Tópico: Enquete sobre Pirataria.

[Ricardo RCB.]

Como o CC anda quieto, sem polêmicas nem discussões acaloradas, gostaria de saber a opinião do pessoal sobre pirataria. Já foram feitos outros tópicos, talvez até outras enquetes, mas são de uma época em que alguns dos foristas atuais não participavam ainda.

Sobre a opção 4. Faço download por necessidade, entenda-se aquele que precisa de um programa (exemplo, autocad) e não tem o dinheiro para comprar.

E por favor, justifiquem/expliquem seus votos.

E sobre o download, desconsiderem os downloads legais, sobre os quais não há dúvidas, como softwares opensource, livros do projeto Gutenberg, etc.

[Andre]

Eu sou contra a venda de produtos copiados, acho que eles acabam financiando outros crimes mais graves (tráfico de drogas e armas, etc).

Já download, depende do que. Livros geralmente eu só baixo quando já estão livres de copyright, até porque, não gosto de ler no computador.
Software, eu uso software livre ou no mínimo gratuito. Espero que existam bons softwares de CAD para engenharia elétrica, assim posso manter minha posição quanto a isso.
Filmes eu não assisto muito, quando assisto, é alugado.
Agora música, não consigo não copiar, é maior do que eu.

Ainda assim, eu compro CDs de música clássica. Eu sei que não vou me arrepnder de comprá-los, nem daqui anos, ao contrário do que aconteceu aos meus CDs de metal, por exemplo.

[Eremita]

Eu sou contra a venda de produtos copiados, acho que eles acabam financiando outros crimes mais graves (tráfico de drogas e armas, etc).

Já download, depende do que. Livros geralmente eu só baixo quando já estão livres de copyright, até porque, não gosto de ler no computador.
Software, eu uso software livre ou no mínimo gratuito. Espero que existam bons softwares de CAD para engenharia elétrica, assim posso manter minha posição quanto a isso.
Filmes eu não assisto muito, quando assisto, é alugado.
Agora música, não consigo não copiar, é maior do que eu.

Ainda assim, eu compro CDs de música clássica. Eu sei que não vou me arrepnder de comprá-los, nem daqui anos, ao contrário do que aconteceu aos meus CDs de metal, por exemplo.

André, se tráfico de drogas precisasse ser financiado, ninguém traficaria. Idem ao tráfico de armas.

Eu também uso software livre. Mas não é nem questão de preço, é questão de liberdades. Gosto de me dar ao luxo de montar um sistema do modo que eu quero, de não ter que recorrer a gambiarras pra retirar um pedaço dele pra colocar um equivalente que eu goste... gosto de "ah, enjoei do Kopete, vou instalar o Pidgin ou o aMSN"; ou "ah, KDE4 tá chato, vou pro GNOME ou Xfce ou Blackbox", e por aí vai.

Sou a favor pelo seguinte, o custo de produção de n ou n+1 unidades de software, e de música, é igual. Não há custo adicional.

[Andre]

André, se tráfico de drogas precisasse ser financiado, ninguém traficaria. Idem ao tráfico de armas.

Verdade...

Eu também uso software livre. Mas não é nem questão de preço, é questão de liberdades. Gosto de me dar ao luxo de montar um sistema do modo que eu quero, de não ter que recorrer a gambiarras pra retirar um pedaço dele pra colocar um equivalente que eu goste... gosto de "ah, enjoei do Kopete, vou instalar o Pidgin ou o aMSN"; ou "ah, KDE4 tá chato, vou pro GNOME ou Xfce ou Blackbox", e por aí vai.

Sou a favor pelo seguinte, o custo de produção de n ou n+1 unidades de software, e de música, é igual. Não há custo adicional.

Outra vantagem do software livre é a disponibilidade de ferramentas "essenciais" que seriam muito caras no Windows, como imagens de disco (dd e Norton Ghost).

Acrescentando ao seu ponto de vista, às vezes vêm com a comparação de que copiar uma música é como roubar alguma coisa. Não são a mesma coisa, já que ao se roubar, a loja ou o proprietário deixa de ter aquele objeto, enquanto que uma música não deixa de ser de tal artista por isso.

[Eremita]

Um Windows recém-instalado, sem nenhum software adicional, é inútil. Ainda que você vá só apelar pra produtos Microsoft, você vai ter algo bastante incompleto.
Um GNU/Linux, ou um BSD, são completamente funcionais mesmo sem você apelar pra coisas de fora da distro.

[Luciana N]

Eu costumava piratear Windows, não faço mais. Paguei umas 300 pratas pelo Vista (que é um lixo!). Isso porque eu tenho imensa admiração pelo trabalho que a Fundação Gates está fazendo na África em relação à saúde. Eis um capitalista nato, irreligioso, que está usando sua fortuna e capacidade de gerenciamento para tentar mudar o mundo para melhor. E está mostrando resultados. Então ao invés de dar dinheiro para uma ONG, que eu não sei o que vai fazer com meu dinheiro, compro produtos da Microsoft.

De resto, faço muito download de música, filmes e séries. Minha teoria é que muito que eu baixo eu não poderia comprar mesmo, porque meu salário não chega, então não é o caso de estar privando alguém de algo que lhes seria de direito, pois seria zero. Filmes e séries, francamente, só de comparar o meu salário com os milhões de dólares que os atores ganham... u protagonista ganha 20 milhões de dólares? Que ganhe menos se a indústria quiser ter lucro, e baixem os preços.

[Barata Tenno]

Relativismo moral dominando...........

[Luciana N]

Relativismo moral dominando...........

Ainda bem, né?

Violações de propriedade intelectual vêm, sim, com gradações, e devem ser relativizadas.

Se formos estritos, cantar música no karaokê ou no youtube é violação de direito autoral, assim como era copiar fita cassete, como ainda é emprestar livro ou comprá-lo em sebo, comprar perfume genérico (a Boticário e outras imitam fragrâncias famosas) e até cantar nosso Hino Nacional, que é plágio.

Então eu me permito ter moral diferentes para livros, outra para CDs, outra para filmes, etc. Já pirateei muito software, atualmente prefiro open source ou pagar pelos produtos, mas isso porque atualmente há bons open source e software baratos. Se não fosse, eu tb não pagaria.

Ocasionalmente eu até opto por pagar mais. Por exemplo, jamais compro livros em banca de jornal, só compro em livrarias. Isso porque quero apoiar livrarias, quero que muitas existam, pois elas me oferecem centenas de títulos variados e não só best-sellers como a banca. E às vezes eu compro no sebo, sem nenhuma crise de consciência.

[Barata Tenno]

Relativismo moral dominando...........

Ainda bem, né?

Não acho

Violações de propriedade intelectual vêm, sim, com gradações, e devem ser relativizadas.

Se formos estritos, cantar música no karaokê ou no youtube é violação de direito autoral, assim como era copiar fita cassete, como ainda é emprestar livro ou comprá-lo em sebo, comprar perfume genérico (a Boticário e outras imitam fragrâncias famosas) e até cantar nosso Hino Nacional, que é plágio.

As produtoras que vendem as músicas de karaoke pagam os direitos das músicas que apresentam, caso contrário deveriam ser punidas.Obter lucro ( seja financeiro ou intelectual) com trabalho alheio sem pagar o que é devido é imoral e deve ser unido.Youtube, perfumes incluidos.

Então eu me permito ter moral diferentes para livros, outra para CDs, outra para filmes, etc. Já pirateei muito software, atualmente prefiro open source ou pagar pelos produtos, mas isso porque atualmente há bons open source e software baratos. Se não fosse, eu tb não pagaria.

Lindo, paga o lhe convém, quando e como.... perfeito...... vamos estender isso ao seu salário, o que acha?Você recebe muito, seu patrão acha que você deva trabalhar de graça.Topa?

Ocasionalmente eu até opto por pagar mais. Por exemplo, jamais compro livros em banca de jornal, só compro em livrarias. Isso porque quero apoiar livrarias, quero que muitas existam, pois elas me oferecem centenas de títulos variados e não só best-sellers como a banca. E às vezes eu compro no sebo, sem nenhuma crise de consciência.

Cada um defende o seu interesse, no seu caso as livrarias, e o resto que se dane, deixem fechar as lojas de CDs e DVDs, ja que não te interessam, dane-se quem trabalha lá, o importante é o seu bem estar.

[Gaúcho]

Não sou a favor nem contra

[Eremita]

Relativismo moral dominando...........

Se eu soubesse o que moral come, eu até criava.

[Temma]

bom mesmo é o youtube. alguém faz o trabalho sujo por você, permitindo que sua consciência esteja livre para xingar os outros de LADRÕES.



E é batata. tu se sente realmente uma pessoa MAIS íntegra. cês precisam experimentar.

[Luciana N]

As produtoras que vendem as músicas de karaoke pagam os direitos das músicas que apresentam, caso contrário deveriam ser punidas.Obter lucro ( seja financeiro ou intelectual) com trabalho alheio sem pagar o que é devido é imoral e deve ser unido.Youtube, perfumes incluidos.

Um barzinho que coloca karaokê está entretendo seu público com melodias e letras de outrem. Há lucro, o que seria diferente de ter karaokê para festinha em casa.

Não fui eu que inventei o relativismo moral. Ele existe e nossa sociedade o pratica. Um erro não justifica o outro, é claro, mas eu só quis exemplificar que a questão da propriedade intelectual é muito mais complexa.

Lindo, paga o lhe convém, quando e como.... perfeito...... vamos estender isso ao seu salário, o que acha?Você recebe muito, seu patrão acha que você deva trabalhar de graça.Topa?

Não. Nem o exemplo se aplica.

Cada um defende o seu interesse, no seu caso as livrarias, e o resto que se dane, deixem fechar as lojas de CDs e DVDs, ja que não te interessam, dane-se quem trabalha lá, o importante é o seu bem estar.

Isso mesmo, um modelo de negócio falido tem mais que se danar. Que arrumem outro emprego, ao menos no que depender de mim como consumidora. Nunca derramei lágrima pelos mecânicos de carroça, ascensoristas e datilógrafas que perderam seus empregos.

[Herf]

http://mises.org/books/against.pdf

[Barata Tenno]

As produtoras que vendem as músicas de karaoke pagam os direitos das músicas que apresentam, caso contrário deveriam ser punidas.Obter lucro ( seja financeiro ou intelectual) com trabalho alheio sem pagar o que é devido é imoral e deve ser unido.Youtube, perfumes incluidos.

Um barzinho que coloca karaokê está entretendo seu público com melodias e letras de outrem. Há lucro, o que seria diferente de ter karaokê para festinha em casa.


Não fui eu que inventei o relativismo moral. Ele existe e nossa sociedade o pratica. Um erro não justifica o outro, é claro, mas eu só quis exemplificar que a questão da propriedade intelectual é muito mais complexa.

Não é diferente de maneira nenhuma, lucro não é definido só financeiramente, usar o karaoke numa festinha em casa também é lucro, assim como ao frequentar uma escola você não tem lucro financeiro, mas tem um ganho intelectual.

Lindo, paga o lhe convém, quando e como.... perfeito...... vamos estender isso ao seu salário, o que acha?Você recebe muito, seu patrão acha que você deva trabalhar de graça.Topa?

Não. Nem o exemplo se aplica.

Não?Pegando as coisas sem pagar e usufruindo delas é fazer o criador, o cara que teve TRABALHOU pra fazer trabalhar de graça.Mas no dos outros é refresco.

Cada um defende o seu interesse, no seu caso as livrarias, e o resto que se dane, deixem fechar as lojas de CDs e DVDs, ja que não te interessam, dane-se quem trabalha lá, o importante é o seu bem estar.

Isso mesmo, um modelo de negócio falido tem mais que se danar. Que arrumem outro emprego, ao menos no que depender de mim como consumidora. Nunca derramei lágrima pelos mecânicos de carroça, ascensoristas e datilógrafas que perderam seus empregos.

Ué, então porque ta chorando pelas livrarias?Que elas acabem......... Mas o relativismo diz que devemos cuidar apenas o que é do nosso interesse, o que é do interesse dos outros se dane....


EDIT:Arrumar os quotes

[Eremita]

Ei... livros também são de preço marginal zero.

[Dodo]

Contagem regressiva iniciada...

Dez.

[Diogo_]

Bom...

Eu vejo que a indústria fonográfica está há tempos perdendo a batalha contra os downloads. Acho inevitável que venha a perder esta guerra.
Os tempos são outros...
Até mesmo na época que ainda não existia mp3, ou até bem antes disso, na época dos LPs e CDs, boa parte das pessoas já conseguiam suas músicas pagando apenas o preço da fita cassete virgem.
Comecei gravando músicas de rádio, quebrava um bom galho pra quem era criança e LP, CD ou fita original eram caras.

Lembro-me que nos anos 90, +- a época do surgimento do CD no Brasil, eu comprei um Tape Deck Profissional da Gradiente apenas para gravar minhas músicas favoritas de CDs que eu alugava. E essa mania já vinha dos meus pais que gravavam suas músicas de LPs de amigos em um gravador profissional do tio do meu pai.

Agora com o mp3... Eu já nem me lembro qual foi a última vez que comprei CD...
Até mesmo na época das fitas K7 (do qual juntei quase 300) eu só comprava CD quando era "greatest hits" ou algo do tipo e de meus artistas preferidos.

E sobre o mp3...
Ninguém mais quer saber de se dar ao trabalho de ficar trocando CD pra ouvir suas músicas. O negócio é meter um Pen drive e programar tudo. Sem contar que CD tem toda aquela frescurada de não poder arranhar etc.

Me parece que algumas alternativas estão sendo testadas, como a venda de músicas pela internet.
Mas é uma alternativa que está fadada ao fracasso, ao meu ver.

O que os artistas terão que fazer com mais frequência são os shows e propagandas.

Eu acho que a tendência é investir em sites que divulguem o trabalho dos artistas expondo suas músicas e, ao mesmo tempo, ganhando dinheiro com publicidade em seu site. E também os artistas que dispõe de seus trabalhos para estes sistemas deverão ser remunerados.
O que não vai poder acontecer é que um site disponibilize músicas de algum autor sem a autorização ou "aluguel" dos direitos do mesmo.

Eu acredito que cada vez menos pessoas salvam filmes e até músicas em seus computadores apenas por causa de sites como o youtube.
Um site do tipo youtube específico para músicas deve ser a nova jogada, com um sistema complexo de comércio que envolva o site, os visitantes, os anunciantes e os artistas. As pessoas acessam o site, buscam suas músicas, ouvem ali mesmo, sem precisar ficar salvando, considerando que a internet se torne rápida o suficiente para permitir que esta atividade seja cômoda.


No que diz respeito a softwares...
Jogos de computador atuais em multiplayer conseguem barrar tranquilamente a pirataria, fazendo com que apenas usuários que possuam uma determinada chave, relacionada com um login e uma senha, possam usufruir das funcionalidades online do jogo.

Portanto, considero que a nova tendência seja a integração desses softwares com a internet. Ou seja, para você utilizar um software deverá estar conectado e acessar parte das funcionalidades do software no site do fabricante, mediante login e senha. E, obviamente, somente quem pagou terá seu login e sua senha e acesso a todas as funcionalidades do software.

Quanto a livros...
Ainda é custoso scanear um livro e, ao mesmo tempo, boa parte das pessoas não gostam de ler no computador ou mesmo apreciam um livro bonitinho, de papel, com capa e tudo mais.
Eu não pensei em muitas idéias sobre como resolver o problema de autoria dos livros.

[Fabi]

O download de músicas não deveria ser ilegal...

[Barata Tenno]

O download de músicas não deveria ser ilegal...

Porque..............

[Barata Tenno]

Eu concordo que novas tecnologias estão ai, que o mercado precisa se adaptar,etc etc, mas nada muda o fato de que as músicas, filmes, livros e softwares tem donos, que trabalharam e querem ser recompensados, do mesmo modo que qualquer um aqui.

[Fabi]

O download de músicas não deveria ser ilegal...

Porque..............

Because...because...because...because I said so 

Tem que responder agora? Eu to morrendo de sono e morrendo de vontade de fazer xixi, e eu só consigo pensar nisso...  

[Barata Tenno]

O download de músicas não deveria ser ilegal...

Porque..............

Because...because...because...because I said so 

Tem que responder agora? Eu to morrendo de sono e morrendo de vontade de fazer xixi, e eu só consigo pensar nisso...  

[Ricardo RCB.]

Vou levantar alguns pontos, não é um julgamento, apenas umas questões.

Entenda-se autor aqui como quem detém os direitos sobre a música, livro ou outro item.

O(s) autor(es) de uma música, livro ou software tem direitos sobre estes livros? Inclusive de determinar quanto cada um vai custar, quantas unidades serão vendidas, em que países estará disponível, entre outras coisas?

No caso de quem baixa material pela net, sem a autorização do autor, o seu "direito" de baixar é maior do que o do autor sobre o material? Por que?

Outro ponto,alguns alegam que artistas ganham pouco com a venda e muito mais com shows, e que os downloads servem como propaganda de artistas, o que os ajudaria a ganhar mais, com shows.

Quanto é pouco? Quanto é muito? Cada um pode determinar o que é melhor para o "autor" de uma música do que o próprio "autor"? Ou como ele acha que isso deve ser comercializado?

E no caso dos livros pirateados? Os autores podem fazer shows também?

[Diego]

Eu baixo filmes e música...

Mas compro livros (não consigo me adaptar a e-books)