Esta seleçâo é casual ou proposital?Se casual entâo ela opera com base na enorme multiplicidade de fatores infinitesimais básicos do universo.Se proposital,evidentemente é efeito de uma mente inteligente.
Atheist, o Projeto Evoluindo precisa de um texto explicando o que é seleção natural.
Seleção natural não ocorre aleatoriamente. Seria aleatória se ocorresse com "qualquer ser". Mas não, ela ocorre com o ser que possui as características mais adaptadas ao ambiente.
Veja esse exemplo:
Eis um exemplo simples de como a selecção natural funciona. Imagina uma população de zebras que têm todas a mesma velocidade máxima. Não podem correr a mais de 60 km/h. Agora imagina que aparece uma inovação na população. Dá-se uma mutação ― uma alteração nos genes de uma zebra ― que permite a essa zebra inovadora correr mais depressa ― digamos, a 65 km/h. Supõe que correr mais depressa é vantajoso, porque uma zebra rápida tem menos probabilidades de ser apanhada e comida por um predador do que uma lenta. Correr mais depressa eleva a aptidão do organismo ― a sua capacidade para sobreviver e reproduzir-se.
Se a velocidade de corrida for transmitida pelos progenitores à descendência, o que acontecerá? O que ocorrerá (provavelmente) é que a zebra rápida terá mais descendentes que a média das zebras lentas. Como consequência, a percentagem de zebras rápidas aumenta. Na geração seguinte, as zebras rápidas gozam da mesma vantagem, e assim a característica de ser rápida aumentará outra vez em frequência. Ao fim de muitas gerações, contamos que todas as zebras tenham esta nova característica. Inicialmente, todas as zebras corriam a 60 km/h. Depois do processo de selecção ter-se dado, todas correm a 65 km/h.
Assim, o processo dá-se em dois estágios. Primeiro, ocorre uma nova mutação, criando a variação sobre a qual a selecção natural actua. Depois, a selecção natural opera mudando a composição da população:
Início Depois → Fim
100% corre Uma mutante nova 100% corre
a 60 km/h. Corre a 65 km/h; a 65 km/h.
o resto corre a
60 km/h.
Podemos resumir o funcionamento deste processo dizendo que a selecção natural ocorre numa população de organismos quando existe variação herdada na aptidão. Analisemos o que isto significa. Os organismos têm de variar; se todos os organismos fossem o mesmo, não haveria variantes entre os quais seleccionar. Mais ainda, as variações têm de ser transmitidas pelos progenitores aos descendentes. Esta é a exigência de herança. Por último, tem de ser verdade que as características variáveis numa população afectam a adaptação de um organismo ― as suas possibilidades de sobreviver e reproduzir-se. Se estas três condições forem preenchidas, a população evolui. Quero dizer com isto que a frequência de características mudará.
A ideia de selecção é na verdade muito simples. O que Darwin fez foi mostrar como esta ideia simples tem muitas implicações e aplicações. A mera afirmação desta ideia simples não teria convencido ninguém de que a selecção natural é a explicação correcta da diversidade da vida. O poder da ideia vem das numerosas aplicações detalhadas.
Repara que a introdução de novas características numa população é uma pré-condição para que a selecção natural ocorra. Darwin não tinha uma imagem muito exacta de como estes novos traços surgem. Ele teorizou a este respeito, mas não chegou a nada com importância duradoura. Foi só mais tarde no século dezanove que Mendel começou a resolver este ponto. As mutações genéticas, compreendêmo-lo agora, são a fonte da variação de que depende a selecção natural.
Repara que a pequena história que contei descreve uma mudança um tanto modesta que ocorre dentro de uma espécie de zebras. Uma única espécie de zebras passa de uma velocidade de corrida para outra. Contudo, o livro de Darwin chamava-se A Origem das Espécies. Como é que a mudança numa espécie ajuda a explicar o surgimento de novas espécies ― da especiação?
A seleção natural funciona como um funil:

Veja como a seleção natural ocorre no dia-a-dia:
a) A resistência de insetos ao DDT
Considere o seguinte problema. Um fazendeiro estando às voltas com grande quantidade de moscas que infestavam seus estábulos procurou alguma droga que as exterminasse. Como dispunha de DDT, passou a pulverizar o inseticida nos locais onde eram encontrados os insetos. Os resultados, de início, foram ótimos. Desapareceram por completo os invasores. Após certo tempo, porém, verificou-se o ressurgimento das moscas, de início em pequena quantidade, o que provocou novas pulverizações dos estábulos. Notou-se, entretanto, que as moscas aumentavam em número, a despeito de se estar utilizando quantidades crescentes do inseticida.
A análise do problema em questão evidencia um grupo de indivíduos de certa espécie, moscas, existindo em duas situações diferentes: estábulos sem e com DDT. Em ambas as situações, verificou-se a existência de uma população desses insetos.
Pode-se dizer que isso resultou da existência prévia de dois tipos de moscas: as sensíveis ao DDT, numerosas de início, e as resistentes, pouco abundantes. A aplicação do inseticida favoreceu as poucas moscas resistentes, que sobreviveram e se reproduziram, fazendo que ao longo de algumas gerações, novamente aumentasse a população desses insetos nos estábulos. Evidentemente, a “resistência ao inseticida” corresponde a um caráter determinado pela existência de genes que conferem a algumas moscas a capacidade de resistir a certa droga produzida pelo homem. As sensíveis, desprovidas de tais genes, acabam morrendo. As resistentes transmitem seus genes aos seus descendentes. E, assim, a população de moscas como um todo se adapta ao ambiente que foi pulverizado com DDT. Portanto, a persistência de moscas nos estábulos, a despeito de mudanças ocorridas no ambiente com a pulverização do inseticida, mostra um ajuste do grupo com o meio permitido pela existência prévia de indivíduos resistentes.
Tudo se passa como se os organismos em questão fossem capazes de se modificar em resposta a uma mudança ambiental. Na realidade, não houve modificação dos organismos em si. O que sofreu mudança foi o grupo de indivíduos. Em outras palavras, um grupo de indivíduos não resistentes foi substituído por outro grupo de indivíduos, agora resistentes. Os dois grupos pertencem à mesma espécie, e é nesse sentido que podemos dizer que houve “adaptação” (adequação, modificação da composição do grupo em resposta a uma mudança do ambiente).
b) A resistência de bactérias aos antibióticos
O problema da resistência bacteriana a antibióticos caracteriza um caso de adaptação de um grupo de organismos frente a mudanças ambientais. À medida que antibióticos são inadequadamente utilizados no combate a infecções causadas por bactérias, o que na realidade se está fazendo é uma seleção de indivíduos resistentes a determinado antibiótico. Sendo favorecidos, os indivíduos resistentes, pouco abundantes de início, proliferam, aumentando novamente a população de microorganismos.
c) A coloração protetora das mariposas
Em meados do século passado, a população de certo tipo de mariposa nos arredores de Londres era constituída predominantemente por indivíduos de asas claras, embora entre elas se encontrassem algumas de asas escuras. A explicação para esse fato fica lógica se lembrarmos que nessa época os troncos das árvores eram recobertos por certo tipo de vegetais, os líquenes, que conferiam-lhes uma cor acinzentada. Na medida em que a industrialização provocou aumento de resíduos poluentes gasosos, os troncos das árvores passaram a ficar escurecidos, como conseqüência da morte dos líquenes e do excesso de fuligem. Nessa região, passou a haver predominância de mariposas de asas escuras, o que denota outro caso de adaptação de um grupo de indivíduos frente a uma mudança ambiental. Procure entender a semelhança existente entre esses dois exemplos de adaptação e o exemplo da resistência de insetos a inseticidas.
Referências:
http://ateus.net/artigos/ciencias/a_evolucao_biologica.htmlhttp://www.filedu.com/esoberevolucaoecriacionismo.html