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Re: Sobre a lógica de se ajudar os mais pobres
« Resposta #82 Online: 07 de Outubro de 2008, 16:58:57 »
Não, eu li em algum comentário, não lembro onde...

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Sobre a lógica de se ajudar os mais pobres
« Resposta #83 Online: 07 de Outubro de 2008, 17:23:21 »


Ora, emprego formal não é a única fonte de renda lícita possível. Se você não encontrar um emprego que te pague R$ 1.000,00, trabalhando por conta própria e se esforçando, estudando e/ou planejando suficientemente você ganhará tal quantia.


Mas de qualquer forma existe nicho para isso então? Ora, você deveria pensar em talvez se tornar um coach de empreendedorismo. Diga que garante que em N tempo todos seus pupilos estarão ganhando mil reais por mês se o seguirem fielmente o seu "the secret", e cobre apenas uma quantia como 100 reais de cada por pupilo (que ainda que sejam 10%, 900 reais para quem não ganhava nada está bom demais), por N meses. Não só ganha alguma coisa, mas ajuda a outros ao mesmo tempo, e não da maneira que condena, que seria só dar dinheiro.

Claro, você terá que ter como critério de seleção a não-vagabundice; mas acho bem provável que haja gente esfomeada o bastante por aí em condições que considera bem piores do que ter que trabalhar por conta própria.

Pode ainda escrever uma cartilha com a fórmula essencial e expandir, criar novos coachs, e assim o Brasil, e quem sabe o mundo acabam ficando livres da pobreza não causada pela vagabundice.

Isso é, supondo que existam pessoas dispostas a trabalhar e desempregadas, apenas porque não sabem que é possivel estar ganhando até mil reais se realmenente se esforçassem. Se toda a pobreza é oriunda da vagabundice, então não tem muito jeito mesmo. E temos que reescreever os livros de história sobre a depressão americana, diferenças de desenvolvimento e riqueza entre países e regiões, e coisas do tipo, que seriam só variações e flutuações drásticas na vagabundagem.



Uma coisa que eu não entendo, e me faz continuar suspeitando de que haja algo mais nessa questão do que só a vontade de trabalhar, é por exemplo a diferença de desenvolvimento no nordeste e no sudeste. Por si só, seriam compatíveis com a teoria da vagabundice, mas dizem por aí que muitos nordestinos vem ao sudeste em busca de trabalho. Por que não trabalham lá mesmo? Será que lá o número de vagabundos é tão grande que nem tem como ser um empreendedor, porque todos só fazem corpo mole o dia todo, e logo não têm dinheiro algum para pagar por qualquer produto ou serviço?

Offline JUS EST ARS

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Re: Sobre a lógica de se ajudar os mais pobres
« Resposta #84 Online: 07 de Outubro de 2008, 17:29:35 »


Hahaha, Buckaroo, vai te catar :P



Offline FxF

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Re: Sobre a lógica de se ajudar os mais pobres
« Resposta #85 Online: 07 de Outubro de 2008, 17:33:35 »
Citar
Uma coisa que eu não entendo, e me faz continuar suspeitando de que haja algo mais nessa questão do que só a vontade de trabalhar, é por exemplo a diferença de desenvolvimento no nordeste e no sudeste. Por si só, seriam compatíveis com a teoria da vagabundice, mas dizem por aí que muitos nordestinos vem ao sudeste em busca de trabalho. Por que não trabalham lá mesmo? Será que lá o número de vagabundos é tão grande que nem tem como ser um empreendedor, porque todos só fazem corpo mole o dia todo, e logo não têm dinheiro algum para pagar por qualquer produto ou serviço?
A princípio, é que eles não pensam que em tal local terão de trabalhar mais, e sim de que a vida é mais fácil mesmo...

Offline Tupac

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Re: Sobre a lógica de se ajudar os mais pobres
« Resposta #86 Online: 07 de Outubro de 2008, 21:27:20 »
O sarcasmo do buckaroo foi "fandardigo"
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida."
 - Carl Sagan

"O que é afirmado sem argumentos, pode ser descartado sem argumentos." - Navalha de Hitchens

Offline Donatello

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Re: Sobre a lógica de se ajudar os mais pobres
« Resposta #87 Online: 08 de Outubro de 2008, 00:20:42 »
Bom, pra falar a verdade este tópico deve estar aí há uns três meses e eu acabo de entrar nele pela primeira vez. Só de ver o título me dava preguiça... :sleepy: O único motivo que me fez entrar aqui pela primeira vez e ler por alto todas as quatro páginas foi o nome do autor, que só fui reparar agora. Bom, como disse o Buckaroo lá atrás, não sei se foi o Q, mas que roubaram a senha dele roubaram :(.

Ou se não roubaram eu realmente estou surpreso, pelo que lí dele em outros tópicos. Na condição de um ex-miserável (de acordo com as categorizações da ONU) que só a pouco mais de um ano saiu da classe E e só a poucos meses ingressou (mais ou menos) na classe C, conforme já relatado num desses tópicos por aí... Jus, na boa, você não tem a mínima idéia do que está falando. Mas não sabe nem de perto mesmo.

É bem verdade, nunca pedi dinheiro... mas não acho que você considere pedir carona a motoristas de ônibus para vender "Serenata de Amor=3 por 1 real, Bis da Lacta='10 Bis' por 1 real, amendoin Santa Helena=R$0,50" algo muito diferente disso. (Edit: só depois de escrever isto eu percebi que ao longo do tópico você mencionou vendedores de bala como os que "não se esforçam de verdade").

Well, então eu posso me considerar a manifestação física e inegociável da grande falha do seu raciocínio. Hoje sou um quase típico membro da classe média: renda per capita de R$850,00; todos os bens duráveis típicos (PC, DVD, impressoras a laser e a jato, TV nova, microondas...); roupas de relativa qualidade (Hering, Adidas, OLK, Taco...), novas; alimentação equilibrada e farta incluindo carne, leite, frutas (quase) todos os dias; boas (na real: ótimas) perspectivas de melhora ainda maior em um futuro muito próximo. Logo, você vai dizer que sou do grupo dos que se esforçaram para ter uma vida minimamente digna.

Por outro lado, se você me encontrasse há três anos ou mais iria se deparar com um sujeito de roupas muito surradas; e se viesse em minha casa naquela época talvez perguntasse sobre como um sujeito pode viver apenas com uma geladeira velha, uma tv pifando e um fogão que só funciona em uma boca e talvez se espantasse de ver que eu estava feliz por ter ovo pra comer (não era todo dia que me dava a esses luxos); me perguntaria sobre o porquê deu não ter ido pra faculdade naquele dia e se eu o considerasse muito meu amigo (daqueles dos quais não se tem vergonha por nada) eu diria: "porra seu Jus, sabe o que que é, eu tô sem dinheiro pra passagem e, você sabe comé né? não dá pra ir a pé de Ricardo de Albuquerque até o Maracanã..."; caso contrário eu inventaria uma desculpa qualquer, envergonhado e gaguejando, com o olhar cabisbaixo e marejado.

E aí, com este relato todo que mais parece um ad misericordium (mas eu juro que não é) a gente encontra um problema crucial na sua tese, Jus: eu não sou nem um pouco menos vagabundo (ou mais esforçado) hoje do que era há 3 anos; todavia há três anos você me consideraria um vagabundo (não foi bem essa a palavra... qual foi? folgado?). Diria que eu não consiguia um bom emprego porque não me esforçava o suficiente e que se eu realmente quisesse eu encontraria soluções pra me manter na faculdade. Estaria enganado Jus, você não faz a mínima idéia de como é "fácil", "simples", "tranquilo" mudar de estrato social, conseguir um bom emprego não tendo bons dentes e nem boa pele, chegar na faculdade e assistir a aula sem ter o livro que o professor passou e que custava 60 reais e sem ter como tirar xerox que é mais caro ainda; e pensar que a única maneira de conseguir um bom emprego é continuar estudando... mas que a única maneira de continuar estudando é arrumar um bom emprego (oh Tostines, quem te inventou?). Se você soubesse o quanto você não teria aberto este tópico, e se você algum dia souber (que deus o valha) você volta aqui e pede pra apagarem esta joça.

Aliás: como disse muito bem o Fabulous (ler as opiniões de cada um neste tópico me causou uma série de surpresas) eu não consegui alguma melhora por conta de ser mais esforçado do que outros que vão morrer na miséria... não Jus: eu sou daqueles que precisaram ser craques, dos quais o Fabulous falou aí atrás, e mesmo sendo craque (e bota craque nisso, acredite; pode me achar pedante o quanto quiser, mas você vai ter que ralar muito pra encontrar alguém com a mesma capacidade de aprendizagem e raciocínio que eu) as coisas não foram nem a milésima parte do simples que você quer fazer parecer.


1- Em primeiro lugar, é extremamente comum mendigos serem pessoas com algum grau de desordem mental.
2- Essas desordens podem ser causa ou consequência da mendicância.
2a - Se for causa, não vale o folgado citado em posts anteriores
2b - Se for consequência, provavelmente não vale o folgado citado nos posts anteriores, já que a desordem pode ser uma defesa da mente para não encarar a situação em que essa pessoa está
3- Essas pessoas têm quase que invariavelmente problemas com a família. Isso é meio evidente pois uma situação onde pais/irmãos não interferem em uma situação desta é relevante.
4- Histórico: Provavelmete mal formado, provavelmente os pais não deram a mínima para seu estudo, provavelmente proveniente de família miserável.
Este ponto faz com muitas vezes não consigamos sentir empatia, porque essas pessoas vieram de mundos distintos do nosso.
5- A mendicancia é uma situação degradante. Das pessoas que sobraram de 1..4, não sei quantas tem opção de falar, OK, não quero o sub sub emprego oferecido e prefiro mendigar
6- São seres humanos como nós... se eu tivesse uma história parecida, provavelmente terminaria em uma situação parecida
Perfecto.

Citar
Não sei de onde você tirou essa afirmação. 1000,00 exige muitas vezes mais do que o segundo grau completo, ser mais do que um analfabeto funcioal, ou ter boa aparência para vender em uma loja.
Muito importante Agnóstico, ter lembrado o papel da boa aparência na conquista de empregos minimamente bons; uma pessoa que não teve acesso à saúde dentária na infância, que sempre se alimentou (durante infãncia e pré-adolescência, quando não era moral que se cobrasse "esforço" delas) de carboidrato e óleo (alimentação barata não é sempre uma escolha) não vai conseguir uma boa aparência perdida na primeira esquina, nem se se esforçar muito para isso.

Citação de: Jus
O cara pode resolver ser empregado de alguém, e se destacar ao ponto de ser indispensável ao seu empregador. Pode ainda prestar concurso público, e por mais que haja abusos e corrupção na seleção, não se tem como separar todas as vagas para apadrinhamento. Se o cara se esforçar realmente, decerto que será aprovado.

Ele pode ainda resolver ter um negócio próprio ou ser profissional liberal. Igualmente ele terá que se esforçar, mas além disso, terá que desenvolver um lado carismático forte, o que também só demanda esforços.

Não quero dizer que fazendo isso tais pessoas se tornarão ricas, mas sem dúvidas, não serão pedintes folgados.
Você só podia estar brincando nesta resposta: "se tornar empregado doméstico de forma que se tornasse indispensável?"  what means it? :o Você espera que a tal empregada vire especialista nas gastronomias norueguesa, finlandesa, baiana, tailandesa, húngara, chinesa, sergipana e mexicana tendo passado toda a vida cozinhando arroz, feijão e batata-frita? Sério, porque nem sei exatamente o que uma empregada doméstica precisaria fazer pra se tornar "indispensável" aos seus patrões a ponto de pelo menos ter poderes para negociar um salário que pelo menos a permitisse pagar uma escola decente para o filho e quebrar o ciclo de mão-de-obra não qualificada.

"pode fazer concurso"? :o Sério Jus, você acha que é molezinha passar em concurso público? Sobretudo quando você não teve meios de cursar um curso superior? Se se esforçar passa? Tá brincando, né? Acabei de passar num Jus, eram 10.000 candidatos se esforçando por 25 vagas... No outro eram 2.700 se esforçando por 13 ( e olha que este foi dos menos concorridos que peguei). Acredite, aqui se esforçar também não basta.

Citar
Ele pode ainda resolver ter um negócio próprio ou ser profissional liberal. Igualmente ele terá que se esforçar, mas além disso, terá que desenvolver um lado carismático forte, o que também só demanda esforços.
Em outras palavras: vai ter que ser um craque, pelo menos, bem como o Fabulous disse. E pra ser profissional liberal ainda vai ter que ter graduação.

Citação de: Jus
Citação de: Helder
Você acredita ser verdadeira a hipótese de que:

O único determinante da pobreza ou riqueza de um indivíduo é  o esforço próprio do indivíduo ?

Ou de outra forma:

A causa exclusiva do sucesso ou fracasso  financeiro do indivíduo  é  o seu esforço pessoal e as suas escolhas pessoais?
Sim e sim. Acredito piamente que o único fator realmente determinante quanto a alguém ser um verdadeiro miserável ou um que tenha condições de viver dignamente seja seu próprio esforço.
Tentando entender sua resposta pra ir mimir que tô com soninho:
1 - Josefa D'agostin Strauss nasceu no Leblon, filha de Mário Hoffnem Straus e Maria D'agostin Strauss. Estudou até o fim da adolescência no Anglo. Hoje faz Direito na FGV (integralmente bancada pelos pais) pela manhã e parte da tarde, sai da faculdade e vai a pé para a academia de ginástica de um amigo da família, onde trabalha (no Rio Sul) das 15H às 21H e ganha 800 por mês, mais VR e Plano de Saúde.

2 - Josicleide Barbosa de Sousa nasceu no Jorge Turco, estudou na Escola Municipal Maurício Velinda da Fonseca, depois no Itália, estudava na UERJ até Julho mas trancou porque não conseguia chegar a tempo nas aulas já que só era liberada do trabalho como balconista numa drogaria no Riachuelo às 19 horas e suas aulas começavam às 18 horas, tendo perdido várias aulas e provas até desistir do sonho de se formar. Trabalha 8 horas por dia. Ganha 450 reais mais passagem, cuida da irmã mais nova e da avó com este dinheiro.

A razão do fracasso de uma e do sucesso da outra está no esforço e nas escolhas pessoais? Morri. :o


Ah!!! O mais importante eu não disse: concordo com você. Acho que ninguém tem obrigação de ajudar aos pobres da forma que você propõe: não quer dar esmola, não dê (esmolas eu também raramente dou ou daria); não quer comprar uma balinha só pra ajudar, não compre; não quer dar um quilo de alimento ou pagar uma coxinha, não pague. Sério, concordo.

Acho que a sua obrigação termina ao pagar impostos (partindo da premissa que você os pague corretamente, no que eu quero crer). O resto deveria ser parte do Estado.

O problema é que por aquí as pessoas que reclamam de pagar impostos demais geralmente não pagam todos os que devem e quando pagam um pequeno percentual do que deveriam ainda ocorre de um montante deste valor ser subtraído no meio do caminho. Então é óbvio que no fim das contas acaba faltando dinheiro ao Estado para cuidar do que é da alçada dele. 




« Última modificação: 09 de Outubro de 2008, 15:24:42 por Donatello van Dijck »

Offline FxF

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Re: Sobre a lógica de se ajudar os mais pobres
« Resposta #88 Online: 08 de Outubro de 2008, 03:44:29 »
Um típico socialista brasileiro:


Offline JUS EST ARS

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Re: Sobre a lógica de se ajudar os mais pobres
« Resposta #89 Online: 08 de Outubro de 2008, 07:44:35 »


Donatello, sua mensagem me fez pensar e incluiu dois elementos que eu não tinha considerado: a questão estética e preconceito fundado nela; e emprego formal e a incompatibilidade de horários para estudar.

Eu não disse que vender bala é coisa de folgado, disse que é folgado quem vende bala e exige dinheiro se você não quiser comprar.

Se eu verificar que estou errado, não terei vergonha em mudar de opinião e me declarar errado. Pelo que li de suas mensagens anteriores você é um cara bem instruído e esforçado, e fiquei agora sabendo que até pouco tempo atrás era pobre. Então você não era folgado e não avançava. Valeu pela mensagem, ela realmente me tocou.

Me ajude a entender melhor:

1 - Quantos anos você tem?
2 - Você é ou era na época mantido por seu pai ou mãe?
3 - Se sim, você considera que eles são ou eram esforçados (respeitosamente)?
4 - O que você julga que foi o fator determinante para eles conseguirem avançar?
5 - O que você julga que foi o fator determinante para você conseguir avançar?



Offline JJ

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Re: Sobre a lógica de se ajudar os mais pobres
« Resposta #90 Online: 08 de Outubro de 2008, 10:45:17 »
O quote  abaixo saiu errado, o autor do quote  foi o Jus  e não eu !    :|



Citação de: Helder
O cara pode resolver ser empregado de alguém, e se destacar ao ponto de ser indispensável ao seu empregador. Pode ainda prestar concurso público, e por mais que haja abusos e corrupção na seleção, não se tem como separar todas as vagas para apadrinhamento. Se o cara se esforçar realmente, decerto que será aprovado.

Ele pode ainda resolver ter um negócio próprio ou ser profissional liberal. Igualmente ele terá que se esforçar, mas além disso, terá que desenvolver um lado carismático forte, o que também só demanda esforços.

Não quero dizer que fazendo isso tais pessoas se tornarão ricas, mas sem dúvidas, não serão pedintes folgados.
Você só podia estar brincando nesta resposta: "se tornar empregado doméstico de forma que se tornasse indispensável?"  what means it? :o Você espera que a tal empregada vire especialista nas gastronomias norueguesa, finlandesa, baiana, tailandesa, húngara, chinesa, sergipana e mexicana tendo passado toda a vida cozinhando arroz, feijão e batata-frita? Sério, porque nem sei exatamente o que uma empregada doméstica precisaria fazer pra se tornar "indispensável" aos seus patrões a ponto de pelo menos ter poderes para negociar um salário que pelo menos a permitisse pagar uma escola decente para o filho e quebrar o ciclo de mão-de-obra não qualificada.

"pode fazer concurso"? :o Sério Jus, você acha que é molezinha passar em concurso público? Sobretudo quando você não teve meios de cursar um curso superior? Se se esforçar passa? Tá brincando, né? Acabei de passar num Jus, eram 10.000 candidatos se esforçando por 25 vagas... No outro eram 2.700 se esforçando por 13 ( e olha que este foi dos menos concorridos que peguei). Acredite, aqui se esforçar também não basta.

Citar
Ele pode ainda resolver ter um negócio próprio ou ser profissional liberal. Igualmente ele terá que se esforçar, mas além disso, terá que desenvolver um lado carismático forte, o que também só demanda esforços.
Em outras palavras: vai ter que ser um craque, pelo menos, bem como o Fabulous disse. E pra ser profissional liberal ainda vai ter que ter graduação.





Offline Donatello

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Re: Sobre a lógica de se ajudar os mais pobres
« Resposta #91 Online: 08 de Outubro de 2008, 11:25:42 »


Donatello, sua mensagem me fez pensar e incluiu dois elementos que eu não tinha considerado: a questão estética e preconceito fundado nela; e emprego formal e a incompatibilidade de horários para estudar.

Eu não disse que vender bala é coisa de folgado, disse que é folgado quem vende bala e exige dinheiro se você não quiser comprar.

Se eu verificar que estou errado, não terei vergonha em mudar de opinião e me declarar errado. Pelo que li de suas mensagens anteriores você é um cara bem instruído e esforçado, e fiquei agora sabendo que até pouco tempo atrás era pobre. Então você não era folgado e não avançava. Valeu pela mensagem, ela realmente me tocou.

Me ajude a entender melhor:

1 - Quantos anos você tem?
2 - Você é ou era na época mantido por seu pai ou mãe?
3 - Se sim, você considera que eles são ou eram esforçados (respeitosamente)?
4 - O que você julga que foi o fator determinante para eles conseguirem avançar?
5 - O que você julga que foi o fator determinante para você conseguir avançar?



1-29
2-Well, já que eu comecei então vamos lá: meu pai me expulsou de casa junto com minha mãe e minha irmã quando eu tinha 9 anos. Até então éramos bem pobres, mas não miseráveis. Meu pai era feirante. Eu estudava em escola particular, tínhamos casa própria (num fim de mundo chamado Japeri, mas era própria). Após isso ele perdeu o que tinha. Praticamente desde os 13 anos eu fui, enquanto minha mãe esteve viva, o responsável pelo "sustento" meu, dela e da minha irmã. Meu pai vez por outra voltava (quando tava na merda e não tinha pra onde ir) e saia de novo.
3-Minha mãe? Muito. Porém incapaz, tinha asma crônica e crises extremas de depressão, morreu por conta de uma delas.
4-Economicamente eles não avançaram.
5-Estudar, mas estudar no tipo de escola que eu estudei, com o tipo de meios que eu tive não faria muita nenhuma diferença se eu não tivesse uma aptidão inata e extremamente incomum para isto.
___________________________________________________________ ____________________________________
Foi mal Helder, é que além de estar escrevendo de madrugada (e com muito sono) o post saiu tão gigante que tava difícil eu me achar nele. Vou lá corrigir.:)

Offline JUS EST ARS

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Re: Sobre a lógica de se ajudar os mais pobres
« Resposta #92 Online: 08 de Outubro de 2008, 11:45:49 »


Agradeço a resposta.

Sua mãe tinha um problema que a incapacitava para o trabalho, o que a torna, nos moldes do que eu já havia postado, alguém que se deve ajudar. Eu não tenho qualquer repulsa a pessoas na condição de sua mãe, pelo contrário, eu reputo imoral não ajudá-la, e não ajudar quem dependa dela:

Ora, estamos falando de um cara saudável, que não possui problemas mentais ou físicos[...]


O que digo, até consertando as mensagens anteriores, para incluir algumas ressalvas, em resumo é isso:

Uma pessoa saudável, que não possua problemas físicos ou mentais, ou que não possua familiares que residem sob seu teto nessas condições, não pode exigir ajuda financeira de particulares.

Já uma pessoa que possua problemas físicos ou mentais, ou que possua familiares que residem sob seu teto nessas condições, pode exigir ajuda financeira de particulares. Nesse caso é imoral um particular não ajudar quando é possível fazê-lo sem prejuízo próprio ou de sua família.



Em primeiro lugar, parabéns por ter conseguido vencer mesmo com tudo indo contra você. Você é dos poucos que conseguem quebrar todas as barreiras sociais e se estabelecer dignamente, razão pela qual o considero um vencedor e deixo meu profundo respeito e admiração.

Em segundo, você que já vivenciou na pele problemas sociais ligados à pobreza e falta de amparo social, me diga se concorda com a asserção formulada nessa mensagem, e se discorda, em que ponto deve ser corrigida.



Offline Moro

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Re: Sobre a lógica de se ajudar os mais pobres
« Resposta #93 Online: 08 de Outubro de 2008, 14:17:56 »
Donnie, primeiro sua história é digna de nota. Parabens por você ter se tornado o que é. Como eu disse em um post anterior, só craques conseguem isso (acho que você confundiu o meu post na madrugada também :-)

Jus, não é só questão de saudável. O fato é que a mãe do Donie não foi saudável frente a um contexto apresentado, teve depressão, etc..

E muitas pessoas não tem depressão, mas ficam com apatia, falta de perspectiva. Ou ficam revoltados, ou não tem os meios (estudo)para fazer com que sua força de vontade possa gerar frutos.

Não dá para fazer a afirmação que você fez.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

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I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline Donatello

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Re: Sobre a lógica de se ajudar os mais pobres
« Resposta #94 Online: 08 de Outubro de 2008, 19:43:35 »
Jus, responda agora: você concorda que fatores alheios à capacidade e ao interesse/esforço/disposição de um sujeito interfiram significativamente (sendo agravadas ou amenizadas dependendo das competências do sujeito e dos revéses ou benesses por ele sofridos) nas  possibilidades de ascenção social (ou no risco de declínio) do tal camarada?

Se você concordar com isto o tópico fecha, porque foi isso que Helder, Agnóstico, Fabulous e etc disseram até o momento e você refutou todas as vezes.

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Bom, quanto às doenças da minha mãe, temos um problema: elas não eram visíveis a todo instante. Os surtos depressivos viam em ciclos de aproximadamente um ano e duravam (os surtos) cerca de três meses. Então nove meses por ano ela era uma pessoa bem normal do ponto de vista psíquico. E quanto à asma, ela podia estar em casa absolutamente normal, com seu afazeres, bastava subir dois lances de escada e lá de cima ela estava sufocada e balançando a mão em sinal de "me socorra, preciso do meu Berotec!!!".

O que quero dizer? Que é bem complicado definir que o sujeito tendo duas pernas e dois braços é plenamente capaz. Talvez muitos dos que você tinha em mente quando formulou este tópico tivessem problemas iguais ou maiores do que os dela, não?
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Você alegou que "no meu caso foi diferente". Desculpe, mas é uma racionalização... no meu caso é diferente porque afinal eu sou o Donatello, que você aprendeu nestes meses a respeitar de alguma forma e você não pode manter sobre ele o mesmo tom.

Mas na verdade não há nada de diferente em mim, Jus. Não há nada que me exclua dos seus posts anteriores. Ora, o que eu era? Um moleque que entre os 18 e 27 anos (vou aceitar o seu argumento de que enquanto era criança e vivia com uma mãe doente o meu caso fosse diferente) vivi em estado de absoluta miséria mesmo tendo dois braços, duas pernas, pleno domínio das faculdades mentais... . Ora: se você for manter as respostas dadas ao Helder e ao Agnóstico nas duas primeiras páginas deste tópico vai ver que eu estava sim, incluso em cada item. Eu não vou quotar até porque o computador aquí deu bicheira e tá um buesta navegar, mas dá uma lida lá atrás.

Aliás... vou quotar algumas sim:
Citação de: Jus
Citação de: Helder
Você acredita ser verdadeira a hipótese de que:

O único determinante da pobreza ou riqueza de um indivíduo é  o esforço próprio do indivíduo ?

Ou de outra forma:

A causa exclusiva do sucesso ou fracasso  financeiro do indivíduo  é  o seu esforço pessoal e as suas escolhas pessoais?
Sim e sim. Acredito piamente que o único fator realmente determinante quanto a alguém ser um verdadeiro miserável ou um que tenha condições de viver dignamente seja seu próprio esforço.
Citação de: Jus respondo ao Helder sobre se o que havia dito acima também se aplicava a não moradores de rua
Incluo os moradores de favelas bem pobres. Atribuo a eles próprios sua condição.

Se você "me aliviar" por conta do meu histórico de vida vai ter que aliviar a totalidade dos indivíduos que vivem nas situações descritas por motivos quase sempre muito semelhantes aos meus. Se você alegar o fato de que no final das contas eu "venci" como prova de que eu não era desses que você está falando vai ter que lembrar que durou 9 anos, ao longo dos quais eu só levei porrada. Quem te garante que aquele outro não está no meio dos nove anos dele? E que talvez este nove anos dele vá durar cinco, ou doze, ou quinze, ou a vida inteira?
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Quanto a sua última pergunta: discordo. Aliás, já falei sobre isso aí em cima, a obrigação de amparar quem não tem por onde viver é do Estado. A sua é de manter o Estado. É o tal modelo escandinavo de que gosto tanto :).

Não acho que seja razoável defender por exemplo, que você tenha obrigação moral de doar 100 reais para aquela velhinha desamparada comprar remédios, entre outros motivos porque talvez você já tenha doado para outra velhinha 100 reais pra esta comprar alimentos para ela e para os netinhos. Nada impede que você doe para as duas, mas acho que é você quem tem direito de fazer os cálculos e definir se "dá pra dar ou não dá".

Bom, eu também tenho um caso particular para ilustrar a sua pergunta mas chega de confissões por hoje :)

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E Agnóstico, quando usei "craque" eu tinha em mente este post do Fabulous:
Citar
Hoje um pobre para ficar rico ou é, virando político, cantor, jogador de futebol, ganhando na loteria, fazendo coisas ilegais ou dando sendo um super expert, estudioso, sortudo e dedicado e conseguir um emprego que ganhe várias promoções...
Que não usava o termo "craque" mas dizia a mesma coisa. Não fique com ciúmes, da próxima vez eu te cito :P
« Última modificação: 08 de Outubro de 2008, 19:52:45 por Donatello van Dijck »

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Sobre a lógica de se ajudar os mais pobres
« Resposta #95 Online: 08 de Outubro de 2008, 20:33:41 »
Um típico socialista brasileiro:



Segundo Chomsky, o típico capitalista é uma inversão disso que coloca como típico socialista, "socialismo e ajuda governamental para mim, capitalismo e darwinismo social para você e todos outros".

Offline Moro

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Re: Sobre a lógica de se ajudar os mais pobres
« Resposta #96 Online: 08 de Outubro de 2008, 21:00:41 »
hehe, magoei donnie;

buck; como politico, o noam eh um bom linguista
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne


Offline DDV

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Re: Sobre a lógica de se ajudar os mais pobres
« Resposta #98 Online: 08 de Outubro de 2008, 21:57:21 »
JUST EST ARS tem nas mãos a chance não apenas de ficar muito rico, como de ajudar milhares de pessoas a sair da pobreza com o know-how que ele deve ter. Ele poderia fazer consultorias individualizadas conforme a situação específica de cada indivíduo.

Poderia me mandar por MP algumas dicas? Eu lhe fornecerei os dados necessários e negociaremos a sua comissão.
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Sobre a lógica de se ajudar os mais pobres
« Resposta #99 Online: 08 de Outubro de 2008, 22:27:45 »
Pois é, além dele ganhar uma graninha com uma quantia módica pelo coaching individual, ele pode treinar outros coaches não meramente como voluntário, mas ganhando uma comissão de cada, e uma comissão dos sub-coaches treinados pelos coaches, num esquema de pirâmide. Assim quando acabar a pobreza no mundo, daqui há uns cinco a quinze anos, ele vai ter dinheiro suficiente para pagar para que o Bill Gates se vista de mulher e cante "new york" enquanto faz um striptease em rede mundial de TV.

 

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