Autor Tópico: Potência militar  (Lida 138581 vezes)

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Offline _tiago

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Re: Potência militar
« Resposta #25 Online: 08 de Setembro de 2009, 19:06:46 »
Spit, voltei! (posso te chamar de Spit?)

Esquece esse negócio de fontes, é pura opinião pessoa! Resumindo, eu acho o gasto tremendamente desnecessário. Ninguém vai invadir a gente. É da competência da PF cuidar da fronteira também, que criem um grupamento especial, sai mais em conta, nenhum caça de última geração, à excessão dos tucanos, têm efetividade contra eles. Os guerrilheiros são problema da Colômbia, não nosso, e se entram aqui pra vender armas e drogas, polícia e tucano neles. Que raios vou fazer com um submarino nuclear? Nada! Superioridade militar pra quê? Botar medo em quem? No Chaves? 120 caças, é muuuuuiita coisa! Serrarias e garimpeiros? Isso é sacanagem né? Isso é mais coisa da PF ainda!!

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Re: Potência militar
« Resposta #26 Online: 08 de Setembro de 2009, 19:14:30 »
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A maior compra bélica da história

O que está por trás da decisão do governo de comprar R$ 20 bilhões em submarinos e como a tecnologia nuclear mudará a lógica da defesa no pré-sal e nas fronteiras marítimas



Na noite da quinta-feira 3, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, estava eufórico. Havia concluído uma etapa crucial no processo de reaparelhamento das Forças Armadas. Com autorização do Senado, o Brasil investirá R$20 bilhões na compra de cinco submarinos franceses, incluindo um nuclear.

Além disso, Jobim está prestes a fechar mais um acordo militar, de R$ 5 bilhões, para a compra de helicópteros. "Temos que proteger o pré-sal e, para isso, é preciso pensar grande", disse ele à DINHEIRO.

"É o momento mais importante da Marinha nos últimos 30 anos", reforca o contra-almirante Wellington Liberatti, que comanda o programa naval. Agora, o Brasil poderá concluir o projeto do seu submarino nuclear, numa decisão que terá repercussões tecnológicas e geopolíticas.

No Sete de Setembro, ao lado do francês Nicolas Sarkozy, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixará clara a ambição brasileira de ganhar peso político em organismos internacionais, como o Conselho de Segurança da ONU. E falará ainda da necessidade de proteção do pré-sal, que ele define como uma "segunda independência".

O dinheiro dos submarinos, que faz parte do Programa Nacional de Defesa, um dos carros-chefes da gestão de Jobim, virá de um financiamento de €5 bilhões. Foi aprovado na semana passada, com prazo de 20 anos, e será liderado pelo BNP Paribas

Com os recursos, o Brasil será o sexto país do mundo com um submarino a propulsão nuclear, depois de Estados Unidos, França, Inglaterra, Rússia e China. Ele deverá ficar pronto em 2014 e será construído numa nova base naval, na cidade de Itaguaí, no Rio de Janeiro, que deverá empregar cerca de cinco mil pessoas.

A vantagem de um submarino nuclear, na comparação com os convencionais, é a possibilidade de ficar submerso por muito mais tempo, em águas ultraprofundas, sem ser captado por sonares ou imagens de satélite.

E o brasileiro entrará em operação no mesmo momento em que o petróleo do pré-sal estará sendo extraído a pleno vapor, de acordo com as estimativas da Petrobras. "Mais de 90% do petróleo brasileiro vem do mar. Se não formos capazes de guardar isso, estaremos suscetíveis a todo tipo de ataques, como piratas e até mesmo terroristas", afirma o capitão de mar e guerra Emílson Paiva de Faria, assessor de Estratégia da Marinha.

Além disso, o Brasil está prestes a expandir suas fronteiras navais, com autorização da ONU, em áreas onde há também reservas comprovadas de petróleo - elas passarão de 3,5 milhões para 4,5 milhões de quilômetros quadrados. O processo de compra dos submarinos enfrentou a resistência de concorrentes alemães, que chegaram a apresentar uma proposta mais barata na última hora.

Só que com um detalhe: ao contrário dos franceses, os alemães não operam submarinos nucleares e não haviam previsto, na fase inicial, a construção de uma base naval no Brasil. "Foi choro de perdedor", disse Jobim, a respeito da posição alemã. Americanos e ingleses, por sua vez, são proibidos por lei de ceder a outros países a inteligência da área bélica

A Rússia vende apenas o equipamento, enquanto o submarino chinês encontra-se em fase de teste. Restou a França, cuja empresa naval, a DCNS, concordou com a instalação da base naval no Brasil, que será feita em parceria com a Odebrecht.

No projeto nuclear, o grande desafio de engenharia é a construção de um casco duplo, capaz de receber, sem riscos, a propulsão nuclear. O reator, cuja tecnologia o Brasil já domina, é desenvolvido desde 1979 no Centro de Aramar, em Iperó, no interior de São Paulo. A lém de modernizar as Forças Armadas, os cinco novos submarinos trarão ainda um benefício de longo prazo para a economia brasileira.

As tecnologias bélicas poderão ser apropriadas pela indústria nacional e utilizadas também na área civil. Muitas coisas que hoje fazem parte do dia a dia surgiram como uso militar. É o caso dos radares, GPS, laser, internet e até micro-ondas. Na produção dos submarinos serão desenvolvidas, por exemplo, bombas hidráulicas de alta pressão que poderão ser empregadas na indústria petrolífera, nas plataformas marítimas.

O conjunto de baterias, com orçamento de US$ 7 milhões, será produzido por um fornecedor brasileiro. Além do contrato milionário, a indústria que conseguir a encomenda terá desenvolvido tecnologia que poderá ser útil em outros projetos. "O cerne deste contrato com a França é a transferência de tecnologia", diz o contra-almirante Wellington Liberatti

O contrato dos submarinos representa ainda uma guinada de 180 graus na situação financeira da Marinha. O orçamento da área naval nunca foi muito abastado, mas em 2002 chegou ao ponto mais crítico, com um gasto de R$ 788 milhões e apenas R$ 46 milhões de investimentos.

"Agora, teremos de investir, no mínimo, R$ 5 bilhões por ano pelos próximos 20 anos", disse à DINHEIRO o comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto. "Esse plano não vai resolver todos os problemas militares de uma só vez, mas se o governo investir o que propõe, vai certamente colocar o nome do Brasil em outro patamar na região", diz o estrategista militar Geraldo Cavagnari, fundador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp.

O acordo Brasil-França serve aos interesses brasileiros de se projetar como potência regional e ser um importante ator global. Os cinco países que já têm submarino com propulsão nuclear são justamente os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Além disso, no caso da Marinha, o Brasil tem interesses bem práticos a proteger na região do petróleo. No modelo montado por Jobim, naviospatrulha ficariam mais perto da costa. No limite do pré-sal, naviosescolta e os porta-aviões. Fechando a estratégia, os submarinos fariam o monitoramento da região.

Como são os submarinos Scorpène que o Brasil está adquirindo do consórcio formado pela empresa francesa DCNS e pela Odebrecht

€6,8 bilhões é o valor total do pacote bélico, que se divide em duas partes, conforme abaixo
€1,9 bilhão serão gastos na construção do estaleiro e da base naval
€4,9 bilhões incluem os quatro submarinos convencionais, o casco do nuclear e a transferência de tecnologia

Por que o lobby alemão fracassou

Tentativa de barrar a compra esbarrou num detalhe crucial: a Alemanha não tem submarinos nucleares



Um mês atrás, no dia 6 de agosto, uma carta da empresa alemã HDW foi protocolada no Comando da Marinha e no Ministério da Defesa, com cópia para o embaixador Friedrich Prot von Kunow. Nela, os alemães se propunham a vender submarinos mais baratos do que os franceses, ao custo total de € 2,5 bilhões.

Depois, a carta vazou numa tentativa de se criar um escândalo internacional. Na Marinha, os oficiais não gostaram da postura da HDW, mas não mudaram uma vírgula do projeto. "Os alemães reclamam, mas não têm o submarino nuclear", disse à DINHEIRO o contra-almirante Wellington Liberatti.

De fato, ao contrário da França, a Alemanha é um país que, até na área energética, decidiu fechar todos seus reatores. E o ponto mais importante no projeto da Marinha, segundo Liberatti, é a possibilidade de migrar da tecnologia convencional para a nuclear - o que os Scorpène permitem.

"Com o acordo com a França vamos ganhar 30 anos", diz ele. Procurado pela DINHEIRO, o embaixador alemão não quis comentar a pressão da HDW. Até porque as empresas alemãs, como a Siemens, estão bem posicionadas em outra disputa bilionária: a do trem-bala



"Agora, vamos poder proteger o pré-sal"

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, está completando o mais ambicioso programa de reaparelhamento da história das Forças Armadas, com a compra de submarinos, caças e helicópteros. Na quinta-feira 3, ele falou com exclusividade à DINHEIRO.

Dinheiro - O Brasil anuncia nesta segunda- feira contratos com a França para a produção no País de submarinos e helicópteros. Qual é a importância desses investimentos para a defesa brasileira?
Nelson Jobim - Com o submarino nuclear, o Brasil ganha poder dissuasório na plataforma continental. Com a ampliação da plataforma continental, ganhamos mais um milhão de quilômetros quadrados, temos agora 4,5 milhões de quilômetros quadrados para proteger. Os objetivos são dois. O primeiro é de natureza estratégica e de defesa. Temos que proteger nossos interesses no mar. O segundo é o arrasto tecnológico que estas empresas trazem para o Brasil, ao se associar a empresas brasileiras. Vamos ter aliança com várias empresas brasileiras de alta tecnologia.

Dinheiro - Existe alguma exigência de conteúdo nacional nas compras da Marinha?
Jobim - Sim. Boa parte desses equipamentos vai ser produzida no Brasil. E toda essa tecnologia será apropriada pelas empresas brasileiras na construção do miolo do submarino, que está sendo todo desenvolvido no Brasil. É uma coisa parecida com o que aconteceu com a Embraer quando fizeram acordo com os italianos.

Dinheiro - A tecnologia desenvolvida para uso militar também poderá ser usada na indústria civil?
Jobim - Claro, porque a propulsão nuclear que será usada para movimentar o submarino também serve para energia elétrica. Podemos desenvolver este uso. Além disso, vamos desenvolver tecnologia na integração dos sistemas, como os de refrigeração, e avançar na resistência de materiais. E há o sistema de metalurgia em relação a casco. Tudo isso vem junto com a tecnologia militar e é depois usada na indústria, para outros fins

Dinheiro - E em relação ao emprego?
Jobim - A participação da indústria brasileira vai permitir um avanço tecnológico muito grande e vai incentivar a formação de mão de obra especializada. No futuro teremos no Brasil uma reserva de mão de obra altamente qualificada, em decorrência desses acordos.

Dinheiro - O Brasil vai ser o sexto país do mundo a ter um submarino com propulsão nuclear. Isso muda a posição geopolítica do País?
Jobim - Muda. Mas a diferença fundamental é que o submarino do Brasil não usa arma nuclear, ao contrário dos outros países. Apenas a propulsão é nuclear. Nós não podemos, temos proibição constitucional. Mesmo assim, o contrato nos coloca num grupo restrito de países.

Dinheiro - Isso ajuda o Brasil nas pretensões de integrar o Conselho de Segurança da ONU e na liderança regional?
Jobim - Talvez como consequência, mas não como fundamento. O fundamento é o fortalecimento do poder dissuasório. A negação do uso das águas brasileiras para terceiros. A proteção das nossas plataformas petrolíferas e de toda a riqueza do mar. Melhorar nossa posição geopolítica é uma consequência, mas não o objetivo. Agora, vamos poder proteger o pré-sal.

Dinheiro - Os investimentos em defesa aumentaram muito nos últimos anos, mas ainda não são muito elevados. Qual é o cenário para os próximos anos?
Jobim - Temos vários projetos em desenvolvimento. Agora vamos anunciar os helicópteros e os submarinos, projetos de R$ 20 bilhões e de R$ 5 bilhões. Estamos analisando a compra dos caças. É um assunto que ainda não foi resolvido.

Dinheiro - E qual o volume total de investimentos previstos?
Jobim - Ainda não temos isso fechado, mas temos vários projetos em andamento. E ainda tem os programas de mobilidade estratégica do Exército. A Iveco, da Fiat, desenvolveu o protótipo de um novo tipo de blindado, que estamos chamando de Urutu 3. Mais para a frente vamos discutir os programas do Exército. Temos os programas dos satélites brasileiros

Dinheiro - Como serão os satélites?
Jobim - Satélites de monitoramento do mar e da Amazônia. Vamos monitorar toda a linha entre Amapá e o início do Paraná, uma área com cerca de dez mil quilômetros de extensão. Tem muita coisa que nós estamos construindo.

Dinheiro - É a volta do Brasil grande?
Jobim - Tem uma frase que não é minha, é do dr. Ulisses Guimarães, que mostra isso: quem pensa pequeno fica pequeno. Por isso, nós temos que pensar grande. É nossa obrigação, até em razão da relevância econômica do Brasil.

http://www.terra.com.br/istoedinheiro/edicoes/622/artigo151089-1.htm
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Compra de caças franceses ilustra corrida armamentista na América Latina, diz 'Monde'

O acordo para a compra de caças franceses pelo Brasil, anunciado na segunda-feira pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy, ilustra a corrida armamentista vivida atualmente pela América Latina, diz o jornal francês Le Monde desta terça-feira. "Sarkozy também finaliza em Brasília a venda de helicópteros de combate e a construção de quatro submarinos convencionais e um submarino nuclear - o que configura o maior contrato militar já assinado pelo Brasil", afirma o diário.

"Com isso, o Brasil está tentando reforçar sua posição estratégica na região (da América Latina) e se opor à influência americana sobre o continente sul-americano."

Em entrevista ao Le Monde, analistas ressaltam que a decisão do Brasil de procurar parceiros fora da América Latina para a obtenção de know-how de tecnologia militar pode "provocar uma corrida armamentista no continente e ser um obstáculo a uma maior cooperação com os países vizinhos no setor da defesa".

Colômbia e EUA

Segundo o jornal, o orçamento militar dos países sul-americanos aumentou 91% entre 2003 e 2008.

O diário cita como exemplos a aquisição pelo Chile de tanques Leopard 2 e o recente acordo de cooperação militar entre os Estados Unidos e a Colômbia, que provocou reações negativas da Venezuela e do próprio Brasil.

"Esses anúncios aceleraram a compra de armamentos por Argentina, Peru, Equador e Bolívia", afirma o Le Monde.

"Além disso, a tensão se agravou nos últimos meses, com o golpe de Estado em Honduras, que lembrou aos países latino-americanos que as armas ainda têm sua voz no continente."

Ainda de acordo com os analistas ouvidos pelo jornal, por se oferecer a fabricantes franceses, o Brasil acabou contrariando seu próprio discurso de ser soberano em matéria de armamentos.

"O Brasil deveria dar o exemplo e não contribuir para a criação, no continente, de um cenário de possíveis enfrentamentos geopolíticos entre grandes potências estrangeiras", disse ao diário o analista brasileiro Thiago de Aragão.

'Bilhete premiado'

O acordo entre França e Brasil também foi destaque no jornal francês Libération, segundo o qual, trata-se de um "bilhete premiado" para a indústria bélica francesa, que atualmente atravessa uma crise.

O diário informa que os aviões Rafale, que o Brasil deve importar, serão vendidos "nus", o que deve obrigar o país a comprar também da França os armamentos que vão equipar as aeronaves.

O Libération diz ainda que, sem o mercado brasileiro, a fabricante do Rafale, a Dessault Aviation, poderia fechar.

"Desde sua chegada ao poder, Nicolas Sarkozy se dedica a dar a Serge Dessault, o grande patrão da empresa e também do jornal Le Figaro, um lugar central no jogo industrial francês", comenta o diário de oposição.

http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2009/09/08/compra+de+cacas+franceses+ilustra+corrida+armamentista+na+america+latina+diz+monde+8312909.html


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And when I'm dead and gone
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Temma

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Re: Potência militar
« Resposta #27 Online: 09 de Setembro de 2009, 16:20:26 »
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"Com isso, o Brasil está tentando reforçar sua posição estratégica na região (da América Latina) e se opor à influência americana sobre o continente sul-americano."

Curioso que o Le Monde cite os EUA e não a Venezuela

Offline André Luiz

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Re: Potência militar
« Resposta #28 Online: 09 de Setembro de 2009, 16:24:21 »
Se continuarmos achando que " nunca vai ter guerra por aqui porque o mundo é cor de rosa" e usando isso como pretexto para sucatear as forças armadas ai sim é que seremos um alvo facil

Seremos sim uma potencia média, e não há outro caminho a ser seguido pelo Brasil.
As responsabilidades aumentarão, mas já passou da hora destas serem assumidas.

O que eu percebo é que na realidade certos “formadores de opinião” da imprensa estão assustados com o futuro que se desenha, e preferem ver o Brasil escondido atrás das saias das superpotencias, como coadjuvante e não ter que dar a cara a tapa e se tornar um verdadeiro "player" global.

Há a decisão geopolítica de França e Brasil terem se aliado por uma ordem internacional multipolar, que deverá levar a um melhor equilíbrio internacional.

Como é que alguem pode achar este acordo ruim?

Offline Diegojaf

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Re: Potência militar
« Resposta #29 Online: 09 de Setembro de 2009, 18:37:40 »
09/09/2009 - 12h50
EUA estão dispostos a transferir tecnologia ao Brasil em troca da venda de caças
da Folha Online, em Brasília
A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil divulgou nota hoje informando que o país está disposto a transferir tecnologia dos aviões caça FX-2 para o Brasil caso o governo brasileiro escolha as aeronaves norte-americanas. Com isso, os Estados Unidos se contrapõem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disse que negociaria com a França a compra dos caças devido ao compromisso dos franceses de transferir tecnologia militar ao país.

Estados Unidos, França e Suécia disputam a preferência do Brasil para a compra de caças militares. Lula aproveitou a visita, de menos de 24 horas do presidente francês Nicolas Sarkozy, para anunciar a negociação para compra dos caças Rafale, da Dassault.

Na nota, a embaixada diz esperar que o governo brasileiro não tenha tomado uma "decisão final" sobre a compra das aeronaves da França.

Em nota ontem à noite, o ministro Nelson Jobim (Defesa) recuou no anúncio feito por Lula e disse que o "o processo de seleção (...), ainda não encerrado, prosseguirá com negociações junto aos três participantes".

Os americanos afirmam que o Congresso dos EUA concluiu dia 5 de setembro as discussões sobre a transferência de tecnologia dos caça ao país --com o aval para que o Brasil receba as informações necessárias.

"A análise feita pelo Congresso dos EUA sobre a venda potencial do F/A-18 Super Hornet ao governo brasileiro foi concluída em 5 de setembro sem nenhuma objeção formal à venda proposta. Isso significa que a aprovação do governo dos Estados Unidos para transferir ao Brasil as tecnologias avançadas associadas ao F/A-18 Super Hornet é definitiva. O governo aprovou também a montagem final do Super Hornet no Brasil", diz a nota.

Os americanos afirmam, ainda, que o governo dos EUA "apoia totalmente a venda do F/A-18 Super Hornet à Força Aérea Brasileira", por isso continua a acreditar que a sua proposta "é forte e competitiva".

Os EUA representam a proposta da Boeing na concorrência dos caça FX-2. Na nota, a embaixada afirma que o pacote da negociação das aeronaves prevê "investimento diretamente na indústria aeroespacial brasileira", com a transferência de "tecnologia relativa ao design militar e à produção" --além do fornecimento de autonomia em áreas-chave para suporte do programa e desenvolvimento de "uma ampla indústria aeroespacial no país que vai além de aeronaves de combate por meio do envolvimento direto com a maior companhia aeroespacial do mundo".

Mal-estar

Reportagem publicada hoje na Folha informa que o presidente Lula provocou constrangimento no seu próprio governo, que teve de recuar ontem, informando que o processo de seleção dos caças não está concluído e que o F-18 dos EUA e o Gripen sueco ainda estão na disputa.

A Folha informa que a expectativa é que o negócio acabe sendo fechado com a França, mas só depois que a Dassault baixar os preços do Rafale -o mais alto entre os concorrentes- e criar condições mais favoráveis de juros.

Lula se precipitou no jantar com Sarkozy no domingo à noite e queimou etapas do processo de seleção, o que irritou o Comando da Aeronáutica e deixou Jobim no fogo cruzado.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u621410.shtml
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

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Re: Potência militar
« Resposta #30 Online: 09 de Setembro de 2009, 19:04:25 »
Lula, novamente, fez cagada com sua boca grande e completa ignorância sobre o que é e significa uma licitação.

Coisa vergonhosa, pqp...
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Offline _tiago

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Re: Potência militar
« Resposta #31 Online: 09 de Setembro de 2009, 19:14:05 »
Alvo fácil de quem? Proteger o pré-sal do quê? A única superioridade relevante atualmente é a econômica.
Bomba-atômica, lógico, quebrao galho, enquanto apenas alguns tem as suas. De resto, fica-se nesse ridículo orgulho militarista de transformar o Brasil no mais forte país da américa do sul, pra quê? Só se for pra dizer: "Olha, nós somos o país mais forte da américa do sul". Sensacional! E aí? E quanto ao acordo Itaipu, que o Brasil iria fazer se fosse a potência militar, invadir o Paraguai com seus 38 super-caças, submarinos e cruzadores? Diplomacia sai mais barato, tanto quanto boicote econômico.

PS: A corrida armamentista em voga na região é consequência econômica, não porque a turma aqui quer se proteger ou sei lá, proteger seus respectivos pré-sais. Sem dinheiro não tem corrida armamentista, com dinheiro, tem. É um processo normal, bom somente num aspecto, de resto, Groselha!

Temma

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Re: Potência militar
« Resposta #32 Online: 09 de Setembro de 2009, 19:15:43 »
Lula calado é sempre um poeta.



E creio que o processo de compra não seja licitação(ainda bem), ou então a proposta com o melhor preço ganharia.


não me lembro agora quais sao as exceçoes que dispensam licitacao, mas em se tratando de algo tao estratégico como tecnologia militar, creio que seja uma delas

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Re: Potência militar
« Resposta #33 Online: 09 de Setembro de 2009, 19:21:01 »
Lula calado é sempre um poeta.



E creio que o processo de compra não seja licitação(ainda bem), ou então a proposta com o melhor preço ganharia.


não me lembro agora quais sao as exceçoes que dispensam licitacao, mas em se tratando de algo tao estratégico como tecnologia militar, creio que seja uma delas

Não é não. Não há motivo para dispensa. São produtos bilionários, e há três concorrentes. Também não é urgente e indispensável.
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Re: Potência militar
« Resposta #34 Online: 09 de Setembro de 2009, 19:26:11 »
Poderiam tentar enquadrar aqui: XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do órgão.

Mas não vejo nenhum motivo para isso, se temos três concorrentes. Vigora o interesse público (o mais barato, mais avançado e com transferência de tecnologia) e não a discricionariedade do Lula.
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Temma

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Re: Potência militar
« Resposta #35 Online: 09 de Setembro de 2009, 19:27:16 »
1985,


Pesquisei e vi que você está correto, é que eu supus que nao era licitado em razao da França de antemao ser considerada vencedora, mesmo com os preços mais altos. Creio que a transferencia de tecnologia seja exigencia na licitacao, fazendo com que as outras propostas fossem preteridas, ate entao

Offline Eremita

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Re: Potência militar
« Resposta #36 Online: 09 de Setembro de 2009, 19:55:30 »
O negócio não é exatamente guerra, mas sim aquela frase célebre:
Citação de: Al Capone
A kind word and a gun makes more than just a kind word

Entretanto, se houver guerra, há duas possibilidades.
1. Venezuela declarar guerra - seria estupidez plena, a maior cagada possível da Venezuela. Brasil sozinho já daria conta, mas a maior chance seria revidar em gangue - Brasil, EUA, Colômbia, e mais meia dúzia.
2. Brasil declarar guerra - nesse caso, vejo vocês em Lisboa.
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Offline _tiago

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Re: Potência militar
« Resposta #37 Online: 09 de Setembro de 2009, 20:11:24 »
O negócio não é exatamente guerra, mas sim aquela frase célebre:
Citação de: Al Capone
A kind word and a gun makes more than just a kind word

Entretanto, se houver guerra, há duas possibilidades.
1. Venezuela declarar guerra - seria estupidez plena, a maior cagada possível da Venezuela. Brasil sozinho já daria conta, mas a maior chance seria revidar em gangue - Brasil, EUA, Colômbia, e mais meia dúzia.
2. Brasil declarar guerra - nesse caso, vejo vocês em Lisboa.

Opa! Lisboa na veia!! Não sem antes passar pelo Uruguai.

Skorpios

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Re: Potência militar
« Resposta #38 Online: 10 de Setembro de 2009, 07:42:51 »
Não tenho o link da matéria original pois estou postando da empresa. E o Fórum DB de onde copiei a matéria precisa registro para ler.Mas considero essa entrevista muito lúcida a respeito do reaparelhamento das forças armadas como um todo.

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Embaixador: Caças qualificam Brasil como potênciaWilson Dias/Agência Brasil

Os presidentes da França, Nicolas Sarkozy, e do Brasil, Lula, selam em Brasília acordo militar
Thais Bilenky


Os 36 caças Rafale que o Brasil vai comprar da França, além de helicópteros, cargueiros, submarinos convencionais e tecnologia para fabricação de modelo nuclear, não é gasto excessivo, diz o ex-embaixador do Brasil na França, Marcos Azambuja. É, completa, o necessário para que o poder militar nacional seja compatível com o tipo de país que o Brasil já é e quer ser: uma potência mundial.

"O Brasil não se faz ameaçador, ele apenas não se torna mais um país militarmente inexistente", considera o ex-embaixador, que além de Paris, atuou na Argentina. Tornando-se a maior potência bélica da América Latina, com a aquisição dos novos equipamentos, o país não dispara uma corrida armamentista no continente, analisa Azambuja na entrevista que se segue.

Azambuja é membro da Comissão de Armas de Destruição em Massa, integra o Conselho Curador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI). É Presidente da Fundação Casa França-Brasil. Foi Secretário-Geral do Itamaraty de 1990 a 1992, entre outros.

Terra Magazine - Compra dos caças franceses pelo Brasil é uma estratégia de aproximação dos dois países?
Marcos Azambuja - Ajuda, facilita, reforça o que já existe. Na verdade, o Brasil já comprou equipamento militar francês várias vezes. Os Mirage tão aí, os porta-aviões estão aí. É um reforço de uma relação que já é densa.

A relação tem se intensificado desde quando?
A França tem sido um parceiro que busca, primeiro, negócios com o Brasil que tem tecnologia a vender e depois, a trocar. De modo que tem vantagens importantes.

Vantagens para a própria França?
Para a própria França e para o Brasil. Vantagens competitivas. A França tem uma tradição de fornecer ao Brasil equipamento militar. Você sabe que nós temos uma fábrica de helicópteros que é essencialmente associada à França, à Eurocopter, a Helibras. Há toda uma tradição já que nessa hora se reforça.

Quais seriam as vantagens para o Brasil?
Primeiro, um grande país, que o Brasil é, tem que ter uma capacidade militar com credibilidade. Em outras palavras, não é um excesso, não é uma demasia, não é comprar o que não precisa, não é nada contra ninguém. Mas um grande país tem que ter uma capacidade militar crível. Em outras palavras, que tenha credibilidade, que imponha uma medida de respeito. O Brasil está, hoje, com um equipamento militar muito datado. Os nossos aviões de caça estão com 20 anos, 25 anos, 30 anos. Tudo em nós ficou muito envelhecido, de modo que é momento de fazer uma renovação e uma adaptação.

Certo...
O Brasil tem três ou quatro interesses. Primeiro cada vez mais com o petróleo offshore, não só o pré-sal, é uma grande reserva, um grande patrimônio a ser preservado. Tem todo problema amazônico, com a imensa extensão que aquilo tem. Teria a sua qualificação hoje para ser um membro do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) um país que quer jogar no primeiro time, e para jogar no primeiro time, tem que ter uma certa qualificação militar. Por tanto, essas compras nos dão isso.

O presidente Lula diz que a França tem disposição em transferir tecnologia para a fabricação de aviões passar a ocorrer em território nacional. Por que a França teria essa disposição? O que presidente quer dizer com isso?
A transferência de tecnologia tem que ver nos termos específicos do acordo para ver o que é que nós receberemos. O que eu entendo é que nós compramos uma quantidade de aviões Rafale, que é um avião competitivo com os rivais, que eram suecos, russos e americanos. Entendo que vão comprar uma série de cargueiros que a Embraer vai desenvolver agora, o K-390, que é para substituir o velho C-130, um avião que já viveu sua vida-útil. O objetivo é criar entre nós e a França uma relação de ida e volta. Quer dizer, eles (franceses) vão comprar também aviões nossos, que nós vamos desenvolver agora. E tudo isso é bom.

É bom?
O Brasil não está gastando demais. O Brasil está se equipando para ter um poder militar compatível com o tipo de país que ele já é. O Brasil cada vez mais busca ser visto como uma potência de presença regional e mundial e isso vem acompanhado de certa necessidade de equipamento.

Em relação aos outros países da América Latina, o Brasil vai se tornar a maior potência bélica.
Isso é natural. Nós somos a maior potência demográfica, a maior potência territorial, a maior potência econômica, a maior potência tecnológica. Então é natural que haja uma simetria e, também na área militar, o Brasil tenha uma capacitação compatível com sua estatura em outras dimensões. E por tanto o Brasil não será um anão armado, será um gigante com armas adequadas à sua defesa. Uma coisa que é importante que se diga: o Brasil não se capacita contra ninguém. A qualificação militar é para o Brasil ter condições gerais de tranquilidade e de segurança.

Pode-se dizer que está havendo uma corrida armamentista na América Latina?
Eu não qualificaria como corrida armamentista. A Venezuela fez investimentos grandes, importantes, esses sim muito superiores ao que a Venezuela é em termos de potência regional. O que eu queria acentuar é isso: a Venezuela gastou proporcionalmente muito mais do que o Brasil está gastando. O Brasil está apenas renovando aquilo que envelheceu, não criando novas categorias de armas. Os aviões Mirage, F-5 que nós temos, tem 25, 30 anos, esgotou-se sua vida útil. Nós temos de renová-los. A corrida armamentista é quando você amplia uma capacitação, passa a ter mais. Nós estamos apenas substituindo o velho pelo novo. O Brasil pretende também ter um submarino com propulsão nuclear, e através dessa compra, ele renova sua frota de submarinos e aprende a fazer os submarinos que terão a propulsão nuclear.

A despeito da proporcionalidade a que o senhor se refere, a empreitada do Brasil não pode reforçar a visão de que o país seja imperialista?
O imperialista tem que ter objetivos, focos. O Brasil, você sabe, não tem objetivos territoriais, não tem objetivos estratégicos. O Brasil não procura obter nem o carvão de um, nem o petróleo de outro. O Brasil apenas está se dotando de uma capacitação militar crível. Você não pode ter um poder militar tão leve, tão gasto, tão ultrapassado que não seja objeto de uma consideração respeitosa pelos demais. O Brasil não se faz ameaçador, ele apenas não se torna mais um país militarmente inexistente. A nossa capacitação não se volta contra ninguém, nem tem objetivo agressivo com relação a ninguém. Isso é apenas para que um país que ocupa mais de metade de um continente, que é uma grande potência mundial, que já um dos Bric tenha um poder militar mínimo - é mínimo para a região, são trinta e poucos aviões - não é nada fora de proporção com a nossa escala.

Não há risco de interpretação equivocada de países do continente?
Você não pode garantir, a interpretação dos outros é direito dos outros. É improvável que seja assim. O Brasil não fez compras tão importantes que sugira que ele queira agredir. Nós compramos não serve para invadir ninguém. Não é uma força militar ameaçadora, nem voltada contra ninguém, apenas gera maior respeito pelo Brasil e uma percepção de que o país não pode ser um gigante econômico, um gigante agropecuário, um gigante de minerais e ser um anão militar. Isso não existe. A Argentina não verá isso como uma ameaça a ela, nem é. Ninguém mais. A própria Venezuela eu creio que verá que o presidente está comprando equipamento em escala muito menor, dado o tamanho da nossa economia, que o que ela fez ao país. No caso da Venezuela, há compras que vão bem além do que o que seria normal para um país daquele porte. No nosso caso, não. O Brasil continuará um país com gastos muito reduzidos. Não pensa que com isso nós viramos um gigante militar. Apenas passa a ser um país com algum tipo de equipamento que permita falar com autoridade.

O presidente Lula e o presidente Nicolas Sarkozy intensificaram relações, como o senhor diz. Eles têm uma empatia que pode explicar?
Têm. Uma empatia herdada também. Porque você sabe que havia uma relação muito boa também entre os presidentes Fernando Henrique Cardoso e o presidente (Jacques) Chirac, o que criou entre o presidente Sarkozy e o Lula. Entre Brasil e França, há uma relação naturalmente próxima. Pelas raízes comuns de latinidade, de convergência de ideias políticas - nós somos dois países social-democratas. Há uma aproximação que deriva um pouco da história - houve missão militar francesa no Brasil nos anos 1920. Há uma bela e boa tradição de entendimento. Então quando é para o Brasil comprar alguma coisa, o Brasil olha para a França com uma certa naturalidade.

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Offline André Luiz

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Re: Potência militar
« Resposta #39 Online: 10 de Setembro de 2009, 08:31:57 »
A dispensa de licitação é prevista pela Lei 8.666

 Ta no artigo 24, inciso 9 da Lei, dispensa a licitação para quase todas as aquisições ligadas à defesa nacional.

No artigo 24, fica claro que só a compra de material administrativo de uso pessoal das Forças Armadas demanda licitação. Isso acontece por causa das negociações internacionais e das questões de sigilo que envolvem a defesa nacional

Segundo o sao google


Offline Moro

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Re: Potência militar
« Resposta #40 Online: 11 de Setembro de 2009, 00:28:34 »
tem que ver o comparativo... há algum tempo li que eram bem inferiores aos americanos. Acho que a questão é a transferência de tecnologias, que não sei em que termos se dará
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Offline André Luiz

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Re: Potência militar
« Resposta #41 Online: 11 de Setembro de 2009, 08:29:16 »

Este debate na globo  trata deste aspecto da transferencia de tecnologia e dos fatores politicos
 
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1120485-7823-BRASIL+TEM+PLANOS+PARA+A+COMPRA+DE+JATOS+DA+FRANCA,00.html

Offline Pregador

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Re: Potência militar
« Resposta #42 Online: 11 de Setembro de 2009, 09:19:12 »
Particularmente, e bem ignorante, o sueco parece melhor. Mas transferência de tecnologia não tem preço.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline _tiago

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Re: Potência militar
« Resposta #43 Online: 11 de Setembro de 2009, 09:24:32 »
Particularmente, e bem ignorante, o sueco parece melhor. Mas transferência de tecnologia não tem preço.

Apesar dos meus questionamentos quanto ao programa, concordo com vc. Li sobre os caças e o sueco realmente pareceu ser melhor. Mas quanto a ele não teremos tranferência de tecnologia?

Offline André Luiz

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Re: Potência militar
« Resposta #44 Online: 11 de Setembro de 2009, 09:48:43 »
O sueco nao existe

O Gripen-NG ainda esta nas pranchetas, o que esta voando é a versao C/D

A proposta sueca dizia que a embraer iria adquirir parte das açoes da SAAB para ambas fazerem o programa decolar, bonito, mas é um tiro no escuro

O aviao americano viria cheio de amarras e restriçoes

Todos os avioes sao otimos, todos cumprem muito bem a missao, as diferenças entre eles sao detalhes tecnicos, um alcançe um pouco maior de radar ali, uma razao de subida maior aqui, mas nada que comprometa



Offline pablito

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Re: Potência militar
« Resposta #45 Online: 11 de Setembro de 2009, 12:01:25 »
Lula, novamente, fez cagada com sua boca grande e completa ignorância sobre o que é e significa uma licitação.

Coisa vergonhosa, pqp...

O comentário do presidente fez com que os americanos, que antes nem pensavam em transferir tecnologia, aceitem transferí-la.

Comprar armas é caro e complicado - e o processo de compra é uma valsa complexa em que se mudam (ou se fingem) aceitar e mudar parceiros em troca de melhores ofertas.

O acordo com a França não só transfere tecnologia como garante a fabricação no Brasil e dá a Helibrás, e talvez à Embraer, o direito de vender helicópteros e aviões para países do hemisfério Sul.

O acordo, conforme anunciado, é muito bom para o Brasil.

E se os americanos ficaram preocupados a ponto de liberar tecnologia, o anúncio do acordo ficou melhor que a encomenda.
Lembrando que não será necessário fechar com um único fornecedor - o anúncio antecipado pode muito bem ter sido uma isca para azeitar as coisas com os americanos.

Além disso, se o Brasil pretende ter uma influência política maior no mundo, fazer parte do Conselho de Segurança da ONU, e coisa e tal, ter uma capacidade militar maior é necessário.

E note-se que sempre podemos ter malucos desafiando nossos interesses.
Vai que algum presidente maluco invade plantas da petrobrás em algum país vizinho (eita! Morales já fez isso), ou invade construções de empresas brasileiras financiadas pelo BNDES dizendo que não vai pagar (eita! Correa já fez isso), ou mesmo invade nossas fronteiras (Há registros de que a Colômbia e a Venezuela, antes de Uribe e Chavez, já fizeram isso. Ou pesqueiros invadirem nossas águas territoriais para pescar (eita! japoneses e franceses já fizeram isso - e sabe-se lá mais quem)

Por essas e outras precisamos de capacidade de dissuasão.

O mundo ainda é um lugar muito feio e perigoso. Um século e meio sem guerras pode nos ter feito esquecer disso, mas é bom estar atento.

Skorpios

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Re: Potência militar
« Resposta #46 Online: 11 de Setembro de 2009, 19:12:34 »
A França só construirá o Rafale no Brasil a partir do 36º. Até esse numero serão fabricados na França.
Quanto aos Estados Unidos transferirem tecnologia, primeiro quero ver a autorização do Congresso deles. O Chile foi nessa e está com os aviões e sem os misseis.

Citar
Aviões serão feitos na França

Qui, 10 de Setembro de 2009 17:25

Proposta da Dassault não prevê montagem no Brasil.
Andrei Netto

Dos 36 caças Rafale que deverão ser adquiridos da fabricante aeronáutica francesa Dassault pelo Ministério da Defesa, nenhum deverá ser produzido no Brasil. Os seis primeiros deverão ser montados na França e com peças francesas. Os 30 seguintes sairão das mesmas linhas de montagem, mas incorporarão peças brasileiras.

Esse plano de produção foi apresentado ao governo brasileiro pela Dassault e servirá de base para a negociação que será aberta para a compra dos primeiros 36 aviões, a serem construídos na usina da companhia em Mérignac, no sudoeste da França, e entregues a partir de 2012 ou 2013 ao Brasil. Só partir de um hipotético 37º avião, segundo o Estado apurou, seria realizada a transferência das linhas de montagem.

Na prática, o primeiro contrato de cerca de ? 4 bilhões - cujo custo pode variar para cima ou para baixo, de acordo com o pacote tecnológico escolhido pelo Ministério da Defesa - não deverá incluir a construção local de nenhuma das aeronaves. Só após, caso seja tomada a decisão de substituir outros 120 caças da FAB, os equipamentos seriam de fato franco-brasileiros. Então a subsidiária brasileira seria autorizada a exportar os Rafale para outros países da América Latina. Nesse caso, o Brasil seria transformado em uma plataforma de negócios da França no continente.

Essa proposta faz parte da proposta preliminar entregue pela Dassault ao Ministério da Defesa, a partir da qual os concorrentes da licitação FX-2 - a norte-americana Boeing e a sueca Saab - foram eliminados. "Ainda é muito cedo para confirmar que estes números serão os definitivos, já que agora é que vamos aprofundar as negociações", ponderou Yves Robins, diretor de Relações Exteriores da Dassault em Paris. "É correto afirmar que estes números integram uma proposta prévia, digamos, que será negociada daqui para a frente."

Especialista em indústria bélica, Helène Masson, pesquisadora da Fundação para a Pesquisa Estratégica, de Paris, lembra que peças fabricadas na França ou no Brasil determinarão o lucro da Dassault. "Quanto mais equipamentos forem construídos no Brasil, menor será sua margem de lucro."

O retardo na transferência da produção da França para o Brasil ajudará a evitar um plano de demissões voluntárias que a Dassault chegou a prever em abril.

Fonte: O Estado de São Paulo


http://defesabrasil.com/site/noticias/projeto-f-x2/avioes-serao-feitos-na-franca.php

Offline Eremita

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Re: Potência militar
« Resposta #47 Online: 13 de Setembro de 2009, 05:33:22 »
tem que ver o comparativo... há algum tempo li que eram bem inferiores aos americanos. Acho que a questão é a transferência de tecnologias, que não sei em que termos se dará
Se for incluir ética no negócio, eu pessoalmente vetaria compras de alguns lugares, incluindo EUA e Rússia.

Ao menos a França tem uma história recente mais ou menos pacífica. A última guerra foi a 2ª GM e mesmo assim dá pra dizer que foi defensiva.

(Se for analisar pela história geral, bom, só Ctrl+S e mais ninguém salva).

Mas não sei se essa questão é levada em conta, educadamente recusando vendas de países bélicos...
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Offline Partiti

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Re: Potência militar
« Resposta #48 Online: 13 de Setembro de 2009, 20:17:44 »
Ao menos a França tem uma história recente mais ou menos pacífica. A última guerra foi a 2ª GM e mesmo assim dá pra dizer que foi defensiva.

Mais ou menos, tiveram as guerras de descolonização na Indochina e na Argélia nas décadas de 50 e 60. A descolonização francesa foi uma das mais sangrentas, acho que só Portugal foi mais apegado às próprias colônias que a França.
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Offline Eremita

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Re: Potência militar
« Resposta #49 Online: 13 de Setembro de 2009, 22:47:07 »
Ao menos a França tem uma história recente mais ou menos pacífica. A última guerra foi a 2ª GM e mesmo assim dá pra dizer que foi defensiva.

Mais ou menos, tiveram as guerras de descolonização na Indochina e na Argélia nas décadas de 50 e 60. A descolonização francesa foi uma das mais sangrentas, acho que só Portugal foi mais apegado às próprias colônias que a França.
Esqueci desse fato.

Bom, então "recente" significando "últimos 20 anos" já tá bom, rsrs.
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