Autor Tópico: O que acham do bolsa reclusão, o auxílio para familias de presidiários?  (Lida 10481 vezes)

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Offline Aronax

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Re: O que acham do bolsa reclusão, o auxílio para familias de presidiários?
« Resposta #125 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 15:27:20 »


E não deveria haver uma bolsa para a família das vítimas dos bandidos? Que, na falta de verba, seria paga primeiro?


.
Bem observado.....alias....os famosos DH parece sempre se preocuparem com os agressores...nunca com os agredidos....
Uma verdade ou um ser podem ser vistos de vários pontos, porém a verdade e o ser estão acima de pontos de vista.

Offline FZapp

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Re: O que acham do bolsa reclusão, o auxílio para familias de presidiários?
« Resposta #126 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 15:37:27 »
Uma vez vi uma explicação de psicologia evolutiva para se ter filhos demais e filhos cedo demais, seria uma decisão racional motivada pela menor expectativa de vida e o desejo que virtualmente todos têm de ter filhos e viver para criá-los ao menos um pouco. (...)

Irracional, até podia ser... tem filhos cedo porque entram na vida social (que no caso é igual a sexual) cedo demais, ou melhor, cedo para o nosso padrão classe média.
--
Si hemos de salvar o no,
de esto naides nos responde;
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Offline Nina

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Re: O que acham do bolsa reclusão, o auxílio para familias de presidiários?
« Resposta #127 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 16:20:21 »
Citação de: Nina
Citação de: DDV
Se tem algo que acho positivo no Bolsa-Família é justamente essa melhorada nas negociações de empregos e salários que ele permite, em favor dos pobres. Em outras palavras, o fato do pobre não estar desesperado por qualquer migalha aumenta bastante o seu grau de liberdade na hora de arranjar trabalho, equalizando um pouquinho mais a liberdade individual dele com a do patrão.

Isso só seria verdade se o bolsa família fosse maior. Ele ainda não dá pra sustentar uma família sozinho, por isso ainda trabalham. Ela mesma fala que se o bolsa família aumentasse, parava de trabalhar. No fim, as pessoas, coitadas, ainda precisam trabalhar.


A parte positiva do BF não seria poder  sustentar uma família, mas aliviar um pouco o "desespero" do pobre na hora de negociar salários e condições de trabalho.

Desespero do probre? Ele não fica desesperado, vai na prefeiura pedir ajuda.

Aqui, quando a empregada fica cansada, ela pára de trabalhar por uns meses pra "descansar". Afinal, dar faxina 3 x por semana é muito mesmo!!
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline Nina

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Re: O que acham do bolsa reclusão, o auxílio para familias de presidiários?
« Resposta #128 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 16:21:59 »
Uma vez vi uma explicação de psicologia evolutiva para se ter filhos demais e filhos cedo demais, seria uma decisão racional motivada pela menor expectativa de vida e o desejo que virtualmente todos têm de ter filhos e viver para criá-los ao menos um pouco. (...)

Irracional, até podia ser... tem filhos cedo porque entram na vida social (que no caso é igual a sexual) cedo demais, ou melhor, cedo para o nosso padrão classe média.

Treze anos é cedo para qualquer padrão. E olha que esse foi o único que ela "planejou" (sic). :o
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline FxF

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Re: O que acham do bolsa reclusão, o auxílio para familias de presidiários?
« Resposta #129 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 16:22:22 »
Eu acho até meio furado essa teoria. A maturidade sexual fica em torno dos 13 anos. Muitos índios se casam depois da primeira ejaculação/ovulação.

A gente tá tão acostumado com questões de responsabilidade que já tenta procurar explicações para ter filhos tão cedo... mas na verdade os "esquisitos" da natureza são os que não tem esses filhos. ;)

Offline Nina

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Re: O que acham do bolsa reclusão, o auxílio para familias de presidiários?
« Resposta #130 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 16:24:32 »
Moramos na selva? Pensei que estívessemos falando da sociedade atual. Ok então...
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline Adriano

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Re: O que acham do bolsa reclusão, o auxílio para familias de presidiários?
« Resposta #131 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 16:30:25 »
É isso que dá querer equiparar o ser humano aos demais animais  :histeria:

Ou estaria o Fox impregnado de relativismo cultural a ponto de considerar tão corretos quantos os nossos valores os de culturas extremamente simples. Contextualizando sempre é claro.
« Última modificação: 16 de Fevereiro de 2010, 16:33:54 por Adriano »
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline FxF

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Re: O que acham do bolsa reclusão, o auxílio para familias de presidiários?
« Resposta #132 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 16:34:19 »
O Buckaroo valou em evolução. Então, no contexto, sim, se trata de "viver na selva".

Offline _Juca_

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Re: O que acham do bolsa reclusão, o auxílio para familias de presidiários?
« Resposta #133 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 16:40:21 »
Citação de: Nina
Citação de: DDV
Se tem algo que acho positivo no Bolsa-Família é justamente essa melhorada nas negociações de empregos e salários que ele permite, em favor dos pobres. Em outras palavras, o fato do pobre não estar desesperado por qualquer migalha aumenta bastante o seu grau de liberdade na hora de arranjar trabalho, equalizando um pouquinho mais a liberdade individual dele com a do patrão.

Isso só seria verdade se o bolsa família fosse maior. Ele ainda não dá pra sustentar uma família sozinho, por isso ainda trabalham. Ela mesma fala que se o bolsa família aumentasse, parava de trabalhar. No fim, as pessoas, coitadas, ainda precisam trabalhar.


A parte positiva do BF não seria poder  sustentar uma família, mas aliviar um pouco o "desespero" do pobre na hora de negociar salários e condições de trabalho.

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Offline Barata Tenno

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Re: O que acham do bolsa reclusão, o auxílio para familias de presidiários?
« Resposta #134 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 17:21:20 »
Citação de: Nina
Citação de: DDV
Se tem algo que acho positivo no Bolsa-Família é justamente essa melhorada nas negociações de empregos e salários que ele permite, em favor dos pobres. Em outras palavras, o fato do pobre não estar desesperado por qualquer migalha aumenta bastante o seu grau de liberdade na hora de arranjar trabalho, equalizando um pouquinho mais a liberdade individual dele com a do patrão.

Isso só seria verdade se o bolsa família fosse maior. Ele ainda não dá pra sustentar uma família sozinho, por isso ainda trabalham. Ela mesma fala que se o bolsa família aumentasse, parava de trabalhar. No fim, as pessoas, coitadas, ainda precisam trabalhar.


A parte positiva do BF não seria poder  sustentar uma família, mas aliviar um pouco o "desespero" do pobre na hora de negociar salários e condições de trabalho.

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Cuidado com a falacia......
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline FZapp

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Re: O que acham do bolsa reclusão, o auxílio para familias de presidiários?
« Resposta #135 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 18:21:30 »
Moramos na selva? Pensei que estívessemos falando da sociedade atual. Ok então...

Na Índia as meninas ainda casam aos 14 anos... e 13 pode parecer cedo para casar, obvio, mas a vida sexual já começa. Estamos sim falando do século XXI, que inclui o século XVI :)
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Offline Buckaroo Banzai

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Re: O que acham do bolsa reclusão, o auxílio para familias de presidiários?
« Resposta #136 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 22:06:53 »
Citação de: Nina
Citação de: DDV
Se tem algo que acho positivo no Bolsa-Família é justamente essa melhorada nas negociações de empregos e salários que ele permite, em favor dos pobres. Em outras palavras, o fato do pobre não estar desesperado por qualquer migalha aumenta bastante o seu grau de liberdade na hora de arranjar trabalho, equalizando um pouquinho mais a liberdade individual dele com a do patrão.

Isso só seria verdade se o bolsa família fosse maior. Ele ainda não dá pra sustentar uma família sozinho, por isso ainda trabalham. Ela mesma fala que se o bolsa família aumentasse, parava de trabalhar. No fim, as pessoas, coitadas, ainda precisam trabalhar.


A parte positiva do BF não seria poder  sustentar uma família, mas aliviar um pouco o "desespero" do pobre na hora de negociar salários e condições de trabalho.

Desespero do probre? Ele não fica desesperado, vai na prefeiura pedir ajuda.

Aqui, quando a empregada fica cansada, ela pára de trabalhar por uns meses pra "descansar". Afinal, dar faxina 3 x por semana é muito mesmo!!

Ela trabalha só para você, ou tem outros clientes?


Eu acho bem estranhos esses causos de pobre-marajá. Não acho que necessariamente é algo que não existe, mas não acho que dê para generalizar na base dessas evidências anedóticas.

Offline Fernando Silva

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Re: O que acham do bolsa reclusão, o auxílio para familias de presidiários?
« Resposta #137 Online: 17 de Fevereiro de 2010, 10:00:35 »
Aqui, quando a empregada fica cansada, ela pára de trabalhar por uns meses pra "descansar". Afinal, dar faxina 3 x por semana é muito mesmo!!
Ela trabalha só para você, ou tem outros clientes?

Eu acho bem estranhos esses causos de pobre-marajá. Não acho que necessariamente é algo que não existe, mas não acho que dê para generalizar na base dessas evidências anedóticas.
Muitos pobres são pobres justamente porque não sabem nem ganhar nem guardar o dinheiro.
Não é que eles sejam marajás e sim que, na cabeça deles, dinheiro é para se gastar e o futuro é muito distante ("depois a gente morre e não aproveita nada").

Não é à toa que grande parte, talvez a maioria dos que ganham na Loto, voltam a ficar pobres depois de torrar tudo.
Eles simplesmente não têm um projeto, um objetivo de longo prazo. O futuro mais distante que eles conseguem imaginar é o próximo dia de pagamento.

Evidência anedota? Talvez, mas depois de décadas vendo esses casos se repetirem no dia-a-dia profissional, a gente começa a perceber um padrão.


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« Última modificação: 17 de Fevereiro de 2010, 10:07:31 por Fernando Silva »

Offline Nina

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Re: O que acham do bolsa reclusão, o auxílio para familias de presidiários?
« Resposta #138 Online: 17 de Fevereiro de 2010, 11:30:54 »
Citação de: Nina
Citação de: DDV
Se tem algo que acho positivo no Bolsa-Família é justamente essa melhorada nas negociações de empregos e salários que ele permite, em favor dos pobres. Em outras palavras, o fato do pobre não estar desesperado por qualquer migalha aumenta bastante o seu grau de liberdade na hora de arranjar trabalho, equalizando um pouquinho mais a liberdade individual dele com a do patrão.

Isso só seria verdade se o bolsa família fosse maior. Ele ainda não dá pra sustentar uma família sozinho, por isso ainda trabalham. Ela mesma fala que se o bolsa família aumentasse, parava de trabalhar. No fim, as pessoas, coitadas, ainda precisam trabalhar.


A parte positiva do BF não seria poder  sustentar uma família, mas aliviar um pouco o "desespero" do pobre na hora de negociar salários e condições de trabalho.

Desespero do probre? Ele não fica desesperado, vai na prefeiura pedir ajuda.

Aqui, quando a empregada fica cansada, ela pára de trabalhar por uns meses pra "descansar". Afinal, dar faxina 3 x por semana é muito mesmo!!

Já passou fome? Já teve dinheiro contado pra comprar meio quilo de carne por semana?

Não sei... eles vão na prefeitura e ganham. Afinal, votaram no cara, ele precisa bancá-los.

Essa é a "filosofia" deles.
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

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Re: O que acham do bolsa reclusão, o auxílio para familias de presidiários?
« Resposta #139 Online: 17 de Fevereiro de 2010, 11:32:16 »
Moramos na selva? Pensei que estívessemos falando da sociedade atual. Ok então...

Na Índia as meninas ainda casam aos 14 anos... e 13 pode parecer cedo para casar, obvio, mas a vida sexual já começa. Estamos sim falando do século XXI, que inclui o século XVI :)

Bom, eu pensei que estávamos falando de Brasil... Aqui, as conveções, que giram ao redor da igreja, ainda dizem que 13 anos é cedo (ao menos para quem não é coroinha).
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

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Re: O que acham do bolsa reclusão, o auxílio para familias de presidiários?
« Resposta #140 Online: 17 de Fevereiro de 2010, 11:36:15 »

Ela trabalha só para você, ou tem outros clientes?

Eu acho bem estranhos esses causos de pobre-marajá. Não acho que necessariamente é algo que não existe, mas não acho que dê para generalizar na base dessas evidências anedóticas.

Duas delas tinham outros, outra não. Bom, como pode ver, meu "n" já é de 3. Por enquanto estou com uma mensalista, porque sai mais barato que pagar por faxineira, mesmo registrada. Vamos ver se o "n" aumenta ou não. Ao longo dos anos vou falando das estatísticas para vocês.

Se bem que duvido muito que atual use desse argumento. Ela é ambiciosa, quer forrar a cozinha da sua casa, reformar o banheiro. As outras, simplesmente não esperavam nada da vida. Aqui existe uma cultura de que querer subir na vida, ter casa prórpria, etc., é ruim. É ganância e gananciosos vão pro inferno.
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Re: O que acham do bolsa reclusão, o auxílio para familias de presidiários?
« Resposta #141 Online: 17 de Fevereiro de 2010, 12:50:34 »
Moramos na selva? Pensei que estívessemos falando da sociedade atual. Ok então...

Na Índia as meninas ainda casam aos 14 anos... e 13 pode parecer cedo para casar, obvio, mas a vida sexual já começa. Estamos sim falando do século XXI, que inclui o século XVI :)

Bom, eu pensei que estávamos falando de Brasil... Aqui, as conveções, que giram ao redor da igreja, ainda dizem que 13 anos é cedo (ao menos para quem não é coroinha).

1 India + 1/2 Bélgica = 1 Brasil :)
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Re: O que acham do bolsa reclusão, o auxílio para familias de presidiários?
« Resposta #142 Online: 17 de Fevereiro de 2010, 15:03:45 »
Eu sabia que meu avó devia ter ficado na Suiça... :P
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline Fernando Silva

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Re: O que acham do bolsa reclusão, o auxílio para familias de presidiários?
« Resposta #143 Online: 17 de Fevereiro de 2010, 15:08:08 »
Na Índia as meninas ainda casam aos 14 anos... e 13 pode parecer cedo para casar, obvio, mas a vida sexual já começa. Estamos sim falando do século XXI, que inclui o século XVI :)
Bom, eu pensei que estávamos falando de Brasil... Aqui, as convenções, que giram ao redor da igreja, ainda dizem que 13 anos é cedo (ao menos para quem não é coroinha).
1 India + 1/2 Bélgica = 1 Brasil :)
Aqui no Rio, há mundos diferentes de cada lado de uma rua. De um lado, prédios de classe média, média alta onde as meninas têm filhos tarde e completam os estudos. E têm apenas 1 ou 2.
Do outro lado da rua, uma favela onde faz parte da cultura começar a engravidar aos 13 anos (uma espécie de afirmação de maturidade) e ter um atrás do outro, o que implica em que elas param de estudar e perpetuam a miséria da família.

Offline Aronax

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Re: O que acham do bolsa reclusão, o auxílio para familias de presidiários?
« Resposta #144 Online: 17 de Fevereiro de 2010, 15:38:21 »
Na Índia as meninas ainda casam aos 14 anos... e 13 pode parecer cedo para casar, obvio, mas a vida sexual já começa. Estamos sim falando do século XXI, que inclui o século XVI :)
Bom, eu pensei que estávamos falando de Brasil... Aqui, as convenções, que giram ao redor da igreja, ainda dizem que 13 anos é cedo (ao menos para quem não é coroinha).
1 India + 1/2 Bélgica = 1 Brasil :)
Aqui no Rio, há mundos diferentes de cada lado de uma rua. De um lado, prédios de classe média, média alta onde as meninas têm filhos tarde e completam os estudos. E têm apenas 1 ou 2.
Do outro lado da rua, uma favela onde faz parte da cultura começar a engravidar aos 13 anos (uma espécie de afirmação de maturidade) e ter um atrás do outro, o que implica em que elas param de estudar e perpetuam a miséria da família.
Na falecida STR eu era chamado de neomalthusiano.....que seja....
Isto que vc fala, e é uma realidade em todo o pais, demonstra tambem como o crescimento da população, ocorrendo nestes termos, contribui para aumentar a pobreza, e as desigualdades.
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Offline Aronax

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Re: O que acham do bolsa reclusão, o auxílio para familias de presidiários?
« Resposta #145 Online: 17 de Fevereiro de 2010, 15:42:09 »
A propósito......qual candidato alguma vez colocou como prioridade, algum tipo de educação familiar, que permitisse as pessoas perceberem o problema de ter muitos filhos, e sustenta-los?
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Re: O que acham do bolsa reclusão, o auxílio para familias de presidiários?
« Resposta #146 Online: 17 de Fevereiro de 2010, 17:56:22 »
Talvez algum candidato suicida que não goste de voto :)
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Re: O que acham do bolsa reclusão, o auxílio para familias de presidiários?
« Resposta #147 Online: 17 de Fevereiro de 2010, 21:54:33 »
Muitos pobres são pobres justamente porque não sabem nem ganhar nem guardar o dinheiro.
Não é que eles sejam marajás e sim que, na cabeça deles, dinheiro é para se gastar e o futuro é muito distante ("depois a gente morre e não aproveita nada").

Não é à toa que grande parte, talvez a maioria dos que ganham na Loto, voltam a ficar pobres depois de torrar tudo.
Eles simplesmente não têm um projeto, um objetivo de longo prazo. O futuro mais distante que eles conseguem imaginar é o próximo dia de pagamento.

Evidência anedota? Talvez, mas depois de décadas vendo esses casos se repetirem no dia-a-dia profissional, a gente começa a perceber um padrão.
Acho que a solução lógica para o dinheiro da loteria é deixar fazendo juros no banco. Só que não há nenhum prazer imediato disso... de certa forma, o cara pode se livrar de trabalhar pelo resto da vida, mas seria difícil passar de um classe média-alta com juros...

Offline Diegojaf

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Re: O que acham do bolsa reclusão, o auxílio para familias de presidiários?
« Resposta #148 Online: 18 de Fevereiro de 2010, 09:46:52 »
Que tal então casa na Suíça pra ex-detentos?

Moradia no exterior após pena por morte de João Hélio
Ao completar maioridade e cumprir medida socioeducativa, jovem ganha liberdade e vai viver no exterior, com garantia de casa e identidade novas para recomeçar a vida
Rio - Três anos depois de participar do assalto que resultou na morte brutal do menino João Hélio Fernandes, de 6 anos — arrastado por sete quilômetros em ruas de bairros da Zona Norte —, Ezequiel Toledo de Lima, que na época era menor de idade e hoje tem 18 anos, ganhou a liberdade. Após cumprir a pena socioeducativa, o rapaz voltou para as ruas dia 10.
 


Assaltantes abandonaram carro na Rua Caiari, com o menino já morto, após ser arrastado por 7 quilômetros | Foto: João Laet / Agência O DIA

Mas, temendo represálias e ameaças sofridas, inclusive no do Instituto João Luiz Alves, na Ilha do Governador, onde estava, ele foi morar no exterior com a família. A mãe do rapaz também teria sido ameaçada.

Ezequiel conseguiu, por meio da organização não-governamental Projeto Legal, embarcar para um dos países mais desenvolvidos do mundo com garantia de casa e identidade novas para recomeçar sua vida.

“Nem quero ficar falando sobre este assunto, porque é algo que só nos traz lembranças dolorosas”, afirmou o pai de João Hélio, Élson Vieites.

Após ser preso, Ezequiel confessou participação no crime. Ele teria sido justamente o integrante do bando que fechou a porta com o cinto de segurança pendurado para o lado de fora, onde João Hélio ficou preso e foi arrastado pelo carro.

Na audiência do dia 10, na Vara da Infância e da Juventude, o juiz determinou que ele ingressasse no Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente, destinado aos que estão ameaçados de morte.

A Justiça também determinou que os pais do rapaz entrassem no programa por meio do Conselho de Defesa de Direitos da Criança e do Adolescente, presidido pelo advogado Carlos Nicodemos, diretor da ONG Projeto Legal. Procurado, Nicodemos não foi encontrado.

Pedestres avisaram que menino era arrastado, mas bandidos ignoraram

Por volta das 21h30 do dia 7 de fevereiro de 2007, Rosa Cristina Fernandes estava em seu Corsa com os filhos Aline, 13 anos, e João Hélio, 6, voltando para a casa. Ao parar em um sinal de trânsito na Rua João Vicente, perto da Praça do Patriarca, em Oswaldo Cruz, foi abordada por três homens armados. Todos saíram do carro, mas o menino ficou preso pelo cinto de segurança e foi arrastado pelas ruas de Madureira, Campinho e Cascadura.
Várias pessoas que passavam tentavam avisar aos bandidos. Um deles teria ironizado dizendo que não era uma criança, mas sim um “boneco de Judas”. Os bandidos abandonaram o carro na Rua Caiari, com o menino já morto.

Além de Ezequiel, outros quatro assassinos foram presos. Carlos Eduardo Toledo de Lima foi condenado a 45 anos de prisão, enquanto Diego Nascimento da Silva recebeu uma pena de 44 anos e três meses. Os outros dois, Carlos Roberto da Silva e Tiago de Abreu Mattos, foram condenados, cada um, a 39 anos de reclusão.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

 

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