Autor Tópico: Grã-Bretanha discute mudanças na monarquia  (Lida 13579 vezes)

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Offline uiliníli

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Re: Grã-Bretanha discute mudanças na monarquia
« Resposta #100 Online: 01 de Maio de 2011, 14:41:48 »
Ia ser legal, só ia pegar mal se ele perguntasse quem quer dinheiro :lol:

Offline DDV

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Re: Grã-Bretanha discute mudanças na monarquia
« Resposta #101 Online: 01 de Maio de 2011, 15:02:51 »
Eu discordo que o governo deva oficialmente oferecer "cursinhos" específicos para candidatos a deputados além do ensino público comum (que deve ser bom). Também discordo que escolinhas de ideologia partidária levem a algo que preste, embora as pessoas sejam livres para estudar ou fazer o curso que quiserem. Uma das vantagens do sorteio (além da principal, que é eliminar os políticos profissionais) seria selecionar pessoas "comuns" para a política, que irão ponderar as coisas de forma completamente pragmática, já que elas não irão permanecer na política indefinidamente, mas viveram como pessoas comuns sob as leis que aprovarem.

Os males de uma ideologia na capacidade de raciocínio e crítica são horríveis. Nesse fórum há alguns exemplos...

A única coisa que o governo faria seria aplicar as provas para seleção. Seria mais rigorosa do que o que o uilinili propõe (afinal, é um cargo importantíssimo oras! E ninguém quer gente ignorante demais em um cargo desse tipo).


Seria também legal que o mandato dos parlamentares fosse encurtado (uns 2 anos, por exemplo) e o número de parlamentares aumentado (pelo menos uns 1000). E o salário que receberiam fosse igual ao salário que já recebiam em sua profissão anterior ao sorteio.
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Offline uiliníli

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Re: Grã-Bretanha discute mudanças na monarquia
« Resposta #102 Online: 01 de Maio de 2011, 15:11:39 »
DDV, a questão da ideologia é que não tem como ela ser evitada. Todo mundo sabe que hoje muitos professores já dão cursos enviesados em aulas de história e geografia, o que dizer de aulas de política? Gostemos ou não, vai ter muita gente absorvendo ideologia nesses cursos. A vantagem de deixar os partidos darem seus próprios cursos livres para ministrar suas próprias ideologias é que assim as pessoas teriam liberdade de escolha e todas as vertentes seriam representadas, em vez de somente a do grupo que está no governo no momento.

Mas seu comentário me deu a ideia de em vez de oferecer cursos curtos de uma semana para os candidatos ao sorteio houvesse uma disciplina regular nas escolas que preparasse todos os estudantes para exercer cargo público. Seria requerido conclusão do ensino médio e aprovação numa prova para poder participar do sorteio.

Ainda que uma fração irrisória dos estudantes de fato fosse ser sorteado em algum momento da vida, mesmo para o cargo de vereador, isso os prepararia melhor para poder cobrar quem está lá. Mandatos encurtados e um número maior de parlamentares poderiam aumantar a quantidade de pessoas que seriam sorteadas em algum momento.


Offline Liddell Heart

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Re: Grã-Bretanha discute mudanças na monarquia
« Resposta #103 Online: 01 de Maio de 2011, 16:38:47 »
Eu gosto da ideia de sorteios principalmente por dois motivos:

- Realmente proporciona chances iguais para todos os cidadãos, diferente do sistema por voto que favorece quem tem mais dinheiro ou quem consegue mais dinheiro fazendo treta com empresas privadas para financiar suas campanhas. No fim das contas campanha eleitoral vira uma guerra de propaganda e se escolhe quem tem melhor marketing ou carisma, não necessariamente (eu diria quase nunca, na verdade) quem tem as melhores ideias. O sistema por sorteio anula o poder do dinheiro e do marketing completamente, ainda que também não garanta que os melhores vençam, a não ser, talvez, se você fizer testes muito rigorosos para permitir que alguém seja candidato. E como o sorteio não vê cor, sexo ou religião, todos os setores da sociedade estariam representados proporcionalmente a seu tamanho na sociedade.

Isso não resolve um problema, a representação. A legitimidade deste sistema é a crença que os políticos representam as vontades da população, assim, este sistema de votação random teria pouco a nenhuma legitimidade.  Fora que poderia ocorrer, por exemplo, de meia dúzia de fascistas conseguirem uma maioria, aí já sabe...

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Para contrabalançar a câmara escolhida por sorteio, o senado poderia continuar sendo escolhido por voto. Já diminuíriamos bastante o número de parasitas profissionais.

Se é para chutar o balde, acho que ultra(con)federalismo e um Estado pequeno, que oferecesse serviços em vales e/ou rendas básicas(Hayek e Milton Friedman chegaram a defender rendas básicas no maior estilo bolsa família). Só em uma anarquia haveria menos corrupção no Estado.  :lol:

Adendo: O "bolsa família"(imposto de renda negativo) é uma criação do Juliet Rhys-Williams, do Partido Liberal inglês.
« Última modificação: 01 de Maio de 2011, 16:56:54 por Liddell Heart »
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Offline uiliníli

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Re: Grã-Bretanha discute mudanças na monarquia
« Resposta #104 Online: 01 de Maio de 2011, 16:53:17 »
Na antiga Atenas os membros da assembleia eram escolhidos por sorteio e não havia restrições quanto à sua legitimidade. Desde que a população se convença das virtudes do sistema ela vai considerá-lo legítimo. E estatisticamente, a amostra sorteada, se for grande o suficiente, vai representar a opinião da maior parte da população, não haverá risco de meia-dúzia de fascistas conseguirem maioria, a não ser que eles já sejam maioria na população, o que seria extremamente preocupante.

Offline Liddell Heart

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Re: Grã-Bretanha discute mudanças na monarquia
« Resposta #105 Online: 01 de Maio de 2011, 17:08:45 »
Na antiga Atenas os membros da assembleia eram escolhidos por sorteio e não havia restrições quanto à sua legitimidade. Desde que a população se convença das virtudes do sistema ela vai considerá-lo legítimo. E estatisticamente, a amostra sorteada, se for grande o suficiente, vai representar a opinião da maior parte da população, não haverá risco de meia-dúzia de fascistas conseguirem maioria, a não ser que eles já sejam maioria na população, o que seria extremamente preocupante.

Estatisticamente, questões impopulares, mas necessárias, iriam para o lixo. Fora que o brasileiro é bem conservador, não iriam pensar duas vezes na hora de obstruir a liberdade de alguém em nome de Javé.  :(
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Offline uiliníli

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Re: Grã-Bretanha discute mudanças na monarquia
« Resposta #106 Online: 01 de Maio de 2011, 17:12:21 »
Acho que pessoas comuns bem informadas podem nos surpreender tomando decisões boas.
Quanto ao conservadorismo, acho que o congresso eleito por voto tende a ser mais conservador que a sociedade em geral justamente por se preocuparem com o que o eleitorado conservador vai pensar.

Offline Liddell Heart

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Re: Grã-Bretanha discute mudanças na monarquia
« Resposta #107 Online: 01 de Maio de 2011, 17:21:38 »
Ainda é preferível um ultra(con)federalismo, fundamentado em direitos negativos(direito de não interferência).  :baby:
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Offline uiliníli

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Re: Grã-Bretanha discute mudanças na monarquia
« Resposta #108 Online: 01 de Maio de 2011, 17:23:54 »
Ainda é preferível um ultra(con)federalismo, fundamentado em direitos negativos(direito de não interferência).  :baby:

As duas coisas são mutuamente exclusivas? Eu estou falando em sistema eleitoral e você em modelo federativo, acho que não há contradição.

Offline Liddell Heart

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Re: Grã-Bretanha discute mudanças na monarquia
« Resposta #109 Online: 01 de Maio de 2011, 17:42:20 »
Ainda é preferível um ultra(con)federalismo, fundamentado em direitos negativos(direito de não interferência).  :baby:

As duas coisas são mutuamente exclusivas? Eu estou falando em sistema eleitoral e você em modelo federativo, acho que não há contradição.

É que, em um modelo federativo mais radical, poderia ser utilizado a democracia direta! 

Bem, só vejo uma maneira do sistema eleitoral aleatório ser eficaz, com uma "constituição" que defenda os direitos negativos da população(direito de não interferência em algumas questões), além de estipular um "limite" de Estado. Desse jeito, nem se o Plínio Salgado obtiver maioria, poderá ser perigoso.
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Offline DDV

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Re: Grã-Bretanha discute mudanças na monarquia
« Resposta #110 Online: 01 de Maio de 2011, 18:55:24 »
Na antiga Atenas os membros da assembleia eram escolhidos por sorteio e não havia restrições quanto à sua legitimidade. Desde que a população se convença das virtudes do sistema ela vai considerá-lo legítimo. E estatisticamente, a amostra sorteada, se for grande o suficiente, vai representar a opinião da maior parte da população, não haverá risco de meia-dúzia de fascistas conseguirem maioria, a não ser que eles já sejam maioria na população, o que seria extremamente preocupante.

Na verdade, a Assembléia era aberta a TODOS os cidadões. A Bulé (composta por 500 membros) é que era escolhida por sorteio, com uma cota igual para as 12 tribos artificiais na qual a cidade-estado foi dividida. Todos os cargos do executivo (chamados de ministérios ou arcontados) eram também preenchidos por sorteio, com exceção do supremo-arcontado (o líder da cidade), o arcontado da guerra e o das finanças, que eram escolhidos por votação.


Vou tentar explicar aqui de forma ultra-resumida o sistema ateniense:

 - Era considerado cidadão (e portanto eleitores e elegíveis) todo homem livre que fosse filho de pai e mãe atenienses. O total de cidadãos em Atenas, no seu auge, chegava a 60 000.

 - Toda a cidade-estado de Atenas foi subdividida em vários distritos. Cada 3 distritos (tríade) formava uma tribo. Mas havia um detalhe que tornava a coisa mais interessante e complexa: as tríades que formavam uma tribo eram completamente embaralhadas. Eram propositalmente escolhidos 3 distritos que ficavam o mais longe possível uns dos outros. Seria equivalente a juntar os estados do RS, AM e RN em uma tribo.

 O objetivo desse embaralhamento era impedir que as oligarquias criassem bases eleitorais e alianças locais que pudessem se sobrepor ou desvirtuar a democracia.

 Para quem já acha essa cautele exagerada, aí vai mais: os 3 distritos que compunham cada tribo não eram fixos! A cada período (que não lembro quanto) as tribos eram desfeitas e refeitas com distritos diferente, pra garantir que nenhuma aliança ou domínio surgido em cada tribo permanecesse.


Cada tribo tinha seus membros sorteados para a Bulé, que era o órgão responspavel pela elaboração, redação e revisão das leis para posterior submissão à Assembléia para votação. Cada turma sorteada para a Bulé tinha uma legislatura de 1 ano, sendo que cada mês do ano a Bulé era presidida por 1 membro de cada tribo, de modo que todas as 12 tribos presidiam a Bulé durante o ano legislativo.

Os projetos elaborados pela Bulé eram então submetidos para aprovação ou rejeição na Assembléia. A Assembléia era aberta a TODOS os cidadãos e tinha um quórum de 5 000 (se eu não me engano). As leis eram então apresentadas pelos oradores, e o povo votava pela adõção ou rejeição. As leis rejeitadas voltavam para a Bulé para revisão, e era proibido reapresentar o mesmo projeto em um período determinado de tempo.

Os oradores que apresentavam as leis eram pessoas bem falantes, mas era bastante mal visto um orador que se apresentasse em demasia: poderiam receber a pecha de demagogos e serem ostracizados.

Os cargos do executivo eram preenchidos por sorteio entre todos os cidadãos que se candidatassem ao cargo. Os sorteados eram avaliados por um corpo de magistrados antes (para ver se havia alguns impedimentos específicos), durante e depois do mandato, quando deveriam prestar contas. Se fizessem alguma merda grande, poderiam até mesmo serem condenados à morte.

Apenas os cargos de arconte supremo, arconte de guerra e arconte das finanças eram escolhidos por votação, por serem considerados cargos que exigiam um talento maior e portanto a chance de uma pessoa destacada ser eleita de novo deveria ser mantida.

Havia também o ostracismo. A cada ano, os cidadões atenienses escreviam o nome em placas de argila de qualquer pessoa que considerassem uma ameaça à democracia. A pessoa cujo nome aparecesse em 5000 placas, ou tivesse a maioria entre os que obtiveram mais de 5000 votos, era ostracizada. Ela deveria ficar 10 anos fora de Atenas, mas todos seus bens e direitos eram preservados.


Havia funcionários que ficavam na porta da Assembléia para impedir que não-cidadãos entrassem, ou que cidadãos votassem mais de 1 vez (no caso das placas de argila). Mas mesmo assim, qualquer não-cidadão achado na Assembléia ou qualquer cidadão fosse pego votando 2 vezes era condenado á morte.



















 




 






 
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Re: Grã-Bretanha discute mudanças na monarquia
« Resposta #111 Online: 01 de Maio de 2011, 19:09:49 »
Ainda é preferível um ultra(con)federalismo, fundamentado em direitos negativos(direito de não interferência).  :baby:

As duas coisas são mutuamente exclusivas? Eu estou falando em sistema eleitoral e você em modelo federativo, acho que não há contradição.

É que, em um modelo federativo mais radical, poderia ser utilizado a democracia direta! 

Bem, só vejo uma maneira do sistema eleitoral aleatório ser eficaz, com uma "constituição" que defenda os direitos negativos da população(direito de não interferência em algumas questões), além de estipular um "limite" de Estado. Desse jeito, nem se o Plínio Salgado obtiver maioria, poderá ser perigoso.

Você no caso tem medo das minorias serem oprimidas pela maioria? É para isso que existe a constituição e suas cláusulas pétreas que protegem os direitos individuais!

E os deputados que aí estão não me paracem melhor do que as pessoas comuns mesmo nesse aspecto.

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Offline Liddell Heart

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Re: Grã-Bretanha discute mudanças na monarquia
« Resposta #112 Online: 01 de Maio de 2011, 19:52:12 »
Ainda é preferível um ultra(con)federalismo, fundamentado em direitos negativos(direito de não interferência).  :baby:

As duas coisas são mutuamente exclusivas? Eu estou falando em sistema eleitoral e você em modelo federativo, acho que não há contradição.

É que, em um modelo federativo mais radical, poderia ser utilizado a democracia direta! 

Bem, só vejo uma maneira do sistema eleitoral aleatório ser eficaz, com uma "constituição" que defenda os direitos negativos da população(direito de não interferência em algumas questões), além de estipular um "limite" de Estado. Desse jeito, nem se o Plínio Salgado obtiver maioria, poderá ser perigoso.

Você no caso tem medo das minorias serem oprimidas pela maioria? É para isso que existe a constituição e suas cláusulas pétreas que protegem os direitos individuais!

E os deputados que aí estão não me paracem melhor do que as pessoas comuns mesmo nesse aspecto.



Em um Estado pequeno e "fraco",  uma democracia direta faria a eleição aleatória ser inútil. Estou errado?
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Re: Grã-Bretanha discute mudanças na monarquia
« Resposta #113 Online: 01 de Maio de 2011, 20:35:50 »
Ainda é preferível um ultra(con)federalismo, fundamentado em direitos negativos(direito de não interferência).  :baby:

As duas coisas são mutuamente exclusivas? Eu estou falando em sistema eleitoral e você em modelo federativo, acho que não há contradição.

É que, em um modelo federativo mais radical, poderia ser utilizado a democracia direta! 

Bem, só vejo uma maneira do sistema eleitoral aleatório ser eficaz, com uma "constituição" que defenda os direitos negativos da população(direito de não interferência em algumas questões), além de estipular um "limite" de Estado. Desse jeito, nem se o Plínio Salgado obtiver maioria, poderá ser perigoso.

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Em um Estado pequeno e "fraco",  uma democracia direta faria a eleição aleatória ser inútil. Estou errado?

Se realmente for possivel fazer um sistema em que todos os cidadãos possam votar nas leis, concordo.


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Offline Liddell Heart

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Re: Grã-Bretanha discute mudanças na monarquia
« Resposta #114 Online: 01 de Maio de 2011, 20:48:07 »
Ainda é preferível um ultra(con)federalismo, fundamentado em direitos negativos(direito de não interferência).  :baby:

As duas coisas são mutuamente exclusivas? Eu estou falando em sistema eleitoral e você em modelo federativo, acho que não há contradição.

É que, em um modelo federativo mais radical, poderia ser utilizado a democracia direta! 

Bem, só vejo uma maneira do sistema eleitoral aleatório ser eficaz, com uma "constituição" que defenda os direitos negativos da população(direito de não interferência em algumas questões), além de estipular um "limite" de Estado. Desse jeito, nem se o Plínio Salgado obtiver maioria, poderá ser perigoso.

Você no caso tem medo das minorias serem oprimidas pela maioria? É para isso que existe a constituição e suas cláusulas pétreas que protegem os direitos individuais!

E os deputados que aí estão não me paracem melhor do que as pessoas comuns mesmo nesse aspecto.



Em um Estado pequeno e "fraco",  uma democracia direta faria a eleição aleatória ser inútil. Estou errado?

Se realmente for possivel fazer um sistema em que todos os cidadãos possam votar nas leis, concordo.

Se maior parte do poder estivesse, por exemplo, nas mãos dos bairros e municípios ao invés da União, seria possível.
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Re: Grã-Bretanha discute mudanças na monarquia
« Resposta #115 Online: 01 de Maio de 2011, 20:56:27 »
Ainda é preferível um ultra(con)federalismo, fundamentado em direitos negativos(direito de não interferência).  :baby:

As duas coisas são mutuamente exclusivas? Eu estou falando em sistema eleitoral e você em modelo federativo, acho que não há contradição.

É que, em um modelo federativo mais radical, poderia ser utilizado a democracia direta! 

Bem, só vejo uma maneira do sistema eleitoral aleatório ser eficaz, com uma "constituição" que defenda os direitos negativos da população(direito de não interferência em algumas questões), além de estipular um "limite" de Estado. Desse jeito, nem se o Plínio Salgado obtiver maioria, poderá ser perigoso.

Você no caso tem medo das minorias serem oprimidas pela maioria? É para isso que existe a constituição e suas cláusulas pétreas que protegem os direitos individuais!

E os deputados que aí estão não me paracem melhor do que as pessoas comuns mesmo nesse aspecto.



Em um Estado pequeno e "fraco",  uma democracia direta faria a eleição aleatória ser inútil. Estou errado?

Se realmente for possivel fazer um sistema em que todos os cidadãos possam votar nas leis, concordo.

Se maior parte do poder estivesse, por exemplo, nas mãos dos bairros e municípios ao invés da União, seria possível.

Poderes para quê especificamente?

Se for para TUDO (incluindo tributações e regulamentações diversas), a situação seria mais caótica para os negócios do que na época feudal (com os milhões de taxas e regulamentos diferentes em cada feudo).

É melhor descentralizar o poder, e não o estado.

Em outras palavras: ao invés de haver leis diferentes para cada metro quadrado do país, as leis e a autoridade devem ser unificados, mas com o controle das mesmas descentralizado.





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Offline uiliníli

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Re: Grã-Bretanha discute mudanças na monarquia
« Resposta #116 Online: 02 de Maio de 2011, 08:47:23 »
Na verdade, a Assembléia era aberta a TODOS os cidadões. A Bulé (composta por 500 membros) é que era escolhida por sorteio...

Valeu a explicação!

Offline Liddell Heart

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Re: Grã-Bretanha discute mudanças na monarquia
« Resposta #117 Online: 02 de Maio de 2011, 15:59:29 »
Ainda é preferível um ultra(con)federalismo, fundamentado em direitos negativos(direito de não interferência).  :baby:

As duas coisas são mutuamente exclusivas? Eu estou falando em sistema eleitoral e você em modelo federativo, acho que não há contradição.

É que, em um modelo federativo mais radical, poderia ser utilizado a democracia direta! 

Bem, só vejo uma maneira do sistema eleitoral aleatório ser eficaz, com uma "constituição" que defenda os direitos negativos da população(direito de não interferência em algumas questões), além de estipular um "limite" de Estado. Desse jeito, nem se o Plínio Salgado obtiver maioria, poderá ser perigoso.

Você no caso tem medo das minorias serem oprimidas pela maioria? É para isso que existe a constituição e suas cláusulas pétreas que protegem os direitos individuais!

E os deputados que aí estão não me paracem melhor do que as pessoas comuns mesmo nesse aspecto.



Em um Estado pequeno e "fraco",  uma democracia direta faria a eleição aleatória ser inútil. Estou errado?

Se realmente for possivel fazer um sistema em que todos os cidadãos possam votar nas leis, concordo.

Se maior parte do poder estivesse, por exemplo, nas mãos dos bairros e municípios ao invés da União, seria possível.

Poderes para quê especificamente?

Se for para TUDO (incluindo tributações e regulamentações diversas), a situação seria mais caótica para os negócios do que na época feudal (com os milhões de taxas e regulamentos diferentes em cada feudo).

É melhor descentralizar o poder, e não o estado.

Em outras palavras: ao invés de haver leis diferentes para cada metro quadrado do país, as leis e a autoridade devem ser unificados, mas com o controle das mesmas descentralizado.
Sim, criar mais Estados é uma mega erro. O mais prudente seria criar(lê-se, "transformar em") um Estado descentralizado e pequeno(isto é, que não viole as liberdades).

Sobre as leis eu concordo em parte. Algumas leis poderiam ser diferentes, sendo elas decididas em espécies "conselhos de bairros". Tais leis como: leis de penalização à violação de bens coletivos(ex: lixo na rua, pichação de locais mantidos pela "comunidade", etc...), contratação de serviços terceirizados de segurança e etc...
É claro que teriam leis que abrangem toda a nação, como eu já disse, aquelas que definem as liberdades essenciais e estipula um limite sobre os governos.
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Offline biscoito1r

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Re: Grã-Bretanha discute mudanças na monarquia
« Resposta #118 Online: 03 de Maio de 2011, 00:18:18 »
E o Quico ?
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Offline Pagão

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Re: Grã-Bretanha discute mudanças na monarquia
« Resposta #119 Online: 10 de Maio de 2011, 10:26:09 »
Parece que Kate Middleton já teve a primeira discussão de casada com o príncipe William, porque este decidiu prolongar o seu tempo ao serviço da Força Aérea, onde é piloto de resgate. William decidiu que quer continuar na Força Aérea.

Mas esperem aí... afinal os príncipes não são aparasitas que nada fazem?..., ou estarei a confundir com muitos filhos de presidentes da república? :? ::)
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline uiliníli

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Re: Grã-Bretanha discute mudanças na monarquia
« Resposta #120 Online: 10 de Maio de 2011, 22:10:26 »
Filhos de presidentes da república não podem ser militares também? Pessoas normais não podem servir na força aérea? Não entendi o argumento.

Offline Geotecton

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Re: Grã-Bretanha discute mudanças na monarquia
« Resposta #121 Online: 10 de Maio de 2011, 22:43:13 »
Parece que Kate Middleton já teve a primeira discussão de casada com o príncipe William, porque este decidiu prolongar o seu tempo ao serviço da Força Aérea, onde é piloto de resgate. William decidiu que quer continuar na Força Aérea.

Mas esperem aí... afinal os príncipes não são aparasitas que nada fazem?..., ou estarei a confundir com muitos filhos de presidentes da república? :? ::)

Esta estória de piloto de resgate, que insinua uma convivência heróica com o perigo, me parece uma "história para boi dormir".
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Offline Pagão

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Re: Grã-Bretanha discute mudanças na monarquia
« Resposta #122 Online: 11 de Maio de 2011, 03:16:25 »
Filhos de presidentes da república não podem ser militares também? Pessoas normais não podem servir na força aérea? Não entendi o argumento.

Uns podem... outros têm a obrigação...
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Offline Pagão

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Re: Grã-Bretanha discute mudanças na monarquia
« Resposta #123 Online: 11 de Maio de 2011, 03:28:08 »
Esta estória de piloto de resgate, que insinua uma convivência heróica com o perigo...

Tem de haver algo assim, princípe tem mesmo de servir em guerra (ex: Malvinas ou Afeganistão) se o país estiver envolvido numa... senão que raio de filho de rei seria.... por muito que saibamos que as monarquias hoje são (praticamente) meras repúblicas coroadas... Já basta o escândalo de casarem por "amor" em vez de fazerem casamentos de Estado com feiosas de estirpe para efeitos de poilítica internacional.  :biglol:
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline Fabrício

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Re: Grã-Bretanha discute mudanças na monarquia
« Resposta #124 Online: 11 de Maio de 2011, 08:04:30 »
Filhos de presidentes da república não podem ser militares também? Pessoas normais não podem servir na força aérea? Não entendi o argumento.

Filhos de presidentes da republica, considerando um exemplo recente, geralmente são gênios empresariais das telecomunicações, seria um tremendo desperdício arriscar a vida deles em manobras militares  ::)...
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