Autor Tópico: O que é falseável no Evolucionismo (subdivido de "Evolu  (Lida 23684 vezes)

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Offline JJ

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Re:O que é falseável no Evolucionismo (subdivido de "Evolu
« Resposta #150 Online: 14 de Abril de 2015, 16:42:53 »
E como isso prova qualquer coisa?


Não prova, é apenas didático e ilustrativo.



Offline -Huxley-

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Re:O que é falseável no Evolucionismo (subdivido de "Evolu
« Resposta #151 Online: 14 de Abril de 2015, 21:52:18 »
A ciência fornece evidência para o que não é observável. A ausência do tipo de observabilidade que os anti-evolucionistas exigem e acreditam que seja indispensável para que haja cientificidade e forte corroboração de teoria não significa muita coisa. Dois textos para esclarecer o assunto...

Citar

http://www.evoluindo.biociencia.org/prova.htm (texto do finado site do Biociencia)

Prova científica?

Douglas Theobald, PhD, 2003.

O que se entende por evidência científica e prova científica? Na verdade, a ciência não pode estabelecer "verdade" ou "fato" no sentido em que um enunciado científico pode ser inquestionável. Todos os enunciados científicos e conceitos estão abertos à reavaliação conforme novos dados são adquiridos e novas tecnologias emergem. Uma "prova", então, só existe no reino da matemática e da lógica. Quer dizer, nós freqüentemente ouvimos mencionar "prova" em um contexto científico, e existe um sentido que denota "fortemente suportado por meios científicos". Mesmo que alguém ouça "prova" em situações como estas, é um uso descuidado e inexato do termo. Conseqüentemente, exceto em relação à matemática, esta é a última vez que você vai ler o termo "prova" neste artigo.


Senso comum não é ciência

Apesar da ciência formalmente não estabelecer uma verdade absoluta, ela pode fornecer impressionantes evidências a favor de certas idéias. Freqüentemente estas idéias não são óbvias, e normalmente elas confrontam com o senso comum. O senso comum nos diz que a Terra é chata, que o Sol realmente nasce e se põe, que a superfície da Terra não está girando a mais de 1000 milhas por hora, que as bolas de boliche caem mais depressa que bolas de gude, que partículas não se curvam na extremidade como ondas ao redor de uma doca flutuante, que os continentes não se movem, e que os objetos mais pesados que o ar não podem sustentar vôo a menos que batam asas. Entretanto, a ciência tem sido utilizada para demonstrar que todas essas idéias do senso comum estão erradas.


A ciência fornece evidência para o que não é observável

A função primária da ciência é demonstrar a existência de fenômenos que não podem ser observados diretamente. A ciência não precisa nos mostrar coisas que não podemos ver com nossos olhos. A observação direta não é somente desnecessária para a ciência; a observação direta é, de fato, normalmente impossível para coisas que realmente importam. Por exemplo, as descobertas mais importantes da ciência só podem ser inferidas via observação indireta, incluindo coisas como átomos, elétrons, vírus, bactérias, germes, ondas de rádio, raios-X, luz ultravioleta, energia, entropia, entalpia, fusão solar, genes, enzimas, e a dupla hélice do DNA. A forma arredondada da Terra não foi observada diretamente por humanos até 1961, já o conceito contraintuitivo tem sido considerado um fato científico há mais de 2000 anos. A hipótese de Copérnico de que a Terra órbita o Sol tem sido reconhecida desde os tempos de Galileu, embora ninguém tivesse observado o processo até hoje, e a despeito do fato de que a observação direta indica o exato oposto. Todas estas inferências "invisíveis" foram elucidadas utilizando-se o método científico. Quando o termo "evidência" é usado neste artigo, é estritamente no contexto deste método científico.

O método científico: mais que mera experimentação

O que é o método científico? Esta é uma pergunta complexa e contenciosa, e o campo de investigação conhecido como filosofia da ciência está comprometido em iluminar a natureza do método científico. Provavelmente o filósofo da ciência mais influente do século XX foi Sir Karl Popper. Outros notáveis são Thomas Kuhn, Imre Lakatos, Paul Feyerabend, Paul Kitcher, A. F. Chalmers, Wesley Salmon e Bas C. van Fraassen. Este não é o lugar para nos aprofundarmos na explicação das várias filosofias representadas por estes pensadores; para mais informação, eu sugiro a vocês seus trabalhos e a discussão apresentada por John Wilkins em sua FAQ em Evolução e Filosofia. Pessoalmente eu emprego uma visão experimentalista e comparativa Bayesiana do método científico (Salmon, 1990; Mayo, 1996), e será através desta que eu apresentarei as evidências para origem comum.

Agora vamos responder a questão "O que é o método científico?" - muito simplificadamente (e um pouco infantil), o método científico é um programa para pesquisa que compreende quatro passos principais. Na prática estes passos seguem mais uma ordem lógica que cronológica:

1 - fazer observações;
2 - formar uma hipótese testável para explicar as observações;
3 - deduzir predições a partir das hipóteses;
4 - buscar confirmações das predições; se as predições contradizem a observação empírica, volta-se ao passo 2.

Uma vez que os cientistas estão constantemente fazendo novas observações e testando através daquelas observações, os quatro passos são normalmente praticados ao mesmo tempo. Novas observações, embora não preditas, podem ser explicáveis retrospectivamente pela hipótese. Novas informações, especialmente detalhes de alguns processos previamente não compreendidos, podem impor novos limites à hipótese original. Então, novas informações, combinadas com uma hipótese antiga, freqüentemente leva a novas predições que podem ser testadas mais tarde.

O exame do método científico revela que a ciência envolve muito mais que empirismo crédulo. Pesquisas que envolvem somente observações, repetições e medidas não são suficientes para contar como ciência. Estas 3 técnicas são meramente parte do processo de fazer observações (passo 1, acima). Astrólogos, wiccas, alquimistas e xamãs observam, repetem e medem - mas eles não fazem ciência. O que distingue a ciência é claramente o modo como as observações são interpretadas, testadas e utilizadas.


A hipótese testável

A característica que define a ciência é o conceito da hipótese testável. Uma hipótese testável deve fazer predições que podem ser validadas por observadores independentes. Por "testável" queremos dizer que as predições devem incluir exemplos do que deve e o que não deve ser observado se a hipótese for verdadeira. Uma hipótese que pode explicar todas as observações possíveis e os dados não são testáveis, não é científica. Uma boa hipótese científica deve rejeitar algumas possibilidades concebíveis, pelo menos em princípio. Além disso, uma explicação científica precisa fazer predições de risco - as predições deveriam ser necessárias se a teoria estiver correta, e poucas outras teorias deveriam fazer as mesmas predições necessárias. Estes requisitos científicos são a essência da falseabilidade e corroboração de Popper.

Por exemplo, a hipótese solipsista de que o universo todo é na verdade uma invenção de sua imaginação não é uma hipótese científica. O solipsismo não faz predições específicas ou de resco, simplesmente prediz que as coisas são "como elas são". Nenhuma observação possível poderia conflitar com o solipsismo, uma vez que todas as observações sempre podem ser explicadas como simplesmente outra criação de nossa imaginação. Muitos outros exemplos extremos podem ser pensados, como a hipótese de que o universo surgiu subitamente no todo, cinco minutos atrás, com todas as nossas memórias de eventos anteriores intactas. Em geral, criacionismo e "projeto inteligente" (ID) falham cientificamente por estas mesmas razões, uma vez que ambos podem facilmente explicar todas as observações biológicas possíveis, uma vez que não há predições arriscadas nem específicas.

Em contraste, a teoria científica da gravitação universal de Newton prediz que a força entre duas massas deve ser inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas (também conhecida como "lei do quadrado inverso"). A princípio, nós podemos tomar as medidas que indicam que a força é realmente inversamente proporcional ao cubo da distância. Tal observação seria inconsistente com a predição da teoria da gravitação universal de Newton, e desta forma, a teoria é falseável. Anti-evolucionistas, como os criacionistas "científicos", são especialmente fãs de Karl Popper e seu critério de falseabilidade, e são bem conhecidos por afirmar que a teoria evolutiva não é científica porque não pode ser falseada. Neste artigo, estas acusações são desmascaradas. Cada uma das evidências apontadas para a origem comum contém uma seção mostrando exemplos de potenciais refutações, isto é, exemplos de observações que são previstos como não observáveis caso a teoria esteja correta.


Graus de testabilidade: hipóteses, teorias, fatos

A testabilidade não é um conceito este-ou-aquele; algumas hipóteses são mais testáveis que outras. Ao contrário do que alguns anti-evolucionistas argumentam, nem todas as hipóteses são igualmente válicas como "interpretações" científicas da evidência. Algumas hipóteses tem mais sussesso em termos de método científico. Baseado no método científico, uma hipótese que simplesmente e elegantemente explica os fatos observados, que prediz muitos fenômenos previamente não observados, e que resiste a muitas refutações potenciais é considerada uma hipótese válida e útil. Da perspectiva Bayesiana e de acordo com as medidas de corroboração de Popper, a melhor hipótese disponível é aquela que explica a maioria dos fatos com poucas suposições. É aquela que faz a maioria das predições que são confirmadas, e aquela que é mais aberta a testes e refutações.

Na prática científica, uma hipótese superior e bem suportada será considerada uma teoria. Uma teoria é aquela que resistiu ao teste do tempo e a coleção de novos dados tende a torna-la um fato científico. Um exemplo é a antes mencionada noção heliocêntrica do sistema solar. Antigamente era uma mera hipótese. Embora seja ainda uma teoria formalmente bem suportada, validada por muitas linhas independentes de evidências, atualmente é amplamente reconhecida como um fato científico. Ninguém jamais observou diretamente um elétron, uma fusão estelar, ondas de rádio, entropia, ou a Terra girando em torno do Sol, no entanto estes são todos fatos científicos. Como Stephen J. Gould dizia, um fato científico não é uma "certeza absoluta", mas simplesmente uma teoria que tem sido "confirmada em tal grau que seria perverso reter o consentimento provisório".


Testar envolve uma totalidade de evidências e estatísticas

A validade de uma hipótese não permanece ou cai baseada em apenas algumas confirmações ou contradições, mas na totalidade da evidência. Freqüentemente os dados que inicialmente poderiam ser vistos como inconsistentes com a teoria, na realidade levarão a novas e importantes predições. A história da física de Newton é um exemplo claro. O movimento anormal de Urano foi inicialmente considerado uma refutação potencial da nova teoria de Newton. Entretanto, pelo argumento da existência de um planeta não visto, a anomalia foi explicada dentro do paradigma de Newton. Em geral, uma explicação para um comportamento anômalo deve ser considerado "ad hoc" a menos que seja verificado independentemente. Apresentar a posição de um novo e não visto planeta pode ser considerado um escape se não houver nenhuma maneira independente de detectar se um novo planeta realmente existe. Todavia, quando a tecnologia avançou o suficiente para testar a nova predição, o planeta não visto foi encontrado e chamado de Netuno.

A lição que se deve aprender é que explicações alternativas para "anomalias" devem ser tratadas como qualquer outra hipótese: devem ser pesadas, testadas e eliminadas ou confirmadas. Mas uma hipótese não pode ser considerada refutada até que seus testes produzam muitas linhas de evidências positivas indicando que a hipótese é realmente inconsistente com os dados empíricos.

Um ponto relacionado e crucial é que as teorias científicas modernas são probabilísticas. Isto significa que todos os testes de predições científicas são conduzidos em um sistema estatístico. A probabilidade e a estatística impregnam as teorias científicas modernas, incluindo a termodinâmica (mecânica estatística), geologia, mecânica quântica, genética e medicina. A matemática da probabilidade é uma disciplina que muitas pessoas acham, eu diria, desagradável. Entretanto, um bom conhecimento em estatística é absolutamente essencial para julgar a relação entre os dados observados e as predições de uma teoria.

Referências:

Chalmers, A. F. (1982) What is this thing called Science? Queensland, Australia, University of Queensland Press.

Stephen J. Gould (1981) "Evolution as Fact and Theory." Discover. May issue.

Kuhn, T. (1970) The Structure of Scientific Revolutions.

Lakatos, I. (1974) "Falsification and the Methodology of Scientific Research Progammes." Criticism and the Growth of Knowledge. I. Lakatos and A. Musgrave. Cambridge, Cambridge University Press: 91-196.

Mayo, D. (1996) Error and the Growth of Experimental Knowledge. Chicago, University of Chicago Press.

Popper, K. R. (1968) The Logic of Scientific Discovery. London, Hutchinson.

Salmon, W. (1990) "Rationality and Objectivity in Science, or Tom Kuhn meets Tom Bayes." Scientific Theories. C. W. Savage. Minneapolis, University of Minnesota Press. 14.

von Fraassen, B. C. (1980) The Scientific Image. Oxford, Clarendon Press.


No artigo acima, quando Theobald diz "Neste artigo... Cada uma das evidências apontadas para a origem comum contém uma seção mostrando exemplos de potenciais refutações", é preciso ver o artigo em inglês completo para entender o que ele está dizendo: http://www.talkorigins.org/faqs/comdesc/

Trecho do artigo do Mark Isaac "Cinco grandes Equívocos sobre Evolução" (http://ateusdobrasil.com.br/cinco-grandes-equivocos-sobre-evolucao/ ):

Citar

“A evolução nunca foi observada”.

Os biólogos definem a evolução como a mudança no conjunto de genes de uma população ao decorrer do tempo. Um exemplo é o dos insetos desenvolvendo resistência a pesticidas num período de poucos anos. Mesmo a maioria dos criacionistas reconhece que a evolução nesse nível é um fato. O que eles não reconhecem é que essa taxa de evolução é o bastante para produzir toda diversidade de todos os seres vivos a partir de um ancestral comum.

A origem de novas espécies pela evolução também foi observada, tanto em laboratório quanto na natureza. Veja, por exemplo Weinberg, J.R., V.R. Starczak, and D. Jorg, 1992, "Evidence for rapid speciation following a founder event in the laboratory." Evolution 46: 1214-1220. A seção "Observed Instances of Speciation" (“Ocorrências de especiação observadas”), nos arquivos do talk.origins, apresenta vários exemplos adicionais.

Mesmo sem essas observações diretas, seria um engano dizer que a evolução não foi observada. A evidência não é limitada a ver algo acontecendo diante de seus olhos. A evolução permite fazer previsões sobre o que nós esperaríamos ver no registro fóssil, anatomia comparada, seqüências genéticas, distribuição geográfica de espécies, etc., e essas previsões foram verificadas diversas vezes. O número de observações corroborando a evolução é arrebatador.

O que não foi observado é um animal abruptamente transformando-se em um outro radicalmente diferente, como um sapo transformando-se em uma vaca. Isso não é um problema para a evolução pois não é proposto nada nem remotamente parecido com isso. Na verdade, se alguma vez observássemos um sapo transformar-se numa vaca, isso seria uma evidência muito forte contra a evolução.
« Última modificação: 14 de Abril de 2015, 22:25:16 por -Huxley- »

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Re:O que é falseável no Evolucionismo (subdivido de "Evolu
« Resposta #152 Online: 15 de Abril de 2015, 04:27:05 »
Eu tinha lamentavelmente já presenciado esse absurdo incomensurável antes, mas tinha que fazer uma localização.



Pode fazer piadinha,  mas a verdade é que e a teoria da deriva continental apresentada em 1915 por Alfred Wegener (que é uma das bases da tectônica de placas) levou várias décadas para ser aceita e considerada verdadeira. Só na década de 60 é  que ela foi bem aceita e considerada verdadeira na comunidade cientifica.

E isto após décadas de exames por especialistas.  Se especialistas demoraram décadas para aceitá-la, certamente não era algo tão evidente como alguns leigos poderiam achar e afirmar.





Tanta teoria em ciência mais polêmica que tectônica, pô. Tá parecendo duas criança discutindo que bolinha de gude é pedra priciosa.


Pois saiba que a deriva dos continentes que é fundamental na teoria da tectônica de placas levou cerca de 4 décadas para ser aceita.  Interessante você achar que ela é óbvia/evidente, enquanto os especialistas não acharam durante décadas.
Obviedades como a esfericidade da Terra por exemplo, demoraram uma eternidade até que  Eratóstenes a demonstrasse mas nem isso impediu que "especialistas" posteriores ignorassem o fato.
Perfeito encurralamento dos " "especialistas" "! É esse o "argumento" do jotajota, nada mais. Um argumento totalmente furado.

E nem foi só "ignorarem o fato". Se fosse, já seria bom demais. Vamos verificar de que tipo de 'fibra' se compõem esses "especialistas". O que eu queria localizar é justamente o que me permitirá redemonstrar como um fato pode servir a um 'senhor' (de fato e de fatos) e aos crentes:

../forum/topic=27200.25.html#msg723318

Separo o pequeno trecho pertinente aqui:

O seu ponto de vista, enquanto especulação, não interessa, pois como já disse, a Ciência é impessoal e exigente.
É... Sei... A "Ciência", isto é, o "consenso da comunidade".

É... A tal "Ciência" foi muito exigente com Alfred Wegener, Boltzmann e Christofilos, para citar exemplos mais recentes, já adentrado a "maravilhosa época moderna do divino método infalível acima de contestação". Estúpida de tão "exigente". Mas era "o ponto de vista da rigorosidade"... Wegener morreu e levaram 40 anos para reconhecer, não que ele estava certo, mas que as evidências físicas já eram muito mais que suficientes já antes da época dele. Infelizmente, a "comunidade" sacerdotal é obtusa demais para reconhecer fatos banais pois suas crenças pessoais fazem necessária uma quantidade muito maior de evidências empíricas que o realmente necessário.

Vá dizer a eles, você, que gosta tanto da comunicação espiritual (e leva a coisa mesmo a sério pelo que se percebe aqui), que o "ponto de vista deles não interessa", "enquanto especulação".

Foram todos comprovados empiricamente, como só pode ser. Infelizmente, a comprovação empírica já era muito clara e suficiente muito antes, mas a "rigorosidade" da "comunidade" é um filtro "muito muito bom"; para atravancar o desenvolvimento.

Uma diferença clara entre um crente e um descrente é que, para o descrente, basta uma evidência para ele aceitar; para o crente, nenhuma quantidade, tão grande seja, basta, ...ou nenhuma já é suficiente! Crentes são máquinas fantásticas e a isso se deve admirar!

O que exponho com isto é que usei o mesmo caso para evidenciar o contrário aqui "argumentado". E é preciso esclarecer que os "especialistas" não ficaram décadas debruçados analisando o óbvio e negando-o enquanto não chegassem a um 'veredicto'. Eram apenas imbecis que desconsideravam completamente nem que fosse a remota possibilidade de que Wegener estivesse certo, até que, basicamente, uma descoberta desconcertante no fundo do mar os obrigou a olhar de novo. Ocorreu também muito do processo por primeira vez avistado por Voltaire quando apontou no prefácio à tradução dos 'Princípios' do indescritível Newton que a mecânica newtoniana teve que esperar a "geração dos erros de Descartes" morrer para ser acolhida, coisa muito comum. O que fixou aqueles ineptos foi o ranço da religiosidade fixista estúpida que contamina tudo. É simplesmente ridículo não enxergar o óbvio, mas esse é o trabalho fundamental dos pensadores mágicos.

Offline Derfel

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Re:O que é falseável no Evolucionismo (subdivido de "Evolu
« Resposta #153 Online: 15 de Abril de 2015, 08:30:49 »
No Havaí se observa a tectônica de placas em ação.
Observa-se um fenômeno atribuído a tectônica de placas, e mesmo assim note que eu estava me referindo especificamente a suposta tectônica de placas no éon Proterozoico, conforme foi a pergunta do Geotecton.

O que é que, no seu ponto de vista, compõe o 'todo' da Tectônica de Placas?

P.S.

Na parte da noite eu farei a réplica de suas respostas ponto-a-ponto.


Eu imagino que o Derfel tenha se referido a atividade vulcânica  da ilha, a qual pode ser facilmente observada, já o movimento da placa não pode ser facilmente observado. E note ainda que o exemplo do Derfel é atual, é no presente, enquanto a sua pergunta se referia a algo longínquo num  passado distante.




Não apenas, mas também o movimento da própria plzca pode ser observado por lá (a placa onde se assentao Havaí afasta-se cerca de 13 cm ao ano para o oeste).
http://www.oceanario.pt/cms/1281/

E não só isso, mas também o Himalaia, que cresce cerca de 4 mm por ano por causa da colisão das placas.
http://noticias.terra.com.br/ciencia/crescimento-do-himalaia-aumenta-temor-por-forte-terremoto,c198962f137ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html

Offline JJ

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Re:O que é falseável no Evolucionismo (subdivido de "Evolu
« Resposta #154 Online: 16 de Abril de 2015, 08:47:40 »
No Havaí se observa a tectônica de placas em ação.
Observa-se um fenômeno atribuído a tectônica de placas, e mesmo assim note que eu estava me referindo especificamente a suposta tectônica de placas no éon Proterozoico, conforme foi a pergunta do Geotecton.

O que é que, no seu ponto de vista, compõe o 'todo' da Tectônica de Placas?

P.S.

Na parte da noite eu farei a réplica de suas respostas ponto-a-ponto.


Eu imagino que o Derfel tenha se referido a atividade vulcânica  da ilha, a qual pode ser facilmente observada, já o movimento da placa não pode ser facilmente observado. E note ainda que o exemplo do Derfel é atual, é no presente, enquanto a sua pergunta se referia a algo longínquo num  passado distante.



Não apenas, mas também o movimento da própria plzca pode ser observado por lá (a placa onde se assentao Havaí afasta-se cerca de 13 cm ao ano para o oeste).
http://www.oceanario.pt/cms/1281/

E não só isso, mas também o Himalaia, que cresce cerca de 4 mm por ano por causa da colisão das placas.
http://noticias.terra.com.br/ciencia/crescimento-do-himalaia-aumenta-temor-por-forte-terremoto,c198962f137ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html


Note que eu escrevi   "facilmente observado",  a atividade vulcânica é realmente facilmente observada, pois não é necessário instrumentos sofisticados para isso, na verdade ela pode ser observada sem instrumentos, qualquer turista pode observá-la. 

Já um movimento de 13 cm por ano não é nada fácil de ser observado...

A mesma coisa se pode dizer de um aumento de 4 mm por ano na altura do Himalaia...

Aliás faço a pergunta quais  os instrumentos que conseguem detectar  4 mm de aumento por ano numa montanha que tem 8,84 x 10^6 mm de altura ?




« Última modificação: 16 de Abril de 2015, 08:53:33 por JJ »

Offline DDV

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Re:O que é falseável no Evolucionismo (subdivido de "Evolu
« Resposta #155 Online: 16 de Abril de 2015, 09:37:05 »
Como conseguem medir a massa de um planeta ou estrela distantes?

Como conseguem saber a composição química de estrelas a centenas de anos-luz?

Como conseguem medir a dilatação do tempo devido ao efeito relativístico?

Como detectar o neutrino?



Eu não sei como fazem essas coisas. Tenho 2 opções:


- Pesquisar ou perguntar a quem sabe;

- Questionar a veracidade  delas por aí sem procurar antes saber.
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline JJ

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Re:O que é falseável no Evolucionismo (subdivido de "Evolu
« Resposta #156 Online: 16 de Abril de 2015, 09:50:44 »
Como conseguem medir a massa de um planeta ou estrela distantes?


Eu não sei como fazem essas coisas. Tenho 2 opções:


- Pesquisar ou perguntar a quem sabe;



Pois é, e o que eu fiz ? 

Eu perguntei.   



Offline JJ

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Re:O que é falseável no Evolucionismo (subdivido de "Evolu
« Resposta #157 Online: 16 de Abril de 2015, 10:04:58 »

Alguém aqui sabe quais os instrumentos que conseguem detectar  4 mm de aumento por ano numa montanha que tem 8,84 x 10^6 mm de altura ?





Offline Geotecton

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Re:O que é falseável no Evolucionismo (subdivido de "Evolu
« Resposta #158 Online: 16 de Abril de 2015, 10:22:27 »

Alguém aqui sabe quais os instrumentos que conseguem detectar  4 mm de aumento por ano numa montanha que tem 8,84 x 10^6 mm de altura ?

Teodolitos com laser.
Foto USGS

Offline Lorentz

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Re:O que é falseável no Evolucionismo (subdivido de "Evolu
« Resposta #159 Online: 16 de Abril de 2015, 10:23:59 »

Alguém aqui sabe quais os instrumentos que conseguem detectar  4 mm de aumento por ano numa montanha que tem 8,84 x 10^6 mm de altura ?






Eu já vi em algum documentário que são utilizados sensores posicionados em pontos específicos da montanha, mas não sei como é medido. Eu acho que era GPS, mas duvido que seja preciso o suficiente. Talvez seja um tracking por LASER com algum outro sensor posicionado ao nível do mar.

EDIT:

O Geo respondeu antes.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline JJ

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Re:O que é falseável no Evolucionismo (subdivido de "Evolu
« Resposta #160 Online: 16 de Abril de 2015, 10:46:11 »

Alguém aqui sabe quais os instrumentos que conseguem detectar  4 mm de aumento por ano numa montanha que tem 8,84 x 10^6 mm de altura ?

Teodolitos com laser.


E a mudança de posição de 13 cm citada pelo Derfel por ano é medida com equipamentos de GPS de alta precisão ? 

E antes do GPS, como (com quais instrumentos) e quando foi a primeira vez que conseguiram medir a deriva do continente americano (América do Sul)  em relação ao continente africano ?


« Última modificação: 16 de Abril de 2015, 10:50:03 por JJ »

Offline _Juca_

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Re:O que é falseável no Evolucionismo (subdivido de "Evolu
« Resposta #161 Online: 16 de Abril de 2015, 18:01:35 »
No Havaí se observa a tectônica de placas em ação.
Observa-se um fenômeno atribuído a tectônica de placas, e mesmo assim note que eu estava me referindo especificamente a suposta tectônica de placas no éon Proterozoico, conforme foi a pergunta do Geotecton.

O que é que, no seu ponto de vista, compõe o 'todo' da Tectônica de Placas?

P.S.

Na parte da noite eu farei a réplica de suas respostas ponto-a-ponto.


Eu imagino que o Derfel tenha se referido a atividade vulcânica  da ilha, a qual pode ser facilmente observada, já o movimento da placa não pode ser facilmente observado. E note ainda que o exemplo do Derfel é atual, é no presente, enquanto a sua pergunta se referia a algo longínquo num  passado distante.



Não apenas, mas também o movimento da própria plzca pode ser observado por lá (a placa onde se assentao Havaí afasta-se cerca de 13 cm ao ano para o oeste).
http://www.oceanario.pt/cms/1281/

E não só isso, mas também o Himalaia, que cresce cerca de 4 mm por ano por causa da colisão das placas.
http://noticias.terra.com.br/ciencia/crescimento-do-himalaia-aumenta-temor-por-forte-terremoto,c198962f137ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html


Note que eu escrevi   "facilmente observado",  a atividade vulcânica é realmente facilmente observada, pois não é necessário instrumentos sofisticados para isso, na verdade ela pode ser observada sem instrumentos, qualquer turista pode observá-la. 

Já um movimento de 13 cm por ano não é nada fácil de ser observado...

A mesma coisa se pode dizer de um aumento de 4 mm por ano na altura do Himalaia...

Aliás faço a pergunta quais  os instrumentos que conseguem detectar  4 mm de aumento por ano numa montanha que tem 8,84 x 10^6 mm de altura ?






4mm por ano
10 ano 4cm
100 anos 40 cm
1000 anos 4 m
100.000 4 mil metros

Essa conta está certa? Em um espaço relativamente pequeno de tempo o himalaia não iria sucumbir sobre seu próprio peso?

Ed.: Opa errei, para chegar aos 4 mil metro precisaria de 1 milhão de anos. 100.000= 400m
« Última modificação: 16 de Abril de 2015, 18:04:16 por _Juca_ »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:O que é falseável no Evolucionismo (subdivido de "Evolu
« Resposta #162 Online: 16 de Abril de 2015, 18:17:38 »

Alguém aqui sabe quais os instrumentos que conseguem detectar  4 mm de aumento por ano numa montanha que tem 8,84 x 10^6 mm de altura ?

Teodolitos com laser.

Como isso permite eliminar a possibilidade de um afundamento de 4mm na base, ou uma situação intermediária?


Acho que só "a longo prazo"... ou não? :hein:

Offline Geotecton

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Re:O que é falseável no Evolucionismo (subdivido de "Evolu
« Resposta #163 Online: 16 de Abril de 2015, 22:05:23 »
A essência de minha resposta ao forista JJ já foi (muito bem) fornecida pelos foristas Buckaroo Banzai, DDV, -Huxley- e Pedro Reis. Então eis o pouco que tenho a acrescentar:

Antes de eu responder, eu pergunto, novamente: O que você acha sobre a teoria de que houve Tectônica de Placas no início do éon Proterozóico ?
Acho que a teoria de que houve Tectônica de Placas no início do éon Proterozóico:
Para que não existam dúvidas e não fiquemos perdendo tempo em delimitar aspectos importantes, eu ainda pergunto:

1) Não é observável/ o fenômeno que ela afirma ter ocorrido não é observável;
Explique o que você entende por "fenômeno não observável"?
Por fenômeno quis dizer que é algo perceptível aos sentidos, especialmente a visão, e por observável é simplesmente que pode ser visto acontecendo. E obviamente supostos fenômenos de 200 milhões, ou mais, anos atrás não podem ser vistos acontecendo.

Todos os fatos pré-históricos ou não foram observados ou não foram relatados. Isto não representa, no entanto, um empecilho para uma formulação teórica científica e verificável para fenômenos e processos que ocorreram na Natureza, mesmo os de um passado longínquo.

De onde você tirou esta ideia de que verificabilidade implica em 'observação humana direta in loco'?


2) Não é passível de experimentação;
Porquê?
É possível fazer um experimento juntando continentes e depois separando-os ?

Sim, simulando o processo usando modelos matemáticos computacionais. Quanto mais dados forem incluídos, mais próximo de uma dada 'realidade' se chegará. É possível, inclusive, fazer algumas predições.
 

3) É sujeita a crença fundamentada em argumento de autoridade, autoridades da área dizem que aconteceu,  e então muita gente acredita que aconteceu.
Você sabe mencionar quem são e os nomes destas "autoridades na área"?

E quem compõe o grupo de "muita gente acredita que aconteceu"?
Por autoridades da área me referi principalmente  aos autores de livros mais usados em universidades e aos autores de artigos científicos da área publicados em revistas científicas.

Eu trabalhei com Geotectônica por 25 anos e me considero um conhecedor razoável da área, mesmo sendo uma pessoa com capacidade intelectual que não excede nem um milímetro além da média. Então qualquer um pode chegar ao mesmo grau de conhecimento destas "autoridades".


Por muita gente me referi principalmente aos leitores de livros e artigos científicos que não são formados na área e que não fizeram pelo menos algumas verificações em campo e laboratoriais para observar indícios que levem a crer na teoria.

Nenhum pesquisador fez ensaios e testes sobre todos as partes do conhecimento científico. Ou seja, não se trata de uma 'crença religiosa' e sim de 'crença racional'. A sua crítica não é razoável porque tal procedimento faz parte da cultura científica.
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Offline Geotecton

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Re:O que é falseável no Evolucionismo (subdivido de "Evolu
« Resposta #164 Online: 16 de Abril de 2015, 22:07:51 »
No Havaí se observa a tectônica de placas em ação.
E o que dizer da Dorsal Meso-Atlântica? :hmph:
Você consegue observar a Dorsal Meso-Atlântica no éon Proterozoico ?   Como ?

Nem a Dorsal e nem o oceano Atlântico existiam no éon Proterozóico.
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Offline Geotecton

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Re:O que é falseável no Evolucionismo (subdivido de "Evolu
« Resposta #165 Online: 16 de Abril de 2015, 22:15:27 »
No Havaí se observa a tectônica de placas em ação.
Observa-se um fenômeno atribuído a tectônica de placas, e mesmo assim note que eu estava me referindo especificamente a suposta tectônica de placas no éon Proterozóico, conforme foi a pergunta do Geotecton.

Sim, é um fenômeno da Tectônica de Placas (espalhamento do assoalho oceânico).

Mas a sua reposta dá a entender que um observador tem que 'assistir' todos os processos atribuídos ao fenômeno para que este possa ser considerado válido. Espero que não seja isto.
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Offline Geotecton

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Re:O que é falseável no Evolucionismo (subdivido de "Evolu
« Resposta #166 Online: 16 de Abril de 2015, 22:16:30 »
É possível fazer um experimento juntando continentes e depois separando-os ?

É possível fazer um experimento fazendo a Terra parar de girar (como se supõe) e depois voltar, provando que realmente é isso o mecanismo por trás dos dias e noites?

Não podemos fazer com a Terra, mas podemos fazer com um modelo 10^6 vezes menor.

Porque o mesmo não se aplica à Tectônica de Placas?
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Offline Geotecton

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Re:O que é falseável no Evolucionismo (subdivido de "Evolu
« Resposta #167 Online: 16 de Abril de 2015, 22:19:59 »

Alguém aqui sabe quais os instrumentos que conseguem detectar  4 mm de aumento por ano numa montanha que tem 8,84 x 10^6 mm de altura ?

Teodolitos com laser.
E a mudança de posição de 13 cm citada pelo Derfel por ano é medida com equipamentos de GPS de alta precisão ?

Sim, com muitas e espalhadas estações terrestres.
 

E antes do GPS, como (com quais instrumentos) e quando foi a primeira vez que conseguiram medir a deriva do continente americano (América do Sul)  em relação ao continente africano ?

Não se media com esta precisão mas se estimava pelo estudo do paleomagnetismo mineral.
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Offline Geotecton

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Re:O que é falseável no Evolucionismo (subdivido de "Evolu
« Resposta #168 Online: 16 de Abril de 2015, 23:41:44 »
Por fim, meu caro JJ, tentarei explicar de maneira didática, para você, o porquê existia Tectônica de Placas não somente no éon Proterozóico mas, também, pasme..., no éon Hadeano.

A Tectônica de Placas se caracteriza principalmente por espalhamento do assoalho oceânico a partir de 'eixos de crescimento' e no consumo e ou crescimento de crostas em zonas de subducção por causa das correntes de convecção do manto. Ou seja, a condição primordial é ter uma camada rígida (crosta) que então será submetida a 'tensões' geralmente horizontais e, em menor intensidade, as verticais geradas pelo seu peso.

Tal condição já estava presente há pelo menos 4,2 bilhões de anos e que pode ser deduzida pela existência de minerais de zircão datados de mais de 4,4 bilhões de anos na Austrália e em rochas do tipo greenstone, com mais de 4,28 bilhões de anos, no Canadá. Ambos são evidências incontestes de que havia uma crosta rígida e perene, ainda que fina, pelo menos desde o final da primeira quarta parte do Hadeano. Os greenstones são associações de rochas vulcânicas e sedimentares entre terrenos ditos 'granítico-gnáissicos' e que se formam até hoje em diversos subambientes da Tectônica de Placas, como alguns riftes continentais em estágios mais avançados, em bacias marginais, em arcos de ilha, em bacias retro-arco e alguns outros em que exista vulcanismo de fundo oceânico.

Algumas das condições geológicas do início Hadeano eram, sem dúvida, diferentes do Proterozóico e do Fanerozóico, entre os quais: um fluxo térmico maior, uma estabilidade crustal incipiente, uma diferenciação crustal ainda pouco atuante, pouca água livre e ausência de uma crosta continental. Mas os estudos feitos nos últimos 20 anos mostram que em menos de 100 milhões de anos, as condições foram mudadas, de tal modo que ao findar dos primeiros 300 milhões de anos, já haviam se formado os primeiros crátons (porções reliquiares da crosta continental mais antiga), e que são, sem exceção alguma, todos explicáveis pela Tectônica de Placas.

Em resumo: A proposição de uma Tectônica de Placas atuante naqueles éons se baseia em um conjunto de evidências mineralógicas (tipo de minerais e paragênese, isto é, tipo de associação de minerais), petrológicas (diferentes tipos de rochas), geocronológicas (datações), estruturais (estilos de deformações nas rochas) e geotectônicas (reconhecimento de megaestruturas e ambientes crustais).

Nós, geólogos, não observamos in loco o fenômeno, é óbvio, mas pelo acúmulo de conhecimentos e de experimentos, eles nos permitem, com elevada margem de segurança, afirmar que o processo da Tectônica de Placas está presente em nosso planeta há pelo menos 4,3 bilhões de anos.
« Última modificação: 17 de Abril de 2015, 00:37:46 por Geotecton »
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Offline Cientista

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Re:O que é falseável no Evolucionismo (subdivido de "Evolu
« Resposta #169 Online: 17 de Abril de 2015, 02:53:29 »

Alguém aqui sabe quais os instrumentos que conseguem detectar  4 mm de aumento por ano numa montanha que tem 8,84 x 10^6 mm de altura ?
Atenção!

O instrumento é irrelevante aqui. Tanto em termos absolutos como de relatividade precisional, tal valor de medida é trivial, nada extraordinário. O problema nessa questão é a (auto)'pegadinha' de pôr em notação científica, além de só para 'emanar', para milimetrizar a medida da montanha. Não se trata de uma elongação sob tensão, ou dilação por efeito térmico, crescimento distribuído por alterações físicoquímicas (a montanha não levou fermento, hahahhahaha)... O que significa que o ponto de medição não precisa e, provavelmente deve ser muito mais conveniente que não seja, o topo ou proximidades, muito o contrário. O problema maior de uma medida como essa é o ponto de referência externo. Além de bem provável ser que seja mais convenientemente calculado indiretamente a partir de várias/outras medições.

Impressiona como a garotada interneteira não tenha, por obviedade, encontrado na rede uma exposição objetiva da implementação dos aparatos de medição. Essa coisa de internet é uma $%¨&¨($*(($ mesmo...

Offline Terráqueo

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Re:O que é falseável no Evolucionismo (subdivido de "Evolu
« Resposta #170 Online: 17 de Abril de 2015, 12:55:56 »
Impressiona como a garotada interneteira não tenha, por obviedade, encontrado na rede uma exposição objetiva da implementação dos aparatos de medição. Essa coisa de internet é uma $%¨&¨($*(($ mesmo...

Acha isso ruim?
Veja este site e tenha pesadelos:

http://geniosperguntam.tumblr.com/

Senhores, gostei muito de suas respostas, aumentaram meu conhecimento sobre as evidências da tectônica de placas mas... não estamos fugindo do tema do tópico?
"A Terra é o berço da humanidade, mas ninguém pode viver no berço para sempre" - Konstantin Tsiolkovsky.

Offline JJ

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Re:O que é falseável no Evolucionismo (subdivido de "Evolu
« Resposta #171 Online: 17 de Abril de 2015, 13:29:11 »
Senhores, gostei muito de suas respostas, aumentaram meu conhecimento sobre as evidências da tectônica de placas mas... não estamos fugindo do tema do tópico?


Pode parecer, mas não está, pois o tema tem tudo a ver com evolução, a geologia é uma ciência fundamental para o entendimento da evolução.

Depois eu farei alguns comentários às ótimas respostas e comentários anteriores. Mas desde já agradeço pelos comentários, citações e  respostas postadas.



« Última modificação: 17 de Abril de 2015, 13:33:38 por JJ »

Offline Terráqueo

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Re:O que é falseável no Evolucionismo (subdivido de "Evolu
« Resposta #172 Online: 17 de Abril de 2015, 13:43:16 »
Pode parecer, mas não está, pois o tema tem tudo a ver com evolução, a geologia é uma ciência fundamental para o entendimento da evolução.

Olhando por esse lado, de fato não estamos. Me lembro que a principal razão para atualmente eu admitir a veracidade da evolução era porque quando criança (acho que com quatro ou cinco anos) eu comecei a gostar de paleontologia (você deve ter uma ideia de que tipo de seres vivos extintos eu mais me interessava), que é muito relacionada à geologia.

Mas agora, colega J-2 (não leve como ofensa, mas seu nick me lembrou esse motor):



Você deu um nó na minha cabeça, você admite ou não a veracidade da Teoria Sintética da Evolução?
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Offline JJ

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Re:O que é falseável no Evolucionismo (subdivido de "Evolu
« Resposta #173 Online: 17 de Abril de 2015, 13:49:13 »
Pode parecer, mas não está, pois o tema tem tudo a ver com evolução, a geologia é uma ciência fundamental para o entendimento da evolução.

Olhando por esse lado, de fato não estamos. Me lembro que a principal razão para atualmente eu admitir a veracidade da evolução era porque quando criança (acho que com quatro ou cinco anos) eu comecei a gostar de paleontologia (você deve ter uma ideia de que tipo de seres vivos extintos eu mais me interessava), que é muito relacionada à geologia.

Mas agora, colega J-2 (não leve como ofensa, mas seu nick me lembrou esse motor):



Você deu um nó na minha cabeça, você admite ou não a veracidade da Teoria Sintética da Evolução?


Hahahaahaha  :biglol:   legal, ofensa nada, eu gosto de foguetes, naves espaciais, aviões.  :ok:


Eu só tenho algumas dúvidas que pretendo esclarecer, e este tópico está ajudando.




Offline JJ

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Re:O que é falseável no Evolucionismo (subdivido de "Evolu
« Resposta #174 Online: 17 de Abril de 2015, 14:00:02 »
Pode parecer, mas não está, pois o tema tem tudo a ver com evolução, a geologia é uma ciência fundamental para o entendimento da evolução.

Olhando por esse lado, de fato não estamos. Me lembro que a principal razão para atualmente eu admitir a veracidade da evolução era porque quando criança (acho que com quatro ou cinco anos) eu comecei a gostar de paleontologia (você deve ter uma ideia de que tipo de seres vivos extintos eu mais me interessava), que é muito relacionada à geologia


Certamente dinossauros. Meu interesse pela paleontologia também veio pelo conhecimento dos dinos.



 

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