Qual a relevância de "culpa", "culpado"? Boiei completamente.
Aquele casal que jogou a filha pela janela não soube responder a várias perguntas. Assim é a ciência. 
O QUE A CIÊNCIA É:*Um modo racional de descoberta;
*Um conjunto de explicações sobre como os fenômenos da natureza interagem entre si e são provocados uns pelos outros (inclua "ser humano" em natureza);
*Uma ferramenta com a qual o ser humano pode interferir na natureza (inclusive si mesmo);
*Uma ferramenta que lhe informa formas possíveis de se atingir determinado objetivo.
O QUE A CIÊNCIA NÃO É:*Bola de cristal, em que é só jogar a pergunta e ela sai respondida;
*Onisciente, o que contraria a própria função dela - de descoberta;
*Pai de alguém, mãe de alguém, ou código moral, pra dizer o que a pessoa deve ou não deve fazer;
*Uma ferramenta que lhe diga quais são os objetivos que você deve seguir, tampouco qual das formas possíveis de cumprí-lo você deve usar.
Caso Mardoni não tem nada a ver com o assunto do tópico.
Muito provavelmente, o mestre-de-obras não irá lhe responder tudo. Nem sobre por que a casa fica em pé. Ele não vai saber p.ex. qual o coeficiente de resistência dos materiais que ele utiliza, e é algo indispensável a uma construção civil. Tampouco irá lhe dizer muita coisa sobre o processo de produção de uma telha, ou da polimerização das tintas. Isso tudo é conhecimento que os engenheiros devem se preocupar, e não o mestre-de-obras.
Eu não disse responder tudo e sim porque a casa fica em pé.
A evolução é o alicerce para explicar tudo. Ela explica?
Explica o motivo da diversidade da vida, como novas espécies surgem, como alterações nas espécies vão ocorrendo com o tempo, et cetera. Se você acha que é função de uma teoria explica absolutamente
tudo, então você precisa antes compreender o que é uma teoria, para que ela é usada, e qual o objetivo dela.
Ela não é "alicerce" por depender de outras disciplinas, como Química, Geologia, Geografia, e Física. Ao que eu saiba, o único alicerce das ciências se chama Matemática, por não depender de outras ciências.
Da mesma forma, uma teoria sempre recorrerá a outras para explicar o que foge do escopo dela. Não é função da evolução explicar sobre a origem da vida, ou a deriva de placas tectônicas, mas sim, explicar sobre a diversidade da vida e como a espécie X obteve asas enquanto a Y membros prênseis.
Tudo na ciência quando algo é mais complexo eles costumas a usar a frese: PROVAVELMENTE

Tem gente por aí que tem absoluta certeza de conversar com gnomos, Jesus, Saci, de ter sido abduzido por ETs, de que coca com menthos faz o estômago explodir, de que um sujeito construiu um barcão e tacou 600 milhões de animaizinhos nele há uns três mil anos...
não é essa a forma da ciência trabalhar.Ela lhe fornece as teorias mais explicativas e mais próximas da realidade que se pode obter em determinado momento. Caso apareçam evidências e fenômenos que deveriam ser do escopo de uma teoria mas não são explicados por ela, essa teoria é alterada ou mesmo trocada. Como ela não é onisciente, é mais sensato na maioria dos casos usar o "provavelmente" que você falou.
Se você estiver com um inglês bom, sugiro que leia http://en.wikipedia.org/wiki/Evolution_of_sex ; resumidamente, as hipóteses atuais dizem que surgiu como uma forma de troca de genes entre membros da mesma espécie.
Mais tarde, evoluindo para um sistema um pouco mais complexo, aonde cada um dos "pais" fornece metade do genoma para o terceiro indivíduo: meiose e posterior fusão.
Depois, há uma especialização de parte da população em cultivar o terceiro indivíduo até certo ponto - a partir desse ponto, sim, podemos chamar de macho e fêmea.
Valeu pela sua explicação, mas o que dá para entender como esta troca de genes veio a se estruturar para formar órgãos perfeitamente inteligêntes. É algo bastante perfeito para simples genes fazerem trocas perfeitas. É como disse: É muita perfeição para muita complexidade.
Simples, use o método "maníaco da serra": por partes, por partes.
Evolução dos órgãos internos de animais é uma coisa, troca de genes (sexo) é outra. Eu já expliquei exaustivamente como caracteres complexos podem surgir de caracteres mais simples sem necessitar design.
E perfeição não é uma palavra que se aplique à vida...
NEM UM POUCO... 
Se quiser exemplos, avise, porque a lista é longa.
Até agora, sabemos relativamente pouca coisa sobre ele.
É um processo trabalhoso, e uma pequena descoberta pode alterar muita coisa.
Portanto, a explicação mais provável, e mais aceita, é que um ancestral comum a todas as espécies da Terra já utilizava DNA, codificação de aminoácidos igual à nossa, membrana celular, entre outras coisas.
O LUCA foi se replicando, replicando e replicando... dando origem a diversos indivíduos da mesma espécie. Até aí, OK?
Então, um dos descendentes do LUCA tem uma mutação, por exemplo, DNA circular e não linear. O que já seria suficiente para considerar este descendente como uma nova espécie, digamos que ele foi a primeira bactéria. Esta bactéria (agora sim, bactéria no sentido estrito) também foi se duplicando, e passou a competir com o LUCA p.ex. por recursos como alimento.
Do outro lado, das cópias do LUCA que sobraram, surgiu outra mutação em outra cópia, que deu origem ao primeiro neomura. Assim como a primeira bactéria, ele também passou a competir com o LUCA por alimento.
Chegou uma hora que ambos, a espécie "bactéria" e a espécie "neomura" começaram a ter tanto sucesso reprodutivo, que o LUCA original acabou se extingüindo.
Mais tarde, entre as cópias do primeiro neomura, surgiu uma delas que segregava o DNA em um compartimento separado, dando origem ao primeiro eucariota. E assim o processo se repete, várias e várias e várias vezes...
Um ancestral comum com nucleo, menbrana e com certeza alguns pares de cromossomas também. Neste caso tanto o macho como a fêmea teriam saído do mar para começar a habitar a terra.
Mais confusão.
1)Distinção macho-fêmea provavelmente surgiu
DEPOIS do LUCA, o método de reprodução mais plausível para ele é divisão similar à da maioria dos unicelulares de hoje: divisão celular.
2)Como já foi falado, cromossomos são
uma forma de organização do DNA. Não faz sentido falar em cromossomos, mas sim apenas em DNA, para o LUCA. Nesse sentido, o mais provável é que o LUCA tivesse
uma fita de DNA, como as árqueas apresentam. Não várias fitas como os eucariotas, não uma "rodinha" como as bactérias.
3)É bem provável que o LUCA apenas habitasse os mares - quem depois foi pra terra firme foram algumas bactérias, algumas árqueas, e alguns eucariotas. E por "saída", entenda-se, uma
gradual independência do ambiente marinho, e não algo como "ah, não gostei do mar hoje, vamos todos sair".
*Meiose imperfeita. Um dos gametas fica com um cromossomo a mais, outro com um a menos. Exemplos: síndromes de Down, Klinefelter, Patau... em alguns casos, o fato de uma pessoa ter um cromossomo a mais é completamente inócuo, desde que esse cromossomo não esteja ligado a outro (como em alguns casos de Down).
Pelo que sabemos hoje qualquer alteração nos pares de cromossomos aquele espécie sofrerá alguma modificação maléfica.
"Bem" e "mal", "benéfico" e "maléfico" não estão em questão aqui. A questão é saber se a mutação aumenta, diminui, ou mantém semelhante a aptidão do indivíduo em resistir à pressão seletiva.
Considerando a penca de DNA lixo que tanto seres humanos quanto outras espécies têm, se a quebra do DNA for numa parte do "lixo", não somente essa quebra não vai ter praticamente nenhum efeito, como sequer vai ser notada!
[/quote]
Se o homem sofresse alguma alteração em seu pares indo de 23 para 24, teria também que a fêmea ir para 24 pares. Não sendo assim alguma coisa de pior poderá acontecer.
Não, e aí é que está a jogada. A mesma mutação não precisa aparecer duas vezes, e vou ilustrar com um exemplo.
Vamos supor que o espermatozóide que deu origem a Fulano, durante sua formação, teve seu cromossomo nº 1 quebrado (vamos chamar os pedaços de 1a e 1b). Efetivamente, ficando com 24 cromossomos.
Quando o óvulo da mãe de Fulano encontrou com o espermatozóide com 24 cromossomos, todos os cromossomos foram pareados bonitinho, normalmente, e os cromossomos 1a e 1b de origem paterna parearam com o cromossomo 1 de origem materna. Até aqui, ok?
Nove meses depois, Fulano nasceu, com seus 47 cromossomos. Só que a mutação foi no meio do DNA lixo, e trata-se de uma mutação neutra (só pra simplificar o exemplo!), Fulano sequer descobriu, em toda a sua vida, que tinha 47 cromossomos.
Então, 20 e tantos anos depois, Fulano casou com Beltrana (que tem 46 cromossomos), e tiveram uma porrada de filhos. Cada um dos filhos vai ter 50% do DNA da mãe e 50% do pai. Cada um dos filhos de Fulano tem 50% de probabilidade de herdar o cromossomo 1 da vó paterna e 50% de probabilidade de herdar os cromossomos 1a e 1b. Então, metade dos filhos vai ter 47 cromossomos e metade vai ter 46.
Passam-se gerações, gerações e mais gerações. Mais ou menos metade dos descendentes de Fulano vai ter 47 cromossomos, e a outra metade 46.
Então, Zé, um dos descendentes de Fulano, com 47 cromossomos, casa com Ana, outra descendente de Fulano, também com 47 cromossomos. E tem diversos filhos. Por estatística simples:
*1/4 destes filhos terão 46 cromossomos (com duas fitas do cromossomo 1 inteiras),
*2/4 terão 47 cromossomos (com uma das fitas do 1 inteira, e a outra dividida em 1a e 1b),
*1/4 terá 48 cromossomos (terão duas fitas do cromossomo 1a e duas fitas do cromossomo 1b).
Ou seja: a mutação surgiu apenas uma vez, e todas as outras mutações são em descendentes de Fulano. Entretanto, originaram-se indivíduos que apresentavam a mesma mutação duas vezes.
Pra explicar mais que isso vou ter que entrar em deriva genética.
Ganhar ou perder par é uma coisa que a ciência não pode provar ainda. Evidência não são provas, mas uma prova em tempo real seria o bastante suficiente.
Existe alguma espécie na natureza que já ganhou ou perdeu cromossomos?
Citei as síndromes.
Citei o caso de quebra de cromossomos, e como o cromossomo 2 dos seres humanos se parece absurdamente com outros dois cromossomos dos outros catarrinos.
Citei o caso da espécie de roedor brasileira cuja população tem indivíduos com 14, 15 e 16 cromossomos.
Ao que entendi, você quer um experimento ou um caso provocado por humanos no qual uma espécie mudou seu número de cromossomos, é isso?
Tá aqui, ó:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/bv.fcgi?rid=mga.section.1179Em suma, o cara fundiu uma célula de nabo (9 pares) e uma de repolho (9 pares) e obteve uma com 18 pares de cromossomos.
[Um em off, nada a ver: ele queria uma planta com raiz de nabo e folhas de repolho, mas obteve o inverso

]
Lá tem exemplo também em como fazer uma célula de uma espécie dobrar seu número de cromossomos, cita trissomia, um monte de outras coisas relativas a isso, divirta-se.
Como então um único ancestral já bastante complexo iria mudar suas estruturas de pares cromossomos se nada podemos ver nas espécies?
Se é algo lento aumento e diminuição de pares cromossomos já seria outro caso a pensar.
Tanto o macho como a fêmea teriam que sofrer alterações idênticas não é verdade?
É fácil isto de acontecer em milhões de casais

Já explicado acima, mas se tiver mais perguntas poste-as.