para fazer uma analogia: Quando um homem bomba que cometeu um atentado é identificado em Israel, eles destroem a moradia da família dele na Palestina. Claro que não estou sugerindo destruir a casa de quem fez um crime no Brasil, mas lá a mensagem do estado está clara: Se alguém fizer esse tipo de crime, as consequências serão seríssimas.
Sob o ponto de vista da política de estado apenas, sem o lado humano levado em consideração, um crime tem que ser punido e deve ser criado uma estratégia efetiva para coibir crimes. Nesse sentido, estamos dando mensagens ambiguas, tipo "Ok, você matou, mas não se preocupe que cuidamos de sua família". Não é inteligente.
Sob o ponto de vista humano, a política faz sentido. Ninguém deve passar fome ou entrar em estado de miséria. Deixar o filho do preso famélico pode gerar outro bandido mais tarde, com mais custos para o sistema como um todo e possivelmente outras vítimas.
Por outro lado em alguns casos, a família sabe e se beneficia do esquema criminoso montado (ou pelo menos fecha os olhos), e nesse caso estaríamos pagando a um cúmplice.
A justiça não tem como ser perfeita. Sempre que colocamos uma lei, vamos cometer uma injustiça em algum ponto. Nesse caso, tendo a fazer uma política de estado (punitiva) e oferecer serviços de creche para as crianças.