Não estou errado. Este motivo que você expôs é secundário, pois não interessaria nenhum pouco ao empresário atender interesses de consumidores se em primeiro lugar ele não fosse enriquecer-se com isso !
Da mesma forma, não interessaria nem um pouco aos trabalhadores/consumidores atender interesses de empresários se em primeiro lugar não fossem enriquecer-se/ganhar/lucrar/faturar/levar vantagem com isso.
Só não entendo porque você coloca isso como algo exclusivo dos empresários, e não de todas as pessoas.
O objetivos ao qual se subordinam todos os outros objetivos é o lucro é a vida boa que esse lucro proporciona ao proprietário do meio de produção.
Claro! E daí? É exatemente o mesmo objetivo do trabalhador: ganhar dinheiro!
Porque algumas pessoas (os empresários) deveriam fazer trabalho voluntário ou emprestar/dar seus bens enquanto outras (os trabalhadores) não?
Ainda não entendi porque você acha a procura por lucro por parte empresário algo ruim e a procura por dinheiro e bens bons/baratos por parte do trabalhador/consumidor não. Explique por favor, sem enrolar.
Quanto mais os funcionários forem burros de carga mais o proprietário enriquecerá e terá vida boa.
Se você DEMONSTRAR que:
1- Os trabalhador consome MENOS bens e serviços com o seu salário, em média, do que o tanto que ele consegue produzir SOZINHO, tendo apenas a natureza à sua disposição.
2- Um comerciante não consegue enriquecer-se (por não ter "burros de carga" para explorar);
3- Uma empresa 100% automatizada teria necessariamente lucro zero (por não ter "burros de carga" para explorarem);
4- Toda a contratação de trabalhadores é necessariamente vantajosa ao empresário, de forma que o desemprego é zero e os trabalhadores são disputados a tapas. (já que o trabalhador sempre ganha menos do que o que efetivamente produz em uma empresa).
DEMONSTRANDO para mim essas 4 proposições, e outras mais que estão no tópico "Soma Zero", eu concordo e endosso completamente o que você disse sobre "é necessário os burros de carga para o empresário ter uma vida boa".
Por isso é que empresários gostam de eficientes funcionários burros de carga.
Da mesma forma que os trabalhadors/consumidores gostam de produtos de alta qualidade e baratos.
De graça não, mas muitas vezes por salários muito baixos , enquanto o proprietário, muitas vezes, leva uma vidona muito boa, vários funcionários levam uma vida cheia de privações.
Ou seja, um trabalhador conseguiria produzir sozinho, apenas com a natureza à sua disposição, mais produtos ou serviços do que os que ele consome com o salário médio que recebem, é isso?
Caso ache que sim, vá lá no tópico "Soma Zero" e exponha seus argumentos.
Não ! Da mesma forma que o dono também não conseguiria jamais produzir sozinho, apenas com a natureza à sua disposição, os produtos ou serviços que ele consome com o lucro médio que recebem !
Pode não conseguir tudo, mas consegue uma parte bem maior do que os trabalhadores. Por quê?
Porque com o dinheiro/bens que ele tem acumulado (originado na grande maioria das vezes de poupanças), ele pode comprar/encomendar/financiar/produzir artefatos que produzem muito mais produtos em menos tempo do que qualquer trabalhador jamais sonhou em conseguir produzir.
Quando ele põe essas máquinas para produzirem e contratam trabalhadores para ajudarem, a balanço entre "produtos que eu obtenho"/"produtos que eu conseguiria produzir sem a máquina" é muito mais favorável ao trabalhador do que à máquina/empresário, ou seja, o trabalhador ao final acaba desfrutando de mais bens do que conseguiria produzir sozinho sem a máquina que o empresário financiou com o seu dinheiro poupado.
Existem exceções, claro, e há muitos casos em que realmente houve/há exploração de mão-de-obra (atividades primárias com pouca ou nenhuma tecnologia, atividades "não-capitalistas", como as relações semi-feudais que vigoravam no Norte-Nordeste ou nos países comunistas, épocas ou lugares sem leis trabalhistas com excesso de mão-de-obra, como a Inglaterra no século XIX, etc). Mas a esmagadora maioria dos casos atuais leva mais vantagem do que desvantegem ao trabalhador. Basta você dar uma olhada nos bens que vo você possui e se imaginar produzindo todos eles sozinho, sem o capital poupado dos empresários.
OBS: a importância da poupança vem do fato dela ser um dinheiro "extra-consumo", ou seja, um dinheiro que serve para financiar o consumo das pessoas envolvidas na produção de bens que não serão imediatamente consumidos, mas servirão para a produção posterior de outros bens. Sem a poupança isso não é possível.
Tampouco conseguiria jamais produzir sozinho o que os burros de carga junto produzem para ele lucrar !
Então responda às postagens acima e vá lá no tópico "soma zero" defender essa tese da soma zero.
Para vários proprietários, os funcionários são apenas objetos que devem ser utilizados ao máximo.
É exatamente assim que pensa um prórietário de meio de produção que eu conheço muito bem.
O mesmo pensa os consumidores (na maioria trabalhadores) em relação aos empresários/comerciantes: são como vacas de leite que devem lhe fornecer o máximo de produtos/serviços da maior qualidade possível e com o menor preço possível. O mesmo pensamento egoísta que guia o empresário na contratação de trabalhadores guia esses mesmos trabalhadores na hora de fazer compras.
Ótimo! Então que não se digam que são benfeitores por "darem" empregos ! Assumam o que fazem !
Eu não vejo eles assumindo a posição de interesseiros materialistas que se lixam para pessoas, pelo contrário fazem discursos de benfeitores da sociedade !
Quero ver um empresário assumindo publicamente que o único interesse dele é o lucro pessoal dele e que usa os funcionários como objetos !
Qual será o corajoso que assumirá ??
Eu nunca vi ninguém dizer que arrisca seu dinheiro para gerar empregos para terceiros, sinceramente... TODA pessoa (com uma minoria insignificante de exceção) usa o dinheiro ou bens que possui para o seu próprio proveito, seja o empresário na hora de investir, seja o trabalhador na hora de se empregar e consumir. Nunca vi nenhum trabalhador dizendo que faz compras pensando no bem dos empresários que estão ofertando esses produtos, da mesma forma que não conheço nenhum empresário que diga que arrisca perder dinheiro apenas para gerar empregos para terceiros, ao menos como objetivo primordial.
Pelo que você acabou de dizer, conclui-se que
você acha as intenções mais importantes do que os resultados, ou seja, você preferiria trabalhar ganhando 10 dólares por mês em um país comunista (onde
teoricamente a intenção é o bem do trabalhador, que
teoricamente não seria explorado por ninguém) do que ganhar 500 dólares por mês em um país capitalista, sabendo que o empresário não lhe emprega "para o seu bem", como no país comunista. É isso?
Por outro lado, tem empresas que estão dependendo cada vez menos de mão-de-obra humana (e essa é a tendência para o futuro).
Tanto pior , pois assim nem o argumento (falso) de que fazem bondade ao gerarem empregos, eles terão .
Claro que sim, pois eles não gerarão mais empregos. Como ficará o argumento por você apresentado de que os trabalhadores "dão duro" para os empresários terem boa vida?
Numa situação fictícia como a de total substituição por máquinas em todas as atividades humanas, teríamos outros graves problemas e outros argumentos.
Mas se continuasse a haver uma concentração de meios de produção nas mãos de uma minoria, então continuaríamos a ter problemas de concentração de renda e riqueza ! E continuaríamos a ter excluídos e pobres.
A situação não é tão "fictícia" assim como você está tentando colocar... o desemprego estrutural é um problema bem presente na atualidade. Cada vez os empresários precisam menos dos trabalhadores. Apenas as atividades terciárias, onde as máquinas teoricamente não poderão substituir as pessoas tão cedo, empregarão no futuro.
A questão a ser colocada é: nessa situação, ficaria bastante difícil para um marxista explicar como os empresários espoliam os trabalhadores se nem sequer empregados estes últimos estriam nas fábricas dos primeiros.
A propriedade privada de meio de produção é um problema mais fundamental do que a exploração de mão-de-obra pelo proprietário, e na situação fictícia acima colocada ela continuaria a existir , ok ?
Bom...enquanto o dinheiro que você juntar debaixo do seu colchão for considerado seu de direito, e enquanto você tiver liberdade para comprar, encomendar, financiar ou até mesmo produzir "meios de produção" com o mesmo... não há escapatória...o que você considera "problema" é inevitável.
Para mim, o problema maior é a pobreza/miséria. Enquanto você aparentemente prefere um mundo de miséria, desde que não haja propriedade privada (como nos países cuministas, por exemplo), eu prefiro um mundo de riqueza e prosperidade, independente da propriedade privada ou não.