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Para os vegetarianos e afins: vocês preferem comprar:

um sapato de couro de boi?
16 (80%)
um sapato sintético fabricado por crianças em regime semi-escravo na Ásia?
4 (20%)

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Autor Tópico: Vegetarianismo e falsa moral  (Lida 50446 vezes)

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Offline Luis Dantas

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Re: Vegetarianismo e falsa moral
« Resposta #25 Online: 22 de Setembro de 2008, 17:28:49 »
:o

Tá vendo, Fabulous?   No fim das contas você presta :)
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Diego

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Re: Vegetarianismo e falsa moral
« Resposta #26 Online: 23 de Setembro de 2008, 09:27:15 »
Não são só detalhes.  Há bons motivos humanitários e ecológicos para tentar diminuir a criação e o abate de gado.  E como para a maioria de nós não é necessário consumir carne...

Dai entra em uma questão de opinião.

Eu não abro mão de uma carne e não gosto de comer salada (no máximo tomate)
E mesmo como quando como não estou nem um pouco preocupado se é hidropônico ou então foi utilizado agrotoxicos.

Como assim não é necessário comer carne?

Não é necessário um monte de coisa e continuamos comendo ou bebendo como por exemplo:
Não é necessário tomar cerveva ou coca-cola, tomar sorvete.

Se formos utilizar este pensamento só iremos plantar arroz, feijão e olhe lá.

Offline Luis Dantas

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Re: Vegetarianismo e falsa moral
« Resposta #27 Online: 23 de Setembro de 2008, 09:28:58 »
Não vejo como isso possa ser visto como mera opinião, Diego.  O aspecto humanitário, talvez.  Mas o ecológico?

E sim, não é necessário comer carne.  Se fosse, não haveria vegetarianos...
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Offline Diego

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Re: Vegetarianismo e falsa moral
« Resposta #28 Online: 23 de Setembro de 2008, 09:39:21 »
Não vejo como isso possa ser visto como mera opinião, Diego.  O aspecto humanitário, talvez.  Mas o ecológico?

E sim, não é necessário comer carne.  Se fosse, não haveria vegetarianos...

Mas dai é necessário ficar fazendo malabarismos alimentares para conseguir o que um pedaço de bife te daria não?

E necessário é muito relativo.
que nem os exemplos que citei acima, nenhum deles é necessário mas se é gostoso porque não comer?
O argumento de necessário ou não se for aplicado a carne terá de ser aplicado a qualquer alimento fútil.
No final das contas oq sobrará para ser comido?

Você toma café de manhã?
Café não é necessário, pois existem pessoas que não tomam.
Leite também não é necessário de ser tomado, pois existem pessoas que não tomam leite.

E por ai vai...

Offline Luis Dantas

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Re: Vegetarianismo e falsa moral
« Resposta #29 Online: 23 de Setembro de 2008, 09:59:10 »
Mas dai é necessário ficar fazendo malabarismos alimentares para conseguir o que um pedaço de bife te daria não?

Não, pelo menos não para muita gente.  De certa forma o malabarismo é a carne em si, que consome muitos recursos para ser produzida e não tem nenhum nutriente exclusivo.

Citar
E necessário é muito relativo.
que nem os exemplos que citei acima, nenhum deles é necessário mas se é gostoso porque não comer?

Por exemplo, porque o uso de pasto para criação de gado é bem menos eficiente do que para a agricultura.  Ou porque é crueldade desnecessária a forma típica de criação de gado de corte.

Necessário é necessário.  Conforto e comodidade são outras coisas.
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Offline Diego

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Re: Vegetarianismo e falsa moral
« Resposta #30 Online: 23 de Setembro de 2008, 10:07:21 »
Por exemplo, porque o uso de pasto para criação de gado é bem menos eficiente do que para a agricultura.  Ou porque é crueldade desnecessária a forma típica de criação de gado de corte.

Necessário é necessário.  Conforto e comodidade são outras coisas.

Mas até onde sei a quantidade de alimentos produzidos no mundo não é problema, mas sim a sua má distribuição.

Mas se formos pensar em necessário, oq é necessário comer?
Ou então vamos parar de produzir laranja, afinal ela não tem nenhum nutriente exclusivo e a acerola tem 20x mais vitamina C.

Eu acho uma tremenda perca de tempo ficar achando maneira de justificar o vegetarianismo por "defeitos" na produção de carne ou no alimento em sí.
Seria muito mais honesto falar: "Não gosto".

Eu não gosto de comer frutos do mar (nenhum tipo) e não preciso ficar justificando.
Simplesmente odeio o cheiro de peixe ou camarão por exemplo.

Offline Luis Dantas

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Re: Vegetarianismo e falsa moral
« Resposta #31 Online: 23 de Setembro de 2008, 10:20:06 »
Mas até onde sei a quantidade de alimentos produzidos no mundo não é problema, mas sim a sua má distribuição.

Por enquanto, sim.

Citar
Mas se formos pensar em necessário, oq é necessário comer?
Ou então vamos parar de produzir laranja, afinal ela não tem nenhum nutriente exclusivo e a acerola tem 20x mais vitamina C.

Mas ambos são vegetais.  Pertencem ao mesmo nível de conservação de energia.  E tem uma certa variação nutricional e de sabor, o que é desejável.  Mais pragmaticamente ainda, tem resistências diferentes a pragas e condições de cultivo.

Citar
Eu acho uma tremenda perca de tempo ficar achando maneira de justificar o vegetarianismo por "defeitos" na produção de carne ou no alimento em sí.

Se você diz.  Eu acho perfeitamente lógico e prudente, o que devo fazer?

Citar
Seria muito mais honesto falar: "Não gosto".

Eu ADORO carne, Diego.  Só não preciso dela, nem acho desejável consumi-la.
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Offline Diego

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Re: Vegetarianismo e falsa moral
« Resposta #32 Online: 23 de Setembro de 2008, 10:29:27 »
Só por curiosidade, mas oq te fez para de comer carne?

Se você gosta e caso não te faz mal (intestino preso por exemplo) por que para de comer?
Alguma relação com o budismo?

Offline Fabulous

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Re: Vegetarianismo e falsa moral
« Resposta #33 Online: 23 de Setembro de 2008, 10:55:47 »
Diego, não vejo problemas em gostar de comer carne ou não; isso vai de cada um.

Eu não consigo deixar de comer uma deliciosa picanha; apesar que já tentei parar de comer carne, o máximo que consegui foi reduzir o meu consumo de carne, aumentando meu consumo com verduras e legumes.

O principal problema que vejo é no manejo dos animais. Quem vive do campo (como eu) sabe muito bem o que é isso... Assista earthlings que tem no youtube e no google video que você terá idéia do que estou falando.

Alguns exemplos:

* Porcos: Quando são paridos os leitão tem os dentes arrancados sem anestesia, para não machucar a teta da mãe; eles possuem a mínima higiene...

* Bezerros: Quando o criador objetiva só para criação de leite; os bezerrinhos machos paridos são separados da mãe, eles prendem e esquecem o bezerro em um piquete, sem água e comida para deixar morrer de fome.

* Aves: Quando nascem tem o bico cortado para não morder os outros; são criados aproximadamente 5 aves por m2, quando pequenos para engordar rapidamente e aproveitar espaço.

Isso fora exemplos de bois confinados, peixes presos em redes e etc...

Nós vemos só aquela carne bonita, pronta já na bandeija...

Agora acho muito estranho não darmos importância para a integridade do animal, é uma questão de moral, já que eles são seres vivos que nem nós... e nós ainda só por termos "superioridade" podemos usufluir de toda a cadeia como se fossemos donos de tudo.

É isso que falo, questão de moral e ética animal...

Eu recomendo também o site: http://www.holocaustoanimal.org/home.htm

"Jamais creia que os animais sofrem menos do que os humanos. A dor é a mesma para eles e para nós. Talvez pior, pois eles não podem ajudar a si mesmos." (Dr. Louis J. Camuti)

É isso ai.
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Offline Diego

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Re: Vegetarianismo e falsa moral
« Resposta #34 Online: 23 de Setembro de 2008, 11:01:38 »
Mas não da pra generalizar que todos criadores de gado ou de aves façam isso.
Os que fazem devem ser punidos conforme a lei.



Offline Luis Dantas

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Re: Vegetarianismo e falsa moral
« Resposta #35 Online: 23 de Setembro de 2008, 13:36:00 »
Só por curiosidade, mas oq te fez para de comer carne?

Se você gosta e caso não te faz mal (intestino preso por exemplo) por que para de comer?

Uma cabeça de gado só fornece algumas poucas refeições e é criado com muitos recursos e (no caso geral) sofre muito no processo.  Se eu não preciso pedir que isso aconteça, não vou.

Citar
Alguma relação com o budismo?

Um pouco, sim.  Um retiro que fiz em 2001 me mostrou que ficar uma semana sem comer carne não era perturbador como eu supunha.  Resolvi continuar por minha conta.  Continuo até hoje.

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Re: Vegetarianismo e falsa moral
« Resposta #36 Online: 23 de Setembro de 2008, 13:38:08 »
Mas não da pra generalizar que todos criadores de gado ou de aves façam isso.
Os que fazem devem ser punidos conforme a lei.

Até onde sei não há muitas leis contra esse tipo de tratamento.  E ele tampouco é raro.  Talvez devesse ser.
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Re: Vegetarianismo e falsa moral
« Resposta #37 Online: 23 de Setembro de 2008, 15:52:40 »
Mas não da pra generalizar que todos criadores de gado ou de aves façam isso.
Os que fazem devem ser punidos conforme a lei.

A grande maioria desrespeitam os animais. Eles são cruéis, os animais são tratados como objetos e não possuem um pingo de dignidade.

Eu já presenciei pela primeira e última vez no manejo em compra de gado, eles são eletrocutados com uma vara ligado a um fio descascado para que andem mais rápido no desembarque, muitos quebram a perna e são pisoteados e em um caminhão boiadeiro eles fazem longas e árduas viagens em pé, apertados e em sem comida.

É assim que funciona, os criadores de animais economizam e não estão nem ai com o manejo e o que os animais sentem. É bruto mesmo... eles querem no final é um preço bom na arroba na hora da venda, não importa se o animal está com estresse que pode influenciar na carne, ou que vai ficar longe da mãe ou se está com a perna quebrada... eles querem é resultado, que o animal engorde; somente isso.

Aliás, se eu for tocar nesse assunto de dignidade animal com qualquer fazendeiro aqui eles vão me chamar de viado.

É tradição, é cultura... é assim e sempre foi assim; infelizmente.

Espero que um dia isso mude; através de leis mais fortes e multas para os fds que maltratam animais.
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Offline Pregador

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Re: Vegetarianismo e falsa moral
« Resposta #38 Online: 23 de Setembro de 2008, 16:57:04 »
Eu não acredito que uma dieta integralmente vegetariana, desde a infância, possa superar os benefícios carnívoros. Inclusive temeria pela saúde do sujeito.

Ademais, verduras, saladas etc tem um gosto quase isuportável. Tudo bem que tem quem ache que não, mas eu e uma quantidade imensa de pessoas pensamos assim.


E cruel por cruel (óbvio que temos condições de amenizar, senão anular isso), a natureza por si é muito mais.


« Última modificação: 23 de Setembro de 2008, 17:05:07 por Amenemés »
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Luis Dantas

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Re: Vegetarianismo e falsa moral
« Resposta #39 Online: 23 de Setembro de 2008, 17:12:01 »
Dieta puramente vegan realmente tem uma deficiência séria.  A de vitamina B12.    Mas laticínios e ovos suprem bastante bem essa deficiência.

Conheço uma moça que nunca comeu carne na vida, e não me parece que ela tenha tido problemas por isso. Uma dieta bem balanceada faz muito mais diferença do que a simples presença ou ausência da carne.

Sabor é basicamente uma questão de hábito.  Eu nunca entendi como alguém pode suportar pequi, por exemplo.

E o fato é que não se cria gado de corte por outro motivo que não seja o desejo humano de comê-lo.  Na minha opinião criar animais especificamente para abatê-los é muito mais grave do que caçar para subsistência.
« Última modificação: 23 de Setembro de 2008, 17:15:19 por Luis Dantas »
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Re: Vegetarianismo e falsa moral
« Resposta #40 Online: 23 de Setembro de 2008, 17:13:02 »
Alface misturada com sal, óleo e limão fica uma delícia! Tomate a mesma coisa... verduras de uma maneira geral temperada com limão e sal fica perfeito.
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Offline Luis Dantas

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Re: Vegetarianismo e falsa moral
« Resposta #41 Online: 23 de Setembro de 2008, 17:16:28 »
Verdade. Sabores interessantes sem carne não faltam.  Adoro Babagamoush, por exemplo.  A maior parte das verduras é pelo menos tolerável.  E há as frutas.
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Offline Fabulous

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Re: Vegetarianismo e falsa moral
« Resposta #42 Online: 23 de Setembro de 2008, 17:19:04 »
Babaganuch com pão sírio é bom mesmo.
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Offline Fabrício

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Re: Vegetarianismo e falsa moral
« Resposta #43 Online: 23 de Setembro de 2008, 20:39:10 »
Citar
Alface misturada com sal, óleo e limão fica uma delícia! Tomate a mesma coisa... verduras de uma maneira geral temperada com limão e sal fica perfeito

Fica até gostoso, mas não chega aos pés de um bife mal passado...

Citar
Verdade. Sabores interessantes sem carne não faltam.  Adoro Babagamoush, por exemplo.  A maior parte das verduras é pelo menos tolerável.  E há as frutas.

Nem sei que diabo é isso :D, mas sinceramente não acredito que chegue nem perto de uma picanha... aliás, não conheço nada que se compare.

Concordo que tudo o que puder ser feito para diminuir o sofrimento animal é louvável, mas parar de comer carne pelo menos pra mim está fora de cogitação. E como já foi dito, a natureza em si não é exatamente um mar de rosas...
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Offline Herf

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Re: Vegetarianismo e falsa moral
« Resposta #44 Online: 24 de Setembro de 2008, 15:54:18 »
Por acaso me deparei com este texto hoje.

Citar
The "Rights" of Animals
by Murray N. Rothbard

[This article is taken from chapter 21 of The Ethics of Liberty. Listen to this article in MP3, read by Jeff Riggenbach. The entire book is being prepared for podcast and download.]

It has lately become a growing fashion to extend the concept of rights from human beings to animals, and to assert that since animals have the full rights of humans, it is therefore impermissible — i.e., that no man has the right — to kill or eat them.

There are, of course, many difficulties with this position, including arriving at some criterion of which animals or living beings to include in the sphere of rights and which to leave out.

(There are not many theorists, for example, who would go so far as Albert Schweitzer and deny the right of anyone to step on a cockroach. And, if the theory were extended further from conscious living beings to all living beings, such as bacteria or plants, the human race would rather quickly die out.)

But the fundamental flaw in the theory of animal rights is more basic and far-reaching.[1] For the assertion of human rights is not properly a simple emotive one; individuals possess rights not because we "feel" that they should, but because of a rational inquiry into the nature of man and the universe. In short, man has rights because they are natural rights. They are grounded in the nature of man: the individual man's capacity for conscious choice, the necessity for him to use his mind and energy to adopt goals and values, to find out about the world, to pursue his ends in order to survive and prosper, his capacity and need to communicate and interact with other human beings and to participate in the division of labor. In short, man is a rational and social animal. No other animals or beings possess this ability to reason, to make conscious choices, to transform their environment in order to prosper, or to collaborate consciously in society and the division of labor.

Thus, while natural rights, as we have been emphasizing, are absolute, there is one sense in which they are relative: they are relative to the species man. A rights-ethic for mankind is precisely that: for all men, regardless of race, creed, color, or sex, but for the species man alone. The Biblical story was insightful to the effect that man was "given" — or, in natural law, we may say "has" — dominion over all the species of the earth. Natural law is necessarily species-bound.

That the concept of a species ethic is part of the nature of the world may be seen, moreover, by contemplating the activities of other species in nature. It is more than a jest to point out that animals, after all, don't respect the "rights" of other animals; it is the condition of the world, and of all natural species, that they live by eating other species. Inter-species survival is a matter of tooth and claw. It would surely be absurd to say that the wolf is "evil" because he exists by devouring and "aggressing against" lambs, chickens, etc. The wolf is not an evil being who "aggresses against" other species; he is simply following the natural law of his own survival. Similarly for man. It is just as absurd to say that men "aggress against" cows and wolves as to say that wolves "aggress against" sheep. If, furthermore, a wolf attacks a man and the man kills him, it would be absurd to say either that the wolf was an "evil aggressor" or that the wolf was being "punished" for his "crime." And yet such would be the implications of extending a natural-rights ethic to animals. Any concept of rights, of criminality, of aggression, can only apply to actions of one man or group of men against other human beings.

What of the "Martian" problem? If we should ever discover and make contact with beings from other planets, could they be said to have the rights of human beings? It would depend on their nature. If our hypothetical "Martians" were like human beings — conscious, rational, able to communicate with us and participate in the division of labor — then presumably they too would possess the rights now confined to "earthbound" humans.[2]

But suppose, on the other hand, that the Martians also had the characteristics, the nature, of the legendary vampire, and could only exist by feeding on human blood. In that case, regardless of their intelligence, the Martians would be our deadly enemy and we could not consider that they were entitled to the rights of humanity. Deadly enemy, again, not because they were wicked aggressors, but because of the needs and requirements of their nature, which would clash ineluctably with ours.

There is, in fact, rough justice in the common quip that "we will recognize the rights of animals whenever they petition for them." The fact that animals can obviously not petition for their "rights" is part of their nature, and part of the reason why they are clearly not equivalent to, and do not possess the rights of, human beings.[3] And if it be protested that babies can't petition either, the reply of course is that babies are future human adults, whereas animals obviously are not.[4]

Notes

[1] For an attack upon the supposed rights of animals, see Peter Geach, Providence and Evil (Cambridge: Cambridge University Press, 1977), pp. 79–80; and Peter Geach, The Virtues (Cambridge: Cambridge University Press, 1977), p. 19.

[2] Cf. the brief discussion of man and comparable creatures in John Locke, An Essay Concerning Human Understanding (New York: Collier-Macmillan, 1965), p. 291.

[3] For the close connection between the use of language and the human species, see Ludwig Wittgenstein, Philosophical Investigations (New York: Macmillan, 1958), vol. 2, pp. xi, 223.

[4] A fundamental error, then, of the advocates of "animal rights" is their failure to identify — or even to attempt to identify — the specific nature of the species man, and hence the differences between human beings and other species. Failing to think in such terms, they fall back on the shifting sands of subjective feelings. See Tibor R. Machan, Human Rights and Human Liberties (Chicago: Nelson-Hall, 1975), pp. 202–3, 241, 1245ff., 256, 292. For a critique of the confusion between babies and animals by animal-rightists, see R.G. Frey, Interests and Rights (Oxford: Clarendon Press, 1980), pp. 22ff. Frey's book is a welcome recent critique of the animal-rights vogue in philosophy.

Offline Fabulous

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Re: Vegetarianismo e falsa moral
« Resposta #45 Online: 24 de Setembro de 2008, 16:59:13 »
Que porcaria de comentário desse Murray N. Rothbard, qual é a desse palhaço? :bravo:
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Offline Luis Dantas

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Re: Vegetarianismo e falsa moral
« Resposta #46 Online: 24 de Setembro de 2008, 17:04:58 »
Eu não diria dessa forma, mas que falta visão a ele, falta.  Definitivamente.
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Re: Vegetarianismo e falsa moral
« Resposta #47 Online: 24 de Setembro de 2008, 17:10:08 »
Ok, hoje não estou em um dia bom.
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Offline Herf

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Re: Vegetarianismo e falsa moral
« Resposta #48 Online: 24 de Setembro de 2008, 17:47:09 »
Eu não diria dessa forma, mas que falta visão a ele, falta.  Definitivamente.
Por que?

Offline Luis Dantas

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Re: Vegetarianismo e falsa moral
« Resposta #49 Online: 24 de Setembro de 2008, 18:29:22 »
Citação de: Murray N. Rothbard
It has lately become a growing fashion to extend the concept of rights from human beings to animals, and to assert that since animals have the full rights of humans, it is therefore impermissible — i.e., that no man has the right — to kill or eat them.

Essa é uma posição extrema, que não representa o movimento pelos direitos dos animais como um todo.

Citar
There are, of course, many difficulties with this position, including arriving at some criterion of which animals or living beings to include in the sphere of rights and which to leave out.

Eu diria antes que é uma questão em aberto.  Não chega a ser uma dificuldade.

Citar
(There are not many theorists, for example, who would go so far as Albert Schweitzer and deny the right of anyone to step on a cockroach. And, if the theory were extended further from conscious living beings to all living beings, such as bacteria or plants, the human race would rather quickly die out.)

But the fundamental flaw in the theory of animal rights is more basic and far-reaching.[1] For the assertion of human rights is not properly a simple emotive one; individuals possess rights not because we "feel" that they should, but because of a rational inquiry into the nature of man and the universe. In short, man has rights because they are natural rights. They are grounded in the nature of man: the individual man's capacity for conscious choice, the necessity for him to use his mind and energy to adopt goals and values, to find out about the world, to pursue his ends in order to survive and prosper, his capacity and need to communicate and interact with other human beings and to participate in the division of labor. In short, man is a rational and social animal. No other animals or beings possess this ability to reason, to make conscious choices, to transform their environment in order to prosper, or to collaborate consciously in society and the division of labor.

Deixando de lado o antropocentrismo no meio desse parágrafo (que não chega a ser muito grave), ele está deixando de considerar que o ser humano tem também responsabilidades advindas dessas necessidades (entre outros motivos por causa do impacto ao meio ambiente).  E também está ignorando que se outros animais não tem todo o repertório humano, isso não quer dizer que não tenham direito algum.

Citar
Thus, while natural rights, as we have been emphasizing, are absolute,

Hein?  Do que ele está falando?

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there is one sense in which they are relative: they are relative to the species man. A rights-ethic for mankind is precisely that: for all men, regardless of race, creed, color, or sex, but for the species man alone. The Biblical story was insightful to the effect that man was "given" — or, in natural law, we may say "has" — dominion over all the species of the earth. Natural law is necessarily species-bound.

Eu gostaria de entender do que ele está falando aqui.  Honestamente, não faço idéia.

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That the concept of a species ethic is part of the nature of the world may be seen, moreover, by contemplating the activities of other species in nature. It is more than a jest to point out that animals, after all, don't respect the "rights" of other animals; it is the condition of the world, and of all natural species, that they live by eating other species. Inter-species survival is a matter of tooth and claw. It would surely be absurd to say that the wolf is "evil" because he exists by devouring and "aggressing against" lambs, chickens, etc. The wolf is not an evil being who "aggresses against" other species; he is simply following the natural law of his own survival.

Até aqui ele está certo.  Mas logo em seguida há uma extrapolação indevida:

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Similarly for man. It is just as absurd to say that men "aggress against" cows and wolves as to say that wolves "aggress against" sheep. If, furthermore, a wolf attacks a man and the man kills him, it would be absurd to say either that the wolf was an "evil aggressor" or that the wolf was being "punished" for his "crime." And yet such would be the implications of extending a natural-rights ethic to animals. Any concept of rights, of criminality, of aggression, can only apply to actions of one man or group of men against other human beings.

Não sei se ele está sendo ingênuo ou apenas acomodado, mas de qualquer forma o erro é crasso.  Ele cai no mesmo erro dos satanistas, ao tentar ver o ser humano com apenas um animal "competente".  Ignora o fato auto-evidente de que o ser humano tem mais capacidades e mais responsabilidades do que os outros animais de uma forma geral.  Ignora que o direito de agressão em auto-defesa é amplamente reconhecido ao lidar com outros seres humanos.  E ignora, inacreditavelmente, que é claramente possível, necessário e sensato falar em agressões a animais e em direitos de animais.

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What of the "Martian" problem? If we should ever discover and make contact with beings from other planets, could they be said to have the rights of human beings? It would depend on their nature. If our hypothetical "Martians" were like human beings — conscious, rational, able to communicate with us and participate in the division of labor — then presumably they too would possess the rights now confined to "earthbound" humans.[2]

Nem vou comentar...

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But suppose, on the other hand, that the Martians also had the characteristics, the nature, of the legendary vampire, and could only exist by feeding on human blood. In that case, regardless of their intelligence, the Martians would be our deadly enemy and we could not consider that they were entitled to the rights of humanity. Deadly enemy, again, not because they were wicked aggressors, but because of the needs and requirements of their nature, which would clash ineluctably with ours.

Completamente irrelevante, embora verdadeiro.

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There is, in fact, rough justice in the common quip that "we will recognize the rights of animals whenever they petition for them." The fact that animals can obviously not petition for their "rights" is part of their nature, and part of the reason why they are clearly not equivalent to, and do not possess the rights of, human beings.[3]

A primeira parte é ridícula.  A segunda é uma obviedade sem importância.  Ele ainda tem a petulância de se referir a Wittgenstein na nota (3), mas não percebe que além de irrelevante ao argumento que ele tenta formar, a questão da linguagem só acidentalmente e circunstancialmente é aplicável apenas aos seres humanos.

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And if it be protested that babies can't petition either, the reply of course is that babies are future human adults, whereas animals obviously are not.[4]

Aqui ele está apenas confessando seu antropocentrismo, nada mais.
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

 

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