Não tenho exatamente saco. Arranjo um pouco de vez em quando, porque fico meio incomodado quando colocam uns chavões clássicos ou argumentos anunciados como novos e devastadores, e ficam sem contestação, sem alguém ir lá e expor tudo que foi omitido e distorcido, sem falar de outros problemas lógicos que freqüentemente estão associados, como um ultra-ceticismo para a evolução (ou, para quanto da evolução e da história do universo não se gostar, já que há vários níveis de aceitação entre so crias), e desproporcional predisposição para aceitar "conclusões" criacionistas porcamente elaboradas.
Mas freqüentemente me pergunto se vale mesmo a pena. Tendo a pensar ultimamente que é inútil esse debate se feito em terreno científico, simplesmente esclarecendo os fatos. A raiz e o tronco dos criacionismos não estão realmente em dúvidas legítimas sobre a evolução ou a história do universo, mas numa incompatibilidade dessas com a visão que algumas vertentes tem sobre a necessidade da interpretação literal sobre sua narrativa de criação.
YECs generally hold that when Genesis describes the creation of the Earth occurring over a period of days, this indicates normal-length 24 hour days, and cannot reasonably be interpreted otherwise. They agree that the Hebrew word for "day" (yôm) can refer to either a 24-hour day or a long or unspecified time, but argue that whenever the latter interpretation is used it includes a preposition defining the long or unspecified period. In the specific context of Genesis 1, since the days are both numbered and are referred to as "evening and morning", this can mean only normal-length days. Further, they argue that the 24-hour day is the only interpretation that makes sense of the Sabbath command in Exodus 20:8–11. YECs argue that it is a glaring exegetical fallacy to take a meaning from one context (yom referring to a long period of time in Genesis 1) and apply it to a completely different one (yom referring to normal-length days in Exodus 20).[52]
Further, YECs argue that their position is the only way to explain the Fall, which introduced death and suffering into the world. They argue that all long-age views entail death before sin, which they regard as a severe theological error, violating Genesis 3, and for Christians, Romans 5:12–19, 8:17–22 and 1 Corinthians 15:21–22.[53]
E definitivametne eu não tenho saco nem faz sentido para mim ficar argumentando "teologicamente" sobre como esses trechos desses livros poderiam ser interpretados de outra forma. Seria até um pouco hipócrita, o mais condizente com o que eu realmente penso seria argumentar que qualquer livro religioso não deve servir de parâmetro para a investigação científica. Algo mais ou menos no sentido do que disse o Don Lindsay, tirando a crença em deus:
"Eu creio que a Criação - isso é, a natureza - não é um engodo. Qualquer coisa que a Criação clara e inconfundivelmente mostre, deve ser Verdade. Quando quer que a Verdade Revelada esteja em conflito com a Criação em si, humanos devem ter de alguma forma mal traduzido ou mal compreendido.
Então, para mim, o debate, a questão, é o que (se algo) é claramente e inconfundivelmente mostrado pela Criação. O problema não é simples. As crateras na Lua podem estar escritas em grande tamanho, mas não estão escritas em inglês."A "responsabilidade" maior do combate ao criacionismo acaba estando nas mãos dos teístas e deístas, acho que são os que têm maior poder de convencer os fundamentalistas sobre esse erro "epistemológico". É complicado, porque de certa forma os fundamentalistas estão argumentalmente até mais certos, dentro de uma perspectiva teísta. Sob esse ponto de vista, a "responsabilidade" cai novamente sobre céticos, ateus e simpatizantes, em mostrar que a fé simplesmente não serve como "método científico", e que o(s) método(s) científico(s) de verdade são uma forma superior de se conhecer a realidade do que a fé. Assim, mesmo sem condenar completamente a fé (até porque as pessoas podem estar certas apenas por palpite, sem método) apenas por ser fé, argumentar que suas "conclusões" devem sempre ser subordinadas às conclusões da investigação científca, e não o contrário.
Mas fazer isso tambem é um saco, e raramente chega-se nesse ponto nas discussões com fundamentalistas, perde-se tempo com as confusões e distorções feitas para dar uma forcinha para a fé se contrapor à realidade.