Autor Tópico: Potência militar  (Lida 138585 vezes)

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Offline O Comissário do Povo

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Re: Potência militar
« Resposta #125 Online: 25 de Setembro de 2009, 01:33:10 »

Canadá é um grande país, tem um pib maior que o nosso. Italia também. Não precisam ser do CS para isso.
Há controvérsias:
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/rankorder/2001rank.html
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Offline O Grande Capanga

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Re: Potência militar
« Resposta #126 Online: 25 de Setembro de 2009, 01:41:06 »

Canadá é um grande país, tem um pib maior que o nosso. Italia também. Não precisam ser do CS para isso.
Há controvérsias:
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/rankorder/2001rank.html

Não sabia que a Rússia tinha passado o Brasil.

Offline O Comissário do Povo

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Re: Potência militar
« Resposta #127 Online: 25 de Setembro de 2009, 01:42:57 »

Canadá é um grande país, tem um pib maior que o nosso. Italia também. Não precisam ser do CS para isso.
Há controvérsias:
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/rankorder/2001rank.html

Não sabia que a Rússia tinha passado o Brasil.
Se não fosse o golpe de 64...
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Offline Eremita

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Re: Potência militar
« Resposta #128 Online: 25 de Setembro de 2009, 02:59:10 »

Canadá é um grande país, tem um pib maior que o nosso. Italia também. Não precisam ser do CS para isso.
Há controvérsias:
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/rankorder/2001rank.html
Em off: sou só eu que não pensaria duas vezes antes de dividir esses números absolutos por número de habitantes ou área territorial pra conseguir um dado mais útil?
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Offline Moro

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Re: Potência militar
« Resposta #129 Online: 25 de Setembro de 2009, 08:30:08 »
O argumento foi utilizado simplesmente para falar que países tão relevantes como o nosso não optaram por uma estratégia de tentar entrar no CS insistentemente, isso é, que o tamanho de um país não determina que ele tenha que ser membro do CS ou não, e não para discutir PIBs.
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Offline Moro

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Re: Potência militar
« Resposta #130 Online: 25 de Setembro de 2009, 08:31:15 »

Canadá é um grande país, tem um pib maior que o nosso. Italia também. Não precisam ser do CS para isso.
Há controvérsias:
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/rankorder/2001rank.html

Não sabia que a Rússia tinha passado o Brasil.
Se não fosse o golpe de 64...

Concordo Comissário, mas pense que podia ser pior. Imagine se tivesse sido algo como o socialismo cubano aqui? Aí nosso PIB seria igual ao do Haiti.
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Offline _Juca_

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Re: Potência militar
« Resposta #131 Online: 25 de Setembro de 2009, 12:19:51 »
Se eu sei como o golpe aconteceu no Brasil aconteceu? Claro que sim. Havia dois golpes em curso, um de direita e um de esquerda, como nos conta Elio Gaspari. 
Golpe é golpe e é sempre uma merda. Se é para escolher um modelo cubano que muitos dos golpistas de esquerda queriam implantar no brasil, evidentemente prefiro o que tivemos aqui.


Não prefiro nenhuma das duas merdas, gostar de uma menos que a outra não justifica o erro.

Meu lado nessa história? Nenhum, é problema deles, não há nenhum santo lá. E por favor não venha com esse papo de é porque é esquerda ou direita porque eu estou pouco me lixando para isso. O que eu não gosto é de ideologias e de interpretações pré-moldadas por um framework interpretativo que ela nos dá. Já votei no PT e PSDB. Se tivesse alguém que gostasse aqui em SP do DEM votaria sem problema algum.
Pelo que tenho notado, você é petista. Um direito seu.


Não sou petista, nem esquerdista. Pra mim esses conceitos já eram. As pessoas o usam porque não tem nada melhor para definir. Perguntei mesmo, para instiga-lo, pois muita gente ainda se baseia nas velhas ideologias.

Voltando a Honduras. Lá o contexto é basicamente o mesmo. Não há santos. Um governo deposto amplamente inspirado em Chaves e com idéias de se prolongar indefinidamente.
O congresso havia proibido a lei que proibe plebiscitos 6 meses antes ou depois das eleições. Um general faz uma idiotice (apesar de não ser quão madura são as instituições lá e o contexto), toma as rédeas para si e proibe que, como queria zelay, a votação fosse utilizada (provavelmente porque iria perder).


É tudo isso mesmo, mas não justifica um golpe.

Bueno, o general é destituido, os chefes da marinha/aeronautica foram juntos. A corte suprema decide pela reintegração do general. Zelaya manda a corte suprema se f...,
Como um jornal colocou na primeira página quando jango foi destituido, "Caiu de Burro".

Essa esquerda de inspiração Chavista tem a péssima mania de querer se prolongar indefinidamente no poder.
Parabéns ao Lula que se mostrou um democrata e rejeitou a reeleição, coisa que o FHC deveria ter feito. Quando um politico fica muito tempo no poder, ele acaba instrumentalizando as instituições. Democracia pressupóe alternancia de poder.

cara, na boa, não tem santo lá. E me parece que você defende a priori qualquer ato do PT. Me parece que se os EUA agissem assim por causa de um governo de direita, a maior parte dos que apoiam o que o Brasil está fazendo iria meter o pau.  Por exemplo, que tal se os EUA derrubassem o Fidel e colocassem Fugêncio?
Fidel é um déspota, vamos derrubar o cara, oras.

E me parece que o governo brasileiro sempre intervém... se a "vítima" é ideologicamente afinada com o partido.

Resumindo. É uma questão de Honduras.


Fidel é um desposta. O EUA agem assim se um governo é de direita. E pra lembrar o caso da invasão do Equador, para caçar os guerrilheiros da Farc, pela Colômbia, a diplomacia brasileira, condenou a Colômbia e pediu explicações do Equador. Não defendo o PT e talvez nem vote neles nas próximas eleições, mas reconheço a boa política externa do Brasil, e já era assim na época do FHC, mas pode melhorar com toda certeza.

Offline Dr. Manhattan

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Re: Potência militar
« Resposta #132 Online: 25 de Setembro de 2009, 12:27:51 »
Não defendo o PT e talvez nem vote neles nas próximas eleições, mas reconheço a boa política externa do Brasil, e já era assim na época do FHC, mas pode melhorar com toda certeza.

Discordo. Acho que a política externa brasileira está indo no rumo errado. O Brasil está sendo leniente demais com as provocações de
vizinhos, como foi a tomada das refinarias e a questão do preço da energia de Itaipú. Além disso, houve erros pueris, como o de
adular a China para que ela apoiasse a entrada do BR no CS.
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Offline _Juca_

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Re: Potência militar
« Resposta #133 Online: 25 de Setembro de 2009, 14:06:07 »
Não defendo o PT e talvez nem vote neles nas próximas eleições, mas reconheço a boa política externa do Brasil, e já era assim na época do FHC, mas pode melhorar com toda certeza.

Discordo. Acho que a política externa brasileira está indo no rumo errado. O Brasil está sendo leniente demais com as provocações de
vizinhos, como foi a tomada das refinarias e a questão do preço da energia de Itaipú. Além disso, houve erros pueris, como o de
adular a China para que ela apoiasse a entrada do BR no CS.

Quanto a adular a China eu concordo, com certeza eles estão querendo muito mais. Quanto aos vizinhos, em todos os casos ,eles tiveram que se contentar com migalhas, quando a médio prazo era oferecido muito dinheiro via BNDES. Vide Bolívia e Equador. Não entrar na retórica na minha opinião é  melhor que ficar cantando de galo e acirrar ainda mais os ânimos. Deixe a poeira populista baixar e mostre quem estava ganhando mais e quem perdeu mais, que foram eles, talvez seja um melhor negocio.

Offline Moro

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Re: Potência militar
« Resposta #134 Online: 25 de Setembro de 2009, 17:18:43 »
Não defendo o PT e talvez nem vote neles nas próximas eleições, mas reconheço a boa política externa do Brasil, e já era assim na época do FHC, mas pode melhorar com toda certeza.

Discordo. Acho que a política externa brasileira está indo no rumo errado. O Brasil está sendo leniente demais com as provocações de
vizinhos, como foi a tomada das refinarias e a questão do preço da energia de Itaipú. Além disso, houve erros pueris, como o de
adular a China para que ela apoiasse a entrada do BR no CS.

Está indo para um lugar completamente errado.

Temos que entender algumas coisas:

1- A reeleição em Honduras é proibida por uma cláusula pétrea.
2- O Zelaya tentou mudar para se prolongar ao no poder.
3- Ele foi deposto pelo congresso, da mesma maneira que o Color.
4- A suprema corte ratificou a decisão do congresso
5- Sem contar as denuncias de corrupção que ele era acusado.

Aí os generais foram burros e com sua truculência deram o único argumento que o Zelaya podia usar, o de vítima.

Nossa política externa é mediocre, realmente com erros crassos no caso da china e bolivia. Agora em honduras. Entre outros.
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Skorpios

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Re: Potência militar
« Resposta #135 Online: 25 de Setembro de 2009, 18:31:08 »
Não defendo o PT e talvez nem vote neles nas próximas eleições, mas reconheço a boa política externa do Brasil, e já era assim na época do FHC, mas pode melhorar com toda certeza.

Discordo. Acho que a política externa brasileira está indo no rumo errado. O Brasil está sendo leniente demais com as provocações de
vizinhos, como foi a tomada das refinarias e a questão do preço da energia de Itaipú. Além disso, houve erros pueris, como o de
adular a China para que ela apoiasse a entrada do BR no CS.

Seria interessante se deixassem a diplomacia ao cargo dos diplomatas, mas quem manda nisso aparentemente é o "enviado esoecial" do presidente, Marco Aurelio Garcia. Se lembram do gesto diplomático no acidente da Gol ? E o Itamaraty obedece.

Offline DDV

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Re: Potência militar
« Resposta #136 Online: 25 de Setembro de 2009, 19:36:38 »
Citação de: Agnóstico

1- A reeleição em Honduras é proibida por uma cláusula pétrea.

Corretíssimo.

Citar
2- O Zelaya tentou mudar para se prolongar ao no poder.

Correto (embora haja algumas controvérsias sem muita importância)

Citar
3- Ele foi deposto pelo congresso, da mesma maneira que o Color.

Aqui começa o problema:

1- Congressistas foram presos e/ou impedidos de entrar no parlamento;

2- Canais de TV e rádio foram censurados e proibidos de noticiar o golpe;

3- Pessoas foram presas à margem da lei, sem estarem cometendo crimes previstos em lei ou por ordem judicial, sem serem informadas do motivo da prisão, sem poderem comunicar sua prisão a outros e em locais estranhos aos determinados pela lei;

4- Pessoas foram deportadas (incluindo o presidente e vários embaixadores);

5- o habeas corpus foi suprimido;

6- Etc Etc Etc

Não dá para insistir (como fazem os inimigos ferrenhos de Zelaya, a maioria ideólogos de direita) que a atuação dos que lhe deporam foi totalmente legal e constitucional. Deveriam parar com isso.

NENHUM país do mundo apoiou o novo governo. Vários países (incluindo os EUA) fizeram sanções. A OEA declarou o atual governo ilegal e considera Zelaya o presidente legítimo. O FMI também é da mesma opinião. O embaixador de Honduras no CS da ONU foi expulso de lá por "não representar Zelaya, o presidente legítimo de Honduras", e por aí vai...

Deixem a ideologia de lado por enquanto.



Citar
Nossa política externa é mediocre, realmente com erros crassos no caso da china e bolivia. Agora em honduras. Entre outros.

Concordo, embora discorde que postura atual de todos do países do mundo (não só o Brasil) esteja errada. Aquilo que ocorreu em Honduras deve ser reprimido da forma mais severa possível para servir de exemplo aos inimigos da democracia pelo mundo.

Não precisavam ter dado um golpe de estado para depor Zelaya.
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Offline Moro

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Re: Potência militar
« Resposta #137 Online: 25 de Setembro de 2009, 21:04:29 »
DDV, concordo plenamente com a maneira equivocada, só que... veja, Zelaya fez sua parte.
Se analisarmos a cadeia de acontecimentos, podemos identificar claramente Zelaya como a pessoa que começou a desafiar e jogar com a constituição do país. Quem foi a pessoa que atacou a constituição e a democracia primeiro?

E mais uma vez, não estou defendendo o golpe nem o Zelaya, minha argumentação toda é que não há motivo para tomar partido frente a uma conjuntura como essa. Apoiar qualquer um é apoiar alguém que contribuiu muito para o fluxo de acontecimentos.

Eles que resolvam. Inimigo da democracia? Ora, é o Senado brasileiro. Que tal arrumarmos nosso quintal antes de apontar o dedo para a cara dos outros?
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Offline Derfel

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Re: Potência militar
« Resposta #138 Online: 26 de Setembro de 2009, 08:18:58 »
1. Um erro não justifica o outro
2. Havia um receio que o que aconteceu em Honduras, a deposição de um presidente pelo exército, contaminasse outros países do continente

Offline Moro

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Re: Potência militar
« Resposta #139 Online: 26 de Setembro de 2009, 08:41:55 »
1- correto. Porque então falar que foi o golpe de um lado quando foi tentativa de golpe primeiro do Zelaya?
2-Isso não é um virus. Isso o que você falou é um ad hoc para justificar quem já vê sentido na intervenção. Qual país especificamente ia ser contaminado?

Não tem sentido.
« Última modificação: 26 de Setembro de 2009, 08:44:19 por Agnóstico »
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Offline Derfel

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Re: Potência militar
« Resposta #140 Online: 26 de Setembro de 2009, 09:20:20 »
1- correto. Porque então falar que foi o golpe de um lado quando foi tentativa de golpe primeiro do Zelaya?

Porque um foi consumado e o outro uma tentativa. Se o Zelaya tivesse realmente feito o golpe seria motivo de censura.

Citar
2-Isso não é um virus. Isso o que você falou é um ad hoc para justificar quem já vê sentido na intervenção. Qual país especificamente ia ser contaminado?

Não tem sentido.

Nops. Eu disse que havia um receio e não uma certeza. Contaminação aqui é empregada como empréstimo da medicina. Havia um "receio" entre outros países (EUA, Brasil entre outros) que em outros países poderia ser adotada a mesma prática, podendo levar a outros golpes em outros países. Condenar o golpe foi mandar um recado que essa atitude não seria mais admitida no continente.

Offline HeadLikeAHole

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Re: Potência militar
« Resposta #141 Online: 26 de Setembro de 2009, 11:01:01 »
Se o Zelaya tivesse realmente feito o golpe seria motivo de censura.

Não exatamente. O método usado por ele, o golpe pelas urnas, não é visto por muitos paises como ilegal. A Venezuela, por exemplo, já é praticamente uma ditadura e ninguem está censurando, sem falar nas várias proto-ditaduras bolivarianas espalhadas pelo continente.

Offline DDV

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Re: Potência militar
« Resposta #142 Online: 26 de Setembro de 2009, 11:16:43 »
Se o Zelaya tivesse realmente feito o golpe seria motivo de censura.

Não exatamente. O método usado por ele, o golpe pelas urnas, não é visto por muitos paises como ilegal. A Venezuela, por exemplo, já é praticamente uma ditadura e ninguem está censurando, sem falar nas várias proto-ditaduras bolivarianas espalhadas pelo continente.

A impossibilidade de reeleição para presidente é uma cláusula pétrea da constituição hondurenha. Só através de golpe poderia ser desrespeitada. Não é o caso da Venezuela com Chávez, Brasil com FHC e Colômbia por Uribe, pois nesses países era possível emendar a constituição para permitir reeleições.

Tecnicamente falando, essas mudanças ocorridas no Brasil, Venezuela e Colômbia não foram golpe. O caráter proto-ditatorial da Venezuela decorre muito mais de outros atos de Chávez (como ameaça a oposicionistas, fechamento de canais de TV e rádio, etc) do que da possibilidade de reeleição indefinida.

Enquanto houver respeito à constituição, respeito às liberdades e garantias individuais (incluindo a política), respeito às leis, separação entre os poderes, imprensa livre, voto universal secreto e periódico e etc, haverá democracia. Faltando alguns desses, não haverá democracia.
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Offline HeadLikeAHole

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Re: Potência militar
« Resposta #143 Online: 26 de Setembro de 2009, 11:58:59 »
O interessante é que Chávez justifica seus atos (ameaça a oposicionistas, fechamento de canais de TV e rádio, etc), com o argumento de que a oposição é contra a democracia pois são contra ele e ele foi eleito logo pode tudo.
É raro ver alguma páis repreendendo Hugo Chavez pela falta de liberdade (ou de democracia) no seu governo fora o EUA (duvida: o EUA ou os EUA?)

Offline Moro

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Re: Potência militar
« Resposta #144 Online: 26 de Setembro de 2009, 20:26:01 »
derfel

1- quer dizer que o zelaya nao pode ser acusado de golpe porque ele foi mal sucedido. Hummm...

2- Me diga qual os paises que iriam pegar esse virus do golpe pelo qual vc justifica nossa açao como sendo uma mensagem para eles
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Re: Potência militar
« Resposta #145 Online: 07 de Janeiro de 2010, 03:33:00 »
Citação de: [url=http://www.aereo.jor.br/2010/01/05/fab-prefere-caca-sueco-a-frances/]Poder Aéreo[/url]
FAB prefere caça sueco a francês


Gripen NG

O caça francês Rafale, da empresa Dassault, ficou em terceiro e último lugar no relatório técnico que o Comando da Aeronáutica entregou ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, sobre o projeto FX-2, de renovação da frota da FAB. O Gripen NG, da sueca Saab, ficou em primeiro lugar na avaliação, e o F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, em segundo.

O resultado tende a gerar constrangimentos no governo e mais atrasos para a decisão final sobre o projeto de compra de 36 caças, ao contrapor a avaliação técnica da Aeronáutica pró-suecos à preferência política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da área diplomática pela oferta que foi apresentada pelos franceses

A decisão pró-Rafale chegou a ser anunciada em nota conjunta assinada pelos presidentes Lula e Nicolas Sarkozy, em setembro passado, mas o governo brasileiro recuou depois da repercussão negativa na FAB e entre os concorrentes, já que a avaliação técnica nem sequer havia sido concluída.

Agora, o governo está num impasse: ou passa por cima do relatório da FAB e fica com os Rafale, ou desagrada o governo francês e opta pelo Gripen NG. Formalmente, o presidente Lula está liberado para escolher qualquer um dos três.

Conforme a Folha apurou, o “sumário executivo” do relatório da FAB, com as conclusões finais das mais de 30 mil páginas de dados, apontou o fator financeiro como decisivo para a classificação do caça sueco: o Gripen NG, até por ser monomotor e ainda em fase de projeto (se baseia no Gripen atual, uma versão inferior em performance), é o mais barato dos três concorrentes finais.


F-18 Super Hornet

A diferença de valores é tanto no quesito preço do produto como no custo de manutenção. A Saab diz que ofereceu o Gripen pela metade do preço do Rafale, ou seja, algo na casa dos US$ 70 milhões. Afirma que a hora-voo de seu avião é quatro vezes menor do que a do francês, o que a Dassault rejeita: como o Rafale tem duas turbinas, é mais caro de operar, mas teria melhor performance.

Quem vai arcar com todos esses custos, durante os cerca de 30 anos de vida útil do jato, é a FAB, que considera a questão prioritária.

Pesou também o compromisso de transferência de tecnologia. O Gripen NG é um projeto em desenvolvimento que oferece em tese mais acesso a tecnologias para empresas futuramente parceiras, como a Embraer. Há a promessa genérica de produção final no Brasil, mas de resto o Rafale também diz isso. O problema é que o francês é um produto pronto, supostamente com menor taxa de transferência de conhecimento de produção.

O relatório da FAB não considerou como negativo o fato de o jato sueco ser monomotor, já que em aviões modernos isso é visto com um problema menor na incidência de acidentes.


Rafale e AM-39 - foto Dassault e MBDA

Já o Rafale apresentou três obstáculos, na análise da FAB:

1) Continuou com valores considerados proibitivos, ao contrário do que o presidente da França, Nicolas Sarkozy, havia prometido a Lula.

2) O prometido repasse de tecnologia foi considerado muito aquém da ambição Brasileira. Trata-se de um “produto pronto”, que teria, ou terá, dificuldades para ser vendido a outros países a partir do Brasil.

3) A Embraer, consultada pela Aeronáutica, declarou que, se fosse o Rafale, não teria interesse em participar do projeto, pois lucraria muito pouco em tecnologia e em negócios.

O relatório foi feito pela Copac (Comissão Coordenadora do Programa Aeronaves de Combate) e ratificado pelo Alto Comando da Aeronáutica no dia 18 de dezembro.

Jobim voltou ontem à noite a Brasília pronto para se reunir com o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito. Oficialmente, para ganhar tempo, a versão do governo é que a FAB ainda não lhe entregou o documento.

O ministro já sabe do resultado desde uma viagem que fez com Saito à China e à Ucrânia, no final do ano. Os dois aproveitaram uma escala justamente em Paris para discutir a questão com o presidente da Copac, brigadeiro Dirceu Tondolo Noro, que, conforme a Folha apurou, foi chamado de última hora a viajar à capital francesa para encontrá-los.

É uma das grandes compras em curso no mundo, e pode bater os R$ 10 bilhões.

Em entrevista à Folha em dezembro, Jobim admitiu que tinha interferido para mudar as regras do relatório da Copac, mas sem assumir que a intenção era evitar que a FAB indicasse um favorito que não batesse com o do Planalto.

FONTE: Folha de São Paulo, via Notimp / FOTOS (de cima para baixo, conforme a classificação sugerida pela matéria): Gripen International, USAF e Dassault / MBDA

COMPLEMENTO: ouça o podcast “2010 começa com dois abacaxis militares para Lula” com análise da jornalista que assina a matéria, na Folha Online, clicando aqui. O Portal G1, comentando a reportagem da Folha de São Paulo, acrescentou que “a assessoria do ministério da Defesa disse ao G1 que Jobim só tratará do tema na próxima semana, quando retorna de férias. O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica afirmou que a FAB só se manifestará oficialmente junto com o ministério. Apesar da questão técnica, a decisão final cabe ao presidente Lula. Ele pode ignorar a preferência da FAB e escolher qualquer um dos três modelos que seguem na concorrência. A tendência é que o escolhido seja anunciado no início deste ano.” (clique aqui para acessar matéria do G1)

NOTA DO EDITOR: Como dissemos no editorial “F-X2: surpresas em janeiro de 2010?“, a demora na decisão final do F-X2 indicava que havia diferença nas escolhas do Governo e da FAB. O Poder Aéreo, que tem acesso a algumas fontes importantes, também sabia que o F/A-18E/F teria alcançado melhor posição que o Rafale, por isso o título do editorial. Agora é esperar a martelada (ou não) do presidente.
Citação de: [url=http://www.aereo.jor.br/2010/01/05/fab-nega-entrega-de-relatorio-sobre-cacas-a-jobim/]Poder Aéreo[/url]
FAB nega entrega de relatório sobre caças a Jobim


Gripen NG Demonstrator

A Força Aérea Brasileira negou, em comunicado nesta terça-feira, ter apresentado seu relatório sobre a concorrência para a compra de 36 caças ao Ministério da Defesa, mas reconheceu que a análise já foi concluída.

A FAB, no entanto, não fez menção a uma suposta preferência pelas aeronaves suecas na disputa, conforme publicou a edição desta terça-feira do jornal Folha de S.Paulo.

Segundo o jornal, o relatório sobre a concorrência, conhecida como projeto F-X2, entregue ao ministro Nelson Jobim, apontava preferência dos militares pelo caça Gripen NG da sueca Saab. O F-18 da norte-americana Boeing ficava em segundo lugar, e o Rafale, da francesa Dessault Aviation, em terceiro.

“O Comando da Aeronáutica, por meio da Comissão Gerencial do Projeto F-X2, encerrou o relatório final de análise técnica das aeronaves concorrentes e destaca que, até o presente momento, não o encaminhou ao Ministério da Defesa”, afirmou a FAB em comunicado.

Procurado pela Reuters, o Ministério da Defesa disse não ter informações sobre o recebimento do relatório, sem fazer mais comentários.

PARCERIA ESTRATÉGICA

Em Paris, a presidência da França não quis comentar a notícia, declarando: “Estamos serenos”.

Uma fonte próxima ao Ministério da Defesa da França descreveu o artigo na Folha como “rumor”. E acrescentou que “além da questão industrial, o Rafale implica ainda uma parceria estratégica entre a França e o Brasil”.

“Não há nenhuma comparação a fazer entre os dois aparelhos (o Gripen e o Rafale)”, disse essa mesma fonte. “Eles não têm as mesmas características técnicas nem as mesmas funções”.

A escolha de novos caças para substituir a frota atual da FAB, que especialistas classificam de obsoleta, vem se arrastando desde o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que, no último ano de seu mandato, em 2002, decidiu deixar a decisão sobre a compra para Lula, seu sucessor.

Inicialmente, Lula cancelou o projeto, então conhecido como F-X, mas em maio de 2008 foi criado o projeto F-X2 e, em novembro do mesmo ano, selecionados como finalistas o Rafale, o Gripen NG e o F18 Super Hornet.

Nem a FAB nem as empresas concorrentes divulgam valores, mas uma fonte do governo francês chegou a afirmar que a proposta francesa era de 5 bilhões de euros. O Rafale é apontado por especialistas como a opção mais cara entre os três concorrentes.

O cronograma inicial do F-X2 previa o anúncio da escolha do novo caça em outubro do ano passado, mas uma decisão final sobre o assunto, que cabe ao presidente Lula, vem sendo adiada desde então.

(Por Eduardo Simões; Reportagem adicional de Elizabeth Pineau e Yann Leguernigou em Paris)

FONTE: Reuters/Brasil Online – Via O Globo – VÍDEO (abaixo): G1

<a href="http://video.globo.com/Portal/videos/cda/player/player.swf?midiaId=1185900" target="_blank" class="new_win">http://video.globo.com/Portal/videos/cda/player/player.swf?midiaId=1185900</a>

NOTA DO EDITOR 1: se o valor de 5 bilhões de euros citado na matéria for realmente verdadeiro, calculem quanto sairia cada um dos 36 Rafale ao Brasil em reais.

NOTA DO EDITOR 2: no vídeo do G1, logo acima, que tem parte do texto com o mesmo teor do texto da matéria Reuters/Brasil Online / O Globo, o jornalista afirma que “fontes do governo confirmam que a preferência da aeronáutica seria pelos caças Gripen.”
Citação de: [url=http://www.aereo.jor.br/2010/01/05/por-tras-da-vitoria-do-gripen/]Poder Aéreo[/url]
Por trás da ‘vitória’ do Gripen

Notícia divulgada por jornal de São Paulo merece reflexões


Gripen NG under

Especulações. É o que se ouve desde que o relatório da FAB sobre o programa FX-2 foi concluído. Muitas conversas de bastidores, matérias tendenciosas publicadas na mídia e pouca informação oficial.

Hoje o jornal Folha de São Paulo soltou uma matéria “bombástica”, informando a melhor classificação do Gripen NG frente aos outros dois concorrentes (leia a notícia abaixo). Segundo divulgado pelo jornal, o mesmo teve acesso ao relatório da FAB. Na verdade não há muita novidade na matéria, pois diversos boatos já haviam surgido em outros veículos de comunicação informando a eventual vitória do produto da Saab (todos sem comprovação, diga-se de passagem).

É de conhecimento geral a preferência do Governo pela proposta francesa. A divulgação de uma matéria como essa acaba colidindo com o desejo do Executivo, sendo ou não verdade o seu conteúdo e suas fontes. Por que esta matéria foi publicada justo agora e com quais propósitos?

Responder esta pergunta significa entrar também no campo da especulação, mas é preciso levantar algumas possíveis opções. A primeira delas é  a de que através de um grande furo jornalístico, a ‘Folha’ foi o primeiro veículo de comunicação a ter acesso ao conteúdo do relatório final da FAB e merece os créditos por isso.

Outra possibilidade seria o “vazamento” do resultado do relatório da FAB fruto da atual crise interministerial que o governo atravessa. Descontentes com o decreto publicado pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos sobre a criação de uma Comissão Nacional da Verdade para investigar crimes cometidos durante o regime militar, o resultado do relatório do F-X2 pode ter sido vazado com o propósito de se atingir o atual governo, favorável ao Rafale colocado em último lugar. Se esta versão for verdadeira, estaríamos assistindo uma “revanche” e não um furo jornalístico.

Existe também a possibilidade de que a notícia foi simplesmente plantada sem qualquer fundamento (não foram apresentadas cópias dos documentos citados ou quaisqer outras provas) com o propósito de prejudicar a atual adminstração federal e seu/sua eventual candidato, colocando ambos em situação desconfortável pelos motivos já mencionados no parágrafo anterior.

2010 já começou e este é um ano eleitoral. Toda e qualquer informação terá que ser analisada e investigada. Muitos interesses estarão por trás delas. A janela para a decisão político-estratégica do F-X2 encerrou-se no último dia 31 de dezembro. A partir de janeiro a decisão será político-eleitoral.
Citação de: [url=http://www.aereo.jor.br/2010/01/05/f-x2-mais-informacoes-sobre-a-repercussao-da-materia-da-folha-na-franca/]Poder Aéreo[/url]
Mais informações sobre a repercussão da matéria da ‘Folha’ na França
Segundo o jornal Libération, Dassault reduzirá valor do Rafale de € 96 milhões  para € 50 milhões. Le Monde alerta para nova derrota


Rafale_F3_comorac - foto Marine Nationale

A informação de que a Força Aerea Brasileira (FAB) classificou o avião supersônico Rafale, fabricado pela Dassault, em terceiro e último lugar em seu parecer técnico sobre a licitação para a compra de aviões de Caça repercutiu na imprensa francesa, mas não quebrou o silêncio do Palácio do Eliseu sobre o tema, que dura mais de 50 dias. A estratégia de trabalhar nos bastidores, entretanto, seguiria em curso: de acordo com o jornal Libération, a companhia estaria reduzindo o preço de seus jatos em 40% para tentar conquistar o contrato de fornecimento de 36 aviões ao Brasil.

O Estado contatou o almirante Edouard Guillaud, conselheiro Militar do Palácio do Eliseu e porta-voz do tema no governo francês, nesta terça-feira em busca de uma reação sobre relatório da FAB, revelado pela revista Veja e pelo jornal Folha de S. Paulo. Por meio de uma assessora, Guillaud disse que não se manifestaria, sem apontar o motivo do silêncio. À agência Reuters, uma fonte consultada informou que não comentaria as reportagens da imprensa brasileira por se tratarem “de rumores”.

Desde 14 de novembro, quando da última visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Paris, a presidência francesa não se manifesta sobre as chances do jato na concorrência. Na oportunidade, Lula cometeu um ato falho que, mais uma vez, reforçou sua preferência pelos franceses. “Além de sermos amigos, nós precisamos ter um pensamento estratégico para os próximos 50, 100 anos”, ressaltou o presidente, enumerando os projetos da Parceria Estratégica Brasil-França: “Começamos a estabelecer, nessa ideia da estratégia entre França e Brasil, os acordos do submarino, os acordos dos helicópteros, os acordos dos aviões de caça.”

O silêncio também foi a resposta de executivos da Dassault procurados na sede da empresa em Saint-Cloud, na França, e na filial em Brasília. Em nenhum dos casos os contatos foram respondidos.

Já a imprensa de Paris repercutiu o assunto. No final da manhã, o Le Monde alertou para o risco de que a Dassault perca outra concorrência internacional. O Libération, por sua vez, informa que a companhia estaria pronta a reduzir em 40% o preço de cada Rafale, de forma a torná-lo mais competitivo contra seu principal concorrente, o Gripen NG, fabricado pela sueca Saab. A Dassault estaria, assim, alinhando o preço de seus aviões ao cobrado da Força Aerea Francesa, ou seja, € 50 milhões por unidade – o valor é, até aqui, um segredo absoluto da fabricante. Ainda segundo o jornal, o preço original do avião seria € 96 milhões.

Enquanto a Dassault se cala, a favorita da FAB, a Gripen, manteve o perfil discreto. Anne Lewis-Olsson, diretora de Comunicação da Saab Brasil, foi prudente: “Se a informação for verdadeira, será uma notícia muito importante para a Saab. Mas não recebemos nenhum tipo de comunicado oficial da FAB ou de qualquer fonte oficial do governo brasileiro”.

Jobim se irrita com vazamento e decreta silêncio
Segundo ‘Estadão’, Lula deve ignorar parecer pró-caça sueco

Citação de: [url=http://www.aereo.jor.br/2010/01/06/decisao-pelo-gripen-a-fab-aposta-na-continuidade-da-penuria/]Poder Aéreo[/url]
Decisão pelo Gripen: a FAB aposta na continuidade da penúria?


F-5EM

Quem acompanha a realidade das Forças Armadas brasileiras há anos sabe a verdadeira situação reinante nos quartéis, bases aéreas e meios navais. Quase sempre tem faltado dinheiro para as coisas básicas, como comida e uniformes. Para munição então, nem se fala.

Na FAB, o contingenciamento constante dos recursos tem obrigado a Força a diminuir o número de horas de voo dos seus pilotos e a manter vários aviões no chão, por falta de dinheiro para manutenção. Ocasionalmente, a situação parece melhorar, mas mesmo assim, ainda aquém das necessidades de uma Força Aérea competitiva.

Quase não há recursos para investimentos. Os melhores equipamentos da FAB e da Marinha foram comprados durante os Governos Militares, há décadas, tendo passado por modernizações para se manterem minimamente competitivos com os cenários atuais, ou sendo desativados e substituídos, em grande parte, por equipamentos de segunda mão, com algumas notáveis exceções, das quais os A-29 são um exemplo. Os Governos Civis, apesar de algumas iniciativas mais recentes, não souberam definir o que querem do Brasil em matéria de Defesa, ou conciliar o discurso com a prática.

É o caso do atual governo que, mesmo tendo criado a END (Estratégia Nacional de Defesa), continuou contingenciando os recursos destinados ao custeio das Forças Armadas e não defininiu um percentual do PIB constante para a Defesa. Os royalties do petróleo da Marinha, por exemplo, continuam contingenciados e ainda querem deixar a Marinha fora dos projetados lucros do Pré-Sal.

A FAB, por sua vez, parece saber que os contingenciamentos continuarão. Quando a situação  aperta, são as Forças Armadas os primeiros alvos da Equipe Econômica do Governo. Então faz sentido que a Força Aérea escolha um caça que seja barato de manter e voar (caso se confirmem as informações do relatório divulgadas pela Folha de São Paulo), pois é essa a realidade do Brasil.

O Rafale, que teve sua preferência sinalizada pelo Presidente da República e pelo Ministro da Defesa, é um ótimo avião de combate, mas seu custo operacional é, muito provavelmente, 10 vezes superior ao do caça mais usado pela FAB atualmente, o F-5. Para uma Força que luta constantemente para manter seus aviões voando, receber um avião sofisticado que não terá garantia de recursos para se manter plenamente operacional é uma temeridade.

Esse é o nó operacional, aquele que faz a diferença no dia-a-dia e na real capacidade de dissuasão da Força, um nó que pode ser desatado, em parte, caso a transferência de tecnologia, indispensável para a operação local de um novo caça, seja realizada a contento. E que também pode ser ainda mais apertado caso essa transferência se complique, o que vale para todos os três finalistas.

Para a operação na realidade da FAB, não faz sentido um Governo que já cancelou o primeiro F-X por causa do “Fome Zero”, escolher no F-X2 o avião mais caro. Para ser coerente, o Governo deveria escolher também o mais barato.

F-X2: Senador quer ouvir Jobim sobre vazamento do relatório
Citação de: [url=http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2010/01/06/urgente++decisao+final+sobre+venda+de+rafale+sera+politica+diz+amorim+9264430.html]Último Segundo[/url]
Decisão final sobre venda de Rafale será política, diz Amorim

"A decisão final sempre é política", sentenciou nesta quarta-feira, em Genebra, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, referindo-se ao projeto brasileiro de compra de caças franceses Rafale, criticados pelos militares.

  • França propõe plataforma industrial ao Brasil se comprar caça "Rafale"


O ministro da Defesa francês, Hervé Morin, minimizou nesta quarta-feira a importância das informações de que os militares brasileiros preferem o caça sueco "Gripen" ao francês "Rafale", e disse que sua oferta inclui transferência tecnológica ao Brasil, que teria, assim, "uma plataforma industrial" para a América Latina.

"A decisão do Brasil será política", ressaltou Morin, em entrevista à rede de televisão francesa "BFM TV", onde lembrou que a França estabeleceu "uma aliança estratégica com o Brasil", que se traduziu na venda, no ano passado, de helicópteros militares e submarinos no valor de 4,5 bilhões de euros.

Assim, o ministro respondia a informações publicadas ontem na imprensa brasileira de que uma comissão técnica tinha comunicado ao Ministério da Defesa sua preferência pelo modelo de avião de combate sueco, frente às alternativas francesa ou americana.

Depois que a Força Aérea Brasileira (FAB) desmentiu ter entregue esse relatório técnico sobre a licitação para adquirir 36 caças, o ministro francês estimou que, neste assunto, "a imprensa brasileira não tem necessariamente a verdade".

Perguntado sobre o preço do "Rafale", que é considerado muito alto a respeito de seus concorrentes, Morin respondeu com uma interrogação retórica: "é possível comparar uma Ferrari, que é o 'Rafale', com um Volvo, que é o 'Grippen'?".

"O 'Rafale' é um avião de missões múltiplas", que já é uma realidade provada e utiliza "as tecnologias mais modernas", disse o ministro francês.

Morin insistiu em que, com a venda do "Rafale", se propõe uma transferência tecnológica que daria ao Brasil e à própria indústria francesa "uma plataforma industrial de primeiro plano para toda a América Latina", onde seria possível comercializar este aparelho.

Também insistiu em que Suíça, que pretende renovar sua frota de aviões de combate, colocou "em primeiro lugar" o "Rafale", na comparação técnica com seus concorrentes.

O ministro francês considerou normal que o Brasil não tenha anunciado ainda com que aparelho ficará, porque adquirir um avião de combate é adquirir um conjunto de sistema de armamento, ou seja, "uma decisão para 40 anos, na qual influeciam muitos parâmetros".
« Última modificação: 07 de Janeiro de 2010, 03:36:47 por Unknown »

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Offline André Luiz

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Re: Potência militar
« Resposta #146 Online: 07 de Janeiro de 2010, 09:01:28 »
Mas que novela

A FAB é a instituiçao competente para escolher o aviao que vai fazer a nossa defesa aerea pelos proximos 30/40 anos

E nao o presidente com uma canetada sabe-se la com quais interesses

No frigir dos ovos os tres avioes sao otimos ( tem pequenas diferenças em alcance do radar, manobralidade ...)  mas nada que comprometa

O que faz a diferença mesmo é a qualidade dos pilotos e a doutrina

Entao a FAB escolheu o aviao com qual podera voar mais e treinar mais, no caso o Gripen

O Rafale no chao nao ganha dos Sukhoi do Chaves ou dos MIG-29 peruanos, dos F-16 chilenos....

Offline _Juca_

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Re: Potência militar
« Resposta #147 Online: 07 de Janeiro de 2010, 09:27:18 »
Mas que novela

A FAB é a instituiçao competente para escolher o aviao que vai fazer a nossa defesa aerea pelos proximos 30/40 anos

E nao o presidente com uma canetada sabe-se la com quais interesses

No frigir dos ovos os tres avioes sao otimos ( tem pequenas diferenças em alcance do radar, manobralidade ...)  mas nada que comprometa

O que faz a diferença mesmo é a qualidade dos pilotos e a doutrina

Entao a FAB escolheu o aviao com qual podera voar mais e treinar mais, no caso o Gripen

O Rafale no chao nao ganha dos Sukhoi do Chaves ou dos MIG-29 peruanos, dos F-16 chilenos....


A decisão é política e já foi tomada, além do que o sueco leva tecnologia americana, que historicamente impões muitas restrições ao repasse de tecnologia militar. E não é bem isso que o governo quer, nem o ministro da Defesa.
O caça escolhido é o Rafale, no qual a Embraer vai ser a maior beneficiária, ao adquirir o know how completo dos caças.

Offline Diegojaf

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Re: Potência militar
« Resposta #148 Online: 07 de Janeiro de 2010, 09:33:35 »
Como sempre, as últimas pessoas a serem ouvidas são aquelas que efetivamente irão utilizar o produto e colocar suas vidas nelas.

Quando a polícia adquiriu as .40 da Imbel, mais caras, menos seguras e mais antigas, em detrimento das .40 da Taurus, mais modernas, leves, baratas e seguras, o que pesou foi a política.

Detalhe que quando os policiais mais antigos começaram a dar tiros nos próprios joelhos eles começaram a comprar as Taurus.

Quem paga mal, paga duas vezes.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline André Luiz

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Re: Potência militar
« Resposta #149 Online: 07 de Janeiro de 2010, 09:41:42 »
Acho que o erro da FAB foi ter eliminado os russos da concorrencia, mesmo nao ganhando serviria para empurrar o preço dos outros pra baixo

A vantagem do caça sueco é que se trata de um programa,  como as duas partes tem interresse em alavancar o produto é bem mais tranquila para tranferir tecnologia, pois se aprende fazendo

Mas...  a Embraer  eas demais sao empresas privadas, o compromisso delas é com o lucro, entao espero que nao ocorra o que aconteçeu com o AMX que na epoca custou o preço de 2 F-16 e tambem nao vejo vantagem em vender o Gripen-NG para os nossos vizinhos, querendo ou nao sempre serao os potenciais adversarios




 

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