Autor Tópico: ATEA  (Lida 21458 vezes)

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Offline Fernando Silva

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Re: ATEA
« Resposta #50 Online: 22 de Dezembro de 2008, 16:24:31 »
Uma pergunta meio idiota*:

os membros serão meros financiadores ou também poderão participar das decisões?

* é apenas curiosidade, se eu estiver sendo inconveniente, ignorem meus questionamentos.
Eu diria que os membros elegem uma diretoria e esta é que toma as decisões.

Offline Gaúcho

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Re: ATEA
« Resposta #51 Online: 23 de Dezembro de 2008, 07:52:04 »
Eu sinceramente não vejo utilidade para uma organização assim...
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

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Re: ATEA
« Resposta #52 Online: 23 de Dezembro de 2008, 09:14:35 »
(Eu também não, ou pelo menos vejo pouquíssima utilidade)
--
Si hemos de salvar o no,
de esto naides nos responde;
derecho ande el sol se esconde
tierra adentro hay que tirar;
algun día hemos de llegar...
despues sabremos a dónde.

"Why do you necessarily have to be wrong just because a few million people think you are?" Frank Zappa

Offline Hux

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Re: ATEA
« Resposta #53 Online: 23 de Dezembro de 2008, 10:03:46 »
Eu sinceramente não vejo utilidade para uma organização assim...

Discordo parcialmente, "assim" como?


Offline Hux

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Re: ATEA
« Resposta #54 Online: 23 de Dezembro de 2008, 10:07:01 »
O que precisamos é de um mecenas competente.  Algum voluntário? :)

OU...
Uma cooperativa de produtos feitos por ateus... :D Economia solidária(ou nesse caso, solitária)?

Dinheiro sempre foi e sempre será um problema.Apenas isso.



Offline Hux

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Re: ATEA
« Resposta #55 Online: 23 de Dezembro de 2008, 10:15:40 »
Agora, se você dizer que não deu em nada, e o estatuto que tanto nos custou escrever, consultar, revisar, não deu em nada, voltamos ao ponto da centralização. Ou ao fato de alguns terem se cansado do Vines e tentado fazer outra associação que não sei se deu certo (me refiro ao Claudio Loredo).
A Ateus do Brasil ainda existe como blog e fórum:
http://ateusdobrasil.com.br/
A ONG chegou a ser oficialmente fundada, com assinaturas de todos num encontro em S.Paulo, mas não foi para a frente devido à falta de tempo dos participantes, divergências internas e falta de dinheiro.
E também porque faltou um objeto claro e imediato:
"E agora, o que fazemos? Por onde começamos?"

Uma pena, depois de tantas discussões.

O estatuto não auxiliou nessa coisa de objetivos?




Offline Zibss

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Re: ATEA
« Resposta #56 Online: 23 de Dezembro de 2008, 12:06:45 »
Não vai dar certo também.


Offline Gaúcho

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Re: ATEA
« Resposta #57 Online: 24 de Dezembro de 2008, 01:04:48 »
Eu sinceramente não vejo utilidade para uma organização assim...

Discordo parcialmente, "assim" como?



Uma organização para defender os direitos dos ateus...
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline uiliníli

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Re: ATEA
« Resposta #58 Online: 24 de Dezembro de 2008, 01:38:01 »
Catino: Peço desculpas pelo omissos, mas essa é a impressão que era passada, dado o estado de abandono do site e do fórum, cuo final você já conhece. Mas alto lá, participei de reuniões virtuais e fiz traduções para a STR sim, não estou competindo para quem ver quem fez mais, não tenho dúvidas de que você, pela posição que tinha dentro da organização, fez muito, mas se você não está informado, de onde tira moral para dizer que eu nunca participei ou colaborei?

Sei lá, me parece algo "preventivo" demais. Se esse tipo de coisa mal se vê pelos fóruns, e não se sabe se realmente acontece, então como saberemos se não dá para dar conta por meios já existentes, que não tem nada a ver com ONG?

Pode ser que seja "preventivo" demais, que já existam outros meios, mas se já tem gente trabalhando em uma nova ONG, que mal faz? É uma ajuda a mais para o caso de precisarmos disso eventualmente.


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Praticar ações filantrópicas, possivelmente. Agora ficar fazendo campanhas para tirar o deus seja louvado das cédulas, agitando para que todos rabisquem e coloquem palavrões, menções ao diabo ou questinar "qual deus" nas notas; lutar para tirar imagens religiosas de lugares públicos, a menção a Deus na constituição, etc, acho que não. O espírito da STR e da sua nova reencarnação me parece ser mais o último.

Lembrando que STR não defendeu que se riscasse o "Deus seja louvado" nas cédulas, lembro que eles alertaram que era crime vandalizar cédulas e que a organização não podia estimular isso.

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Fora isso, precisa de uma ONG para fazer algo assim? Há algum tempo postei (talvez não nesse fórum) perguntando sobre entidades beneficentes não-vinculadas a religiões, e não despertou lá muito interesse. Por que não colocar uns tópicos relacionados a filantropia como fixos no seu subfórum, por exemplo? Por um lado, não entendo muito bem que "poder" dá o papel dizendo que oficialmente há uma ONG para um grupo como esse; talvez realmente seja algo que realmente aumentasse bastante o que podemos fazer em todos os sentidos, não sei. Mas me parece que não estamos fazendo tudo que já poderia se fazer sem ser ONG.

Isso é verdade. A vantagem da ONG, de um ponto de vista "egoísta" é a publicidade, ver as campanhas associadas a uma organização ateísta, fazer o mesmo jogo das religiões. Mas se antes disso não existe um engajamento particular por ações filantrópicas sem visar interesses, isso é um problema.

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Novamente, não sei se o ativismo gay tal como foi feito ajudou significativamente ou não. Em boa parte, acho que talvez tenha até atrapalhado, ajudado na estereotipificação de gay como tarado que anda pelado na parada do orgulho gay em vez só de gente "normal" que faz sexo com outras pessoas normais quando ninguém está vendo, como todo mundo faz com pessoas do outro sexo.

Você não acha que é mais fácil ser gay hojedo que há vintes, trinta anos arás? Se sim será que as ONGs não têm nada a ver com isso?

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Se ateus começarem a fazer paradas do orgulho ateu, aí sim acho que vou ter que pensar em algum outro termo para "me definir", só para não me associar a esse tipo de coisa. Já tem gente que prefere se dizer "não teísta", por causa dessa imagem do ateu militante.

Eu não consigo imaginar como seria uma passeata do orgulho ateu...

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Sobre os gays, ainda há pouco, falava-se de uma lei contra a "homofobia", onde ninguém poderia questionar/criticar o homossexualismo. Será que devemos seguir o mesmo caminho, lutar por uma lei contra a ateofobia?

Eu msmo não concordava com a lei contra a homofobia, acreditando que a discriminação deveria ser punida igualmente qm quaisquer casos, fosse contra gays ou contra gordos. Mas isso mostra como um movimento organizado tem poder para pressionar o poder público em favor de seus interesses, mesmo que não sejam os mais legítimos.

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Nada contra o princípio em si, como sempre. Só não vejo quem é que está nos "atacando" e como uma ONG nos "defenderia". O que eu pensaria em fazer seria algo como um vídeo "institucional", como um que fizeram e colocaram no youtube, por exemplo, colocando fotos de ateus e postando dados positivos e etc. Tudo numa tonalidade "contra o preconceito" nas mensagens, em vez de simplesmente ficarmos nos gabando.

É uma possibilidade.


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Pergunta: o que tem feito as ONGs de outros países, mais já consolidadas e ativas? Como elas tem combatido o preconceito contra ateus, e quais foram seus sucessos? Se tem algo de efetivo e positivo que uma ONG pró-ateus pode fazer, provavelmente essas mais veteranas já o fizeram em seus países, não? Infelizmente, tudo que me lembro eram só essas birras contra o Deus nas cédulas e no juramento de lealdade à bandeira... mais do mesmo...

Um caso famoso é Murray v. Curlett (1959), contra as orações obrigatórias em escolas públicas e que deu origem aos Amercan Atheists. Aqui há uma lista de ações dos AA na Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/American_Atheists#Court_cases

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Não, não tem nada disso. Se realmente há muitos ateus perdendo empregos ou oportunidades de emprego por serem ateus, é interessante que se faça algo para tentar combater isso. Mas onde estão eles? Nos fóruns não é um tema recorrente... será que há um número esmagador de ateus nunca empregados fora da internet porque não tem dinheiro para acessar, não conhecem os fóruns ateus para desabafar, nem conhecem ninguém desses fóruns? Ao mesmo tempo, procuram advogados e outros recursos, mas são ignorados? Ou será que falamos de um problema virtualmente inexistente, que outras ONGs (ou não-ONGs) poderiam lidar nas proporções atuais?

Acho que na maioria dos casos os ateus podem simplesmente mentir para não ter problema. Mas me lembro de pelo menos um caso de pessoa neste fórum ou na antiga STR que dizia se sentir constragida no trabalho por ser atéia. Realmente não é o tema mais recorrente e talvez outras oganizações pudessem zelar por isso, porém.

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A ATEA tem então que ter sedes e atuação forte no interior...

Muito difícil.

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O que não é lá muita vantagem. Logo que começasse a incomodar mais, algum opositor caçaria essas merdas e aí estaríamos todos danados, já que colocariam como "opinião dos ateus". Numa das últimas aparições que vi dele na TV, não foi lá muito melhor no quesito tolerância religosa, de não pensar o pior das pessoas; era aquele caso da "casa que sangrava", onde ele insistia que era alguma pilantragem dos velhos para chamar atenção, quando a senhora sofria de diabetes e tinha sangramentos pela perna sem perceber.

É melhor mandar o Sotto apagar as menções àquele texto então :lol:

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E provavelmente já dão conta, e serão potencialmente menos nocivos do que uma ATEA da vida, por não terem um auto-conclamado "porta voz" dos ateus que pode manchar toda a nossa reputação, ficando pior do que já é sem a tentativa de tentar "nos defender" da ameaça invisível.

Acho que toda organização desse tipo se auo-proclama "porta-voz" do grupo representado. Sem dúvida isso pode ser perigoso se não houver o devido cuidado.

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Coisas que, novamente, não vejo porque só seriam possíveis de se obter através de ONG. Os emos já devem ter tido reportagens no fantástico, será que tem uma ONG EMOA, para conseguir isso?

:lol:

Offline Buckaroo Banzai

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Re: ATEA
« Resposta #59 Online: 24 de Dezembro de 2008, 13:16:33 »
Sei lá, me parece algo "preventivo" demais. Se esse tipo de coisa mal se vê pelos fóruns, e não se sabe se realmente acontece, então como saberemos se não dá para dar conta por meios já existentes, que não tem nada a ver com ONG?

Pode ser que seja "preventivo" demais, que já existam outros meios, mas se já tem gente trabalhando em uma nova ONG, que mal faz? É uma ajuda a mais para o caso de precisarmos disso eventualmente.

Não sei se gosto da idéia de ONGs a toa, só para o caso de eventualmente serem necessárias, para começar, mas o principal problema não é uma hipotética ONG que eu concebesse como ideal, mas sim o esperado do histórico dessas propostas de ateu-birrento da STR. A melhor coisa que vejo é terem mudado o nome de STR para ATEA, mais condizente com a proposta de defensores da ciência e etc, mas fora isso, sei lá, ainda não consigo ser otimista.




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Praticar ações filantrópicas, possivelmente. Agora ficar fazendo campanhas para tirar o deus seja louvado das cédulas, agitando para que todos rabisquem e coloquem palavrões, menções ao diabo ou questinar "qual deus" nas notas; lutar para tirar imagens religiosas de lugares públicos, a menção a Deus na constituição, etc, acho que não. O espírito da STR e da sua nova reencarnação me parece ser mais o último.

Lembrando que STR não defendeu que se riscasse o "Deus seja louvado" nas cédulas, lembro que eles alertaram que era crime vandalizar cédulas e que a organização não podia estimular isso.

Foi é? Não sei se me lembro exatamente de como as coisas foram, mas pelo que eu me lembrava, que pode estar errado, o Emerim (ele fazia parte da ONG, não? Ou era só forista?) que colocou essa idéia ou ao menos concordou com ela. Da Revista Terra Redonda nº 2: " Algumas pessoas simplesmente rabiscam a inscrição nas notas, em um silencioso marco de protesto. Embora não tenhamos encontrado nenhuma legislação que aponte crime ou contravenção nessa atitude, a STR não a apóia nem condena devido a objeções de ordem ética"

Procurei um pouco, mas não achei nada nesse fórum, só o Brudna lembrando que isso é crime.

 

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Fora isso, precisa de uma ONG para fazer algo assim? Há algum tempo postei (talvez não nesse fórum) perguntando sobre entidades beneficentes não-vinculadas a religiões, e não despertou lá muito interesse. Por que não colocar uns tópicos relacionados a filantropia como fixos no seu subfórum, por exemplo? Por um lado, não entendo muito bem que "poder" dá o papel dizendo que oficialmente há uma ONG para um grupo como esse; talvez realmente seja algo que realmente aumentasse bastante o que podemos fazer em todos os sentidos, não sei. Mas me parece que não estamos fazendo tudo que já poderia se fazer sem ser ONG.

Isso é verdade. A vantagem da ONG, de um ponto de vista "egoísta" é a publicidade, ver as campanhas associadas a uma organização ateísta, fazer o mesmo jogo das religiões. Mas se antes disso não existe um engajamento particular por ações filantrópicas sem visar interesses, isso é um problema.

Por que uma ONG teria "inerentemente" mais publicidade que uma coisa feita por uma não-ONG? Por acaso o governo tem qualquer tipo de isenção de impostos para publicidade de ONGs, ou faz alguma divulgação "gratuita" de suas atividades?



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Novamente, não sei se o ativismo gay tal como foi feito ajudou significativamente ou não. Em boa parte, acho que talvez tenha até atrapalhado, ajudado na estereotipificação de gay como tarado que anda pelado na parada do orgulho gay em vez só de gente "normal" que faz sexo com outras pessoas normais quando ninguém está vendo, como todo mundo faz com pessoas do outro sexo.

Você não acha que é mais fácil ser gay hojedo que há vintes, trinta anos arás? Se sim será que as ONGs não têm nada a ver com isso?

Bem, eu não sou nem fui gay para saber se realmente há muita diferença, mas sou cético (e ignorante) quanto ao papel das ONGs. Acho que melhoras devem ter mais a ver com uma mudança gradual de "zeitgeist", algo mais espontâneo, não orquestrado por ONGs.



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Se ateus começarem a fazer paradas do orgulho ateu, aí sim acho que vou ter que pensar em algum outro termo para "me definir", só para não me associar a esse tipo de coisa. Já tem gente que prefere se dizer "não teísta", por causa dessa imagem do ateu militante.

Eu não consigo imaginar como seria uma passeata do orgulho ateu...

Uma meia dúzia de ateus andando com faixas de protesto por "direitos iguais"... lembrando que a abolição da escravatura já se deu há muito tempo, e etc...



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Sobre os gays, ainda há pouco, falava-se de uma lei contra a "homofobia", onde ninguém poderia questionar/criticar o homossexualismo. Será que devemos seguir o mesmo caminho, lutar por uma lei contra a ateofobia?

Eu msmo não concordava com a lei contra a homofobia, acreditando que a discriminação deveria ser punida igualmente qm quaisquer casos, fosse contra gays ou contra gordos. Mas isso mostra como um movimento organizado tem poder para pressionar o poder público em favor de seus interesses, mesmo que não sejam os mais legítimos.

Acho que novamente não é apenas questão de haver um movimento organizado ou não, mas de ser uma boa parte do eleitorado, tanto por haverem mais gays do que ateus, tanto por  haver maior simpatia por ser mais evidente e menos contestável a discriminação contra gays na sociedade. Nunca ouvi falar de bandos punks neonazis espancando ateus ou algo assim.

E ainda assim, mesmo que algo assim se aplicasse de alguma forma com os ateus, não vejo ainda como poderia realmente nos favorecer em algo. Se tirarem o "deus seja louvado" e as imagens de tribunais, vão ter os que ficarão felizes só com isso, mas não ajuda em nada contra o preconceito e etc, talvez até piore, só criando essa imagem de ateu rancoroso e intolerante, dando nicho para novas práticas que firam o laicismo de forma mais relevante.

(sem falar que, como mencionaram uma vez, parece que essas imagens tem um efeito positivo nos tribunais, o pessoal mente menos)



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Nada contra o princípio em si, como sempre. Só não vejo quem é que está nos "atacando" e como uma ONG nos "defenderia". O que eu pensaria em fazer seria algo como um vídeo "institucional", como um que fizeram e colocaram no youtube, por exemplo, colocando fotos de ateus e postando dados positivos e etc. Tudo numa tonalidade "contra o preconceito" nas mensagens, em vez de simplesmente ficarmos nos gabando.

É uma possibilidade.

Que independe de uma ONG, só depende de juntar um grupo de pessoas que quer fazer. Mas nem uma wiki esse povo faz. :/  E olha que o modelo wiki talvez seja o tipo de coisa que mais oferece possibilidade de colaboração multilateral, minimizando a interferência dessas desavenças entre RV, STR, FCB, PO, FCC, R, ACB, etc.



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Pergunta: o que tem feito as ONGs de outros países, mais já consolidadas e ativas? Como elas tem combatido o preconceito contra ateus, e quais foram seus sucessos? Se tem algo de efetivo e positivo que uma ONG pró-ateus pode fazer, provavelmente essas mais veteranas já o fizeram em seus países, não? Infelizmente, tudo que me lembro eram só essas birras contra o Deus nas cédulas e no juramento de lealdade à bandeira... mais do mesmo...

Um caso famoso é Murray v. Curlett (1959), contra as orações obrigatórias em escolas públicas e que deu origem aos Amercan Atheists. Aqui há uma lista de ações dos AA na Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/American_Atheists#Court_cases

Legal, vou dar uma olhada. Bem, quanto a isso, me parece que no Brasil algo análogo ocorreu sem ONG, não foi? Foi lá por 1995/1996 que não tinham mais orações obrigatórias nas escolas onde estudei, e acho que não tinham ONGs ateístas na época.



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Não, não tem nada disso. Se realmente há muitos ateus perdendo empregos ou oportunidades de emprego por serem ateus, é interessante que se faça algo para tentar combater isso. Mas onde estão eles? Nos fóruns não é um tema recorrente... será que há um número esmagador de ateus nunca empregados fora da internet porque não tem dinheiro para acessar, não conhecem os fóruns ateus para desabafar, nem conhecem ninguém desses fóruns? Ao mesmo tempo, procuram advogados e outros recursos, mas são ignorados? Ou será que falamos de um problema virtualmente inexistente, que outras ONGs (ou não-ONGs) poderiam lidar nas proporções atuais?

Acho que na maioria dos casos os ateus podem simplesmente mentir para não ter problema. Mas me lembro de pelo menos um caso de pessoa neste fórum ou na antiga STR que dizia se sentir constragida no trabalho por ser atéia. Realmente não é o tema mais recorrente e talvez outras oganizações pudessem zelar por isso, porém.

E é!


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O que não é lá muita vantagem. Logo que começasse a incomodar mais, algum opositor caçaria essas merdas e aí estaríamos todos danados, já que colocariam como "opinião dos ateus". Numa das últimas aparições que vi dele na TV, não foi lá muito melhor no quesito tolerância religosa, de não pensar o pior das pessoas; era aquele caso da "casa que sangrava", onde ele insistia que era alguma pilantragem dos velhos para chamar atenção, quando a senhora sofria de diabetes e tinha sangramentos pela perna sem perceber.

É melhor mandar o Sotto apagar as menções àquele texto então :lol:

E tomar bastante cuidado com o que diz de modo geral.

Offline FZapp

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Re: ATEA
« Resposta #60 Online: 25 de Dezembro de 2008, 12:06:21 »
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Catino: Peço desculpas pelo omissos, mas essa é a impressão que era passada, dado o estado de abandono do site e do fórum, cuo final você já conhece. Mas alto lá, participei de reuniões virtuais e fiz traduções para a STR sim, não estou competindo para quem ver quem fez mais, não tenho dúvidas de que você, pela posição que tinha dentro da organização, fez muito, mas se você não está informado, de onde tira moral para dizer que eu nunca participei ou colaborei?

Não sei quem é você após tantos apelidos, mas eu fiquei brabo demais, peço desculpas. Se você fez traduções ou não, quem sabe já fez muita coisa e eu estou falando abobrinhas, mas é que o de 'omissos' me ferveu o sangue italiano.

Se participou de reuniões virtuais então talvez tenha visto que o que o Vines não participava ele não aprovava, e além disso ficou com a senha do site por muito tempo... eu fiquei 2 anos fazendo modificações através dele e ele jamais me passou a senha, então não era omissão, era centralização mesmo.

Mas mesmo assim eu me excedi e peço desculpas sinceras. É Newtal, dia de perdão de maçãs comemorando o nascimento do deus-menino que vai fazer grandes descobertas no campo da ótica e revolucionar a física, isso muito antes de fazer 33 anos !

Beijinhos newtalinos...
--
Si hemos de salvar o no,
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Offline Diegojaf

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Re: ATEA
« Resposta #61 Online: 25 de Dezembro de 2008, 14:53:29 »
Uma pergunta meio idiota*:

os membros serão meros financiadores ou também poderão participar das decisões?

* é apenas curiosidade, se eu estiver sendo inconveniente, ignorem meus questionamentos.
Eu diria que os membros elegem uma diretoria e esta é que toma as decisões.

Mas o problema da STR não foi justamente pela questão de excesso de vaidade dos "cabeças"?

Pela história que eu ouvi, alguns agiram como "donos da bola" e quando não foi do jeito deles, foram saindo e levando sua contribuição...

Isso é o que eu ouvi... Então, se os cabeças forem novamente os mesmos, os problemas não devem ser diferentes...
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline uiliníli

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Re: ATEA
« Resposta #62 Online: 25 de Dezembro de 2008, 15:24:45 »
Não sei se gosto da idéia de ONGs a toa, só para o caso de eventualmente serem necessárias, para começar, mas o principal problema não é uma hipotética ONG que eu concebesse como ideal, mas sim o esperado do histórico dessas propostas de ateu-birrento da STR. A melhor coisa que vejo é terem mudado o nome de STR para ATEA, mais condizente com a proposta de defensores da ciência e etc, mas fora isso, sei lá, ainda não consigo ser otimista.

Acho que a ATEA não é simplesmente a STR com outro nome, pois o site da STR está anunciando que ela vai retornar a partir de maio. Não faço a menor idéia de qual será a relação entre as duas, se é que haverá alguma, porém. Mas a presença do Sotto realmente dá a entender que a postura da ATEA não será muito diferenet da da antiga STR.

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Por que uma ONG teria "inerentemente" mais publicidade que uma coisa feita por uma não-ONG? Por acaso o governo tem qualquer tipo de isenção de impostos para publicidade de ONGs, ou faz alguma divulgação "gratuita" de suas atividades?

Não é que a ONG teria mais publicidade, é que ela tem uma estrutura organizada. Como você espera realizar ações relevantes sem uma coordenação?

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Bem, eu não sou nem fui gay para saber se realmente há muita diferença, mas sou cético (e ignorante) quanto ao papel das ONGs. Acho que melhoras devem ter mais a ver com uma mudança gradual de "zeitgeist", algo mais espontâneo, não orquestrado por ONGs.

Esqueceu da Primeira Lei de Newton? A da inércia? Acho que ela se aplica também ao zeitgeist, ele não muda sozinho, é preciso aplicar uma força externa para isso. Os negros, gays e mulheres não passaram a ter seus direitos reconhecidos de repente, eles precisaram agir para isso. É verdade que no caso dos não-religiosos, ao menos em democracias ocidentais, como o Brasil, não temos nenhum direito constitucional negado, nosso problema é mais a aceitação social.
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Acho que novamente não é apenas questão de haver um movimento organizado ou não, mas de ser uma boa parte do eleitorado, tanto por haverem mais gays do que ateus, tanto por  haver maior simpatia por ser mais evidente e menos contestável a discriminação contra gays na sociedade. Nunca ouvi falar de bandos punks neonazis espancando ateus ou algo assim.

Acho que uma das utilidades dessas paradas do orgulho gay é justamente essa: mostrar que eles são uma boa parte do eleitorado. Se os gays ainda ficassem no armário, com medo de aparecer e se expressar, os políticos não prestariam atenção neles, achariam que são poucos demais para representar votos. É o que acontece com os ateus hoje.

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E ainda assim, mesmo que algo assim se aplicasse de alguma forma com os ateus, não vejo ainda como poderia realmente nos favorecer em algo. Se tirarem o "deus seja louvado" e as imagens de tribunais, vão ter os que ficarão felizes só com isso, mas não ajuda em nada contra o preconceito e etc, talvez até piore, só criando essa imagem de ateu rancoroso e intolerante, dando nicho para novas práticas que firam o laicismo de forma mais relevante.

Também acho que enveredar por esse caminho é dar um tiro no próprio pé. Mas há outras questões mais importantes também, pois estamos enfrentando um ressurgimento do criacionismo e vira-e-mexe aparece alguém defendendo a obrigatoriedade do ensino religioso confessional em escolas públicas. Mas como você disse, outras organizações civis poderiam se ocupar disso também.

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Que independe de uma ONG, só depende de juntar um grupo de pessoas que quer fazer. Mas nem uma wiki esse povo faz. :/  E olha que o modelo wiki talvez seja o tipo de coisa que mais oferece possibilidade de colaboração multilateral, minimizando a interferência dessas desavenças entre RV, STR, FCB, PO, FCC, R, ACB, etc.

Encontrei por acaso esta wiki aqui outro dia, muito interessante e é trabalho praticamente de uma pessoa só: http://atheismo.wikispaces.com/
Imagina o que não daria para fazer com uma colaboração maior? Mas esse projeto de wiki de que você está falando, onde está? Era daqui do CC?

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Legal, vou dar uma olhada. Bem, quanto a isso, me parece que no Brasil algo análogo ocorreu sem ONG, não foi? Foi lá por 1995/1996 que não tinham mais orações obrigatórias nas escolas onde estudei, e acho que não tinham ONGs ateístas na época.

Não sei dessa história. Ouve briga judicial?

Não sei quem é você após tantos apelidos, mas eu fiquei brabo demais, peço desculpas. Se você fez traduções ou não, quem sabe já fez muita coisa e eu estou falando abobrinhas, mas é que o de 'omissos' me ferveu o sangue italiano.

Se participou de reuniões virtuais então talvez tenha visto que o que o Vines não participava ele não aprovava, e além disso ficou com a senha do site por muito tempo... eu fiquei 2 anos fazendo modificações através dele e ele jamais me passou a senha, então não era omissão, era centralização mesmo.

Mas mesmo assim eu me excedi e peço desculpas sinceras. É Newtal, dia de perdão de maçãs comemorando o nascimento do deus-menino que vai fazer grandes descobertas no campo da ótica e revolucionar a física, isso muito antes de fazer 33 anos !

Beijinhos newtalinos...

:lol: Sem ressentimentos, Catino, você sempre foi um dos meus preferidos entre os mandachuvas da STR :P Eu era o Gabriel dCF por lá. A propósito, você está informado sobre essa história da volta da STR a partir de maio deste ano? Você sabe quem é que está trabalhando nisso, se a organização ainda está tão centralizada na figura do Vines ou outro ditador benevolente vitalício?

Offline Buckaroo Banzai

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Re: ATEA
« Resposta #63 Online: 27 de Dezembro de 2008, 16:39:15 »
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Por que uma ONG teria "inerentemente" mais publicidade que uma coisa feita por uma não-ONG? Por acaso o governo tem qualquer tipo de isenção de impostos para publicidade de ONGs, ou faz alguma divulgação "gratuita" de suas atividades?

Não é que a ONG teria mais publicidade, é que ela tem uma estrutura organizada. Como você espera realizar ações relevantes sem uma coordenação?

Não precisa haver uma ONG no sentido burocrático do termo para haver organização.


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Bem, eu não sou nem fui gay para saber se realmente há muita diferença, mas sou cético (e ignorante) quanto ao papel das ONGs. Acho que melhoras devem ter mais a ver com uma mudança gradual de "zeitgeist", algo mais espontâneo, não orquestrado por ONGs.

Esqueceu da Primeira Lei de Newton? A da inércia? Acho que ela se aplica também ao zeitgeist, ele não muda sozinho, é preciso aplicar uma força externa para isso. Os negros, gays e mulheres não passaram a ter seus direitos reconhecidos de repente, eles precisaram agir para isso. É verdade que no caso dos não-religiosos, ao menos em democracias ocidentais, como o Brasil, não temos nenhum direito constitucional negado, nosso problema é mais a aceitação social.

Não quis sugerir que houvesse algum tipo de tendência autônoma e totalmente independente das pessoas para maior aceitação de grupos anteriormente discriminados (ainda que não seja totalmente dependente das pessoas discriminadas também, possivelmente nem tem grande participação ativa nisso em vários casos).

O que me pergunto é se precisamos de uma ONG? É a única saída, termos um "líder", alguém para zelar por nossa imagem (ou fazer sei lá o quê), e se as ONGs não vingarem, estamos ferrados?

Eu penso que não, que cada um pode ir gradualmente mudando a imagem do ateu "no seu mundo", e a coisa vai se espalhando de forma mais ou menos espontânea. Seus amigos crentes podem te defender se ouvirem falar mal de ateus numa conversa com conhecidos. E esses conhecidos podem ter vir a questionar ou mesmo mudar a concepção que tem dos ateus. E assim por diante.

Fóruns de internet como esse, blogs, e participação de ateus-não-no-armário (mas também preferencialmente não ateus-bomba ou ativistas do orgulho ateu) em fóruns menos focados na "subcultura" cético-ateísta-agnóstica também possivelmente tem um efeito similar.

Não acho que precisamos de um punhado de ateus-mor na mídia se colocando como porta-vozes e ao mesmo tempo arriscando por tudo a perder de forma mais significativa que "ateus comuns" poderiam fazer individualmente. Para servir de alvo para os religiosos, vigiando para qualquer escorregão.


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Acho que novamente não é apenas questão de haver um movimento organizado ou não, mas de ser uma boa parte do eleitorado, tanto por haverem mais gays do que ateus, tanto por  haver maior simpatia por ser mais evidente e menos contestável a discriminação contra gays na sociedade. Nunca ouvi falar de bandos punks neonazis espancando ateus ou algo assim.

Acho que uma das utilidades dessas paradas do orgulho gay é justamente essa: mostrar que eles são uma boa parte do eleitorado. Se os gays ainda ficassem no armário, com medo de aparecer e se expressar, os políticos não prestariam atenção neles, achariam que são poucos demais para representar votos. É o que acontece com os ateus hoje.

Mas os ateus provavelmente são muito pouco numerosos para representar um nicho eleitoral mesmo.



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E ainda assim, mesmo que algo assim se aplicasse de alguma forma com os ateus, não vejo ainda como poderia realmente nos favorecer em algo. Se tirarem o "deus seja louvado" e as imagens de tribunais, vão ter os que ficarão felizes só com isso, mas não ajuda em nada contra o preconceito e etc, talvez até piore, só criando essa imagem de ateu rancoroso e intolerante, dando nicho para novas práticas que firam o laicismo de forma mais relevante.

Também acho que enveredar por esse caminho é dar um tiro no próprio pé. Mas há outras questões mais importantes também, pois estamos enfrentando um ressurgimento do criacionismo e vira-e-mexe aparece alguém defendendo a obrigatoriedade do ensino religioso confessional em escolas públicas. Mas como você disse, outras organizações civis poderiam se ocupar disso também.

E o fariam com melhor aceitação pública, menor chance de serem feitas de espantalho. Por pior que seja o fato disso poder ocorrer com a associação aos ateus, ainda é mais significativo não se ter criacionismo e/ou doutrinação religiosa (não sendo isso sinônimo de estudo sobre religiões) nas escolas, e é melhor não se ter os últimos e continuar com a imagem pública atual dos ateus, do que colocar esse tipo de coisa em risco numa aposta pela melhora da imagem dos ateus.

Mas talvez mais significativo que isso, a principal crítica ao ateísmo exacerbado nessas ONGs, é a hipocrisia de se fazer exatamente aquilo que se condena. Uma ONG que se propõpe a proteger os ateus da dicriminação religiosa não está discriminando religiosamente todas as outras pessoas de outras religiões que também podem ser vítima de discriminação religiosa? Não criticaríamos uma ONG teísta que visasse "promover a moral" e tivesse um nome como TEA ou JAVEA, ou qualquer coisa sugerindo forte associação com o teísmo? (Em analogia com a defesa da ciência sob a bandeira do ateísmo)

Crentes também podem sofrer discriminação religiosa e serem poderosos aliados na batalha contra a intromissão religiosa no governo, pseudociências e superstições.


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Que independe de uma ONG, só depende de juntar um grupo de pessoas que quer fazer. Mas nem uma wiki esse povo faz. :/  E olha que o modelo wiki talvez seja o tipo de coisa que mais oferece possibilidade de colaboração multilateral, minimizando a interferência dessas desavenças entre RV, STR, FCB, PO, FCC, R, ACB, etc.

Encontrei por acaso esta wiki aqui outro dia, muito interessante e é trabalho praticamente de uma pessoa só: http://atheismo.wikispaces.com/
Imagina o que não daria para fazer com uma colaboração maior? Mas esse projeto de wiki de que você está falando, onde está? Era daqui do CC?

Esse mesmo. O problema com a colaboração talvez seja em parte essa divisão em timinhos de cada fórum ou site.



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Legal, vou dar uma olhada. Bem, quanto a isso, me parece que no Brasil algo análogo ocorreu sem ONG, não foi? Foi lá por 1995/1996 que não tinham mais orações obrigatórias nas escolas onde estudei, e acho que não tinham ONGs ateístas na época.

Não sei dessa história. Ouve briga judicial?

Não sei. Talvez tenha sido só ação "ilegal" da escola onde estudava até, não sei, só sei que lá por essa época acabaram as orações antes de subir para a classe.


Offline Dodo

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Re: ATEA
« Resposta #64 Online: 27 de Dezembro de 2008, 16:45:15 »
Mas o problema da STR não foi justamente pela questão de excesso de vaidade dos "cabeças"?

Pela história que eu ouvi, alguns agiram como "donos da bola" e quando não foi do jeito deles, foram saindo e levando sua contribuição...

Isso é o que eu ouvi... Então, se os cabeças forem novamente os mesmos, os problemas não devem ser diferentes...

Na época eu lembro de haver MUITAS reclamações sobre o Vines, devido a sua mania de centralizar praticamente tudo.
Eu lembro de ter mandado um email e uma MP, me oferecendo para ajudar, e fui solenemente ignorado. Acabei por desistir e me contentar em ser apenas forista, pois fiquei sabendo de casos semelhantes.
Você é único, assim como todos os outros.
Alfred E. Newman

Offline FZapp

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Re: ATEA
« Resposta #65 Online: 31 de Dezembro de 2008, 09:58:15 »
Uma pergunta meio idiota*:

os membros serão meros financiadores ou também poderão participar das decisões?

* é apenas curiosidade, se eu estiver sendo inconveniente, ignorem meus questionamentos.
Eu diria que os membros elegem uma diretoria e esta é que toma as decisões.

Mas o problema da STR não foi justamente pela questão de excesso de vaidade dos "cabeças"?

Pela história que eu ouvi, alguns agiram como "donos da bola" e quando não foi do jeito deles, foram saindo e levando sua contribuição...

Isso é o que eu ouvi... Então, se os cabeças forem novamente os mesmos, os problemas não devem ser diferentes...

DiegoJaf, já expliquei acima a dissolução da STR.

Mas quem eram os editores da STR:

-> Leo Vines
-> Daniel Sottomaior (que está no ATEA)
-> Moschen (sumido)
-> Fabio Emerim (tirando o RadioNoCabo, sumido)
-> Um tal de Julián Catino (tradutor espanhol)
-> Juan Cisneros (que confundiam toda vez comigo, colabora no SinDioses mas saiu do Brasil fazem uns 5 anos)
-> Mozart Hasse (até onde sei está no Japão trampando)
-> Ösa Heuser (dá para achar ela pelo Orkut, mas faz alguma tradução de vez em quando, como sempre fez)

Outros (como Claudio Loredo) tentaram fazer uma ONG e quando viram que do Leo nada ia sair, acabaram indo embora.

O Kentaro Mori só 'juntou' o site por comodidade, mas ele sempre editou o seu fabuloso CeticismoAberto, que continua firme e forte.

Então ? Que cabeças ? Que ego do quê ? Cada vez que tentamos fazer alguma coisa e o Leo cerceou, o cara saiu. Eu só apaguei a luz.

Eu sei que ficou essa sensação de que uma elite cética fabulosa fazia isto e aquilo, mas, como já disse, ninguém a não ser o Leo tinha sequer senha para poder editar qualquer coisa no site.
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Re: ATEA
« Resposta #66 Online: 31 de Dezembro de 2008, 10:01:42 »
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Sem ressentimentos, Catino, você sempre foi um dos meus preferidos entre os mandachuvas da STR Razz Eu era o Gabriel dCF por lá. A propósito, você está informado sobre essa história da volta da STR a partir de maio deste ano? Você sabe quem é que está trabalhando nisso, se a organização ainda está tão centralizada na figura do Vines ou outro ditador benevolente vitalício?


Aaaaaaaaahhhh ... agora sim a ficha caiu.

Mas enfim, não sei desse boato não nem tenho nada a ver com ele. Faço votos para que funcione, mas não devo voltar por lá não...
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Offline Fernando Silva

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Re: ATEA
« Resposta #67 Online: 31 de Dezembro de 2008, 10:57:43 »
-> Ösa Heuser (dá para achar ela pelo Orkut, mas faz alguma tradução de vez em quando, como sempre fez)
É Äsa Heuser. Ela andou postando na Ateus do Brasil, bem no início, e depois se afastou.

Offline FZapp

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Re: ATEA
« Resposta #68 Online: 31 de Dezembro de 2008, 11:08:30 »
Isso, se pronuncia como um "O" e eu escrevi errado :)

Grato pela correção ;)

Compre já seu Fernando Silva, corretor bíblico, e ganhe de graça um corretor ortográfico ! :)
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Offline SnowRaptor

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Re: ATEA
« Resposta #69 Online: 31 de Dezembro de 2008, 11:49:04 »
Todo mundo errou. É Åsa. Ela está ativa no Orkut.
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
críticos e experimentação entram em jogo, é que a ciência diverge da
arte.”

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Re: ATEA
« Resposta #70 Online: 31 de Dezembro de 2008, 14:07:57 »
Ah tá. E eu com 38 anos nas costas vi que havia uma trema e não um circulinho encima do A :P
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Offline uiliníli

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Re: ATEA
« Resposta #71 Online: 31 de Dezembro de 2008, 14:08:57 »
O que me pergunto é se precisamos de uma ONG? É a única saída, termos um "líder", alguém para zelar por nossa imagem (ou fazer sei lá o quê), e se as ONGs não vingarem, estamos ferrados?

Eu penso que não, que cada um pode ir gradualmente mudando a imagem do ateu "no seu mundo", e a coisa vai se espalhando de forma mais ou menos espontânea. Seus amigos crentes podem te defender se ouvirem falar mal de ateus numa conversa com conhecidos. E esses conhecidos podem ter vir a questionar ou mesmo mudar a concepção que tem dos ateus. E assim por diante.

Fóruns de internet como esse, blogs, e participação de ateus-não-no-armário (mas também preferencialmente não ateus-bomba ou ativistas do orgulho ateu) em fóruns menos focados na "subcultura" cético-ateísta-agnóstica também possivelmente tem um efeito similar.

Não acho que precisamos de um punhado de ateus-mor na mídia se colocando como porta-vozes e ao mesmo tempo arriscando por tudo a perder de forma mais significativa que "ateus comuns" poderiam fazer individualmente. Para servir de alvo para os religiosos, vigiando para qualquer escorregão.

:ok: Tem toda a razão.
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Mas talvez mais significativo que isso, a principal crítica ao ateísmo exacerbado nessas ONGs, é a hipocrisia de se fazer exatamente aquilo que se condena. Uma ONG que se propõpe a proteger os ateus da dicriminação religiosa não está discriminando religiosamente todas as outras pessoas de outras religiões que também podem ser vítima de discriminação religiosa? Não criticaríamos uma ONG teísta que visasse "promover a moral" e tivesse um nome como TEA ou JAVEA, ou qualquer coisa sugerindo forte associação com o teísmo? (Em analogia com a defesa da ciência sob a bandeira do ateísmo)

Crentes também podem sofrer discriminação religiosa e serem poderosos aliados na batalha contra a intromissão religiosa no governo, pseudociências e superstições.

Acho que uma organização que zele pelos ateus não é mais exclusivista que qualquer outra organização que lide com minorias. Pelo menos eu nunca vi o movimento gay ser acusado de heterofobia ou o movimento negro de racismo, o caso é que cada uma delas é especializada em um subgrupo em particular. É claro que muitos religiosos seriam aliados valiosos nos casos em que temos interesses comuns, mas não há nada de estranho nisso. Onde os interesses forem os mesmos, naturalmente que é possível se trabalhar junto.

Eu concordo com o problema que você citou de que qualquer deslize da ATEA poderá ser explorado por antipatizantes dos brights contra todos nós, isso é um risco, mas não acredito que qualquer coisa que eles façam possa piorar ainda mais a imagem ruim que já temos na sociedade.

Offline uiliníli

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Re: ATEA
« Resposta #72 Online: 31 de Dezembro de 2008, 14:12:27 »
Isso, se pronuncia como um "O" e eu escrevi errado :)

Todo mundo errou. É Åsa. Ela está ativa no Orkut.

Quer dizer que aquela unidade de comprimento se pronuncia "óngstrom"?

Offline Zibss

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Re: ATEA
« Resposta #73 Online: 31 de Dezembro de 2008, 15:03:10 »
Logo logo vão passar a sacolinha, pedindo dinheiro pra ATEA..

 :?
« Última modificação: 31 de Dezembro de 2008, 15:42:01 por Mr. Hammond »

Offline SnowRaptor

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Re: ATEA
« Resposta #74 Online: 01 de Janeiro de 2009, 03:31:21 »
Quer dizer que aquela unidade de comprimento se pronuncia "óngstrom"?

Sim. Inclusive, procure ouvir suecos falando Ångstrom que vc vai entender como é. Eu já ouvi Ångstrom sendo falado por um holandês que trabalha na Suécia, serve?

Voltando ao assunto:

Pensando bem, não sei se precisamos de uma ONG fazendo o que o Sotto considera importante, como brigar pra tirar o "DEUS SEJA LOUVADO" da cédula de dinheiro, mas uma organizaçào, mesmo que informal, com apoio jurídico para casos de discriminação seria realemnre interessante.

Quanto a mudar a imagem do ateu perante a sociedade, realmente é algo que deve partir de cada um de nós, do nosso comportamento. É questão de educação também, tanto a educação da escola quanto a de casa. Talvez uma ONG seja importante pra pedir aulas de filosofia (ou algo parecido) em vez de "ensino religioso" e coisas assim.
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