Autor Tópico: A complexidade da evolução  (Lida 48343 vezes)

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Offline Erivelton

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A complexidade da evolução
« Online: 25 de Outubro de 2008, 21:35:02 »
A evolução por seleção natural é a única explicação para a formação de órgãos complexos e adaptados, como o olho humano. É praticamente impossível que uma estrutura tão complexa, produzida pela coordenada de vários genes, surgisse por acaso por deriva genética.
Embora seja uma boa teoria científica, não quer dizer que o neodarwinismo explique todos os fatos, nem que possa vir a ser corrigido e melhorado. Se uma nova teoria for proposta, ela terá de explicar fatos que a teoria atual não é capaz de explicar, além de explicar os fatos que a teoria antiga explicava com sucesso. Se for bem sucedida, será considerada a melhor teoria até aquele momento.
Eu gostaria de fazer uma pergunta simples e bastante simplificada: Porque um número infinito de células em evolução se multiplicando, não poderiam gerar apenas duas mínimas que seja ou mais espécies que estivessem órgãos idênticos com as mesmas funções, semelhanças embrionárias aparentes e que suas bases nitrogenadas fossem exatamente iguais. No fim de cada evolução teríamos milhões de espécies que divididas em pequenos grupos encontraríamos em cada uma delas semelhanças totalmente idênticas.
Se formos levar esta compreensão para o lado da matemática isto seria totalmente possível.
Vamos a um exemplo prático:
Se pegássemos 1.000.000 de baldes e colocássemos 1.000  dados no interior de cada um teríamos uma espécie X no final de cada sorteio. Se ao final do sorteio os mil dados apresentassem o número 1 teríamos a espécie nº 1000 e se todos apresentassem o número 6 teríamos a espécie 6.000 onde seria o resultado de 1000 por 6. Então dentro dos números dos dados poderia se formar 5000 mil espécies diferentes. Se a evolução partiu de um número infinito de células poderíamos concluir que entre um milhão de sorteio teríamos no mínimo dois sorteios iguais onde seriam duas evoluções separadas e totalmente idênticas.
Raciocinando que a evolução inicial possa ter se iniciado neste sentido acabaria de vez com a teoria de que todos os seres vivos foram evoluídos de um só ancestral.
O que vocês podem concluir de algo neste sentido. É possível que a evolução tenha se iniciado com milhares de seres vivos de modo independente sem que tivesse nenhum parentesco entre eles?
Que argumentos a ciência teria neste sentido para rebater este tipo de afirmativa?
Erivelton, O profeta dos ateus. Tudo pela paz

Offline SnowRaptor

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Re: A complexidade da evolução
« Resposta #1 Online: 25 de Outubro de 2008, 21:46:50 »
Por que as pessoas sempre prestam atencao nas mudancas ao acaso e sempre esquecem da selecao natural, que joga fora as que nao deram certo?
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
críticos e experimentação entram em jogo, é que a ciência diverge da
arte.”

-- François Jacob, 1997

Offline Erivelton

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Re: A complexidade da evolução
« Resposta #2 Online: 25 de Outubro de 2008, 21:58:32 »
Por que as pessoas sempre prestam atencao nas mudancas ao acaso e sempre esquecem da selecao natural, que joga fora as que nao deram certo?
Me baseando neste sentido evolutivo na qual proponho eu poderia até concluir que durante toda evolução milenar, milhões de espécies não completaram sua evolução, outras milhares conseguiram sobreviver e que a seleção natural segundo Darwin absorveu para dar continuidade a evolução.
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Offline FxF

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Re: A complexidade da evolução
« Resposta #3 Online: 25 de Outubro de 2008, 22:01:39 »
Citar
É praticamente impossível que uma estrutura tão complexa, produzida pela coordenada de vários genes, surgisse por acaso por deriva genética.
E isso se baseia em que? "Eu gosto do meu olho e não quero que a seleção natural seja dona dele"?
Existem criaturas com sistema sensorial de captação de luz bem simples, até criaturas com "olhos" primitivos. O que mais lhe falta?

Offline Erivelton

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Re: A complexidade da evolução
« Resposta #4 Online: 25 de Outubro de 2008, 22:06:10 »
E isso se baseia em que? "Eu gosto do meu olho e não quero que a seleção natural seja dona dele"?
Existem criaturas com sistema sensorial de captação de luz bem simples, até criaturas com "olhos" primitivos. O que mais lhe falta?
Acho que a questão aqui não é se gostamos ou não do que temos e sim argumentar sôbre o início complexo da evolução. Leia outra vez o tópico principal.
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Offline Luis Dantas

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Re: A complexidade da evolução
« Resposta #5 Online: 25 de Outubro de 2008, 22:07:47 »
Me baseando neste sentido evolutivo na qual proponho eu poderia até concluir que durante toda evolução milenar, milhões de espécies não completaram sua evolução,

Evolução é apenas adaptação.  Não é algo que tenha um fim ou mesmo uma direção definida, portanto não pode ser "completada".


Citar
outras milhares conseguiram sobreviver e que a seleção natural segundo Darwin absorveu para dar continuidade a evolução.

O que absorveu o que?
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Offline FxF

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Re: A complexidade da evolução
« Resposta #6 Online: 25 de Outubro de 2008, 22:11:10 »
Citar
Acho que a questão aqui não é se gostamos ou não do que temos e sim argumentar sôbre o início complexo da evolução. Leia outra vez o tópico principal.
Não é o que parece, do jeito que você afirma que as coisas são impossíveis de se formar por seleção natural baseado em especulação antropocêntrista.

Obs: "início complexo"?

Offline Buckaroo Banzai

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Re: A complexidade da evolução
« Resposta #7 Online: 25 de Outubro de 2008, 22:13:27 »
Na verdade, nessa argumentação, ele parece não questionar a seleção natural, mas "apenas" a ancestralidade comum.

Não entendi exatamente o tipo de sorteio que ele propôs, embora a intenção seja aparentemente propor que as evidências de parentesco sejam obra do acaso, em vez de parentesco de verdade.

Os argumentos científicos contra origens independentes são diversos. O mais básico é justamente improbabilidade, é meio como nascerem pseudo-irmãos gêmeos de pais e mães diferentes em países diferentes. Teoricamente é possível que houvessem duas pessoas com exatamente o mesmo genótipo e com o restante das seqüências iguais sem serem irmãos gêmeos verdadeiros, de forma similar que em um sorteio pode sair mais de uma vez a mesma seqüência numérica. Só que é extremamente improvável, a ponto de poder ser descartado sem preocupação.

Na verdade é bem pior para o caso dos bilhões de espécies existentes, porque não são apenas dois sorteios iguais, mas bilhões de sorteios parecidos, e nenhum díspar, quando esses deveriam ser a imensa maioria. Meio como se só tivesse dados viciados. Isso sem nem considerar o problema de múltiplas origens da vida inicialmente idênticas, evoluindo em linhagens perfeitamente convergentes, até o ponto em que divergiriam de um ancestral comum na teoria de verdade. Inclusive geneticamente, que é o pior, já que há ampla possibilidade de convergência fenotípica com genes diferentes.

Ou seja, reaproveitando a comparação com irmãos gêmeos nascidos de outras mães, é meio como propor que todas as pessoas individuais tenham na verdade origens independentes  (e completamente obscuras, em vez da explicação mais natural de genealogia real), não exista parentesco real, e apenas por acaso, os genótipos individuais todos que vieram a existir se encaixam numa falsa genealogia.   

Offline Erivelton

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Re: A complexidade da evolução
« Resposta #8 Online: 25 de Outubro de 2008, 22:13:33 »
Existe uma média biológica(tempos), para que possa acontecer uma especiação?
Gostaria que os amantes da ciência trouxessem alguns comentários.
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Offline FxF

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Re: A complexidade da evolução
« Resposta #9 Online: 25 de Outubro de 2008, 22:19:56 »
Não existe "média" para nada pois depende do ambiente.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: A complexidade da evolução
« Resposta #10 Online: 25 de Outubro de 2008, 22:28:33 »
Depende do ambiente E da espécie/populações, não é só criar um ambiente X, e pronto.

Até se pode  até fazer uma média, pois se pode fazer uma média entre qualquer seqüência de números, mas não sei se teria muito valor, a menos que se averiguasse alguns padrões consistentes.

A coisa mais parecida com isso é o padrão de equilíbrio pontuado, que sugere que as espécies se mantém mais ou menos estáveis durante a maior parte de sua existência, e apenas em períodos mais ou menos "rápidos" (dezenas a centenas de milhares de anos), ocorre especiação. Mas há diferenças na duração dos períodos, tanto de estabilidade, quanto para especiação. Não quer dizer que a especiação também não possa ser bem mais rápida, como já comentado em outros tópicos, e exemplificado no site www.talkorigins.org.

Offline Erivelton

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Re: A complexidade da evolução
« Resposta #11 Online: 25 de Outubro de 2008, 22:30:41 »
Os argumentos científicos contra origens independentes são diversos. O mais básico é justamente improbabilidade, é meio como nascerem pseudo-irmãos gêmeos de pais e mães diferentes em países diferentes. Teoricamente é possível que houvessem duas pessoas com exatamente o mesmo genótipo e com o restante das seqüências iguais sem serem irmãos gêmeos verdadeiros, de forma similar que em um sorteio pode sair mais de uma vez a mesma seqüência numérica. Só que é extremamente improvável, a ponto de poder ser descartado sem preocupação.
Era exatamente este tipo de conceito que eu gostaria de ouvir. Então já existem argumentos de origens diversas?
Eu não estaria tão longe de comprender e ser compreendido o que estou argumentando.
De início eu estaria focalizando a evolução num sentido apenas celular onde os primeiros seres vivos formariam estruturas exatamente iguais em milhares de células evoluindo. Quanto a parte de uma evolução posterior a existência da espécie, já seria outro tipo de evolução. Neste caso as espécies já estariam criadas num padrão X.
A espécie X teria sua estrutura 1,4,5,2,3,6 idêntica a uma outra exatamente igual.
Uma outra teria 5,4,3,1,2 e assim sucessivamente...
Depois disto seria uma outra sequência de evolução.




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Offline Luis Dantas

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Re: A complexidade da evolução
« Resposta #12 Online: 25 de Outubro de 2008, 22:32:25 »
A evolução por seleção natural é a única explicação para a formação de órgãos complexos e adaptados, como o olho humano. É praticamente impossível que uma estrutura tão complexa, produzida pela coordenada de vários genes, surgisse por acaso por deriva genética.

Seria, se não houvesse pressão seletiva.


Citar
Embora seja uma boa teoria científica, não quer dizer que o neodarwinismo explique todos os fatos, nem que possa vir a ser corrigido e melhorado.

Acho que você quis dizer o contrário.  Seja como for, uma teoria científica, por definição, não explica necessariamente todos os fatos e pode e deve ser corrigida e melhorada.  Por isso é teoria científica e não dogma.

Citar
Se uma nova teoria for proposta, ela terá de explicar fatos que a teoria atual não é capaz de explicar, além de explicar os fatos que a teoria antiga explicava com sucesso. Se for bem sucedida, será considerada a melhor teoria até aquele momento.

Correto.

Citar
Eu gostaria de fazer uma pergunta simples e bastante simplificada: Porque um número infinito de células em evolução se multiplicando, não poderiam gerar apenas duas mínimas que seja ou mais espécies que estivessem órgãos idênticos com as mesmas funções, semelhanças embrionárias aparentes e que suas bases nitrogenadas fossem exatamente iguais. No fim de cada evolução teríamos milhões de espécies que divididas em pequenos grupos encontraríamos em cada uma delas semelhanças totalmente idênticas.

Os conceitos estão muito mal definidos aqui.  A começar pelo número "infinito" de células e pelas "milhões de espécies com semelhanças totalmente idênticas".  Fica difícil entender o que você pode estar propondo.


Citar
Se formos levar esta compreensão para o lado da matemática isto seria totalmente possível.
Vamos a um exemplo prático:
Se pegássemos 1.000.000 de baldes e colocássemos 1.000  dados no interior de cada um teríamos uma espécie X no final de cada sorteio. Se ao final do sorteio os mil dados apresentassem o número 1 teríamos a espécie nº 1000 e se todos apresentassem o número 6 teríamos a espécie 6.000 onde seria o resultado de 1000 por 6.

Matematicamente isso não faz sentido.  Você está propondo mil dados em cada balde, mas tratando-os como se fossem um só.  Mil dados de seis faces podem apresentar não apenas seis, mas seis elevados à milésima potência resultados diferentes.  O resultado é um número com mais de setecentos e  setenta algarismos antes do ponto decimal.

Mesmo que você esteja considerando o valor da soma dos dados em vez dos resultados propriamente ditos, aí sim teríamos totais que poderiam variar de mil a seis mil, com uma distribuição normal.  Mas esse é um paralelo bastante pobre para o código genético, entre outros motivos porque supõe que todos os genes tem a mesma função, o que é comprovadamente falso.  Por outro lado, nenhum ser vivo conhecido tem mil genes distintos...

Citar
Então dentro dos números dos dados poderia se formar 5000 mil espécies diferentes.

Supondo que cada resultado possível para os mil dados seja uma espécie diferente?  Não, muito mais do que isso.  Em um grau que chega a dar vertigem.

Citar
Se a evolução partiu de um número infinito de células poderíamos concluir que entre um milhão de sorteio teríamos no mínimo dois sorteios iguais onde seriam duas evoluções separadas e totalmente idênticas.

Você quer dizer que tomando uma população inicial suficientemente grande deveríamos eventualmente encontrar mutações aleatórias idênticas e independentes em uma mesma geração?  Teoricamente sim, aliás não creio que seja tão raro quanto seu modelo sugere.

Citar
Raciocinando que a evolução inicial possa ter se iniciado neste sentido acabaria de vez com a teoria de que todos os seres vivos foram evoluídos de um só ancestral.

Qual evolução inicial?  E como um raciocínio abstrato poderia "acabar de vez" com uma teoria de ancestral comum sem alguma evidência concreta ou experimental?

Que eu saiba não há ainda muito motivo para supor um único ancestral comum para todos os seres vivos, assim como também não há muito motivo para duvidar que haja.  É um ponto ainda nebuloso e especulativo.

Citar
O que vocês podem concluir de algo neste sentido. É possível que a evolução tenha se iniciado com milhares de seres vivos de modo independente sem que tivesse nenhum parentesco entre eles?

Não vejo como.  Como é que os primeiros seres vivos poderiam simplesmente existir, evoluir simultaneamente e não ter qualquer parentesco entre si?  :hein:

Citar
Que argumentos a ciência teria neste sentido para rebater este tipo de afirmativa?

Qual afirmativa?
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Offline Erivelton

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Re: A complexidade da evolução
« Resposta #13 Online: 25 de Outubro de 2008, 22:35:02 »
O que absorveu o que?
As que conseguiram sobreviver por adaptação foi separada pela seleção natural como algo bem adaptado ao ambiente.
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Offline Luis Dantas

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Re: A complexidade da evolução
« Resposta #14 Online: 25 de Outubro de 2008, 22:36:49 »
Era exatamente este tipo de conceito que eu gostaria de ouvir. Então já existem argumentos de origens diversas?
Eu não estaria tão longe de comprender e ser compreendido o que estou argumentando.
De início eu estaria focalizando a evolução num sentido apenas celular onde os primeiros seres vivos formariam estruturas exatamente iguais em milhares de células evoluindo. Quanto a parte de uma evolução posterior a existência da espécie, já seria outro tipo de evolução. Neste caso as espécies já estariam criadas num padrão X.
A espécie X teria sua estrutura 1,4,5,2,3,6 idêntica a uma outra exatamente igual.
Uma outra teria 5,4,3,1,2 e assim sucessivamente...
Depois disto seria uma outra sequência de evolução.

Às vezes eu penso que estou treinando percepção extra-sensorial quando tento interpretar o que você escreve, Erivelton.

A única coisa que consegui entender nessa mensagem acima é que você está querendo acreditar que já havia muitas espécies diferenciadas antes que começasse a seleção natural.  Está certo?
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Offline Luis Dantas

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Re: A complexidade da evolução
« Resposta #15 Online: 25 de Outubro de 2008, 22:38:07 »
O que absorveu o que?
As que conseguiram sobreviver por adaptação foi separada pela seleção natural como algo bem adaptado ao ambiente.

Está perguntando se existe pressão seletiva?  Sim, existe.
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Offline Erivelton

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Re: A complexidade da evolução
« Resposta #16 Online: 25 de Outubro de 2008, 22:42:37 »
Eu não sei se estou entrando num raciocínio perfeito, mas suponho que sim.
A teoria de Oparim não sugere que através dos efeitos dos raios atmosféricos as primeiras células não começaram a surgir para uma suposta evolução?
Quantos milhões de compostos orgânicos poderiam existir a cada tempestade?
Por isto digo que um número infinito de células começaram a sua evolução uma independente da outra.
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Offline Erivelton

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Re: A complexidade da evolução
« Resposta #17 Online: 25 de Outubro de 2008, 22:48:54 »
A coisa mais parecida com isso é o padrão de equilíbrio pontuado, que sugere que as espécies se mantém mais ou menos estáveis durante a maior parte de sua existência, e apenas em períodos mais ou menos "rápidos" (dezenas a centenas de milhares de anos), ocorre especiação. Mas há diferenças na duração dos períodos, tanto de estabilidade, quanto para especiação. Não quer dizer que a especiação também não possa ser bem mais rápida, como já comentado em outros tópicos, e exemplificado no site www.talkorigins.org.
Inglês não está ao meu alcançe.
É ajuntando um comentário com outro que me sobreveem diversas perguntas.
Se existe milhões de anos para acontecer uma especiação qual seria a fórmula matemática que a ciência usa para que milhões de espécie existiram num curto espaço de tempo desde que começou a evolução das primeiras células?
Erivelton, O profeta dos ateus. Tudo pela paz

Offline Erivelton

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Re: A complexidade da evolução
« Resposta #18 Online: 25 de Outubro de 2008, 22:51:00 »
Às vezes eu penso que estou treinando percepção extra-sensorial quando tento interpretar o que você escreve, Erivelton.
A única coisa que consegui entender nessa mensagem acima é que você está querendo acreditar que já havia muitas espécies diferenciadas antes que começasse a seleção natural.  Está certo?
Sei que as vezes é difícil meu entendimento por uma razão bem simples: Estou partindo do princípio onde as primeiras moléculas orgânicas começaram sua evolução.
Milhares delas não poderiam evoluir separadamente?
Erivelton, O profeta dos ateus. Tudo pela paz

Offline Erivelton

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Re: A complexidade da evolução
« Resposta #19 Online: 25 de Outubro de 2008, 22:55:20 »
Está perguntando se existe pressão seletiva?  Sim, existe.
Entenda meus princípios:
No big-bang os pedaços explodidos não evoluíram cada um separadamente?
A terra era sem forma e vazia e com tempo adquiriu sua perfeita evolução.
Numa tempestade cada pedaço de composto orgânico não encheu a terra para uma composta evolução?
Erivelton, O profeta dos ateus. Tudo pela paz

Offline Buckaroo Banzai

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Re: A complexidade da evolução
« Resposta #20 Online: 25 de Outubro de 2008, 22:55:34 »
Os argumentos científicos contra origens independentes são diversos. O mais básico é justamente improbabilidade, é meio como nascerem pseudo-irmãos gêmeos de pais e mães diferentes em países diferentes. Teoricamente é possível que houvessem duas pessoas com exatamente o mesmo genótipo e com o restante das seqüências iguais sem serem irmãos gêmeos verdadeiros, de forma similar que em um sorteio pode sair mais de uma vez a mesma seqüência numérica. Só que é extremamente improvável, a ponto de poder ser descartado sem preocupação.
Era exatamente este tipo de conceito que eu gostaria de ouvir. Então já existem argumentos de origens diversas?

No sentido que está querendo propor, não existe, porque como expliquei, é algo absurdamente improvável. É pior que sugerir que se temos uma máquina que picotasse e pintasse aleatoriamente pedaços de papel, podemos eventualmente ir lá e pegar aleatoriamente uma porção de papel picotado e pintado por ela, e ter em mãos um quebra-cabeças perfeito de uma foto da estátua da Liberdade em Nova Iorque, só que não foi feito de recortes de uma foto da estátua da Liberdade, mas apenas de recortes e pinturas completamente aleatórias. Fisicamente possível, é, mas a improbabilidade é tão grande que é desprezível. Existem fenômenos físicos tais que, possibilitam a que eventualmente, um dia desses, a estátua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro batesse palma, gritasse "uuuuh!" e colocasse uma das mãos apontando para cima, enquanto a outra fica na região pubiana com os joelhos meio dobrados, imitando um movimento do Michael Jackson. Mas ninguém espera que isso vá ocorrer, não é uma possibilidade que se leva em consideração, por que é improvável demais.


Citar
De início eu estaria focalizando a evolução num sentido apenas celular onde os primeiros seres vivos formariam estruturas exatamente iguais em milhares de células evoluindo.

Fazendo um esforço para entender o que você tentou dizer aqui, acho que o que está dizendo é que a sua idéia seria de que, num belo dia, eventualmente não havia vida, e então surgiu uma célula, que por acaso, era quase como uma célula-ovo de um gato, com a diferença de que, de alguma forma, não precisava de estar num útero para se alimentar e viver, apenas pode ir crescendo "normalmente" numa poça de lama. E algumas dezenas de metros, apareceu por acaso uma célula-ovo de jaguatirica, e mais para lá uma célula-ovo de elefante, e assim por diante. E quase todos eles por acaso tinham genes para criar células reprodutoras que funcionassem de forma diferente (no caso de placentários e coisas do tipo).

Isso é até um pouco pior do que eu tinha "entendido" anteriormente, que seria que, surgiram vários micróbios indepentendemente, e eles evoluíram, em linhagens independentes e praticamente não-ramificantes, em todos os seres, passando formas ancestrais como as sugeridas pelas evidências de parentesco diversas, só que sem nunca terem se dividido. Ou seja, o ancestral do ser humano seria biologicamente idêntico ao ancestral comum do chimpanzé, mas teria surgido totalmente independentemente, teria tido uma ascendência de ancestrais idênticos, mas não realmente aparentados, passando de "micróbios" a "peixes", de "peixe" a "anfíbio", de "anfíbio" a "réptil", de "réptil" a mamífero, e então ao último ancestral antes da espécie "final", sem nunca terem se cruzado, apesar de viverem ao mesmo tempo e no mesmo habitat, e serem geneticamente idênticos.

 

Citar
Quanto a parte de uma evolução posterior a existência da espécie, já seria outro tipo de evolução. Neste caso as espécies já estariam criadas num padrão X.
A espécie X teria sua estrutura 1,4,5,2,3,6 idêntica a uma outra exatamente igual.
Uma outra teria 5,4,3,1,2 e assim sucessivamente...
Depois disto seria uma outra sequência de evolução.

Novamente, não entendi muito bem o que você quis dizer.

Por que é tão difícil aceitar que, tal como as raças de cães são parentes, e como algumas pessoas são reprodutivamente incompatíveis, não conseguem ter filhos uma com a outra (mas conseguem ter com outros parceiros), as espécies não podem ser raças mais modificadas, não por séculos ou dezenas de milhares de anos, mas por centenas de milhares ou mesmo alguns milhões, e que assim ficaram "inférteis" umas com as outras?

Offline Erivelton

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Re: A complexidade da evolução
« Resposta #21 Online: 25 de Outubro de 2008, 22:57:45 »
Bom, tenho que ir.
Amanha cêdo voltarei para ver se existe alguma explicação.
Tenham uma boa noite.
Erivelton, O profeta dos ateus. Tudo pela paz

Offline Erivelton

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Re: A complexidade da evolução
« Resposta #22 Online: 25 de Outubro de 2008, 23:01:59 »
Isso é até um pouco pior do que eu tinha "entendido" anteriormente, que seria que, surgiram vários micróbios indepentendemente, e eles evoluíram, em linhagens independentes e praticamente não-ramificantes, em todos os seres, passando formas ancestrais como as sugeridas pelas evidências de parentesco diversas, só que sem nunca terem se dividido. Ou seja, o ancestral do ser humano seria biologicamente idêntico ao ancestral comum do chimpanzé, mas teria surgido totalmente independentemente, teria tido uma ascendência de ancestrais idênticos, mas não realmente aparentados, passando de "micróbios" a "peixes", de "peixe" a "anfíbio", de "anfíbio" a "réptil", de "réptil" a mamífero, e então ao último ancestral antes da espécie "final", sem nunca terem se cruzado, apesar de viverem ao mesmo tempo e no mesmo habitat, e serem geneticamente idênticos.
Exatamente isto!
Poderia ou não acontecer?
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Offline Luis Dantas

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Re: A complexidade da evolução
« Resposta #23 Online: 25 de Outubro de 2008, 23:09:00 »
Eu não sei se estou entrando num raciocínio perfeito, mas suponho que sim.
A teoria de Oparim não sugere que através dos efeitos dos raios atmosféricos as primeiras células não começaram a surgir para uma suposta evolução?

Não creio que Oparin ou qualquer outro biólogo tenha proposto que as células tenham sido criadas para evoluir - ou para qualquer outra coisa.  Pelo menos, nenhum biólogo não-criacionista.

Mas sim, Oparin e outros acreditam que a eletricidade atmosférica pode ter sido um dos fatores para a formação de coacervados e outras pré-células.

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Quantos milhões de compostos orgânicos poderiam existir a cada tempestade?

Vai saber.  Compostos orgânicos raramente deixam algum tipo de rastro arqueológico, portanto é muito difícil avaliar.  Mas suponho que seriam bem menos do que há hoje, já que a maioria dos compostos orgânicos é formada em organismos que se diferenciaram muito depois do início da vida.

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Por isto digo que um número infinito de células começaram a sua evolução uma independente da outra.

Não fale em "infinitas" células, Erivelton.  Infinitas células jamais houve e jamais haverá.

Supondo que você queira dizer "um número impressionantemente grande de células", há um problema com essa proposta: por que tantas células se formariam ao mesmo tempo?  Ainda mais independentemente?  O mais provável é que um número pequeno de células (ou melhor dizendo, proto-células) tenha se formado inicialmente e se reproduzido de uma forma bastante imperfeita a princípio.
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Luis Dantas

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Re: A complexidade da evolução
« Resposta #24 Online: 25 de Outubro de 2008, 23:15:57 »
Inglês não está ao meu alcance.

Isso é um problema.  Simplesmente não é possível chegar muito longe no estudo de biologia (ou, francamente, de qualquer outra área) sem a língua inglesa.

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É ajuntando um comentário com outro que me sobreveem diversas perguntas.
Se existe milhões de anos para acontecer uma especiação

Teoricamente poderia acontecer.  Na prática são relativamente rápidas.

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qual seria a fórmula matemática que a ciência usa para que milhões de espécie existiram num curto espaço de tempo desde que começou a evolução das primeiras células?

Não se usa matemática para criar espécies, embora se possa usá-la para construir modelos que tentam estimar a quantidade de espécies que se diferenciou ao longo do tempo a partir de uma situação inicial.

Historicamente, já na pesquisa inicial de Darwin se observou que a diferenciação de espécies acontece, por assim dizer, "em árvore".  Já falamos disso, lembra?  Cada espécie original pode dar origem a duas ou mais espécies distintas (e não necessariamente vai se extinguir durante esse processo).  Cada uma dessas espécies resultantes pode dar origem a ainda outras espécies (e, novamente, não necessariamente vão se extinguir todas no processo).

Pode não parecer, mais quando se faz as contas percebe-se que dessa forma chega-se facilmente e rapidamente a um número espantoso de espécies distintas.
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